Toñin
el Torero é um conhecido sócio do Real Madrid que lançou a ideia de apoiar José
Mourinho – ‘The Special One’ – no sentido de continuar à frente do maior clube
do mundo, através de uma Marcha pelas ruas da capital espanhola. Recebeu o
apoio imediato de 200 núcleos merengues e espera chegar a 500.
O
emblemático sócio que não perde uma partida no Santiago Bernabeu, e acompanha o
time no exterior, defende incondicionalmente Mourinho e pede a sua
continuidade. Antonio Castaño Gutiérrez, de seu verdadeiro nome, afirmou à
imprensa portuguesa: “Como vocês portugueses costumam dizer, José Mourinho tem
tomates. É o melhor do mundo e queremos que ele continue. (…) Esta Marcha tem como
objetivo mostrar-lhe que os sócios e os adeptos estão com ele, acreditam nele e
querem a sua permanência no Real Madrid. Ele vai ficar comovido. (…) Quando
Mourinho vir as ruas de Madrid cheias e as pessoas a gritarem por ele, acredito
que vai repensar a sua posição e permanecer no nosso clube”.
Toñin
el Torero, que desde logo recebeu chamadas de toda a Europa solicitando
pormenores, deixa um recado ao presidente Florentino Pérez: “Devia propor ao
José Mourinho um contrato vitalício. Ele merece. Não arranjamos melhor.
Mourinho é o homem certo para treinar este grande clube”.
E
rematou sobre quem eram os melhores do mundo: “Mas há dúvidas? Temos o melhor
treinador e o melhor jogador do mundo”.
Francesco
Totti, mítico futebolista de 36 anos e no ativo, que considera que “não há
nenhum jogador italiano que se coloque acima de mim numa lista”, respondeu
deste modo sobre com quem gostaria de trabalhar: “Com quem gostaria de
trabalhar? Mourinho…”
Somente
Mou consegue levantar uma tal onda de apoio. Perfil do tipo “ama-o” ou
“odeia-o”. Do tipo de homem que enfrenta todas as adversidades e combate todos
os adversários com denodo, que traça os mais ambiciosos objetivos e que os
persegue sem descanso. Só tem um verdadeiro objetivo profissional: Ganhar,
ganhar sempre! – e com este lema Mourinho não brinca em serviço, não se deixa
envolver por politiquices de dirigentes nem pactua com empresários gananciosos
e sem ética.
Ninguém
lhe fica indiferente. Se inicialmente ele não tinha a minha simpatia devido a
uma avaliação emocional da minha parte, o amadurecimento do homem e do
treinador foi fulminante e no sentido certo – ele reconheceu que quando ganhou
a primeira Champions era um ‘garoto’ (41 anos) e que amadureceu ao longo do
tempo.
Quando
saiu do FC Porto por sua opção – no dia em que ganhou a Champions - a torcida portista sentiu-se órfã dele. Quando
saiu do Chelsea – que não foi campeão da Europa porque a arbitragem beneficiou
escandalosamente o Barcelona na semifinal – a torcida chorou. Quando saiu da Internazionale
por sua opção, também no dia em que ganhou novamente a Champions, um jogador do
clube, que Mourinho mantinha na reserva, abraçou-se a ele e chorou. Tal como a
torcida. Em Madrid terá uma Marcha de apoio pela sua continuidade.
O
português Mourinho e o argentino Helenio Herrera foram os dois ‘senhores’ mais
fantásticos de sempre como treinadores de futebol, que revolucionaram métodos
ou táticas. Admiro ambos a 100% enquanto gente e enquanto profissionais. O
lema, repito, era só um: Ganhar, ganhar sempre!
Helenio
Herrera conquistou 16 grandes títulos na sua carreira, e José Mourinho, sete
vezes campeão nacional em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha, duas vezes
Campeão da Europa, personagem central de um estudo científico pioneiro designado
“A Neuropsicofisiologia da Face: os movimentos e linguagens em figuras
públicas. Estudo de caso José Mourinho” e de um livro baseado numa tese de
Mestrado intitulado “Liderança – As Lições de José Mourinho”, já conquistou, em
apenas dez anos com interregno de um ano por opção própria, 17 grandes títulos
coletivos e 12 premiações individuais de melhor treinador (FIFA, UEFA, IFFHS,
etc.). Ganha, em média, dois grandes títulos por ano. Tem 50 anos.
José
Mourinho é sempre um homem frontal que cumpre todos os critérios de honestidade
intelectual e desportiva. Por isso tem sido combatido, inclusive pela FIFA que
já o puniu por declarações justas. Não obstante, não se exímio em declarar a falsidade
da eleição de Vicente Del Bosque como o melhor treinador do mundo. Mas a FIFA acha que ” o que Mourinho disse é uma
irresponsabilidade. (…) Temos que agir em defesa da imagem da FIFA, que é uma
organização que promove o fair play e
a responsabilidade. Temos que mostrar ao mundo que somos transparentes",
assegurou Bryan Jiménez. Fair Play,
responsabilidade e transparência. Na FIFA? Então leia-se apenas o título de uma
notícia comentada em Espanha:
Ser
melhor do que Mourinho só tem uma modalidade: o macedónio Goran Pandev veio a
público dizer que votara em Mourinho e não em Del Bosque, e a Federação do seu
país, depois de meter os pés pelas mãos, confessa agora que o voto do seu
compatriota Pandev foi em José Mourinho e não em Vicente Del Bosque – o que
confirma a acusação de Mourinho de eleições falseadas na FIFA, bem como
justifica a decisão do português em não ir à gala de entrega dos prémios porque
várias pessoas lhe ligaram a dizer que votaram nele e que o voto apareceu
noutro.
Nota
da Federação da Macedónia: “Na votação, Goran Pandev deu cinco pontos a José
Mourinho. No entanto, quando o formulário foi preenchido, e devido a um «erro
técnico» (…) marcou-se o nome de Vicente del Bosque. (…) Não há dúvida de que
Goran Pandev deu o seu voto a José Mourinho”.
A
Federação solicitou à FIFA que se desculpe com Pandev e com Mourinho. O
documento foi assinado pelo selecionador Cedomir Janevski e pelo próprio
Pandev, mostrando que ambos não votaram em Del Bosque. E quer agora a FIFA
estudar se deve punir Mourinho por ser um homem frontal e vertical? Há gente
com ‘cara-de-pau’ para tudo. Quando não ganha quem o poder quer, sucede-se o
«erro técnico» que atribui conquistas injustas (Alô, Flamengo! É assim mesmo,
não é?).
Há
coisas que só acontecem ao Botafogo e a José Mourinho…
Se
eu pudesse algum dia sonhar que ‘The Special One’ seria treinador do meu clube,
acho que teria uma momentânea e maravilhosa parada cardíaca. Nesse dia
começaria a imparável caminhada de imposição de respeito e de recolocação da
verdade sobre as tradições e a importância fulcral do Botafogo de Futebol e
Regatas no Brasil e no Mundo.
Boa
sorte sempre, Mou!
Texto
de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
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