Constatações:
(a) 1º tempo
truncado praticamente sem oportunidades de gol. O Botafogo fez quatro remates à
baliza sem nenhum resultado; o Goiás foi ligeiramente mais perigoso, mas ambas
as equipas fizeram muita correria e pouco futebol, já que as marcações de parte
a parte foram muito incisivas.
(b) 2º tempo
com entrada fulgurante do Botafogo: 3 oportunidades de gol e 1x0. Após a 3º
oportunidade, que a ser gol provavelmente mataria o jogo, o Botafogo
desacelerou, como tem sido seu costume ultimamente quando tem a vantagem de um
gol.
(c) O
Botafogo descansou e o 3º erro sucessivo e fatal nos últimos três jogos oferece
o empate ao Goiás. Contra o Flamengo e contra o Atlético Mineiro houve a grande
colaboração do treinador ao recuar a equipa e fazer duas substituições desnecessárias
em cima do último minuto, as quais ofereceram os dois gols. Desta vez, sem a
participação do treinador, André Bahia resolveu oferecer mais dois pontos numa
bola que era do goleiro – seis pontos infantilmente perdidos.
(d) Substituição
tardia e errada do treinador ao fazer entrar Henrique, em vez de Alex, e no
lugar de Renato, em vez de Elias. Quando Alex entrou já dificilmente o Goiás daria
chances para o empate, porque se aferrolhou nos últimos minutos, coisa em que
os clubes médios têm muito treino, ao contrário do Botafogo que não sabe aferrolhar-se
quando precisa.
(e) Tenho
dito que o campeonato brasileiro é muito duro e que quando viessem as lesões e
as suspensões o Botafogo evidenciaria falta de elenco – sem Fellype Gabriel,
ninguém o consegue substituir; sem Lodeiro, Renato não é opção; sem Bolívar,
André Bahia não é opção; faltando Dória, Júlio César ou Gilberto, não há
substitutos à altura; no ataque não há, e não haverá, um centroavante de raiz
para definir eficazmente o último toque a gol.
(f) Apesar
da euforia da torcida, só acredito que o Botafogo possa, na melhor das
hipóteses, ficar no G4, o que eu considero que seria um resultado muito bom - que não desmereceria ninguém - tendo em conta todos os problemas que nos estão a afligir, incluindo a falta de
plantel (não obstante haver bons titulares face ao futebol brasileiro da
atualidade) – e que constituiria o melhor resultado desde 1995.
(g) Face ao
meu comentário anterior, reitero o que continua a ser a minha opção prioritária
neste ano: a Copa do Brasil. Foco absoluto e gestão do calendário em função
dessa competição. No ano que vem, se os ventos nos fossem de feição, então
seria de pensar numa equipa reforçada para o Brasileirão, coisa que este ano
não haverá mais.
(h) Continuo
a apreciar globalmente a atitude da equipa, lutando sempre, embora muitas vezes
sem grande clarividência e desacelerando quando se coloca em vantagem,
mostrando que é o time botafoguense mais competitivo deste século.
(i) Parabéns
à torcida que disse ‘sim’ ao jogo. Pena que não possa ter saído realmente feliz.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x1 Goiás
» Gols: Rafael Marques, aos
51’ (Botafogo); André Bahia (contra), aos 67’ (Goiás)
» Competição:
Campeonato Brasileiro
» Data: 10.08.2013
» Local: Estádio Mané
Garrincha, Brasília (DF)
» Público: 23.322 pagantes
» Renda: R$ 1.440.765,00
» Árbitro: Sandro Meira Ricci (PE);
Assistentes:
Alessandro A. Rocha de Matos (BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
» Disciplina: cartão
amarelo
– André
Bahia, Seedorf e Gilberto (Botafogo) e David, William Matheus, Hugo e Amaral
(Goiás); cartão
vermelho – Hugo (Goiás)
» Botafogo: Jefferson, Gilberto,
André Bahia, Dória e Júlio César (Lima, 60'); Marcelo Mattos, Renato, Rafael
Marques (Alex, 83'), Seedorf e Vitinho; Elias (Henrique, 78'). Técnico: Oswaldo
de Oliveira.
» Goiás: Renan, Vitor,
Rodrigo, Ernando e William Matheus (Valmir Lucas 70'); Amaral, David e Hugo;
Paulo (Renan Oliveira, 55'), Tartá e Walter (Neto Baiano, 88'). Técnico:
Enderson Moreira.
8 comentários:
Realmente o 1º tempo foi bem truncado e o Goiás veio com a proposta de jogo de times pequenos, que o Botafogo sempre tem tido dificuldades de vencer,. No 2º tempo o Botafogo melhorou muito, fez seu gol e quase mata o jogo, mas aí vem um erro numa bola morta e, pimba gol do Goiás. Acho que nesse momento o time arriou os pneus e, infelizmente, não temos muitas opções no banco para mudar uma partida e nosso técnico opta sempre por substituições equivocadas. Novamente como escrevi anteriormente, o Botafogo se acomoda e isso tem sido fatal. Lodeiro, Bolivar e Gabriel fazem muita falta e, o Seedorf hoje não estava bem. O pior é que na próxima partida o Gilberto não joga e, ter que aturar o possante Edílsom, não vai ser mole não. Esse garoto Gilberto jogou muito bem e se continuar nessa crescente, será um lateral muito bom. Uma pena que jogamos 6 pontos fora em jogos que estriam resolvidos, mas eis que acontece o que vem acontecendo a anos com o Botafogo. Que sina essa do Botafogo. mas vamos em frente e, quem sabe, apesar das dificuldades, a sorte, sempre madrasta, um dia sorria para o Botafogo. Abs e SB!
Rui, apenas uma correção entre o Elias e Renato. Ao invés de ter tirado o Elias, ele deveria ter tirado o Renato.
Abs e SA!!!
Caro amigo Rui:
Este André Bahia me lembra aquele zagueiro, acho que Emerson, que fez um gol contra para o Flamengo, em 2009. Lembra?
Ele é pior que o Antônio Carlos.
O time funciona bem com algumas peças e sente falta destas, como sentiu a falta de Gabriel, Lodeiro e Bolívar hoje.
Na quinta, não jogam também Jefferson (convocado para a seleção), Gilberto (suspenso) e Júlio César. Ao menos voltam Bolívar e Gabriel.
Alex deveria ter entrado antes, Henrique não me parece uma boa escolha.
E assim vamos levando, perdendo pontos bobos quando dava para ganhar.
E concordo que o importante é a Copa do Brasil.
Temos que fazer um bom resultado frente ao Atlético no Rio, para ficar mais tranquilo no jogo de volta.
Abraços e boa semana.
Aurélio, sinceramente pensei que ainda poderíamos manter a liderança firme por um tempo, mas depois do jogo d eontem e de seis pontos perdidos nos doze últimos disputados, não dá mesmo.
Torço pela Copa BR, mas creio que o BFR não vai priorizar a Copa do Brasil. Parece que só o campeonato brasileiro existe, mas como conquistar um Brasileirão não é nada fácil, temo que continuemos sem títuolo brasileiro e sem outros títulos expressivos.
Abraços Gloriosos!
Difícil a sorte sorrir-nos, Sérgio. Temos time, mas não temos elenco, como se viu ontem na falta de três peças.
Não matamos o jogo e, como disse, arriámos os pneus. Não conseguimos jogar contra times médios e pequenos, e isso conduzirá fatalmente a muitos pontos perdidos.
Abraços Gloriosos
Rodrigo, foi isso mesmo que eu escrevi:
"Substituição tardia e errada do treinador ao fazer entrar Henrique, em vez de Alex, e no lugar de Renato, em vez de Elias."
Talvez não me tenha expressado da melhor forma, mas o que escrevi é que a substituição foi tardia e errada, devendo ser feita "no lugar de Renato, em vez de Elias".
Abraços Gloriosos!
Rui,
Achei bem observado, no blog do Gilmar Ferreira, a possibilidade de ter sido um erro estratégico o fato do jogo ter sido em Brasília, onde temos boa torcida, mas onde Goiás praticamente se sente em casa. Este time não perde lá, tendo desempenho bem inferior fora de casa, principalmente neste campeonato. Neste jogo deveríamos ter utilizado o mando de campo para trazer jogo para o Rio.
Claro que um time que quer ser campeão não pode pensar em escolher local nem adversário, mas precisamos ficar mais atentos a estes detalhes.
Abraço,
Carlos L.
Carlos, o Botafogo - como é sua tradição que não conseguimos anular - faz sucessivos pequenos erros que o limitam como ganhador das competições. Jogar contra o Goiás em Goiás é uma delas. Retrancar-se na defesa sendo o líder do campeonato é outro erro. Deixar que os atletas falem o que querem à comunicação social, outro erro. Calar-se quando é espoliado pela federação, pela arbitragem ou pelo prefeito na vã espereança de ser 'generosamente' ressarcido por quem o quer prejudicar, mais outro erro. Deixar que treinador e mulher d etreinador falem mal da torcida e até da gestão do clube sem nenhuma posição tomada, outro erro. Etc. etc. etc.
Quando tivermos uma gestão que saiba tratar dos pormenores, teremos campeão grande (Brasileiro, Sul-americano, o que seja). O difícil não é fazer as coisas generalistas, o difícil é tratar cuidadosamente dos pormenores que diferenciam campeões de não campeões. Não se diz muitas vezes que certos jogos são decididos no 'detalhe'? Pois... Os títulos também são decididos no pormenor...
Abraços Gloriosos!
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