sexta-feira, 5 de junho de 2015

Um dia de 1990...


29 de julho de 1990. Botafogo x Vasco da Gama no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pela final do campeonato carioca de futebol.

O Botafogo partiu para a final com uma campanha quase invicta, tendo perdido apenas um jogo para o América de Três Rios. O jogo não se apresentou fácil, porém, mas um sortilégio botafoguense permitiu dar a primeira cor significativa ao jogo. Joel, técnico do Botafogo, estava irritado com a atuação de Carlos Alberto Dias e decidiu substituí-lo por Gustavo, que mandou para o aquecimento. Mas o destino estava ao lado do jogador e do Botafogo. O meio campista Djair fez uma entorse no tornozelo e o treinador teve que manter Carlos Alberto Dias em campo. Eis que, minutos depois, fazendo uma rápida tabela com Valdeir, o camisa 11 botafoguense chutou de esquerda, na saída de Acácio, e marcou o gol da vitória, ante a frustração vascaína.

O gol deu início à festa alvinegra e, quando a partida terminou, o Botafogo fez a tradicional volta olímpica. No entanto, o Vasco da Gama tinha uma interpretação específica do regulamento (certamente combinada no caso de derrota), defendendo uma prorrogação.

A história toda a gente conhece: o Vasco da Gama autoproclamou-se campeão e, com uma improvisada caravela de papelão, efetuou uma das mais ridículas ‘voltas olímpicas’ com um sorriso amarelo muito pouco convencido da conquista.

A Federação acabou por dar razão ao Botafogo, que se sagrou campeão com um gol de um atleta quase substituído pelo treinador e perante um adversário comemorando um título fantasma com uma improvisada caravela de papelão…

O Botafogo, comandado por Joel Martins da Fonseca, alinhou com Ricardo Cruz, Paulo Roberto, Wilson Gottardo, Gonçalves e Renato Martins; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Djair (Gustavo); Donizete, Valdeir e Carlos Alberto Dias.

2 comentários:

Émerson disse...

Rui,
Lembro-me desse jogo como se fosse hoje, apesar dos oito anos de idade.
O Vasco tinha um timaço, era o atual campeão brasileiro, tinha Eurrico Miranda...
Mas o time do Botafogo era ainda melhor. Acho que, de 1989 para cá, esse foi o melhor elenco que tivemos. No banco tínhamos Paulinho Criciúma, Marinho, Washington, Berg e outros. Bons tempos!
Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Um grande time, sim, com a chancela de Emil Pinheiro, um ardoroso botafoguense.

Abraços Gloriosos.

Botafogo é bairro, palmeiras são árvores

Numa rua de Filadélfia E por falar em Botafogo, o nosso Bairro continua sendo um centro cultural, dinâmico e lindo. É um Bairro maravilhos...