17 de dezembro de 1995. Botafogo
x Santos. Estádio do Pacaembu, em São Paulo, pela decisão do campeonato
brasileiro de futebol.
A decisão colocou frente a frente os lendários clubes
do Botafogo e do Santos, duas equipes que haviam realizado grandes duelos no passado,
mas que nunca haviam vencido o campeonato brasileiro na sua versão moderna.
Os dois alvinegros atingiram a final após campanhas
idênticas, mas o Santos, contabilizando mais uma vitória do que o Botafogo no
decorrer da competição, tinha a vantagem de realizar a última partida em São
Paulo, além de precisar de jogar apenas por dois empates.
Tal vantagem, porém, desapareceu logo na primeira
partida, ocorrida no Maracanã, porque o Botafogo venceu por 2x1 e bastava-lhe o
empate na segunda mão. Os santistas estavam absolutamente convencidos de que a
vitória era garantida e entraram ‘soberbos’ para a emocionante final.
O Santos de Giovanni precisava da vitória no Estádio
do Pacaembú, mas os cariocas tinham uma arma inegavelmente em grande forma – o artilheiro
Túlio ‘Maravilha’. E foi com Túlio que o Botafogo, após vencer no Maracanã,
chegou novamente ao primeiro gol em solo paulista.
Túlio recebeu uma bola cruzada por Sérgio Manoel, em
cobrança de falta, e tocou para o fundo das redes, embora estivesse impedido. O
resultado de 1x0 dava uma boa vantagem ao Botafogo de Paulo Autuori.
O técnico fez o clube recuar e passou a explorar os
contra-ataques. O Santos, por sua vez, não tinha outra alternativa senão atacar
e atacar. A pressão deu resultado, porque no primeiro minuto da segunda etapa,
os paulistas conseguiram o empate – em outro gol irregular. Efetivamente,
Capixaba ajeitou a bola com a mão antes de a tocar para Marcelo Passos empatar
a partida.
Entretanto, o Botafogo aguentou a pressão santista e
pôde comemorar o título de campeão brasileiro numa festa que se estendeu por
todo o país, com especial destaque para o Rio de Janeiro.
Túlio ‘Maravilha’, o artilheiro da competição com 23
gols e estrela maior do Glorioso, foi sem dúvida o grande nome de tão
importante conquista.
O Botafogo, comandado por Paulo Autuori, alinhou com Wagner; Wilson
Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves e André Silva (Moisés); Leandro Ávila,
Jamir, Beto e Sérgio Manoel; Donizete e Túlio.
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