quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Amor e praga de botafoguense...

O tricolor Dodô atribui a sua má fase a 'praga de botafoguense'. Nunca acreditei nas sofisticadas juras de amor ao Botafogo proferidas pelo hoje tricolor Dodô, devido ao excesso delas; mas sempre acreditei nas afirmações simples de amor proferidas pelo botafoguense André Lima.

No Canal Botafogo, desde que a esposa do tricolor se manifestou publicamente contra os dirigentes do Botafogo, considerei que o jogador não teria mais condições para jogar. Não só jogou como foi substituir o André Lima, no auge da forma, que chegara a marcar três gols num desafio (Sport Recife) e que era o maior goleador botafoguense à época, embora jogando poucas vezes – e que quando entrava geralmente havia virada no resultado.

Manifestei, no Canal Botafogo, que André Lima deveria continuar titular, porque tinha apenas 22 anos, estava em boa forma e possuía veia de goleador, enquanto o tricolor Dodô tinha 34 anos, estava fora de forma e o episódio do doping acabaria provavelmente com a carreira dele. E nenhum ídolo pode ser mais importante do que o Botafogo, que à época tinha a responsabilidade de manter a liderança do campeonato brasileiro de futebol!

Quase ninguém viu isto, saudou-se o regresso do ídolo e a saída do botafoguense André Lima tornou-se eminente e bastante pacífica. Foi um erro grave, em minha opinião.

Quando o hoje tricolor Dodô saiu, uma parte significativa de torcedores clamou para que ficasse. Foi outro erro, mas nem por isso o jogador se lembrou deles antes de proferir a frase que proferiu. Qual desses torcedores quer hoje o tricolor Dodô de volta?... E qual deles não apostaria no regresso de André Lima?...

Os botafoguenses têm que reaprender a tornar ídolo quem merece e não quem parece. Quarentinha, botafoguense até à morte, que não comemorava efusivamente os gols que assinalava, não ‘parecia’ merecer, mas ‘merecia’ ter sido ídolo à época. Os botafoguenses, habituados a grandes ídolos do passado, procuram novos ídolos com certa avidez. Porém, cada vez se torna mais difícil dispor de um ídolo, e talvez isso não seja realmente determinante. O Botafogo é muito mais importante!

Outrora, o Botafogo ganhou campeonatos cariocas com e sem ídolos especiais. Não é necessário criar ídolos – bastas vezes com pés de barro – para ganhar campeonatos. Teremos que reaprender a viver sem ídolos, se tal for necessário, porque o fundamental é possuir uma equipa profissionalizada, determinada e humilde, que seja competitiva e que saiba com clareza o que vale e o que quer.

O que precisamos é de onze titulares em forma e de um treinador capaz!

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