por JOTA
Colaborador do Mundo Botafogo
Narrarei um fato, acontecido comigo, para mostrar o comportamento de um ídolo de fato e de direito, no trato com os torcedores que o admiram, bem diferente dos falsos ídolos, marqueteiros, caneleiros, etc., que só vêem o seu lado promocional.
No início da década de 60, fui a GS assistir a um treino. Quando terminou, eu e alguns amigos fomos para uma parte gramada perto da capelinha, por onde os jogadores costumavam passar. Ficamos batendo bola, nos divertindo, quando alguns jogadores começaram a passar pelo local. A maioria nem olhava para nós.
De repente, surge o MESTRE com um pequeno grupo de atletas. Parou, olhou para nós e brincou, perguntando se estávamos aprendendo. Respondi com um convite: quer vir brincar e nos ensinar alguma coisa? No momento seguinte, mesmo jovem, você percebe a diferença entre o ‘CARA’ e a ‘FRAUDE’. O MESTRE juntou-se a nós e, de início, ficamos petrificados, como idiotas, vendo um bi-campeão do mundo, uma lenda no futebol, brincando e ensinando a jovens como bater em uma bola e a fazer malabarismos com a mesma.
Assim era o MESTRE NILTON SANTOS. E o mais impressionante foi que, muito anos depois, ao visitá-lo, no início da doença, comentei o fato e ele lembrou-se dando uma grande risada e dizendo que nenhum de nós levava jeito.
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