29 de julho de 1990. Botafogo x Vasco da Gama no
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pela final do campeonato carioca de
futebol.
O Botafogo partiu para a final com uma campanha quase
invicta, tendo perdido apenas um jogo para o América de Três Rios. O jogo não
se apresentou fácil, porém, mas um sortilégio botafoguense permitiu dar a
primeira cor significativa ao jogo. Joel,
técnico do Botafogo, estava irritado com a atuação de Carlos Alberto Dias e
decidiu substituí-lo por Gustavo, que mandou para o aquecimento. Mas o destino
estava ao lado do jogador e do Botafogo. O meio campista Djair fez uma entorse
no tornozelo e o treinador teve que manter Carlos Alberto Dias em campo. Eis
que, minutos depois, fazendo uma rápida tabela com Valdeir, o camisa 11 botafoguense
chutou de esquerda, na saída de Acácio, e marcou o gol da vitória, ante a
frustração vascaína.
O gol deu início à festa alvinegra e, quando a partida
terminou, o Botafogo fez a tradicional volta olímpica. No entanto, o Vasco da
Gama tinha uma interpretação específica do regulamento (certamente combinada no
caso de derrota), defendendo uma prorrogação.
A história toda a gente conhece: o Vasco da Gama
autoproclamou-se campeão e, com uma improvisada caravela de papelão, efetuou uma
das mais ridículas ‘voltas olímpicas’ com um sorriso amarelo muito pouco
convencido da conquista.
A Federação acabou por dar razão ao Botafogo, que se
sagrou campeão com um gol de um atleta quase substituído pelo treinador e
perante um adversário comemorando um título fantasma com uma improvisada
caravela de papelão…
O Botafogo, comandado por Joel Martins da Fonseca,
alinhou com Ricardo Cruz, Paulo Roberto, Wilson Gottardo, Gonçalves e Renato
Martins; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Djair (Gustavo); Donizete, Valdeir e
Carlos Alberto Dias.
2 comentários:
Rui,
Lembro-me desse jogo como se fosse hoje, apesar dos oito anos de idade.
O Vasco tinha um timaço, era o atual campeão brasileiro, tinha Eurrico Miranda...
Mas o time do Botafogo era ainda melhor. Acho que, de 1989 para cá, esse foi o melhor elenco que tivemos. No banco tínhamos Paulinho Criciúma, Marinho, Washington, Berg e outros. Bons tempos!
Saudações Gloriosas!
Um grande time, sim, com a chancela de Emil Pinheiro, um ardoroso botafoguense.
Abraços Gloriosos.
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