terça-feira, 20 de março de 2012

Paulinho Albuquerque: orgulho da música brasileira e do Botafogo


Paulo Roberto de Medeiros e Albuquerque, o ‘Paulinho Albuquerque’, nasceu no Rio de Janeiro a 3 de junho de 1942 e faleceu na mesma cidade a 26 de junho de 2006.

Paulinho Albuquerque formou-se em Direito pela UERJ e exerceu a profissão até 1978, no ramo de Direitos Autorais e Direito Industrial, tendo então ingressado na produção musical.

Foi sócio-gerente da editora musical Music Bras, ZP Produções Artísticas; fundador da Gravadora Velas, com Ivan Lins e Vitor Martins, e do Selo Carioca, com Cláudio Jorge, Marcelino Moreira e Wanderson Martins; procurador da editora musical Dinorah Music, de Ivan Lins e Vitor Martins; filiou-se no Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro e na Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.

Em 1979, tornou-se diretor artístico do Núcleo de Música Popular Brasileira da gravadora Continental. Entre 1979 e 1982 foi sócio-gerente da Editora Saci, com Paulinho da Viola, Aldir Blanc, Maurício Tapajós, Ivan Lins, Vitor Martins, Luiz Cláudio Ramos e Gilson Peranzzetta. De 1985 a 1990, foi sócio-gerente da firma PAN Produções Artísticas. Desde 1985 também foi curador do festival Free Jazz.

Ao longo de 28 anos de carreira produziu discos, dirigiu e iluminou espetáculos de inúmeros artistas, entre os quais Djavan, João Bosco, Guinga, Nei Lopes e astros do jazz como Chet Baker e Herbie Hancock. Porém, foi com o cantor e compositor Ivan Lins que Paulinho Albuquerque manteve uma longa amizade, trabalhando em cerca de 30 discos do artista.

Aos 65 anos o nosso botafoguense fanático foi fazer companhia a João Saldanha, Oldemário Toguinhó, Heleno de Freitas, Carlito Rocha, Sandro Moreyra, Garrincha, Vinícius de Moraes, Neném Prancha, Quarentinha e tantos outros.

Muitas histórias de Paulinho Albuquerque são contadas no blogue ‘Comendador Albuquerque’, feito pelos membros da AMAPALBUCA, Associação dos Amigos do Paulinho de Albuquerque, no endereço http://comendadoralbuquerque.wordpress.com.


Eis uma das histórias mais interessantes aí contada:

BOTAFOGO EM PRIMEIRO LUGAR

por Vivi Fernandes de Lima

Ele era botafoguense e eu, flamenguista. Por isso, ficava muito incomodado com a minha presença na sala quando tinha jogo do Botafogo. Um dia, durante uma partida que estava zero a zero, fui ao banheiro no meio do segundo tempo. E enquanto eu estava lá, pra minha desgraça, o Botafogo fez um gol. Paulo comemorou aos berros, como de costume, mas acrescentou uma frase que me deixou um pouco – digamos assim – envergonhada no edifício:

– Vivi, caga mais! Caga mais!

A obsessão pelo time nasceu ainda quando ele era bem pequeno. A primeira vez que Paulo foi ao Maracanã assistir a um jogo do Botafogo estava acompanhado do pai e do então presidente do clube, Carlito Rocha. Ele devia ter uns sete anos. Era um dia frio e por isso estava vestido com um suéter. Paulo entrou no campo com o time e deu sorte: o Botafogo venceu a partida. Ficou combinado então que o trio assistiria ao próximo jogo juntos, obedecendo a tradição supersticiosa do presidente dos botafoguenses.

No fim de semana seguinte, num sol de rachar, Carlito foi buscar Paulo e o pai, como combinado. Quando viu o menino, gritou:

– Cadê o suéter?

O pai respondeu que estava calor, mas foi rapidamente convencido a vestir o agasalho no filho, que assistiu aos dois tempos do jogo suando sob a roupa de lã. O Botafogo venceu de novo e por algum tempo Paulo continuou entrando em campo com os jogadores com suéter. Ele contava isso, claro, com o maior orgulho.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

6 comentários:

Anónimo disse...

O fã do RN alerta: na foto, Heleno, ex-Botafogo, está com a camisa azul e amarela do Boca Juniors...

Ruy Moura disse...

Eu estava mesmo distraído quando copiei a foto, amigo. Obrigado pelo alerta. Já retirei a foto.

Abraços Gloriosos!

Gil disse...

Rui,

Quando leio esses "causos" os olhos queimam e as lágrimas (desobedientes) brotam!
Ultimamente isso se tornou corriqueiro e não sei se é a idade ou a situação que os péssimos dirigentes lidam com o Botafogo.

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

Não é da idade, Gil. É da saudade de um tempo que o tempo esmoreceu. E que provavelmente não volta. Pelo menos não volta tão cedo.

As pessoas precisam aprender que o passado é o passado. Pode ser lindo, mas não é presente. Importa é avançar em outro futuro de Glória. E o teu maior problema é que esse outro futuro pós-2014 não se vislumbra ainda. É exatamente o mesmo problema que eu tenho...

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Meu nome é Antônio Carlos, e falar desse cara, o Paulinho é felicidade pra mim, pois o conheci como diretor em uma empresa de Marcas e Patentes, na no centro da cidade onde me chamava de ""Pivete"" porque eu era office Boy, mantinha um cabelo enrolado. Dr. Paulo, como eu o chamava sempre me pedia pra levar alguma coisa na casa do Ivan Lins, adorava esse cara pelo seu astral e de uma bondade fabulosa. Nossa, como ele me ajudou nesta época, adorava suas gorjetas nos lanches que comprava para ele. No Final, sai da empresa mas ele acabou me empregando na Saci Produções onde fiquei um bom tempo. Hoje, me vi pensando neste cara, foi quando eu achei o blog dele e que nem sabia que existia e que tanto fez por mim em minha vida...Que Deus esteja utilizando seus dons musicais pra alegrar aquele céu.

Ruy Moura disse...

Antônio Carlos, fico muito contente que a publicação lhe tenha agradado e trazido boas memórias aos dias de hoje.

Abraços Gloriosos.

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