quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Botafogo 2x2 Atlético Mineiro

Mais um bom jogo de futebol. O Botafogo fez um bom jogo, apesar da falta de Seedorf. A sensação que tenho mantém-se: o Botafogo cozinha o jogo sempre que está em vantagem. E a partir dos 85 minutos o treinador repetiu a tática defensiva que fez contra o Flamengo e, como não aprendeu, perdemos mais dois pontos quase ganhos.

No jogo contra o Vasco mantivemos a pegada até ao fim, sem medo do Vasco da Gama. O medo do Flamengo e do Atlético determinaram a estratégia ultra defensiva no fim. Se as duas primeiras substituições não comprometeram completamente, apesar de fragilizar um pouco mais o ataque, a 3ª repete o tipo de substituição no último minuto contra o Flamengo: coloca-se outro zagueiro, abdica-se completamente do ataque e isso entusiasma o adversário a atacar de qualquer maneira. Como não há tempo para enquadrar o novo zagueiro, a defesa desequilibra-se e vão mais dois pontos perdidos.

O resultado em si mesmo não me parece mau, mas a repetida perda de dois pontos no 49º minuto evidencia o erro. A bola deve-se manter longe da defesa, não a defesa à espera da bola, já que qualquer ressalto pode ser fatal. Tal como foi em ambos os casos: insistência sobre uma equipa completamente recuada contra todas as regras de gestão dos minutos finais, e dois gols ‘achados’ em toques de desespero que teoricamente não deveriam funcionar. Mas funcionaram. Quatro pontos perdidos ingloriamente é muita coisa. Um campeão não joga assim.

Questiono-me sempre sobre os erros elementares dos treinadores. Será que só se vê o óbvio na arquibancada e no sofá de casa?

Certamente o treinador vai dizer o mesmo que no jogo contra o Flamengo: que se tivéssemos ganho consideraríamos genial a sua estratégia e a última substituição… Mas deixa p’ra lá, deve ser mesmo perseguição minha ao treinador, que se mostra sempre muito eficaz nas decisões durante a partida…

Acho curioso que o Flamengo e o Atlético Mineiro comemorem os empates como se de títulos se tratasse.

E quanto ao Lodeiro, compreendo a sua emoção ao marcar o gol, porque vinha sendo criticado, mas um atleta de seleção não pode fazer isso. Tais situações deveriam ser punidas pelo clube face ao prejuízo causado.

São 4 horas da manhã em Lisboa. Geralmente o Botafogo não ganha os jogos que começam tão tarde. Será coincidência? Hoje encerro por aqui os comentários ao jogo.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x2 Atlético Mineiro
» Gols: Elias, aos 13’ e Lodeiro, aos 58’ (Botafogo); Ronaldinho Gaúcho, aos 28’ e Luan, aos 49’ (Atlético Mineiro)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 07.08.2013
» Local: Arena Independência, Belo Horizonte (MG)
» Árbitro: Raphael Claus (SP); Assistentes: Vicente Romano Neto (SP) e Paulo César Silva Faria (MT)
» Disciplina: Cartão amarelo - Gilberto, Lodeiro, Blívar, Júlio César e Jefferson (Botafogo); Luan, Pierre e Josué (Atlético Mineiro)
» Botafogo: Jefferson; Gilberto, Dória, Bolívar e Júlio César; Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro (André Bahia) e Vitinho (Lucas Zen); Elias (Sassá) e Rafael marques. Técnico: Oswaldo Oliveira.
» Atlético Mineirto:  Victor; marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson (Júnior César); Pierre, Josué (Rosinei), Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli (Elder); Luan e Jô. Técnico: Cuca.(MG)

12 comentários:

Sergio Di Sabbato disse...

No comentário do jogo contra o Vasco eu fiz a mesma observação que a sua: o time puxa o freio de mão e não mata o jogo, ou como você escreveu: Cozinha o jogo. Isso só pode ser instrução que vem de fora, do técnico, pois não dá prá acreditar que um time que quando quer, parte prá cima e consegue fazer gols. Naturalmente que a arbitragem hoje permitiu a violência do time do galo e, soprador caseiro inverteu diversas faltas e deixou o atlético apitar. Sem contar com um tempo de acréscimos absurdo. Não sei como o soprador não deu o penalti do Dória. Agora entendo porque o galo só consegue jogar bem dentro do independência, porque fora é uma verdadeira tragédia. Cada vez mais me convenço que ganhar a libertadores depende mais de sorte do que de futebol. É só lembrarmos dos erros do tijuana e do olimpya no jogo final. Mas isso é outro problema e, sem sorte não se vai a lugar algum. Gostei do resultado apesar do empate no final. Essa do técnico querer segurar resultado é muita falta de ambição e nosso time ainda precisa amadurecer. Quanto ao galinho e os cathiformes comemorem empates conosco como se fosse um título, acho natural: afinal nós estamos disputando o títulos e eles, lutando prá sair da zona. Abs e SB!

Rodrigo Federman disse...

Rui, na verdade o Lodeiro forçou o cartão. Ele estava com 2 cartões e como se apresentará ao Uruguai, já perderia normalmente os próximos 2 confrontos. Aí quando ele voltar, estará zerado em cartões.
Abs e SA!!!

Ruy Moura disse...

Depois eu pensei isso, Rodrigo, mas como no BFR essas coisas nunca costumam ser pensadas, fiquei na dúvida. E na dúvida emiti a minha opinião, porque outros cartões amarelos que tomamos no jogo teriam sido desnecessários.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Sérgio, a nossa atitude defensiva demonstra que não estamos (pelo menos ainda) com atitude de campeões. Campeões partem p'ra cima ou gerem o resultado a meio campo, nunca na defesa.

Confesso que apesar de estarmos ainda na liderança não estou eufórico como a maioria. Estes quatro pontos perdidos e o jogo contra o Figueirense não auguram nada de bom quando as faltas de atletas começarem a acontecer, do tipo que teremos na próxima rodada: se não me engano falharão o jogo o Gilberto e o Dória.

A Libertadores pode-se ganhar na base da vontade e sem muita técnica. Ontem, por exemplo, o ATlético empatou exclusivamente na base da vontade, porque na técnica deixou a desejar.

Abraços Gloriosos!

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

Caros amigos:
Não esperava a ausência de Seedorf. O time atacou bastante e jogou muito bem, com uma boa partida do Vitinho, do Elias e do Lodeiro.
O time só precisa tomar cuidado no final da partida, como sempre, quando estiver vencendo por um gol de diferença.
Estava claro que o juiz ia dar acréscimos até o Atlético MG empatar.
Dória e Bolívar form valentes na defesa, mas o time não pode dar estas panes. Se consegue ficar na frente do placar boa parte do tempo contra o Campeão da Libertadores, pode ser campeão Brasileiro e da Copa do Brasil. Tem time para isto, mesmo sem Seedorf em campo. Que continuem com a seriedade e parem de dar pane no fim das partidas.

Ruy Moura disse...

Concordo que jogaram bem, Aurélio, mas também creio que com um treinador a recuar de cada vez que está a vencer um time supostamente mais difícil que os outros, então não ganhará coisa nenhuma. Que os meus fundados receios não se confirmem!

Abraços Gloriosos!

MAM disse...

Vamos ganhar isso Ruy, vendo jogos como de ontem, é que me faz ter fé!

Abraços

MAM

Ruy Moura disse...

Que os deuses da bola te ouçam, meu amigo!

Abraços gloriosos!

Biriba disse...

O time estava sobrando fisicamente sobre um Atlético visivelmente esgotado.

O Andre Bahia é, justamente ele, o sujeito que assiste de camarote o adversário se lançar pra marcar o gol.

Uma lástima esses quatro pontinhos escapando por entre os dedos aos 49. Seriam quatro pontos de vantagem sobre o segundo e oito (!!!) para o terceiro. É muita coisa, levando-se em conta que o Cruzeiro é o time escolhido pelos poderosos do futebol pra ser o campeão este ano.

O OO -- e talvez o MA -- e o Seedorf têm projetos diferentes. Na torcida pro projeto do Seedorf prevalecer.

Saudações botafoguenses!

Ruy Moura disse...

Luiz, em ambos os casos, foram os zagueiros que entraram no último minuto que, sem tempo de enquadramento, ficaram a ver a bola passar e perderem quatro pontos. Mas quem os lançou no último minuto, já sem quaisquer possibilidades de se 'aquecerem', foi o treinador.

O que me dá raiva é saber que se não fosse o treinador escolher a tática da retranca no último quarto de hota, estaríamos 4 pontos à frente do Cruzeiro.

Abraços Gloriosos!

Gil disse...

Rui,

Não é perseguição, é visão de jogo!
O cara repete os mesmos erros e não aprende!

No primeiro jogo contra os cathartiformes pelo carioca ele improvisou o Júlio Cesar de volante. No jogo contra os mesmos cathartiformes pelo brasileiro, o Júlio Cesar terminou a partida na mesma posição.
No jogo contra o galo ele cometeu o mesmo erro ao colocar um zagueiro que ficou olhando adversário fazer o gol de empate.

Acho que o Rodrigo escreveu isso no blog dele e repito: Errar é humano, repetir o erro é Burrice!

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

É isso, Gil. Um sujeito lento e repetitivo, que teve a sorte de ter no time, um jogador-técnico como Seedorf, começa a ser elogiado por todos, e eu não lhe vejo qualidade. Nem profissional nem pessoal.

Abraços Gloriosoa!

Marcelo Benevenuto, zagueiro forte e raçudo

Fonte: Vitor Silva / SSPress / Botafogo por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo Marcelo da Conceição Benevenuto Malaquias nasceu no d...