Novamente eu
não quis ver o jogo, por pena de mim próprio e do Vágner Mancini, que tem uma
grande pedreira pela frente – e que talvez não seja tão grande assim devido à
nova dupla de ataque, que parece ter equilibrado face à desastrosa defesa do
Botafogo, desatenta, mal posicionada e sem recursos técnicos capazes. Tanto quanto li e vi em resumo, a defesa do Botafogo continua lerda
(Júlio César – que é sempre um desastre com as bolas nas suas costas –, Bolívar
que está chegando ao fim da carreira e Dória em crescente debilidade). Sheik
salvou o Botafogo da quinta derrota sucessiva e Mancini parece que leu bem o
jogo, destituindo os ‘pernas de pau’ Júlio César e Airton, que deviam ser
terminantemente proibidos de vestir a camisa alvinegra. Vou ver a 2ª parte do
jogo em replay e nada mais.
FICHA
TÉCNICA
Botafogo 2x2 Internacional
» Gols: Emerson Sheik, aos 63’ e Zeballos, aos 74'; Rafael Moura,
aos 8' e 35'
»
Competição: Campeonato Brasileiro
» Data:
27.04.2014
» Local:
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
» Público: 7.954 pagantes / 9.995 presentes
» Renda: R$ 309.065,00
» Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA); Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Vicente
Romano Neto (SP)
»
Disciplina: cartão amarelo – Airton, Edilson
(Botafogo); Willians, Gladestony, Aránguiz, Otávio (Internacional); cartão
vermelho – Lucas (Botafogo)
» Botafogo: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e Júlio César (Júnior
César); Airton (Edilson), Gabriel, Jorge Wagner (Daniel) e Lodeiro; Zeballos e
Emerson Sheik. Técnico: Vagner Mancini.
»
Internacional: Dida, Diogo, Paulão, Juan e Fabrício;
Willians, Aránguiz, Alan Patrick (Gladestony), D'Alessandro e Valdívia
(Otávio); Rafael Moura (Wellington Paulista). Técnico: Abel Braga.
13 comentários:
Zebagol e Sheik, essa é a dupla titular. Agora só falta o Junior César ser titular, com o Bollati e o time fica muito bom. Mostraram muita garra e já organização tática no segundo tempo. Muita diferença para o time contra o São Paulo. Primeiro tempo ruim, segundo tempo excelente e com garra, entrega dos jogadores.
Mancini é de outra categoria, sabe ler mesmo o jogo e não tem medo de trocar jogadores antes ou ao longo do jogo.
Abraços
O motivo foi o mesmo para eu não ver o jogo, nem ouvir. Os cretinos que tomaram de assalto (com duplo sentido) o Botafogo conseguiram estragar com um dos meus maiores prazeres, ver meu time jogar.
Time fica muito bom, Aurélio?! Com uma defesa completamente desconcentrada que toma gols bobos atrás de gols bobos?
E ainda não sei sequer se Bolatti poderá ser o homem de criação.
Na... Desta vez não concordamos. 'Muito Bom' é coisa próxima do Real Madrid ou o Bayern de Munique e... estamos a anos luz disso.
Abraços Gloriosos.
Rui,
Vi torcedores saindo do estádio ao final do primeiro tempo!
O Mancini fez duas boas substituições, tirando Jorge Vagner, Júlio Cesar por Daniel e Júnior Cesar. A terceira pela total falta de técnica, péssimo futebol e altíssima capacidade de violência do jogador criado (não poderia ser de outro lugar) no esgoto da Gávea, Airton.
Esse jogador nunca, em tempo algum, poderia vestir a camisa do Botafogo.
Espero que nunca mais volte a vestir. Se algum volante se machucar, coloquem juniores, juvenis, dente de leite. Qualquer um, menos ele.
Acredito que no intervalo para o Mundial ele consiga acerta posicionamento dos volantes na cobertura dos nossos laterais. São duas avenidas,principalmente Júlio Cesar. Levou um drible desconcertante que resultou no gol.
Abs e Sds, Botafoguenses!!!
Temos o mesmo sentimento, Ronau. Até quando eu reclamava com a incapacidade do Cuca montar uma boa defesa naqueles anos de renascimento das cinzas, sentia prazer em ver jogar o Botafogo. Mas estes anos de desmanches sucessivos do time e das vergonhosas opções para disputa da Libertadores, que nos valeram o último lugar da tabela, enquanto a torcida ficou em 1º lugar, deixei de ter prazer em ver os jogos. Parece que depois da Libertadores fiquei anestesiado. Não sinto a mínima emoção com uma derrota, um empate ou uma vitória (geralmente muito sofrida). E isso é obra do irresponsável e incompetente presidente do Botafogo.
Estou à vontade – e tenho autoridade – para criticá-lo, porque faço-o desde 2009 quando membros da diretoria foram almoçar com dirigentes dos cathartiformes nas vésperas da decisão da Taça Rio que, em caso de vitória, nos daria o campeonato. O que vi foi o Emerson a vir em linha reta da frente para trás e dar um portentoso bico na bola que entrou como um míssil na baliza do Botafogo. Perdemos aí o jogo e depois perdemos o campeonato nas decisões com outro gol contra do mesmo Émerson…
Gostava de, um dia, ser esclarecido sobre o que se discutiu nesse almoço, porque eu tomei um avião de Lisboa para o Rio de Janeiro para ver a nossa vitória e saí do estádio completamente acabrunhado com a vergonha que vi. Que se podia ter discutido num almoço desses em véspera de jogo?... Na verdade, acho que o almoço foi para passar o sinal...
Fiquei tão chocado que ainda não voltei ao Rio depois de 2009. Estive em Brasília em 2011, mas ir ao Rio para ver as vergonhas que se passam no futebol carioca, não dá comigo.
Abraços Gloriosos.
Prezado Rui,
A mesma sensação de indiferença que você narrou acima, está se tornando um sentimento geral. Fazia tempo que meu pai deixava de ver um jogo do Bota. Há um ar de desalento. Vi o jogo. Daniel entrou bem. Emerson perdeu um gol que não se perde, mas acho que estreou bem. Mas vou destacar a entrada do intempestivo Edilson: com ele no meio, bons passes, jogadas rápidas e chutes de meia distância passaram a ocorrer. Foi com ele que saiu nosso empate e quase ele não mata o jogo no final. Será que só eu vi isso?
Forte abraço, Marlon
Bem avaliado, Gil: temos duas avenidas para o adversário. Mas isso é intencional: Maurício Assumpção é um homem tão grande, tão grande, mas tão grande, que jamais se limitaria a proporcionar becos, ruas ou travessas ao adversário - as suas contratações são para abrir avenidas de boas-vindas...
Absolutamente de acordo com esse Airton. Esta diretoria é maravilhosa a contratar: ou é o irmão de um funcionário, ou é um genro de Húngaro, ou é um cathartiforme sem lugar onde cair morto, ou é um Ronny e um Mario Risso que se vão sem se saber porque vieram... ou porque vão...
É uma gestão de cordéis: nada seguro, nada consistente, nada que incuta confiança.
Abraços Gloriosos!
Marlon, tenho a mesma ideia do Edilson, embora não goste dele porque é gratuitamente truculento. Quanto ao Sheik - eu vi a 2ª parte em reprise - entrou realmente bem e gostei da entrevista que ele concedeu no final, especialmente quando reconheceu que o time tem deficiências, mas que foi um time lutador e com vontade (pelo menos na 2ª parte)...
Pessoalmente gostei do 2º tempo que vi, mas como gato escaldado de água fria tem medo, o melhor é eu manter a equidistância que tenho neste momento com as coisas do futebol botafoguense. Pelo menos enquanto a aventesma do Maurício Assumpção ocupar o lugar para o qual não tem nenhum nível pessoal ou profissional.
Creio que o Mancini devia priorizar a organização da defesa. Se um time começa no goleiro, então deve em seguida continuar pela estruturação da defesa. Esta defesa é desatenta, desposicionada, lenta e tecnicamente fragil. Creio que a dupla Bolíver / Dória ou é chamada fortemente à atenção ou continuaremos a tomar gols gols em cima desses dois - e em cima J. César se continuar a jogar.
Abraços Gloriosos!
Rui, se minha leitura das ações do Mancini, desde a escalação, passando pelas substituições e mexidas no posicionamento em campo -- caso do Edilson --, até o comportamento aguerrido dos jogadores, acredito que ele esteja acima da média e o Botafogo será um bom desafio pra ele mostrar a que veio.
Li suas críticas a respeito dele e entendo sua atitude ponderada.
No entanto esse sujeito mostrou uma leitura do jogo que há muito tempo não vejo em um técnico do Botafogo. E soube o que fazer frente ao que via.
Certo que a sorte tem que andar por perto, mas ela precisa de ajuda.
Fora o Mancini, a vinda do Emerson de alguma forma mexeu com o grupo e sabe-se lá aonde essa mexida vai nos levar a médio prazo. Ontem funcionou.
Mas se o problema dos salários persistir, a segundona é o destino final de 2014.
Encerro por aqui, porque o assunto é extenso. Volto a comentar mais adiante -- é "em cascata".
Saudações botafoguenses!
Concordo, Luiz. empre achei o Mancini vulgar, mas reconheço que até agora ele acertou em cheio como não tenho visto no BFR desde a subida de divisão. Até o Cuca escalava e substituía mal. Mancini até agora, não. Tomara que continue.
O Sheik também poderá ajudar.
Porém...
(1) Se nenhum salário for pago até 5 de maio, todos os jogadores são livres de sair para outro clube qualquer sem perguntar nada ao Botafogo;
(2) Estou muito farto de estarmos presos por cordéis de 'salvadores': ou o salvador da pátria é o Loco, mas depois não, já é o Seedorf, depois não é o Seedorf já é o Sheik...
Só acreditarei no time e no seu sucesso se verificar que quem dirige está tomando decisões estruturadas de futuro. Caso contário continuarei a desmascarar esta gente que tem governado o Botafog desde Charles Borer (exceção honrosa a Emil Pinheiro e Bebeto de Freitas, em minha opinião).
Abraços Gloriosos!
Rui, concordo totalmente contigo.
Os ditos salvadores da pátria são úteis na função de protagonistas de um título aqui outro acolá; ajudam a reagrupar a torcida, a devolver a autoestima ao torcedor, a recolocar o clube no mapa, a conquistar algumas centenas de novos torcedores e etc... Mas não salvam verdadeiramente "a pátria" porque não são os administradores dos rumos do clube, o que os torna -- mesmo os mais destacados Loco e Seedorf -- fenômenos efêmeros em última instância.
Acredito que o que esteja acontecendo é que conseguiram dois sujeitos que podem ajudar a postergar a derrocada iminente, talvez até a próxima eleição.
Digo isso vivendo um lindo sonho de verão em vigília e no outono -- isso é uma confissão. O desencanto do torcedor de clube moribundo leva ao delírio, eu sei.
Saudações botafoguenses!
O Mourinho disse um dia que não precisa de craques, mas de uma equipa, porque só uma equipa consegue ser campeã - eis a visão grande ao nível da condução de um time de futebol. O acaso não existe.
Abraços Gloriosos.
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