"Botafogo então não precisa fazer mais nada, por tudo que já fez é um
gigante por natureza... Botafogo e Santos já são eternos, não precisam fazer
mais nada..." – André Rizek,
jornalista desportivo.
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4 comentários:
Grande RUI,o amigo sabe que gosto de trocar idéias sobre assuntos polêmicos.
Respeito as opiniões contrárias e só discuto quando alguém quer me impor suas convicções,sem argumentos convincentes.
Tenho conversado muito com amigos sobre MONARQUIA.Com o nascimento da nova princesinha inglesa,o tema veio à baila e gostaria de saber a opinião do amigo.Você é a favor ou contra a Monarquia,justifique a sua resposta?Gostou do final? Somente uma gozação para nos lembramos dos nossos tempos de estudantes,quando os mestres durões gostavam de ler as justificativas dos seus alunos.
Caso o amigo queira opinar,refiro-me somente a Monarquia na atualidade, sem necessitar reportar-se aos séculos passados,quando elas preponderavam,particularmente na Europa.
Saudações alvinegras.JOTA.
Meu amigo, penso que o assunto da Monarquia é fácil de debater:
(1) a Revolução Francesa trouxe a 'liberdade, igualdade e fraternidade' em contraponto à falta de liberdade, aos fossos sociais profundamente desiguais e à ausência de solidariedade com os mais desprotegidos – trilogia que pelo menos teoricamente é defendida pela maioria das constituições republicanas dos dias de hoje.
(2) A República acabou com a 'tirania' da sucessão, que entronizava até imbecis desde que fossem filhos do rei (na verdade, às vezes foram bastardos filhos da rainha e do amante).
(3) Quem condena o comunismo por ser uma espécie de sistema sucessório não pode, por maioria de razão, defender a sucessão monárquica. Ou pode?
(4) Etc.
Hoje os reis e as rainhas são meras figuras simbólicas que custam dinheiro ao erário público. Sendo figuras honoríficas, servem para quê? E porque raio de razão um sistema parlamentar que vive sob a democracia, obra dos republicanos, há-de submeter-se a essa coisa antissocial que é o direito consanguíneo?
Em suma, como condenar o Grande Líder coreano comunista 'entronizado' por uma 'dinastia comunista' se não se condenar a 'dinastia monárquica'?
De resto, as monarquias, que eu saiba, existem apenas na Europa (ver Nota abaixo). Inglaterra, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega e Suécia são todos países do norte cujo grande sentido de organização permitiu que as transições fossem mais conservadoras e menos 'emocionantes'.
Depois temos pequenos estados com situações híbridas que são resquícios 'menores' dos vários impérios e monarquias europeias do passado: Liechtenstein, Mônaco e Luxemburgo, com estatutos diferentes entre si.
A sul uma única exceção, de natureza política: a Espanha. A solução de repor a monarquia após a implantação da república deveu-se à necessidade de se evitar outra guerra civil brutal, que os espanhóis ainda tinham na memória na década de 1970. Os movimentos das autonomias espanholas associados à ETA e outras redes bombistas e independentistas explodiriam, e o Gen. Franco só encontrou como solução possível: repor uma monarquia abrangente a toda a Espanha, teoricamente sem ideologia, tendo preparado o príncipe Carlos para o efeito. Foi uma solução inteligente, mas que hoje já não faz sentido, especialmente com os escândalos conhecidos da monarquia espanhola. Não sei se resistirá muito tempo...
Em suma das sumas, não olhando para o passado, dinastia e modernidade têm hoje alguma coisa em comum?
Nota: Ainda há a grotesca situação de a Rainha de Inglaterra ser a Chefe de Estado do Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Que sentido tem isso?
Abraços Gloriosos.
Grande RUI,concordo plenamente com a sua opinião.Aliás,pelo que o amigo escreveu no item(3),deu para perceber que sabia,de antemão,que nossas opiniões seriam semelhantes.
Na atualidade,sem entrar em detalhes,acho que a tendência é,em um futuro próximo,acabar a Monarquia.
Um amigo que morou em Londres,na década de 90,comentou comigo que suas filhas tinham amigos ingleses jovens,que não concordavam com as mordomias excessivas,às custas dos súditos,da turminha do "sangue azul"(deboche deles).
Em viagem pelas vinículas francesas com meu genro,ele comentou que várias famílias estavam entrando na justiça,pois eram descendentes da nobreza e queriam de volta algumas áreas perdidas.Querem é moleza,rsrsrsrsrsrs.
No Brasil,em Petrópolis,quem tem imóvel paga uma espécie de laudêmio aos descendentes dos Orleans e Bragança.Ora,vão trabalhar bando de vagabundos....
Na minha família,particularmente por parte de pai,sempre a prioridade foi o trabalho e o estudo,como dizem hoje,a MERITOCRACIA.
Como bem disse uma socialista Guatemalteca,ao realizar uma palestra em SP,sobre a situação política na AL: "hoje em dia,quase não há mais políticos com posições ideológicas firmes,quase todos são,POPULISTAS, SAQUEADORES do erário e APROVEITADORES de ocasião.Foi aplaudida de pé pelos participantes.
Para encerrar,concordo plenamente com a sua posição sobre a MONARQUIA.
Não sei se assistirei a pelada do Barça hoje à tarde,prefiro guardar-me para assistir ao jogo,com fortes emoções,contra o timaço do Capivariano.
Saudações alvinegras,JOTA.
Sim, JOTA, como Botafoguenses do grande time principal o embate extraordinário e cósmico BFR x Capivariano coloca a um canto esses futebóizitos de Barcelona e Bayern. Uma pelada...
Mas hoje não vou assistir ao Grande Jogo porque na Europa é muito tarde e eu tenho que me levantar cedo.
Sobre a monarquia, eu conheço todos os grandes «museu em toda a Europa, e da dinastia czarista às dinastias europeias, o aparato de móveis, jóias, esculturas, palácios, etc. são um excesso que desrespeita a pobreza. Dos servos de antigamente e dos cidadãos de hoje. Om custo ao erário público para que o sr. Charles andasse a passear com a amante Camilla e a ex-mulher Diana a passear com o seu playboy que morreu com ela no acidente de automóvel.
Uma vez, no Palácio de Inverno da família 'real' em S. Petersburgo, onde Trotsky falou ao povo após a revolução ser bem sucedida, o luxo e a ostentação eram brutais. E o guia começou a dissertar sobre a 'turba de bandidos' que 'assaltou' um palácio tão belo. Interrompi-o e, em público, perante duas dezenas de pessoas ensinei-lhe história e fi-lo colocar-se como camponês russo esfomeado, sem pão para comer nem para dar aos filhos, e perguntei-lhe o que faria se fosse ele a tomar o Palácio. Sem resposta, eu disse-lhe: talvez por uma raiva milenar de uma fome injusta ateasse fogo ao Palácio em depredação. Mas a 'turba', afinal, não estragara nada...
O homem estava pálido: batera à porta errada. E a minha assertividade (às vezes socialmente excessiva, confesso) fez o resto. Acabou por pedir desculpa, que não estava bem ciente dos acontecimentos passados.
Foi remédio santo: a guia russa, de cada vez que explicava, por exemplo, que uma porta era incrustada de carapaças de tartaruga, ou que uma estátua era feita de ouro puro com diamantes e blá-blá-blá, virava-se para mim e explicava a coisa quase pedindo desculpa e suplicando pelo olhar que eu não interviesse mais.
A história tem os seus tempos próprios. Os escravos que pelo menos desde o tempo egípcio faziam todos os trabalhos duros e não tinham 'direito à vida' acabaram por ver a escravatura ser abolida (por Portugal, em 1º lugar). Ora, tal como a escravatura passou, tal como os servos da gleba passaram, mercê da ascensão da burguesia, da instalação da república e da emergência do capitalismo, eu creio que a monarquia, que nunca produziu fosse o que fosse, a não ser dedicar-se ao ócio, aos vícios e às artes (tinham todo o tempo para isso) também teve os seus tempos e não faz nenhum sentido hoje.
Até a Igreja teve que abdicar dos seus absurdos privilégios de outrora e limitar-se aos contributos dos praticantes. Porque a monarquia sobrevive no fausto e à custa do erário público?
A quem pensar que faz sentido a monarquia, então pergunte-se ao povo brasileiro qual é a sua opinião sobre o laudêmio petropolitano...
Abraços Gloriosos.
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