quarta-feira, 31 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (81)

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Joel Santana


Confesso que desde Carlos Roberto – treinador de quem gosto – sempre achei os treinadores do Botafogo pouco alegres, ou pouco frontais, ou pouco focados, ou pouco seguros, ou tecnicamente frágeis. Além de identificar, em alguns casos, maneirismos e hipocrisias.

Todos os leitores sabem que a minha preferência para treinador, desde os tempos de Cuca, é Dorival Júnior. Mas Joel Santana agrada-me bastante, porque além de ser tecnicamente satisfatório, ainda é alegre, frontal, focado e seguro.

Cliquem na ligação abaixo porque vale a pena.

http://sportv.globo.com/Sportv/2009/home/0,,MUL1551537-17009,00.html

O clube de capa e espada


[Editor do Mundo Botafogo: também aprecio um fluminense falando do Botafogo usando a razão e a sua profunda paixão pelo futebol]

por Mário Filho
Jornal dos Sports, 18/08/1956

“O único clube rapaz é o Botafogo. Explica-se: foi o único clube que nasceu rapaz. Os outros, pelo menos, procuraram nascer homens. Já o Botafogo teve a preocupação de ser o oposto do Fluminense, que era o homem-feito. O Fluminense foi um clube que não nasceu assim, de um repente. Com o time formado, com tudo o que seria ele, demorou um ano. Surgiu depois de muito estudado, de muito pensado. O Botafogo, pelo contrário, só precisou de uma apresentação ao Fluminense para virar clube. É um detalhe que não deve ser esquecido por quem tentar compreender o Botafogo. Os rapazes que não pensavam em formar clube algum foram levados ao campo do Fluminense para serem do Fluminense. Diante do Fluminense, eles se sentiram, logo e logo, Botafogo.

Não se tratava só dos bigodes dos jogadores do Fluminense. O Fluminense também tinha bigodes. Havia, entre os rapazes do Colégio Abílio e o Fluminense, uma distância de idade. Essa idade não se contava apenas pelos anos do Fluminense, dois, ou dos jogadores do Fluminense, alguns ainda rapazes. Era a concepção da vida, vamos dizer. Os rapazes do Fluminense tratavam logo de se adaptar, de usar bigodes imaginários. Os rapazes do Botafogo queriam também ser homens, mas continuando rapazes. Daí se sentirem quase imberbes diante dos homens-feitos do Fluminense. A reacção deles, forte, e renovada sempre pela rivalidade que foi a primeira do futebol carioca, tornou-os mais rapazes ainda, marcou-os eternamente rapazes.

Pouco importava que um Flávio Ramos, com dezassete anos e o primeiro Presidente do Botafogo, se sentisse rapaz demais para ser presidente do mesmo Botafogo. O homem-feito, procurado e encontrado, que foi ser Presidente do Botafogo, não mudou o que já era imutável. Ser do Botafogo era ser rapaz. A gente vê velhos Botafoguenses, curvados pelos anos, e até estranha um pouco. Serão ainda Botafoguenses? Mexam com o Botafogo e verão. Os velhos endireitam logo a espinha, estufam o peito, reacendem a chama do olhar e estão prontos. E não é difícil mexer com o Botafogo. Não há clube de mais sensibilidade à flor da pele, com mais orgulho de Grande de Espanha que o Botafogo. Eis porque ele está sempre disposto a topar paradas, a se meter em encrencas, a arriscar até a própria vida por uma coisinha.

Nada que o atinja e mesmo que não o atinja, mas que ele julgue que foi para atingi-lo, é coisinha para ele. Ele devia ter nascido em outra época. É a única flor retardatária de capa-e-espada que surgiu depois dos 1900. Trata-se mais de um gascão, de um D'Artagnan, sempre pronto a desembainhar a espada. Ouve muito mais a voz do coração do que a da cabeça. Qual era o clube capaz de largar uma Liga, sem outra Liga para ir, por causa da suspensão de um jogador? Aconteceu isso em 1911, justamente no ano em que o Fluminense preferiu perder um time a deixar de ser o que era, isto é, o Fluminense (NR: O autor se refere à cisão tricolor que resultou no início do futebol no Flamengo). O Botafogo fez o contrário, para continuar mais Botafogo do que nunca.

O que o Fluminense fez, só o Fluminense faria. Mas também só o Botafogo arriscaria tudo por um jogador. Não se tratava da falta que esse jogador poderia fazer ao time, embora ele se chamasse Abelardo De Lamare. E aí temos uma amostra do d'artagnanismo do Botafogo. Um por todos e todos por um. Abelardo De Lamare era um deles, era eles também, era o Botafogo. Eles não se separavam, não se distinguiam, fundindo-se no Botafogo. Assim o bofetão de Abelardo De Lamare em Gabriel de Carvalho (NR: Botafogo 1 x 1 América, em 25/06/1911, no antigo campo de Voluntários da Pátria) não foi o bofetão de um jogador noutro jogador. Foi o bofetão de um clube. Todos assumiram a mesma responsabilidade e se recusaram a aceitar a punição de um só. O Campeão de 1910 abandonou o campeonato e ficou um ano jogando na pedreira [Nota de Mundo Botafogo: em minha opinião não foi 'pedreira', mas apenas uma liga paralela como tantas outras do Rio que geraram campeões duplicados].

E aquele gesto, que seria de indisciplina, serviu para mostrar um dos mais belos traços do Botafogo. Saindo da Liga o Botafogo podia perder todos os jogadores. Era o time Campeão de 1910, justamente o que tinha realizado uma revolução no futebol carioca. Até 1910, os jogadores usavam bigodes. Mesmo os jogadores sem bigodes eram como se os tivessem. O Botafogo foi campeão com um time rapaz, com um time que tinha vindo do Botafogo mirim, o Carioca, viveiro do "Glorioso". E aí os outros clubes trataram de fazer o mesmo. O futebol que, para se dar ao respeito, tinha de nascer homem-feito, já podia dar-se ao luxo de ser jovem, de ser rapaz. E esta foi uma obra do Botafogo.

Qual era o clube que não quereria os jogadores do Botafogo? O Botafogo, porém, não perdeu um jogador. Todos ficaram juntos jogando na pedreira, que era um campo do Morro da Viúva. Era o que se chamava de um campeonato de Liga barbante. Os jornais não tomavam conhecimento dele. Assim, os jogos se realizavam, por assim dizer, anonimamente. E lá estavam os craques Campeões de 1910, o Glorioso em carne e osso, jogando com os clubes da pedreira como se esses fossem Fluminenses. Com o mesmo entusiasmo, com a dedicação, com o mesmo Botafoguismo, palavra que significa o mesmo que quixotismo. Eram uns Dom-Quixotes os jogadores do Botafogo.

Ou eram simplesmente rapazes. Continuavam a ser rapazes, levados pelos impulsos generosos da mocidade. Cometiam erros: no erro e no acerto tinham o mesmo élan. Podiam reconhecer o erro, mas não voltavam atrás. Era o tal orgulho de Grande de Espanha, idêntico na riqueza e na pobreza. Como saíra sozinho de uma Liga, mais tarde seria o único a ficar com uma Liga em nome de um amadorismo que não existia. Por isso muita gente não entendeu o Botafogo. É que se queria julgar o Botafogo pelos padrões normais. Como se ele fosse um clube igual aos outros. Então o Botafogo não via que estava arriscando a própria vida?

O que decidiria qualquer outro clube a mudar de rumo tornou ainda mais irredutível o Botafogo. Para ele, era uma questão de honra e ninguém o podia demover. Ficou com trezentos sócios, e cada sócio que saía unia mais o Botafogo. É que ficavam e ficariam os verdadeiros Botafogo, os Botafogos para a vida e para a morte. Aí mesmo é que não acabavam com o Botafogo, com aquela legião de rapazes de todas as idades, alguns que tinham visto nascer o Clube, mas rapazes ainda e mais rapazes do que nunca, porque nem o rolar dos anos havia tirado deles o ardor da mocidade.

Bastaria, porém, conhecer as origens do Botafogo para compreendê-lo, admirá-lo, mesmo discordando dele. Realmente chega a comover um encontro assim com D'Artagnan no século XX. Não é possível, dirão uns, e eis o Botafogo. Ainda é um personagem de romance de capa-e-espada, com noções de honra dos velhos tempos, ofendendo-se por um nada. E se a gente quiser ir mais longe, deixar os Juízes da França e os Grandes de Espanha, pode chegar até as Cruzadas para descobrir Botafoguenses.

Noutros tempos, ele foi popular. Mas a popularidade, então, era o nome que se dava a um clube com centenas de sócios e alguns milhares de torcedores. O grande campo era o do Fluminense e lá cabiam, estourando, 5 mil pessoas. O Botafogo tem mais gente do que a gente pensa. Mas ser Botafogo é escolher um destino e dedicar-se a ele. Não se pode ser Botafogo como se é outro clube. É preciso ser de corpo e alma. E é preciso, antes de ser Botafogo, ser rapaz, mesmo velho. Ser um Dom Quixote, um D'Artagnan, um Grande de Espanha, embora sem sangue nobre e sem riqueza, um Grande de Espanha mesmo decaído e por isso mais Grande de Espanha.”

Fonte secundária:
http://geocities.com/beijospratorcida/capa.htm

Botafogo domina torneio de natação


Na piscina de 25 metros do Olaria A.C. decorreu, em 27 e 28 de Março, a I Rodada do Torneio de Fundo Mirim II a Sénior, promovido pela Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro.

Nas disputadíssimas 34 provas da competição, Botafogo, Flamengo e Fluminense conquistaram 11 medalhas de ouro cada um, enquanto a equipa Djan Madruga Natação conquistou apenas 1 medalha de ouro e as restantes equipas nenhuma.

No cômputo geral, os três melhores clubes obtiveram as seguintes medalhas:

Botafogo: 11 ouro; 10 prata e 11 bronze
2º Flamengo: 11 ouro, 10 prata e 2 bronze
3º Fluminense: 11 ouro, 7 prata e 6 bronze

O Botafogo conquistou medalhas de ouro nas seguintes classes e provas:

Classe Petiz I
» 800m livre feminino – Isabela Talita Holz em 12’26”

Classe Petiz II
» 800m livre masculino – Hudson Moreira em 11’00”21

Classe Mirim II
» 800m livre masculino – Breno Flegner em 13’39”

Classe Infantil II
» 800m livre masculino – Matheus de Santana em 9’19”76

Classe Juvenil I
» 800m livre feminino – Aline Rodrigues em 9’41”41
» 1500m livre masculino – Felipe Lobato em 18’39”97

Classe Juvenil II
» 800m livre feminino – Helena Amorim em 9’14”29
» 1500m livre masculino – Yuri M. Silva em 17’34”91
» 1500m livre feminino – Marcelle Canedo em 20’41”84

Classe Júnior II
» 1500m livre feminino – Mariana Correa em 18’52”42
» 800m livre masculino – Yago Sant’Anna em 8’52”08

Pesquisa de Rui Moura

terça-feira, 30 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (80)

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Voz de Lionel Messi

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“Para ser uma lenda é preciso ganhar a Copa do Mundo”Lionel Messi, craque do Barcelona em declaração recente.

Temos oito lendas: Garrincha (1958-1962), Nilton Santos (1958-1962), Didi (1958-1962), Amarildo (1962), Zagallo (1962), Jairzinho (1970), Paulo César Caju (1970), Roberto Miranda (1970).

E temos Didi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958; e temos Garrincha eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1962; e temos Jairzinho o único jogador do mundo que marcou gols em todos os jogos de uma mesma Copa do Mundo (1970).

E há outros campeões do mundo que jogaram pelo Botafogo, tais como Gérson (1970), Carlos Alberto Torres (1970) ou Bebeto (1994).
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Quem pode tem; quem não pode não tem… Lendário mesmo é o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS!!!
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Botafoguenses de sempre (4)

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Nesta etiqueta de ‘botafoguenses de sempre’ apresenta-se hoje a família de Marcos Venícius, ‘velha’ nossa conhecida, que integra também a família botafoguense e a ‘família’ deste blogue há muito tempo (foto acima: Marcos Venícius com a esposa Beth).


O Mundo Botafogo possui vários artigos publicados com estes botafoguenses, em particular com os ilustres membros da família de Marcos Venícius que se podem ver na foto acima: Marcelo (filho), Beth (esposa), Junior (filho) e Dauhana (nora). Veja mais fotos desta família em: http://mundobotafogo.blogspot.com/2009/01/i-mostra-de-camisas-no-salo-de-trememb.html
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Recordar é viver – A voz que lateja


[Editor do Mundo Botafogo abrindo uma nova etiqueta designada por ‘paradoxos’: aprecio um botafoguense falando do Fluminense usando a razão e a sua profunda paixão pelo futebol; amanhã farei o contrário – um fluminense falando do Botafogo]

por Armando Nogueira

"O Fluminense cai pra Terceira Divisão. Dito assim, em breve oração, soa como um fiapo de conversa. Papo de segunda-feira chuvosa. Pra chatear tricolor, os irônicos dizem que, felizmente, não existe a Quarta Divisão.

Mal se dão conta de que o desterro de um grande clube não é um martírio solitário. Por tabela, atinge todo mundo. O Flamengo nunca seria o mesmo se não tivesse a fustigá-lo o tenaz fervor do Fluminense. Os dois criaram, juntos, um dos maiores mitos do futebol brasileiro que é o Fla-Flu. Nelson Rodrigues dizia que há um parentesco óbvio entre o Fla e o Flu. Seriam os irmãos Karamazov do futebol. Amor e ódio. Eu, por mim, vivi uma juventude atormentada pelo "frisson" dos jogos entre Botafogo e Fluminense. Era o chamado "clássico vovô". A manchete dos jornais exaltava cada batalha entre os dois mais antigos rivais do futebol carioca. O Fluminense era um pesadelo na vida dos outros times. Tinha mais títulos. Tinha mais nobreza. Os outros tinham escudo. O Fluminense tinha brasão.

Por favor, não queiram ver no flagelo do Fluminense apenas um time de futebol agonizando às portas do inferno. Estamos vendo consumir-se nas chamas de um longo martírio muito mais que uma simples equipe. São centenas de troféus. São vitrais de três cores mágicas a filtrar a luz de tantas glórias. O Fluminense é um hino. É um sonho de menino.

Mário Lago diz que há muito tempo o Fluminense saiu de suas cogitações existenciais. Do alto de seus oitenta anos, tem todo o direito de ignorar o presente do clube. O tempo passado enche de glórias seu bravo coração tricolor. O Carlinhos é que não tem. O Carlinhos, um garoto de 14 anos, ainda tem muito que palpitar, coração na mão, por seu clube tantas vezes campeão. O Fluminense precisa de seu amor. Mesmo que, agora, Carlinhos não tenha coragem de aparecer no colégio vestido com a camisa do Fluminense.

Bem que ele podia mudar de colégio. Chegaria lá, cara nova, metido no uniforme do Vasco da Gama, que é o time da moda no Rio. Carlinhos seria até festejado.

Mário Filho dizia que é mais fácil mudar de mulher que mudar de clube. Pois é esse o caso do Carlinhos. Ele não tem duas caras. Nasceu Fluminense e Fluminense há de morrer.

Pois é pensando no Carlinhos que escrevo sobre o drama do clube tricolor.

Se o Fluminense acabasse, de vez, o mundo ficaria sem graça pro Carlinhos.

Ele não pode, nem quer virar Flamengo, nem Botafogo, nem Vasco. O sentimento clubístico é mais forte que o sentimento patriótico. A criança descobre o clube do coração antes de descobrir a própria pátria. Carlinhos aprendeu a cantar o hino do Fluminense muito antes de aprender a cantar o Hino Nacional. Antes de ouvir falar em Brasil, Carlinhos já ouvia o pai repetir, dia e noite, debruçado no berço: Flu-mi-nen-se! Essa é a voz que lateja nas entranhas de Carlinhos.

O Fluminense é hoje uma paixão golpeada no coração de Carlinhos.

Ele continua entre nós...

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“Muito obrigado por esse carinho e solidariedade de todos vocês neste momento difícil. Ele está levando isso no coração dele. Ele continua entre nós.” – disse o jornalista Armando Augusto Magalhães Nogueira, conhecido por ‘Manduca’ e filho único de Armando Nogueira.

O corpo parte, a obra fica, a alma é eterna…

O filho ‘Manduca’

O ex-presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas

Uma torcedora botafoguense entre tantos admiradores
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Fotos: Gilvan de Souza / Lancenet

segunda-feira, 29 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (79)

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Parabéns pelo 1º lugar antecipado!

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O nosso Botafogo nunca deixará de ser uma surpresa. Do futuro tenebroso que nos esperava no início do ano até à reviravolta foi um lapso. A Taça Guanabara foi ganha com surpreendente facilidade, sem recorrência a grandes penalidades, e o 1º lugar do grupo na Taça Rio surgiu com uma enorme naturalidade.

E, contudo, a equipa tem fracas individualidades. Porém, a capacidade coletiva supera essas deficiências, apesar de ainda se poder fazer melhor, jogando todos mais juntos e com mais consistência. Joel Santana criou um grupo que vai continuar na mesma filosofia: poucas alterações e poucas ‘invenções estapafúrdias’, equipa retrancada porque a defesa é fraca, paciência para esperar a falha do adversário e contra-atacar com sucesso e, finalmente, uma ‘arma secreta’ chamada Caio para resolver os momentos carecidos da criatividade que os outros titulares não têm.

Em suma, temos hipóteses de ser campeões, mesmo sem grandes individualidades, porque os quatro grandes clubes do Rio não possuem um futebol distintivo: o Vasco afundou frente ao Americano, o Fluminense não se viu frente ao Vasco e o Flamengo continua a viver de arbitragens que até a Globo classifica como duvidosas (caso da última grande penalidade assinalada a favor desses senhores). E Joel Santana continua focado, tendo perdido apenas o jogo contra o Fluminense, e por mero acaso.

Na verdade, desde há muito tempo que, exceto a derrota volumosa contra o Vasco, não é fácil ganhar ao Botafogo. Em geral as equipas jogam mal contra nós, como se verificou novamente ontem. Sejamos francos: o Boavista teve uma única oportunidade de gol já no final de jogo com a virada de Tony que, com sorte e sem olhar à baliza, enfiou a bola no gavetão superior direito de Jefferson – que continua a defender com excelência.

Se não considerarmos o 1º gol de Loco Abreu, que foi um mero golpe de sorte e um buracão da defesa contrária, o Botafogo jogou como é costume: recuado, com pouca iniciativa e esperando o contra-golpe para marcar gol. Aliás, não sabemos jogar com iniciativa, exceto no caso de Caio que está habituado a “ganhar deles desde as bases”. Mas o Boavista mantinha uma relação especial com a arquibancada sempre que chutava de fora da área, isolando a bola, e o Botafogo ia gerindo o jogo. A ligação entre os jogadores não era famosa, e Loco Abreu buscava jogo atrás, quando a sua municiação deveria ser feita pelo meio campo, que se mantinha longe, ou por Herrera buscando jogo atrás. Ou pelos laterais, que me pareceram instruídos por Joel Santana para não se excederem nos seus avanços.

A alternância de boas e más jogadas continua a ser uma presença nos jogos do Glorioso. Ontem, nem os escanteios foram bem cobrados para a cabeça de Loco Abreu. Fala-se muito da ‘jogada aérea’ única do Botafogo sem Caio, mas eu não vi a bola chegar à cabeça de Loco Abreu, nem ele cabeceou ontem – na verdade, fez três gols com os pés. Realmente a jogada está manjada, mas não faz sentido não fazê-la funcionar sempre que isso seja possível, tendo em consideração que possuímos um atacante tão alto.

De resto, Loco Abreu tem mais inteligência que muitos jogadores da equipa, mas é um trapalhão com a bola nos pés. Ontem, o fabuloso passe para o golaço de Marcelo Cordeiro no segundo tempo foi algo antológico. Pergunto-me como é que Loco Abreu viu o Marcelo Cordeiro chegando, ou se foi mero reflexo supondo que o lateral estaria por ali.

Aliás, por falar no segundo gol, diga-se que o Botafogo melhorou substancialmente na segunda parte, após a entrada de Caio. O jogo fluiu mais, embora não me pareça que o trio de atacantes funcione bem. Continuo a pensar que o 4x4x2 com Caio em médio ofensivo nos daria o título, porque o Botafogo está habituado a dois atacantes e não a três. Não obstante, mais uma vez Caio foi alvo de uma grande penalidade, cobrada com muita precisão por Loco Abreu, caso contrário o goleiro teria conseguido agarrar.

A segunda parte foi toda em ritmo de treino porque o Boavista é fraco e o Botafogo acertou as ligações, ganhando o jogo sem dificuldades de maior.

Notas finais:

» Loco Abreu perde muitos gols feitos devido a ser trapalhão com a bola em sua posse; a rapidez de passe a Marcelo Cordeiro foi oposta à eternidade em que, junto à pequena área, esteve em frente à baliza sem saber como fazer o gol – que acabou por não fazer.

» Lúcio Flávio tem jogado melhor e fez um excelente passe mudando completamente de flanco, originando o cruzamento para o gol de carrinho feito por Loco Abreu.

» A presença de Caio é sempre sentida mesmo quando não faz um jogo de ‘encher o olho’, porque há sempre jogadas de gol que passam por ele.

» O golaço de Marcelo Cordeiro pode ter honrado a noite de exéquias de Armando Nogueira, mas parece-me que foi mesmo um gol à Nilton Santos com dedicatória e tudo o mais.

» O absurdo gol anulado a Loco Abreu – por pura incompetência do auxiliar – faz-me sempre ficar na dúvida quando é que nos estão a ladroar ou quando campeia livremente a notória incompetência das arbitragens cariocas.

» Finalmente, Dunga não terá visto ainda Tony jogar, o tal craque de seleção, segundo André Silva?... Se não, perdoa-se que ainda não o tenha convocado…

FICHA TÉCNICA
Botafogo 4x1 Boavista
» Gols: Loco Abreu 8', 79' e 88' e Marcelo Cordeiro 53' (Botafogo); Tony 90'+1
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 29/03/2010
» Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
» Arbitragem: João Batista de Arruda; Marcelo da Silva Cardoso e Ivan Silva Araújo
» Cartões amarelos: Somália e Herrera (Botafogo); Roberto Lopes e Mancuso (Boavista)
» Botafogo: Jefferson; Danny Morais, Antônio Carlos e Fahel; Somália (Alessandro), Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Caio), Lúcio Flávio e Marcelo Cordeiro; Herrera (Edno) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Boavista: Vinícius; Ruy, Bruno Costa, Santiago e Paulo Rodrigues (Carlos Alberto); Mancuso (Thiaguinho), Júlio César e Léo Faria; Tony e Marlon (Rafael). Técnico: Jorge Porto.
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Foto: Fernando Maia / O Globo

Botafoguense nadou e ‘medalhou’


A seleção brasileira disputou o Torneio Multinations de natação e as botafoguenses Priscilla Souza (foto) e Larissa Simões integraram as equipas. Priscila competiu no Multinations Junior Meet, que se realizou na cidade de Gorzow, na Polónia, e Larissa competiu no Multinations Youth Meet, que se realizou na cidade de Coimbra, em Portugal.

As restantes atletas do Rio de Janeiro foram Letícia Odorici, do Flamengo, que foi à Polónia, e Nathália Almeida, do Tijuca, que foi a Portugal.

Em Portugal não houve subida de cariocas ao pódio, mas classificaram-se bem. Larissa obteve a 5ª posição nos 200m peito com o tempo de 2’54”75 e Nathália ficou em 4º lugar nos 200m borboleta com o tempo de 2’27”27

Na Polónia conseguiu-se uma medalha de prata através de Priscila e Letícia (juntamente com Carolina Bergamaschi e Eliandra Silva) no revezamento 4x100m livre com o tempo de 3’57”69. A parcial da botafoguense Priscila foi de 59”34 e a de Letícia foi de 59”57.

Referências:
Sítio Oficial da Federação Aquática do estado do Rio de Janeiro
http://mundobotafogo.blogspot.com/2010/03/atletas-de-natacao-na-selecao.html

Botafogo tricampeão das Regatas do Futuro

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A escolinha de remo do Botafogo venceu a competição Regatas do Futuro em 2008, 2009 e 2010; o Flamengo venceu também essas regatas em 2007, 2008 e 2009. A 1ª Regata do Futuro realizou-se em 1998 e doze anos após o Botafogo ganha a 27ª Regata (29/03/2010).

No ano passado o Botafogo arrecadou nove medalhas de ouro, sete de prata e sete de bronze e conquistou o Troféu Guilherme Arinos. Nessa Regata o Flamengo também conquistou 9 medalhas de ouro, tendo o desempate favorecido o Botafogo por ter conquistado mais medalhas de prata.

Porém, este ano a diferença foi bastante significativa: os jovens remadores botafoguenses fizeram muito melhor do que em 2009, conquistando 12 medalhas de ouro contra 6 do Flamengo, num total de 23 regatas. Os vencedores arrecadaram o Troféu Manoel Therezo Novo e o Troféu Guilherme Arinos.

Eis as conquistas ‘douradas’:

» Canoe Feminino (Aberto): Sabrina C. A. Santos.
» Canoe Masculino (18 anos): Natan Oliveira.
» Double Masculino (18 anos): Jonathan Pereira Amaral / Francisco Gustavo O. Souza.
» Canoe Masculino (14 anos): Kaian Santos Souza.
» Canoe Feminino (27 anos): Maria Valnete Penha Abreu.
» Canoe Masculino (16 anos): Sidiney Fernandes.
» Canoe Masculino (27 anos): Bruno de Azevedo.
» Canoe Remo adaptado (só braço): Isaac Jose Ribeiro.
» Canoe Masculino (12 anos): Daniel B. Chaves.
» Doublé Masculino (15 anos): Gabriel Moraes F. Cardoso / Andre Fernandes.
» Canoe Feminino (14 anos): Sara Lins Caetano.
» Yole 8 Masculino (Aberto): Francisco, Judson, João, Weslley, Jonathan, César, Natan, Carlos e Cláudio (timoneiro).

Referências:
Blogue Mundo Botafogo
Sítio Oficial do Botafogo F.R.

Faleceu Armando Nogueira

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Armando Nogueira nasceu em Xapuri a 14 de Janeiro de 1927 e faleceu no Rio de Janeiro a 29 de Março de 2010, com 83 anos de idade. Jornalista, cronista desportivo e botafoguense muito conhecido, Nogueira foi responsável pela implantação do jornalismo na Rede Globo.

Entre 1950 e 1963 trabalhou no Diário Carioca, no qual escreviam jornalistas de grande renome. Colaborou também no Diário da Noite e na revista Manchete, indo depois para O Cruzeiro e, em 1959, para o Jornal do Brasil.

Armando Nogueira ficou especialmente conhecido quando foi testemunha ocular do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, considerado num dos mais importantes governadores do Rio de Janeiro, devido a ter narrado a reportagem na primeira pessoa, o que era inédito no Brasil.

Na televisão, Armando Nogueira foi pioneiro desde 1959, escrevendo textos para os locutores Cid Moreira e Heron Domingues transmitirem na antiga TV-Rio.

Em 1966 foi convidado por Walter Clark para a rede Globo e foi um dos responsáveis pela implantação do telejornalismo da emissora. Em 25 anos de Globo implantou o jornalismo em rede nacional e criou os noticiários Jornal Nacional e Globo Repórter.

Porém, o Botafogo e o desporto foram sempre as suas grandes paixões, tendo realizado a cobertura das Copas do Mundo desde 1954 e dos Jogos Olímpicos desde 1980. Escreveu dez livros sobre desportos.

Não obstante, a vida de Armando Nogueira teve importantes polémicas. Diretor de jornalismo durante a ditadura, há quem o acuse de ter pactuado com o regime totalitário, tendo sido na sua ascensão à Rede Globo que o grande João Saldanha foi demitido, e Armando Nogueira recusou-se mais tarde a dar entrevistas para a biografia do ‘João Sem Medo’.


Em sentido contrário, Armando Nogueira (a imagem acima representa o troféu instituído pela Globo para premiar o melhor jogador de cada posição no Campeonato Brasileiro) opôs-se a Roberto Marinho durante as eleições presidenciais entre Fernando Collor de Melo e Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, argumentando que a Globo favoreceu Collor ao exibir no Jornal Nacional um debate entre os candidatos, cuja exibição, segundo Nogueira, foi claramente favorável ao futuro presidente. Após criticar pessoalmente o todo-poderoso dono da Globo, Armando Nogueira foi aposentado e desligou-se da emissora.

Desde então, Nogueira dedicou-se exclusivamente ao jornalismo desportivo, mantendo uma coluna reproduzida em 62 jornais brasileiros, um programa na SporTV, outro na rádio e um sítio oficial na Rede.


Armando Nogueira foi reconhecido pelo Botafogo de Futebol e Regatas, que inaugurou, a 18 de Maio de 2009, em General Severiano, a sala de imprensa ‘Jornalista Armando Nogueira’. Leia a reportagem feita sobre o assunto em http://mundobotafogo.blogspot.com/2009/05/sala-de-imprensa-jornalista-armando.html.

Armando Nogueira, consagrado pela qualidade da sua escrita, deixou-nos frases lapidares, tais como:

– "A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus."

– "Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifúndio."

– "Para entender a alma do brasileiro é preciso surpreendê-lo no instante de um gol."

– "Deus é esférico."

Sobre o Botafogo disse um dia: – “Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela. Por isso é que o Botafogo está sempre no caminho certo, o caminho da luz. Feliz do clube que tem por escudo uma invenção de Deus.”

Mas a frase que, em minha opinião, concentra toda a energia e esplendor botafoguense deve-se a Armando Nogueira:

– "O Botafogo é bem mais que um clube – é uma predestinação celestial."

Referências:
Globoesporte.com
Wikipédia

domingo, 28 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (78)

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Caio resolve!

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Estimado leitor, aprecie a produção do jovem Caio em escassos dois meses numa síntese Lancenet:

21/1 – Botafogo 2x1 Friburguense – Engenhão: Entrou no intervalo no lugar de Jorge Luiz. Sofreu o pênalti que originou o segundo gol alvinegro, marcado por Herrera.

30/1 – Botafogo 2x1 América – Engenhão: Entrou aos 59' no lugar de Renato. Fez o gol da vitória, aos 89’ minutos, ao aproveitar bobeada de Gerson, do América.

04/2 – Madureira 1x4 Botafogo – Maracanã: Entrou aos 75' no lugar de Lúcio Flávio, quando o jogo estava 1x0 para o Botafogo. No minuto seguinte, deixou o seu, o segundo do time. E no fim, deu passe para Loco Abreu fazer o quarto.

17/2 – Flamengo 1x2 Botafogo – Maracanã: Entrou aos 71' no lugar de Lúcio Flávio. O 1x1 persistia e o Flamengo pressionava, mas Caio aproveitou a ajeitada de Herrera e decretou a vitória, que colocou o Botafogo na final da Taça Guanabara.

21/2 – Vasco 0x2 Botafogo – Maracanã: Entrou aos 62' no lugar de Lúcio Flávio. Sofreu a falta que deu origem ao cruzamento que Fábio Ferreira aproveitou, abrindo o placar. Depois, sofreu a falta em que Nilton foi expulso, deixando o Vasco com um a menos.

27/2 – Americano 1x3 Botafogo – Godofredo Cruz: O jogo estava difícil em Campos. No placar, 1x1. Caio entrou aos 65', no lugar de Eduardo, e no minuto seguinte desempatou o jogo, ao receber passe de Herrera. No fim, ele ainda fez mais um, em jogada de contra-ataque em que driblou o goleiro Fred.

04/3 – Botafogo 2x1 Duque de Caxias – Engenhão; Foi titular, já que Loco Abreu tinha voltado de amistoso pela seleção uruguaia. Sofreu dois pênaltis – Herrera desperdiçou o primeiro e converteu o segundo. Ainda sofreu a falta em que Mayaro, do Duque de Caxias, foi expulso.

11/3 – Botafogo 4x3 São Raimundo-PA – Copa do Brasil: Entrou aos 66', no lugar de Fahel. Quando o Botafogo vencia por 3x2, fez a jogada do gol marcado por Loco Abreu, aos 38.

14/3 – Botafogo 2x0 Olaria – Engenhão: Foi titular na vaga de Herrera, suspenso. Não teve o brilho de outros jogos, mas fez o cruzamento para o gol de Antônio Carlos, que abriu o placar.

25/3 – Volta Redonda 0x1 Botafogo – Raulino de Oliveira: a cidade onde começou a jogar e onde moram seus familiares, entrou aos 67', na vaga de Sandro Silva, e fez o gol da vitória 88’.

Nota de Mundo Botafogo: cerca de 30 a 25 minutos de jogo é o tempo que Joel Santana dá a Caio para compreender o xadrez do jogo, abrir brechas na defesa contrária e resolver a partida num escasso nanossegundo.

Referência:
http://www.lancenet.com.br/botafogo/noticias/10-03-26/724763.stm?futebol-caio-ja-entrou-e-resolveu-o-jogo-seis-vezes-nesta-temporada

Uma mãozinha


por Luiz Fernando Veríssimo

Um dia chegou um cara no bar dizendo que era Deus. Pediu uma cachaça ao balcão e derramou um pouco no chão. “Para toda a minha equipa”, disse, em vez de “Para o santo”. O pessoal riu. Deus era simpático. E não era arrogante, como seria de esperar. Não chegou botando banca. Cara simples, sem frescura. Alguém perguntou:

- Então o senhor é o Todo-Poderoso?
- Em pessoa.

Outro começa a perguntar:

- Foi o senhor que…

Mas Deus o interrompeu:

- Por favor, não me chame de senhor. “Você” está bem.
- Foi você que fez esta joça toda?

A “joça” indicada era o interior do bar, mas queria dizer tudo. O mundo. O universo. Tudo.

- Foi. Modestamente.

Estava juntando gente para ouvir a conversa.

- Foi tudo em seis dias, mesmo?
- Bom, a Bíblia exagerou um pouco. Sabe como é, a turma gosta de bajular o chefe. Digamos que foi em menos de um mês, mas dia e noite. Tive alguma dificuldade com as cordilheiras e o rinoceronte, que não saiu muito bem como eu queria. E com o homem. Eu não tinha em que me basear para fazer o homem, acabei me usando como modelo.
- E a mulher?
- Aí eu já tinha pegado a prática, e caprichei. Acho que é o meu melhor trabalho, depois da borboleta imperial.

Se era um maluco, era um maluco divertido. Todo o mundo queria fazer perguntas a Deus. E as tragédias? Como ele explicava os terramotos, e os acidentes, e as mortes, e o sofrimento humano?

- Vocês sabem que o Diabo faz de tudo para me desmoralizar. É coisa dele.
- Mas o senhor, você, que é Todo-Poderoso, não tem poder sobre o Diabo?
- Não. Todo o mundo sabe como é, quando um filho vai pró mau caminho. Começa a usar drogas, andar em más companhias… Perdi o controle. Reconheço. Talvez tenha faltado um pulso mais firme. Não sei. E agora ele anda aí, fazendo das suas.

Foi quando o Tião pegou o homem pelo braço e o convidou a sentar-se com ele. Ele queria mais cachaça? Podia pedir. O Tião pagava. E ficaram os dois conversando, o Tião falando perto do ouvido de Deus. Depois perguntaram ao Tião sobre o que eles tinham conversado.

- O Botafogo – respondeu o Tião. - Pedi uma mãozinha.

O quê?! O Tião tinha pedido uma ajuda de Deus para o Botafogo?! Ele não sabia que o cara era um maluco?

- Sabia, claro – disse Tião. – Mas por via das dúvidas…

Referências:
http://exbancario.blog.br/2010/03/uma-maozinha/
O Globo, 21/03/2010

sábado, 27 de março de 2010

Voz de Hobsbawm

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“O futebol é a religião leiga da massa operária”.Eric Hobsbawm, historiador marxista.
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Fãs de todo o mundo (77)

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Infantis vencem torneio em 1952


O Botafogo venceu o torneio de futebol dos ‘Jogos Infantis’, realizados em 1952, tendo obtido 100% de aproveitamento nas partidas disputadas. Eis a campanha do Glorioso:

» Botafogo 11x0 Glória [Ivan (5), Sérgio (4) e Hugo (2)]
» Botafogo 3x1 Progresso [Sérgio (2) e Hugo]
» Botafogo 2x1 Fluminense F.C. [Ronald e Sérgio] (*)
» Botafogo 5x0 Colúmbia [Sérgio (3), Ronald e Hugo]
» Botafogo 3x0 Bangu A.C. [Sérgio (2) e Hugo]

(*) Empate 1x1 no tempo regulamentar.

O Botafogo venceu todos os jogos e obteve um saldo de 22 gols (24-2). A artilharia esteve a cargo de Sérgio (12 gols), Ivan (5 gols), Hugo (5 gols) e Ronald (2). A equipa foi treinada por Sobral e Neném.

Ficha Técnica da Final

BOTAFOGO 3x0 BANGU
» Gols: Sérgio (2) e Hugo
» Competição: Torneio de Futebol dos ‘Jogos Infantis’
» Data: 25/05/1952
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro
» Árbitro: Benjamin Carvalho dos Santos; assistentes: Antônio Gomes Moreira e Wilson de Souza
» Botafogo: Waldemar, Paulo e Otelo; Roberto, Ronald e Luís Carlos; Placiano, Ivan, Sérgio, Adílson e Hugo.
» Bangu: Ronaldo, José e Joel I; Wilson, Coraci e Darci; Joel, Adinei, Nihon, Admir e Pacheco.
Obs.: Na preliminar o Madureira venceu o Colúmbia e ficou em 3° lugar.

Referências:
Jornal dos Sports, de 27-05-1952
Revista Botafogo, n° 94, de julho de 1952
Pesquisa de Claudio Marinho Falcão e Pedro Varanda

Pará: um recordista no gol da seleção brasileira de pólo aquático

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por Luiz Murillo Tobias e Maria de Andrade

É um golfinho? Um boto? Um tubarão? ... Não. É André Cordeiro saindo da água e pulando para mais uma milagrosa defesa à frente da seleção brasileira de pólo aquático. O goleiro, mais conhecido pelo apelido de ´Pará´, completa, em 2009, 27 anos de serviços prestados ao esporte nacional. Um recorde que dificilmente será batido por outro atleta na modalidade. Querido pelos torcedores e admirado pelos companheiros e técnicos, ele segue jogando em piscinas do Brasil e do Mundo.

Estimulado pelo irmão, PARÁ COMEÇOU A JOGAR NO BOTAFOGO, AOS 11 ANOS. Em 1982, recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira e não saiu mais. Ganhou vários títulos importantes, como cinco Sul-Americanos (1998, 2000, 2002, 2004 e 2006), bronze na Copa Latina e prata nos Pan-Americanos de Santo Domingo e Rio de Janeiro. "Nem sei quantos títulos conquistei em clubes e na seleção. Só pesquisando na CBDA (Confederação Brasileira de Natação). Anos atrás, me separei e tive que jogar alguns troféus fora. Não tinha onde guardar”, afirma o atleta sorrindo.

Atualmente, Pará defende o clube Pinheiros, de São Paulo, e não esconde seu desapontamento em não ter defendido um clube europeu. “Os jogadores de linha são mais valorizados”, lamenta. O goleiro, que foi destaque do Brasil no Pan2007 e recebeu do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) a medalha de mérito esportivo, afirma que não pretende parar tão cedo e já sonha com as Olimpíadas de 2016. "Eu tenho muito cuidado com a minha saúde, não perdi velocidade e a experiência aprimorou minha técnica”, fala com a certeza de quem não tem medo de superar desafios.

Fonte
http://redefpg.ning.com/profiles/blogs/para-um-recordista-no-gol-da

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (76)

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Caio - um exemplo de atleta

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Ontem de manhã o futebolista Caio participou de um projeto social em Volta Redonda, sua cidade natal. O ‘talismã de aço’ apadrinhou um evento dirigido a crianças carentes e desenvolvido pelo clube Recreio do Trabalhador, da Companhia Siderúrgica Nacional.

O projeto abriga mais de 300 crianças carentes entre 7 e 17 anos que fazem parte da rede pública de ensino e as famílias de baixa renda das cidades de Volta Redonda, Barra Mansa e Barra do Piraí serão beneficiadas pela iniciativa.

Foi no clube Recreio do Trabalhador que Caio se iniciou no futebol, e o coordenador do projeto foi o seu primeiro professor.

Sempre defendi que o esporte não pode ser apenas competição, porque sem o exemplo, a solidariedade e a ética de gente capaz, não passa de alienação de massas. Os jogadores que tão péssimos exemplos dão aos mais jovens com a sua decadência moral não fazem falta ao Botafogo, mesmo que sejam craques consagrados. Ao nosso clube fazem falta atletas com a simplicidade e a maturidade de Caio. É assim que se forja o futuro, e não no despudor crescente do vale tudo nem na negligência pública de comportamentos execráveis.

É com homens como Caio que o esporte cresce e não definha. É com gente assim que ‘ordem e progresso’ serão cada vez mais reais. Parabéns, Caio!

Aproveito a oportunidade para, apesar da incapacidade demonstrada pela nossa diretoria na gestão do futebol, saudar as manifestações sociais que o Botafogo também tem lançado e as parcerias com clubes para o renascer de outras modalidades amadoras há muito esquecidas no Glorioso – que sempre foi um clube multiesportivo e honrado, desde 1894 através do patrono Luiz Caldas e desde 1904 com o grupo de ‘garotos’ que se solidarizou com Abelardo Delamare em 1911.
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Foto: Paulo Sérgio / Lancenet

As Olimpíadas Botafoguenses

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por Claudio Marinho Falcão
publicação simultânea no blogue DataFogo

As Olimpíadas Botafoguenses eram um encontro esportivo anual organizado pelo Botafogo de Futebol e Regatas, no qual participavam atletas, ex-atletas e associados do Clube, classificados por faixas etárias, competindo nos mais variados esportes, inclusive em alguns que o Alvinegro não disputava oficialmente, sendo habitualmente divididos em duas grandes equipes: a ‘Estrela Solitária’ e o ‘Glorioso’.


Iniciativa da campeoníssima Margarida Teresa Nunes Leite, a ‘Atleta Símbolo’ do Botafogo, teve lugar pela primeira vez no ano de 1957, com o desfile inaugural a 6 de outubro, no Estádio de General Severiano, quando foram entregues os prêmios ‘Honra à Fidelidade’ aos atletas que completaram 15 anos (medalha de ouro) e 10 anos (medalha de prata) de dedicação ao Alvinegro, sendo também pronunciado o compromisso olímpico. Dentre os que receberam a medalha de ouro encontrava-se justamente a dinâmica Margarida. A festa de encerramento ocorreu a 1° de novembro, na sede social, sendo proclamada campeã a equipe ‘Estrela Solitária’, com 200 pontos, contra 184 do ‘Glorioso’.

Tais foram os esportes envolvidos nessa I Olimpíada: voleibol, basquetebol, futebol de botão, tênis de mesa, atletismo, remo, futebol, boliche, halterofilismo, ‘pequenos jogos’ (entre crianças), além de uma gincana. Os competidores foram distribuídos pelas seguintes faixas etárias: adultos, 15 a 17 anos, 10 a 14 anos e até 9 anos.

Medalhas foram entregues aos vencedores, bem como pequenas taças aos atletas mais eficientes.


A II Olimpíada teve seu desfile de abertura também no Estádio de General Severiano, a 11 de outubro de 1958, sendo igualmente entregue o prêmio ‘Honra à Fidelidade’, bem como prestado o juramento olímpico.

Nesse ano tivemos os seguintes esportes: voleibol, tênis de mesa, futebol de botão, arco e flecha, remo, futebol, boliche, halterofilismo, basquetebol, esgrima, atletismo e ‘pequenos jogos’. A faixa etária de até 9 anos foi subdividida em até 5 anos e de 6 a 9 anos, mantendo-se as demais.

A solenidade de encerramento deu-se na sede social a 21 de novembro, sendo dessa vez campeã a equipe ‘Glorioso’, com apenas 2 pontos de vantagem sobre os da ‘Estrela Solitária’ (204 a 202), tendo igualmente sido entregues as medalhas aos vencedores e as taças aos mais eficientes.


Seguiu-se a III Olimpíada, em 1959, com o desfile inaugural a 27 de setembro em General Severiano, quando foi pronunciado o compromisso olímpico de praxe. Na ocasião foram mais uma vez entregues os prêmios ‘Honra à Fidelidade’.

Foram esses os esportes envolvidos nessa terceira disputa: esgrima, voleibol, tênis de mesa, boliche, basquetebol, futebol, futebol de botão, remo, halterofilismo, atletismo e ‘pequenos jogos’. Houve pequena mudança nas faixas etárias, sendo os pequenos agrupados em uma só categoria, de 4 a 9 anos.

A festa de encerramento ocorreu a 9 de novembro, quando foi proclamada campeã a equipe ‘Glorioso’, com 217 pontos, contra 201 da ‘Estrela Solitária’, tendo então sido distribuídas as premiações habituais.


A IV Olimpíada foi disputada no mês de novembro até 4 de dezembro de 1960, sendo esses os esportes que estiveram em competição: basquetebol, futebol, voleibol, arco e flecha, tênis de mesa, halterofilismo, remo, boliche, esgrima e ‘pequenos jogos’. Repetiu-se a divisão por faixas etárias que fora adotada em 1958.

A solenidade de encerramento foi realizada na sede social a 5 de dezembro, tendo sido entregues as taças aos atletas mais eficientes e anunciado o resultado final, com a vitória da equipe ‘Glorioso’, por 334 a 277 pontos, conquistados pela ‘Estrela Solitária’. A 15 de dezembro foram entregues as medalhas aos competidores melhores colocados.

Não obtive informações sobre os Jogos de 1961, porém a 22 de julho de 1962 ocorreu em General Severiano a solenidade de abertura da VI Olimpíada, contando, dentre outros atos, com a leitura do juramento do atleta e a habitual entrega do prêmio ‘Honra à Fidelidade’, sendo esses alguns dos esportes que entraram em competição naquele ano: futebol, atletismo, futebol de botão, boliche e cabo de guerra (recreação).


Já em 24 de agosto de 1963 ocorreu a abertura da VII Olimpíada, nessa ocasião no Ginásio do Mourisco, onde após o tradicional desfile foi prestado o juramento do atleta olímpico, bem como entregue o prêmio ‘Honra à Fidelidade’. No entanto, não logrei localizar outros detalhes dessa edição.


A partir daí não mais obtive notícias sobre a realização das interessantes Olimpíadas Botafoguenses, que pelo menos por sete anos consecutivos promoveram uma verdadeira integração de atletas, ex-atletas e associados do Clube e estimularam o surgimento de novos valores para a prática desportiva, em defesa das cores alvinegras.

Referências:
Revistas Botafogo
Pesquisa de Claudio Marinho Falcão
http://datafogo.blogspot.com

Voz de Caio 'Talismã' (1)

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"As pessoas acham que é sorte, mas é fruto de muito trabalho que eu venho fazendo desde a pré-temporada. As coisas não são simples assim". - Caio 'Talismã' sobre as suas magníficas exibições e seus gols que resolvem os jogos em poucos minutos.
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quinta-feira, 25 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (75)

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Talismã, Xodó, Iluminado: sempre ele!

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Creio que os botafoguenses andam contentes. Vencemos novamente, estamos à beira da classificação e somos candidatos à vitória da Taça Rio.

Por isso, devíamos rir, apenas. Mas botafoguense não sabe apenas rir feito sujeito que nada mais sabe fazer. Estou contente com os resultados da equipa, mas quero mais desde já, porque isso robustece-nos para a semifinal e, quiçá, para a final da Taça Rio. Botafoguense é protagonista, é insatisfeito, é inquieto, visa o futuro e deseja contribuir com o que de melhor pode para o seu clube. Então, aí vai a análise sem poupar o que não deve ser poupado.

Jogámos uma primeira parte tranquila, em jeito de treino, mas com muito pouca movimentação e eficácia. A ‘jogada única’ saía, mas a cabeça de Loco Abreu não acertava, e não acertou até ao fim. O tempo passava, a moleza continuava, o gol não saía. Herrera e Abreu falhavam e o jogo ficou monótono com um Botafogo muito acomodado à espera de um gol caído do céu.

Começa a segunda parte e o manjado jogo botafoguense da ‘jogada única’ permanece. Lúcio Flávio joga muito recuado e o meio campo não tem para onde jogar, a não ser para a cabeça de Loco Abreu – que não funcionou. Então, bem… então lá fomos sofrendo vendo os minutos passar, o gol não aparecendo e Joel Santana à espera sabe-se lá de quê.

Nem mesmo tendo Caio nascido na cidade, sido revelado pelo Volta Redonda e aclamado pela torcida desde o início da segunda parte como o ‘Talismã de Aço’, demoveu a enorme teimosia de Joel Santana em manter o ‘Talismã’ no banco.

É claro que eu sou um aprendiz face ao que Joel Santana sabe sobre futebol, mas… não será óbvio que o Botafogo joga muito melhor quando Caio ‘Talismã de Aço’ entra desde o início?... Não será óbvio que o Botafogo é muito mais lento e ineficaz sem Caio?... Não será óbvio que o Botafogo é muito mais fluído, mais rápido e mais eficaz com Caio em campo?... Não será óbvio que cada vez mais o Botafogo precisa de Caio em campo, que com muito menos tempo de jogo do que Loco Abreu, fez os mesmos gols que o seu companheiro de ataque?...

Em tempos defendi a permanência de Caio no banco e a sua utilização como ‘arma secreta’. Funcionava bem porque Caio é muito rápido, era desconhecido e surpreendia em poucos minutos. Assim que percebi que os adversários começaram a saber como dificultar a vida de Caio, então passei a defender a entrada de Caio desde o início. Até porque o Botafogo começou a jogar muitíssimo melhor com ele no início, porque o ataque torna-se muito mais perigoso e atemoriza as defesas contrárias durante todo o tempo.

É que além de Caio desorganizar muito mais as defesas contrárias com a sua rapidez, ele dá mais opções para o meio campo armar outras jogadas que ele saiba aproveitar, e não apenas a jogada aérea para Loco Abreu – que não funcionou rigorosamente nada durante este jogo. E se não fosse Caio o Botafogo teria complicado o que parecia simples: ganhar ao Volta Redonda.

Então, Caio devia ser titular, mas, não sendo, não pode jamais entrar apenas a 25 minutos do fim do jogo por causa de uma teimosia pública de Joel Santana, que chega ao absurdo de considerá-lo titular na reserva. O que é ser ‘titular na reserva’, Joel Santana?...

E porque é que Caio tem que, pelo menos, entrar mais cedo?... Porque sendo muito mais marcado do que antes, Caio precisa de mais tempo para perceber o jogo, para subtrair-se à marcação que lhe fazem e para descobrir por onde pode entrar na defesa contrária.

O esforço que Caio faz para perceber o jogo e resolvê-lo em tão pouco tempo é algo que considero quase ‘perverso’ para um rapaz de 19 anos. Na verdade, Joel Santana acha que o rapaz é jovem demais para encarar um jogo desde o início, mas não o acha jovem demais para resolver um jogo em tão pouco tempo com a respectiva exigência intelectual suplementar que lhe é pedida. Desculpe, Joel Santana, mas isso não é comportamento inteligente nem ético para com um rapaz que nos deu tantos pontos jogando tão pouco tempo.

E, além disso, não desejo criticar futuramente o treinador Joel Santana por perder a semifinal ou a final por não fazer Caio jogar desde o início ou, pelo menos, durante toda a segunda parte. Caro Joel Santana, botafoguense sofre demais sempre. Faça-nos um favor: alivie-nos deste desespero de ficar á espera de um gol no último minuto e coloque o ‘Talismã de Aço’ a jogar desde o início do jogo.

Não fosse o magnífico lançamento de Marcelo Cordeiro, à boa moda do saudoso Gérson, e a movimentação suprema de Caio, teríamos empatado com o Volta Redonda…
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Joel, não espere mais para acrescentar 'aço' ao Botafogo do 'Talismã'.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Volta Redonda
» Gol: Caio 89’
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 25/03/2010
» Local: Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
» Arbitragem: Gutemberg de Paula Fonseca; Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço
» Cartões amarelos: Marcelo Cordeiro, Somália (Botafogo); Léo Gonçalves, Alcir, Bruno Barra, André Gaúcho, Thiago Gasparino (Volta Redonda)
» Botafogo: Jefferson, Fahel, Antônio Carlos e Danny Morais; Somália, Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Caio), Lúcio Flávio (Fábio Ferreira) e Marcelo Cordeiro; Herrera e Loco Abreu (Edno). Técnico: Joel Santana.
» Volta Redonda: Everton, Thiago Gasparino, André, Alcir (André Gaúcho) e Márcio Loyola; Paulinho, Léo Gonçalves, Bruno Barra e Márcio Guerreiro (Rodriguinho); Adriano (Maciel) e Tássio. Técnico: Tita.
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Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com

Botafoguenses conquistam medalhas no remo

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No dia 21 de Março de 2010 foram encerrados os IX Jogos Sul-americanos de Remo, em Medellín, tendo os atletas do Botafogo conquistado uma medalha de ouro, uma medalha de prata e duas medalhas de bronze.

Prova 1X HPL (Skiff Homem Peso-Leve):
» 1º Aílson Eráclito da Silva com o tempo de 7’17”79

Prova 1X H (Skiff Homem Sénior):
» 3º Aílson Eráclito da Silva com o tempo de 8’18”58

Prova 4X H (Four Skiff Homens Sénior):
» 3º Aílson Eráclito da Silva (e Roque Zimmermann, Ronaldo Vargas e Thiago Carvalho) com o tempo de 6’29”34

Prova 1X FPL (Skiff Feminino Peso-Leve):
» 2º Gabriela Benitez com o tempo de 8’17”53

Prova 2- HPL (Dois Sem Homens Peso-Leve):
» 3º Ronald Brito (e Alisson Araújo) com o tempo de 7’26”94
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Foto: Vestiário Alvinegro

quarta-feira, 24 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (74)

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Botafogo campeão de natação mirim e petiz


Na piscina de 25 metros do Canto do Rio decorreu, no dia 20 de Março de 2010, o Torneio Mirim e Mirim I/II Abertura.

O Botafogo venceu a categoria Mirim I, conquistando nove medalhas de ouro, três medalhas de prata e quatro medalhas de bronze. Eis a classificação dos cinco primeiros colocados:

BOTAFOGO: 677,00 – 9 ouro, 3 prata, 4 bronze
2º Fluminense: 494,00 – 3 prata, 1 bronze
3º Flamengo: 443,50 – 2 ouro, 1 prata, 2 bronze
4º Tijuca: 355,50 – 1 ouro, 1 prata, 3 bronze
5º Marina: 254,00 – 4 prata, 3 bronze

No mesmo local decorreu, nos dias 20 e 21 de Março de 2010, o Torneio Petiz Abertura. O Botafogo venceu a competição conquistando nove medalhas de ouro, quatro medalhas de parta e oito medalhas de bronze. Eis a classificação dos cinco primeiros colocados:

BOTAFOGO: 1.317,50 – 9 ouro, 4 prata, 8 bronze
2º Marina: 1.273,00 – 8 ouro, 12 prata, 8 bronze
3º Fluminense: 1.099,50 - 7 ouro, 6 prata, 4 bronze
4º Flamengo: 969,00 – 5 ouro, 4 prata, 5 bronze
5º Tijuca: 732,50 – 1 ouro, 3 prata, 2 bronze

Referência:
http://www.aquatica.org.br/

O torcedor


por Carlinhos de Oliveira

Jogam Flamengo e Botafogo, e meu coração se divide. Como qualquer brasileiro, nasci Flamengo; mas, aos 18 anos, decido romper com todos os preconceitos, e mesmo com as crenças mais sensatas que vinha acumulando. Para começar tudo de novo. Resultado: fiquei sem um céu para onde ir depois da morte, e sem um time de futebol que me fizesse experimentar simbolicamente, nos fins-de-semana, as alternativas de vitória e derrota em que se resume a aventura humana. Uma tarde de domingo, jogavam Botafogo e Fluminense em partida final de campeonato. Toda a cidade estava no Maracanã. Andei pelas ruas desertas, indiferente à sorte do campeonato. Cheguei ao Metro Copacabana e entrei para ver um filme infantil. Lá dentro eram raros os adultos. Na saída, com o sol já se apagando, fui andando na direção do Roxy, e na minha frente ia uma família muito jovem: o marido com uns quarenta anos, a mulher grávida de seis meses.

O marido levava ao colo um menino pequeno, e a mulher conduzia pela mão dois outros meninos. Fui andando a pensar na alegria que eles teriam se dentro de três meses nascesse a primeira menina. Provavelmente iriam ter o quarto filho apenas para alegrar o homem, cujo sonho era ser pai de uma gentil criança do sexo feminino. A jovem senhora grávida era bela, de traços finos; usava sandálias sem alças e mostrava uns pés verdadeiramente sublimes. Íamos andando assim quando topamos com um cidadão que, encostado a uma árvore, ouvia um rádio de pilha. Ao vê-lo, o homem, a mulher e as crianças ficaram paralisados. O homem e a mulher se entreolharam em silêncio e ficaram ainda algum tempo indecisos. Depois, o homem, sempre com o filho caçula no colo, aproximou-se cautelosamente do cidadão que ouvia o rádio e falou:

– “Por favor... Quanto foi o jogo?”
– “Seis a dois” – disse o outro.
– “Ah, seis a dois... Mas para quem?”
– “Para o Botafogo, naturalmente...”
– “Naturalmente!” – exclamou então o pai de família, e a jovem senhora ficou com o rosto iluminado.

Os dois meninos que iam a pé pularam de contentamento. O pai entregou à mulher o filho de colo, beijou-a na testa, deu adeus aos outros filhos e saiu correndo na direção de um táxi que passava. Entrou no táxi e seguiu para o Túnel Novo.

Fiquei curioso para saber o que se passara. Contemplei algum tempo a jovem mulher que seguia agora o seu caminho, com dois filhos pela mão, um terceiro no colo e um quarto na barriga. Adiantei-me e lhe disse:

– “Queira desculpar, mas... Que foi que houve?”
– “O Botafogo venceu” – disse ela – “e ele foi para sede do clube comemorar”.
– “Mas” – insisti –, “se ele gosta tanto assim do Botafogo, por que diabo não foi ao Maracanã? Por que se meteu no cinema?”
– “Para evitar o enfarte!” – disse ela, com simplicidade e também com uma espécie de triunfo na voz.
– “Ah, sim... O Enfarte...”

A mulher e os filhos seguiram caminho. Entrei num bar e pedi um cafezinho. A partir daquele dia o meu time seria o Botafogo.

Referência
http://www.movimentocarlitorocha.com/2008/02/o-torcedor-uma-crnica-de-carlinhos-de.html

terça-feira, 23 de março de 2010

Frase da década

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“Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?” – a minha frase de eleição na 1ª década do século XXI.

Fãs de todo o mundo (73)

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Olimpíada botafoguense de 1957

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Este foi o grande time campeão da Olimpíada alvinegra, em 1957, constituída de veteranos do clube. Quanta gente boa, lembrada até hoje!


Da esquerda para a direita, de pé: Ary, Rindeicka, Gustavo, O. Romano, Carvalho Leite, Pamplona, Richard, Charles e Aluísio. Na mesma ordem, agachados: Paulo Amaral, Geninho, Bibi, Nilo, Danilo, Arísio e Pedro Tovar.

Referência:
Universo Botafogo

A estrela solitária do Perivaldo

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Em 2008 o beagle Perivaldo surgiu como uma possibilidade de ser mascote da torcida botafoguense devido a possuir uma mancha em formato de estrela no pêlo – a famosa estrela solitária.


Muita gente duvidou da autenticidade da estrela no pelo do animal e, em Agosto de 2008, a revista "Cães & Cia" tratou de verificar, com especialistas, se a mancha em formato de estrela seria verdadeira ou se fora alterada.


O etólogo (especialista em comportamento de animais) e árbitro de cães Bruno Tausz e a veterinária Fabiana Horr foram convidados para arbitrar a dúvida e a revista confirmou a autenticidade da mancha.

Porque é que Perivaldo, um caso tão raro de semelhança com a estrela solitária, não foi acarinhado pelo clube como sua mascote?...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Fãs de todo o mundo (72)

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Heleno de Freitas vai rodar…

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Rodrigo Santoro vai iniciar, a 8 de abril, a rodagem de um filme em que interpreta a figura de Heleno de Freitas, um dos deuses maiores do futebol botafoguense, e deslocou-se a São João Nepomuceno, terra de nascimento de Heleno, a fim de recolher dados para o seu trabalho. O filme é dirigido por José Henrique Fonseca e baseia-se no belíssimo livro "Nunca Houve um Homem como Heleno", de Marcos Eduardo Neves.

Rodrigo esteve com Marcelo ‘Foguete’ Mendonça, um botafoguense fanático, que tem organizado homenagens ao ex-craque do Glorioso. O próprio Marcelo Mendonça relata o ocorrido ao meu amigo Cesar Oliveira, que passou a notícia em primeira mão ao Mundo Botafogo.
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A família Mendonça com Rodrigo Santoro


Eis o texto (ligeiramente ajustado) de Marcelo Mendonça endereçado a Cesar Oliveira:

“Rodrigo Santoro esteve ontem aqui em São João Nepomuceno (sábado, 20 de março), para recolher dados sobre Heleno de Freitas. Ele localizou-me através de amigos e passou mais de 1 hora lá em casa lendo matérias muito antigas que tenho sobre Heleno. Viu fotos (as mais de 300 que tenho), viu o vídeo que eu fiz com depoimentos de Luiz Mendes, Didi, Zizinho, D. Vera Freitas (na época ainda era a única irmã viva de Heleno). Foi muito legal.

O Sr. Onore o levou para visitar o túmulo, foi na casa onde ele nasceu, no local do campo onde Heleno jogava pelo Mangueira F.C. e conversou com o Sr. Gute Barroso (goleiro do Mangueira) que jogou com Heleno. Ele tem todos os requisitos que o nosso craque galã tinha: porte atlético, bonito, elegante, charmoso. E disse-me que está tomando aulas de futebol para poder melhor interpretar Heleno.

Este é um vascaíno que eu acho que vai virar botafoguense, ele está muito empenhado na história de Heleno. Agora em abril começam as gravações do filme sobre o Mito. Segue anexo a foto que eu e minha família tiramos com Rodrigo em minha casa (minha filha Débora, minha esposa Simone, a menorzinha Maria Clara, Rodrigo e eu). Caso se possa publicar contando sobre o acontecido ficaria muitíssimo grato, porque seria interessante as pessoas saberem do andamento das gravações. PAZ, SAÚDE E BEM!

Marcelo Mendonça”

T-1000

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Formou-se a T-1000 (foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com), torcida para apoiar o nosso último grande craque, Túlio ‘Maravilha’, na saga do gol 1000. Todos os integrantes da T-1000 são de Brasília e todos são torcedores do Botafogo de Futebol e Regatas.

Todos sabemos que as deferências mútuas entre torcedores botafoguenses e Túlio ,Maravilha’ são inteiramente justificadas, quer pelo que o Botafogo proporcionou ao craque na sua carreira, quer pelo que Túlio proporcionou aos botafoguenses – um enorme sorriso no Verão de 1995.

Entre muitas manifestações de amor ao Botafogo, Túlio ‘Maravilha’ escreveu ao nosso clube esta mensagem em 2008:
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