Alexandre da Silva Braga, o ‘Alexandre Agulha’, mais tarde o ‘Silva’, nasceu em Duque de Caxias a 21 de abril de 1972 e foi lateral-esquerdo do Botafogo de Futebol e Regatas. Tal como outros ex-botafoguenses, faz sucesso além-fronteiras.
Os seus primeiros passos foram dados no futebol mirim do Botafogo, em 1985, iniciando uma trajetória que o levou a todas as categorias de base até chegar aos profissionais, em 1992. No ano seguinte, Alexandre Agulha conquistou a Copa Conmebol, com 21 anos de idade, 1,76m. e 60 quilos.
Após ser emprestado ao Castelo (ES) e Rio Branco (ES), o lateral-esquerdo deixou o Glorioso em 1995 e ainda teve passagens por Moto Clube (MA), Olaria (RJ) e Catuense (BA). As coisas não correram como ele queria e abandonou a carreira aos 25 anos de idade.
Então, decidiu fazer um curso de treinador na ABTF e acabou por integrar uma escola de futebol chamada Atlas SC, em Rondônia. Entretanto, em 1998 recebeu uma proposta de um agente de futebol, que lhe deu a oportunidade de retomar a carreira na Islândia. E lá foi Alexandre Agulha para a terra do frio.
Aí Alexandre Agulha atuou pelo Leiftur durante três anos e foi apelidado pelo seu treinador de ‘Silva’; como havia dois Alexandres, um passou a ser ‘Silva’ e o outro ‘Santos’. Em 2001 foi para as Ilhas Faroe integrando os quadros do FS Vágar, casou com uma dinamarquesa, teve três filhas e encerrou a carreira de jogador em 2010. Entretanto, em 2005 fora transferido para o 07 Vestur e atualmente é treinador do clube.
Silva tornou-se treinador das categorias de base e consegue consolidar um trabalho que se está tornando referência em todo o país. O clube é jovem e o departamento de futebol de base “sempre traz uma taça para casa em uma das categorias”.
O nosso botafoguense desenvolve um projeto consistente e está feliz numa região que chega a chamar de ‘o país do futebol’. Silva explica:
“O futebol é o esporte mais popular das Ilhas Faroe. A influência foi dada pela ocupação inglesa na Segunda Guerra Mundial e até hoje é fácil observar nas ruas crianças com camisas de clubes britânicos. A paixão é tão grande que aviões cheios partem daqui para assistir jogos do campeonato inglês. A população do país é de quase 50 mil pessoas e provavelmente um terço pratica futebol. Uma partida da seleção contra as potências Alemanha, Itália, França, etc., leva seis mil pessoas ao Estádio Nacional. Isso significa 12% da população e por isso arrisco em chamar as Ilhas Faroe de "o país do futebol".
Pesquisa de Rui Moura (Mundo Botafogo); imagens do acervo pessoal de Alexandre Agulha.
8 comentários:
Bela reportagem!
Isso é mais que uma pesquisa, é uma garimpagem!
Obrigado, Hangman.
Abraços Gloriosos!
Rui, quanto tempo!
O Alexandre Agulha mora no 'meio do meio'! Boa sorte pra ele nessa pequena terra gelada.
A matéria é ótima e me fez lembrar de uma página que encontrei falando sobre a carreira do Marcio Theodoro em Portugal, outro 'esquecido'. Enquanto daqui ele saiu escurraçado, com o apelido de 'Te Adoro', por aí fez carreira que deixou boas lembranças - me fiando na matéria em questão.
Talvez você conheça o texto, mas segue: http://gloriasdopassado.blogspot.com/2007/11/mrcio-theodoro.html
Saudações botafoguenses!
Não conhecia, Luiz. É muito bom. Obrigado.
Abraços Gloriosos!
Poxa como eu faço para ir jogar profissionalmente neste lugar onde ele está, por favor me de respostas.
Amigo, eu não tenho o contato do Alexandre Agulha. Creio que a melhor possibilidade de contatar com ele é enviar-lhe uma carta para o clube que ele está a treinar.
Abraços Gloriosos.
Olá sr Rui. Jogue com ele no Botafogo, junto com Djair, Essa foto foi na decisão na Ilha do Governador. Tentei achar ele no facebook e no site lá do time que ele está treinando(descobri através do senhor) mas não consegui. Vou continuar tentando. Grande abraço.
Talvez o Alexandre já não esteja no clube. Este artigo tem 4 anos... Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário