Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol Sub-17, organização da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, vencendo novamente o Flamengo no jogo de volta da final realizado no estádio da Gávea, no dia 6 de julho de 2025, após ter vencido por 5x4 o jogo de ida no estádio Olímpico Nilton Santos.

O Botafogo conquistou o título após 17 jogos (12 vitórias, 3 empates e 2 derrotas), 65 gols marcados e 21 sofridos, à média de 3,8 gols por jogo contra apenas 1,2 gols dos adversários. A equipe consagrou-se como o melhor ataque e os três primeiros artilheiros da competição foram botafoguenses: Miguel Caldas, 12 gols; Juninho, 12 gols; e Samuel Alves, 11 gols.

Eis a campanha Gloriosa com 76,5% de aproveitamento:

TAÇA GUANABARA

Botafogo 9x0 Boavista

» Gols: Juninho, aos 10’ e 52’, Samuel Alves, aos 35’, 44’ e 47’, Miguel Caldas, aos 48’, Arthur, aos 57’, Mbanza, aos 75’, e David, aos 87’

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 08.03.2025

» Local: CT Pedrinho Vicençote, em Itaguai (RJ)

» Botafogo: Paulo Guilherme; Yure (Luís Matias), Pedro, Matheus Henrique (João Pedro) e Matheus Galiano; Robinho, Arthur e Ivan Molina (Rogério); Miguel Caldas (Mbanza), Samuel Alves (David) e Juninho (Martin). Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 6x1 Madureira

» Gols: Juninho, aos 29’ e 34’, Pedro, aos 12’, Ivan Molina, aos 47’, Samuel Alves, aos 53’, e Marcelo, aos 61’ (Botafogo); Juan, aos 64’ (Madureira)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 14.03.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Botafogo: João; Yure, Pedro, Matheus Henrique e Matheus Galiano; Robinho, Arthur e Miguel Caldas; Juninho, Samuel Alves e Ivan Molina. Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 2x1 Portuguesa

» Gols: Wilbert, aos 42’, e Luiz, aos 44’ (Botafogo); Márcio Dutra, aos 10’ (Portuguesa)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 22.03.2025

» Local: Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador (RJ)

» Botafogo: Zanatta; João Gabriel Bueno (João Gabriel Marques), Vinícius, Herick e Victor Hugo; Luiz Henrique (Victor Gabriel), Arthur e Pedro Lucas; Luiz, Wilbert e Martin (Gustavo Souza). Técnico: Bruno Silva.

Botafogo 5x1 Sampaio Corrêa

» Gols: Miguel Caldas, aos 38’ e 67’, Juninho, aos 54’, David, aos 64’ e 81’ (Botafogo); Pablo, aos 35’ (Sampaio Corrêa)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 30.03.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Botafogo: João; Yure, Pedro (Estevan), João Pedro e Matheus Galiano; Arthur, Marcelo (Robinho) e Miguel Caldas (Martin); Juninho (João Gabriel Marques), Samuel Alves (David) e Mbanza (Rogério). Técnico: Augusto Wege.

 

A comemoração do gol para o título. Fonte: X – Botafogo Base.

Botafogo 7x1 Nova Iguaçu

» Gols: Juninho, aos 24’ e 47’, Ivan Molina, 37’ e 58’, Miguel Caldas, 44’ e 44+2’, e Samuel Alves, aos 88’  (Botafogo); 11, aos 52’ (Nova Iguaçu)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 12.04.2025

» Local: CT Nova Iguaçu, em Nova Iguaçu (RJ)

» Botafogo: João; Yure, Pedro (Estevan), João Pedro (Micael) e Matheus Galiano; Robinho (Marcelo), Arthur (David) e Miguel Caldas (Rogério); Juninho, Matheus (Samuel Alves) e Ivan Molina. Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 7x0 Maricá

» Gols: Rogério, aos 38, Arthur, aos 45’, Miguel Caldas, aos 56’, Samuel Alves, aos 63’, Marcelo, aos 71’, David, aos 82’, e Ivan Molina, aos 90’

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 18.04.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Botafogo: João; Yure (Luiz Henrique), Estevan, Micael e Matheus Galiano; Robinho (Mbanza), Arthur (David) e Miguel Caldas (Martin); Ivan Molina, Matheus (Samuel Alves) e Rogério (Marcelo). Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 2x1 Volta Redonda

» Gols: Miguel Caldas, aos 27’, e Marcelo, 45’ (Botafogo); Bernardo, aos 11’ (Volta Redonda)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 26.04.2025

» Local: CT Volta Redonda, em Volta Redonda (RJ)

» Botafogo: João; Yure (Luiz Henrique), Estevan, Micael e Matheus Galiano; Marcelo (Gabriel), Arthur e Miguel Caldas; Ivan Molina (Robinho), Matheus (David) e Mbanza (Rogério). Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 2x2 Flamengo

» Gols: Juninho, aos 3’, e Miguel Caldas, as 90+1’ (Botafogo); Luiz Guilherme, aos 18’, e Matheus, aos 59’ (Flamengo)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 03.05.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Botafogo: João; Yure (Rogério), Pedro, Estevan e Micael; Robinho (Marcelo), Arthur e Miguel Caldas; Juninho (Mbanza), Matheus (David) e Ivan Molina (Luiz Henrique). Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 4x4 Fluminense

» Gols: Pedro 3, aos 13’, Juninho, aos 42’, Miguel Caldas, aos 52’, e Marcelo, aos 22’ (Botafogo); Naarã, aos 20’, Sonny, aos 25’, Wesly Natã, aos 55’, e Fábio, aos 90+4’ (Fluminense)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 10.05.2025

» Local: Estádio Marcelo Vieira, em Duque de Caxias (RJ)

» Botafogo: João; Yure (Matheus Henrique), Pedro, Estevan e Micael (Matheus Galiano); Arthur, Ivan Molina (Robinho) e Miguel Caldas; Juninho, Matheus (David) e Mbanza (Marcelo). Técnico: Jardel Zamberlan.

Botafogo 2x3 Vasco da Gama

» Gols: Marcelo, aos 56’, e Ivan Molina, aos 73’ (Botafogo); Andrey, aos 1’ e 22’, e Emanuel, aos 68’ (Vasco da Gama)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 17.05.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Botafogo: João; João Gabriel (Pedro), Micael, Estevan e Matheus Galiano (Rogério); Arthur (David), Marcelo (Luiz Henrique) e Miguel Caldas (Samuel Alves); Juninho, Matheus e Ivan Molina. Técnico: Jardel Zamberlan.

A Taça. Crédito: Henrique Lima / Botafogo.

Botafogo 3x0 Bangu

» Gols: David, aos 3’, Matheus Henrique, aos 37’, e Matheus Galiano, aos 79’

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 24.05.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Botafogo: Paulo Guilherme; João Gabriel (Mbanza), Pedro (Micael), Matheus Henrique (Martin) e Matheus Galiano; Robinho, Diego e Samuel Alves (Luiz Henrique); Rogério, David e Carpina (Yure). Técnico: Jardel Zamberlan.

QUARTAS-DE-FINAL

Botafogo 1x1 Sampaio Corrêa

» Gols: David, aos 75’ (Botafogo); Matheus, aos 73’ (Sampaio Corrêa)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 30.05.2025

» Local: Estádio Lourival Gomes, em Saquarema (RJ)

» Árbitro: João Vítor Costa Reis (RJ); Assistentes: João Pedro Felipe Nascimento Silva (RJ) e Luan Martins Fonseca; 4º Árbitro: Luiz Phelipe Canindé Costa

» Disciplina: cartão amarelo – Samuel Alves e Robinho (Botafogo) e Arthur, Igor e Gabriel (Sampaio Corrêa)

» Botafogo: Paulo Guilherme; Vinícius (João Gabriel), Lucas (Herick), João e Matheus; Robinho, Victor Hugo (Pedro) e Samuel Alves; Mbanza (Luís Matias), David e Rogério (Gustavo). Técnico: Jardel Zamberlan.

» Sampaio Corrêa: Lucas; Igor, Gabriel, Diego e Matheus; Arthur (Daniel), Gabriel e Yan (Cauã Borges); Hiago (Lucas), Theo e Wesley. Técnico: Leonardo Guimarães.

Botafogo 7x0 Sampaio Corrêa

» Gols: Samuel Alves, aos 19’ e 63’, David, aos 76’ e 84’, Miguel Caldas, aos 38’, Juninho, aos 51’, e Mbanza, aos 58’

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 07.06.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: Cleiton de Aquino Brito (RJ); Assistentes: Weslen Almeida Leonardo (RJ) e Lucas Peclat de Mello Cordeiro (RJ); 4º Árbitro: Luís Filipe Macêdo Duarte (RJ)

» Disciplina: não se registraram advertências

» Botafogo: Paulo Guilherme; Rogério (Martin), Pedro (Luís Matias), João e Micael (Matheus Galiano); Luiz Henrique, Arthur e Miguel Caldas (Estevan); Juninho, Samuel Alves (David) e Matheus Silva (Mbanza). Técnico: Jardel Zamberlan.

» Sampaio Corrêa: Lucas; Igor (Lucas Duarte), Gabriel, Diego e Matheus (Enzo); Arthur (Cauã Borges), Gabriel e João Pedro (Daniel); Hiago (Pedro Lucas), Theo (Yan) e Wesley. Técnico: Antônio Carlos de Souza.

SEMIFINAIS

Botafogo 0x1 Vasco da Gama

» Gols: Andrey, aos 53’

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 14.06.2025

» Local: Estádio Nivaldo Pereira, em Nova Iguaçu (RJ)

» Árbitro: João Victor Simões de Oliveira (RJ); Assistentes: José Carlos Gomes Alves de Almeida (RJ) e Bárbara Maia Fraga (RJ); 4º Árbitro: Felipe Soares do Nascimento (RJ)

» Disciplina: cartão amarelo – Micael, Mbanza, Rogério, Arthur, Luiz Henrique e Jardel Zamberlan – técnico (Botafogo) e Gabriel Soares, Davi, Andrey, Luís Felipe, Oséias e Fabrício Souza – preparador de goleiros

» Botafogo: João Vítor; Rogério (Pedro Lucas), Pedro, João Pedro e Micael (Matheus Galiano); Luiz Henrique (Victor Hugo), Arthur e Miguel Caldas; Juninho, Samuel Alves (Mateus) e Mbanza (Luiz Alberto). Técnico: Jardel Zamberlan.

» Vasco da Gama: Oséias; Lucas, Breno, Kaique e Lorenzzo; Leonardo, Bernardo (Andrey) e Gabriel Soares; Luís Felipe, Diego (Emanuel) e Davi (Yan Gabriel). Técnico: Cássio Barros.

Os três maiores artilheiros do campeonato. Fonte: X –Botafogo F. R.

Botafogo 2x1 Vasco da Gama

» Gols: Samuel Alves, aos 29’, e Juninho, aos 32’ (Botafogo); Cristofer, aos 50’ (Vasco da Gama)

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 21.06.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos – campo anexo, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: Thiago Menezes Modesto dos Santos (RJ); André Felipe Gomes de Brito Mesquita (RJ) e Pedro Gomes Rodrigues Dutra Barbosa (RJ); Assistentes; 4º Árbitro: Thiago da Cunha Cordeiro (RJ)

» Disciplina: cartão amarelo – Juninho, Samuel Alves e Miguel Caldas (Botafogo) e Luís Felipe e Breno (Vasco da Gama); cartão vermelho – Luís Felipe (Vasco da Gama)

» Botafogo: João Vítor; Rogério (Lucas), Pedro, João Pedro e Micael; Victor Hugo, Arthur e Miguel Caldas (Matheus Galiano); Juninho (Luiz Henrique), Samuel Alves (Matheus Silva) e Ivan Molina (Herick). Técnico: Jardel Zamberlan.

» Vasco da Gama: Oséias; Lucas (Kauan), Breno, Kaique e Lorenzzo (Cristofer); Leonardo, Emanuel e Gabriel Soares; Luís Felipe (Guilherme), Diego (Yan Gabriel) e Davi (Pedro). Técnico: Cássio Barros.

FINAIS

Botafogo 5x4 Flamengo

» Gols: Miguel Caldas, aos 31’, Juninho, aos 38’, Samuel Alves, aos 51’, Pedro Paulo, aos 59’, e Arthur Novaes, aos 75’ (Botafogo); Jhefinho Vinícius, aos 40”, Luiz Guilherme, aos 8’, Ryan Roberto, 34’, e João Vítor, aos 71’ (Flamengo)

» Marcha do placar: 0x1, 0x2, 1x2, 1x3, 2x3, 3x3, 4x3, 4x4, 5x4

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 28.06.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: Thiago Menezes Modesto dos Santos (RJ); Assistentes: Ian Lima Arantes (RJ) e Lucas Ferreira Oliveira (RJ); 4º Árbitro: Jonas Francisco Santos (RJ)

» Disciplina: cartão amarelo – Victor Hugo, Lucas, Samuel e Ivan (Botafogo) e Diego Guimarães, Daniel Carvalho e Daniel Cardoso – técnico (Flamengo)

» Botafogo: João Vítor; Rogério, Pedro Paulo, João Pedro e Micael; Victor Hugo, Arthur Novaes e Miguel Caldas; Juninho (Davi), Samuel Alves (Matheus Silva) e Ivan Molina. Técnico: Jardel Zamberlan.

» Flamengo: Eduardo Clasen; Diego Guimarães, Daniel Carvalho, Levi Dias e Fábio Esteves (Pedro Pinho); Lucas Falcone (João), Matheus Tiago (Enzo Pinheiro) e Jhefinho Vinícius (Rogério Araújo); João Vítor, Luiz Guilherme (Kaio) e Ryan Roberto. Técnico: Daniel Cardoso.

Botafogo 1x0 Flamengo

» Gols: Miguel Caldas

» Competição: Campeonato Estadual Sub-17

» Data: 05.07.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: aguarda-se informação oficial.

» Disciplina: cartão amarelo – aguarda-se informação oficial.

» Botafogo: João Vítor; Rogério, Pedro Paulo, João Pedro e Micael; Victor Hugo, Arthur Novaes e Miguel Caldas; Juninho, Matheus Silva e Ivan Molina. Técnico: Jardel Zamberlan.

» Flamengo: aguarda-se informação oficial.

Fichas Técnicas: FERJ.

Botafogo 5x2 Mixto EC – o regresso à elite do futebol feminino

União e confraternização após o final da partida. Fonte: Botafogo TV, captura de tela, 05.07.2025.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo regressa à elite nacional do futebol feminino após vencer nas quartas-de-final o Mixto EC por 1x0, fora de casa, e 5x2, no Nilton Santos, com uma segunda parte espetacular de 4 gols sucessivos para virar o resultado negativo de 1x2 no 1º tempo para 5x2 a seu favor no 2º tempo e conquistar o direito de ascender à Série A1.

Parabéns a todo o plantel e componentes técnicas por se atingir o 1º objetivo definido para o campeonato. Agora é finalmente tempo de se pensar no 2º objetivo, que é lutar pela conquista do campeonato brasileiro Série A2.

Eis as fichas técnicas das QUARTAS-DE-FINAL:

Botafogo 2x1 Mixto EC (MT)

» Gols: Bia, aos 51’, e Júllia, aos 52’ (Botafogo); Hadri, aos 56’ (Mixto)

» Competição: Campeonato Brasileiro A2

» Data: 22.06.2025

» Local: Estádio Eurico Gaspar Dutra, o ‘Dutrinha’, em Cuiabá, Mato Grosso

» Árbitro: Jean Marcel Latorraca Ferreira (MT); Assistentes: Carlos Eduardo Ribeiro Santos (MT) e Eduardo Teodoro Rodrigues (MT); Quarto Árbitro: Luiz Paulo de Moura Pinheiro (MT)

» Disciplina: cartão amarelo – Sinara e Paola (Botafogo)

» Botafogo: Michelle; Sinara, Thaiane (Raiani), Grazy (Franciele) e Natane; Duda Basílio, BB e Tipa (Rebeca); Bia (Analu), Carol (Paola) e Júllia. Técnico: Léo Goulart.

» Mixto: Thaynara; Giovanna, Jeniffer, Lorena e Juju; Sabrina, Vitória e Michelle (Mirelle); Hadri (Gabrielle), Balbino e Marcelly (Andrezinha). Técnico: Daniela Alves.

Crédito: Arthur Barreto / Botafogo.

Botafogo 5x2 Mixto EC (MT)

» Gols: Sinara, aos 27’, Carol, aos 48’ e 79’, Júllia, 63’, e BB, aos 90’ (Botafogo); Balbino, aos 21’, e Sabrina, aos 45’ (Mixto)

» Marcha do placar: 0x1, 1x1, 1x2, 2x2, 3x2, 4x2, 5x2

» Competição: Campeonato Brasileiro A2

» Data: 05.07.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitra: Rejane Caetano da Silva (RJ); Assistentes: Beatriz Geraldini de Sousa (RJ) e Ana Vitória Trindade Ferreira (RJ); Quarto Árbitro: Jodis Nascimento de Souza (RJ)

» Disciplina: cartão amarelo – Carol, Sinara e Duda Basílio (Botafogo) e Sabrina, Lorena e Balbino (Mixto); cartão vermelho – Daniela Alves – técnica (Mixto)

» Botafogo: Yasmim; Sinara, Thaiane, Grazy e Natane; Duda Basílio (Kika); BB e Tipa (Rita Bove); Rebeca (Paola), Júllia (Dandara) e Carol (Analu). Técnico: Léo Goulart.

» Mixto: Thaynara; Giovanna, Esther, Lorena e Juju; Sabrina (Michelle), Karol Alves e Gabi Jesus (Lorrayne); Andrezza (Jeniffer), Balbino (Marcelly) e Hadri (Itiza). Técnico: Daniela Alves.

Fonte: Confederação Brasileira de Futebol e Botafogo TV.

Ditadura, Violência e Ruína: Quando o Botafogo Foi Invadido e Afundado

Charge de Henfil. In Jornal dos Sports, 22 de junho de 1968, p. 4.

por ANTÔNIO SÁ | Fiscal de Rendas aposentado do Município do Rio de Janeiro, Ex-Subsecretário de Assuntos Legislativos e Parlamentares do Município do Rio de Janeiro. Bacharel em Direito e Economia | In diariodorio.com | 25 de junho de 2025

«Invasão da sede do Botafogo por forças da ditadura em 1968 e a gestão autoritária de Charles Borer marcaram um período sombrio na história do clube.

A Ditadura Invade o Campo: A Invasão de General Severiano em 1968

Em junho de 1968, o Brasil vivia um dos momentos mais tensos da ditadura civil-militar iniciada em 1964. Às vésperas da edição do Ato Institucional nº 5, a repressão às mobilizações estudantes já se intensificava pelas ruas. […]

A repressão se deu em diversas frentes. […] Em meio ao caos, um gruo de cerca de 200 estudantes buscou abrigo na sede do Botafogo de Futebol e Regatas, em General Severiano. A entrada foi autorizada pelo então presidente do clube, Altemar Dutra de Castilho. Era uma tentativa desesperada de proteção civil em uma noite que ficaria marcada como uma das mais violentas daquele ano. […]

A sede do clube foi invadida por forças do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e do Serviço Nacional de Informações (SNI), que ignoraram os apelos dos dirigentes e entraram no clube como se fosse um bunker inimigo. Vidros estouraram, bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pelas janelas, portas foram arrombadas. Houve agressões a atletas que treinavam, funcionários, sócios – e até crianças que ensaiavam uma quadrilha para a festa de São João. A cozinheira desmaiou, um diretor foi mantido preso por mais de uma hora e saiu ferido. Cinco crianças precisaram ser hospitalizadas.

A brutalidade denunciada no dia seguinte por Henfil, com uma charge no Jornal dos Sports, e registrada com manchetes dramáticas. […]

A cidade ficou em estado de guerra. No dia seguinte, o Jornal dos Sports relatava: “DOPS e PM mataram três: toda a cidade ficou contra a Polícia”. O saldo incluía mortos, feridos, barricadas, tiros, bombas, incêndios e centenas de prisões. Um dos grandes clubes do país havia sido convertido temporariamente em palco da repressão militar.

Charles Borer: O Policial do SNI que Afundou o Botafogo

Em 1970, dois anos após a invasão de General Severiano, setores ligados à ditadura se movimentaram para consolidar o domínio militar sobre o clube. Foi nesse contexto que Charles Macedo Borer, policial vinculado ao Serviço Nacional de Informações (SNI), foi alçado à presidência do Botafogo de Futebol e Regatas. Seu nome foi impulsionado com apoio de quadros militares e do irmão Cecil Borer, um dos mais temidos delegados do DOPS no Rio de Janeiro.

A chegada de Borer à presidência marcaria um dos períodos mais sombrios da história do clube. Alegando dívidas elevadas e crise estrutural, sua gestão implementou uma política de austeridade brutal – mas que, na prática, apenas aprofundou os problemas financeiros e provocou um dos maiores retrocessos institucionais do clube.

A venda de General Severiano para a estatal Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em 1976, por 90 milhões de cruzeiros, foi o ápice da derrocada. A sede histórica, berço das glórias do clube e símbolo da Estrela Solitária, foi vendida por um valor muito abaixo do mercado. A decisão foi aprovada por 140 conselheiros – apesar dos protestos históricos de figuras como Carlito Rocha.

Sem sede, o clube transferiu-se para o Mourisco Mar, na Praia de Botafogo, e passou a mandar seus jogos em Marechal Hermes – onde construiu um estádio precário e improvisado. Esse deslocamento geográfico e simbólico afastou o Botafogo de sua identidade. Começava ali o maior jejum de título da história alvinegra: 21 anos sem conquistas expressivas.

Durante o mandato, Borer foi responsável por transformar o Botafogo em uma espécie de trincheira autoritária. Perseguiu dirigente, demitiu funcionários, destratou jogadores. O time ganhou a alcunha de “Time do Camburão”, com elenco formado por nomes irrelevantes, instáveis, sem identificação com o clube. Em 1981, numa entrevista à revista Placar, o dirigente resumiu sua visão com uma frase estarrecedora:

“Pouco importa a torcida. Torcedor é volúvel, só aparece na vitória. Se o time perde, ele some. […] Torcida não é patrimônio, não faz o clube.”

Borer ainda espalhava acusações de “infiltração comunista” na torcida do Botafogo, sem jamais apresentar provas. A retórica anticomunista da ditadura entrava pelos portões do estádio, contaminando o ambiente com vigilância, intolerância e repressão.

Mesmo com a venda da sede, as dívidas não foram sanadas. O clube continuou atolado em obrigações fiscais, trabalhistas e cm imagem pública arruinada. O legado de Charles Borer foi ruína, ressentimento e desmobilização.

O Retorno a General Severiano e a Lição da Memória

A recuperação da sede de General Severiano só veio décadas depois. Em 1992, graças a uma negociação envolvendo a cessão do ginásio no Mourisco à Vale, o Botafogo reconquistou seu lar histórico. A reinauguração oficial ocorreu em 1994. Hoje, o prédio abriga o Museu do Botafogo e, mesmo com o Estádio Nilton Santos sendo a nova casa para os jogos, General Severiano permanece como sede social e símbolo da história viva do clube.

Essa história, no entanto, é mais do que uma cronologia de fatos administrativos. É um alerta. A invasão de 1968 e a gestão de Borer demonstram como o futebol não está imune aos ventos autoritários e às ambições políticas. Quando a repressão atravessa os muros do estádio, quando um clube vira campo de operações policiais, ou quando um dirigente despreza seu torcedor como “não sendo patrimônio”, o futebol perde seu sentido original: ser espaço de afeto, resistência, identidade e sonho coletivo.»

Texto completo clicando em https://diariodorio.com/ditadura-violencia-e-ruina-quando-o-botafogo-foi-invadido-e-afundado/

Histórias botafoguenses sem fim: a menina ‘fanática’ pelo Glorioso

Fonte: record.r7.com | captura de tela.

por FALA BRASIL |in https://record.r7.com | 10.05.2025

«No Dia das Mães, Valentina, uma garotinha de 6 anos, apaixonada pelo Botafogo, [foi] ao estádio Nílton Santos com sua mãe Karen, e Valentina [e a mãe] escolheram suas roupas para a ocasião, incluindo uma camisa especial que diz “Te amo, mãe”.

Apesar de não ser fã de futebol quanto elas, o  pai de Valentina [participou] da comemoração, que também [incluiu] a presença dos avós.»

Notas do Mundo Botafogo: 1. Valentina é pé quente, porque nesse dia a nossa Gloriosinha Valentina assistiu a uma vitória espetacular do Botafogo sobre o Internacional pelo placar de 4x0; 2. A reportagem foi feita na véspera da partida e o Mundo Botafogo substituiu os tempos dos verbos do pretérito perfeito para o presente, indicados nos parêntesis retos.

Assista ao imperdível vídeo e delicie-se com a decoração do quarto de Valentina clicando em https://record.r7.com/fala-brasil/video/garotinha-apaixonada-pelo-botafogo-e-sua-mae-vao-celebrar-o-dia-das-maes-no-estadio-10052025/

Guto, campeão pelo Botafogo/RJ e América/RN

O lateral-esquerdo Guto é o primeiro de boné branco (em pé) no Botafogo de Futebol e Regatas campeão nacional em 1995. Fonte: jornaldagrandenatal.blogspot.com.

[Nota preliminar: A publicação é réplica do original de cinco publicações de José Vanilson Julião no seu jornal/blogue, capítulos I, II, III, IV e V.]

por JOSÉ VANILSON JULIÃO | Colaborador do Mundo Botafogo | Editor do Jornal da Grande Natal | http://jornaldagrandenatal.blogspot.com

I

O lateral-esquerdo Carlos Augusto Garcia Braga, o “Guto”, nasceu no dia 19 de fevereiro de 1973, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, passou pelo alvirrubro da capital potiguar (1998) e conta no currículo com o título de campeão da Copa do Nordeste.

Ele começou no Royal de Barra do Piraí, profissionaliza-se no Atlético Mineiro e passa, sequencialmente, pelo União São João de Araras/SP, Botafogo (pelo qual é campeão brasileiro em 1995), Vila Nova (Goiânia) e Volta Redonda.

O pesquisador Marcos Avelino Trindade, o último bastião para quem procura súmulas ou fichas técnicas e informações gerais, confirma os dados iniciais a pedido do repórter.

“Guto” relata a carreira em vídeo-reportagem. A seguir mais detalhes do pouco lembrado jogador pela estadia de apenas três meses no América/RN.

II

Pelo Clube Atlético Mineiro (CAM) “Guto”, entra em campo 22 vezes. Estreia no “Galo” no amistoso (10x0) contra o Valença (21/01/1991) e faz a última aparição (1x3) contra o União São João de Araras (21/01/1994) no Brasileiro.

Na campanha do título nacional de 1995, 25 jogadores entraram em campo pelo Botafogo. O ala reserva “Guto” entrou em nove jogos dos 27 da primeira fase, segunda fase, semifinal e final.

Fez a jogada que resultou no quarto gol – o de Túlio Maravilha – sobre o Atlético Mineiro (5x0).

III

Ala que passou pelo clube da “Estrela Solitária” e pelo “Galo” participou da campanha do único título regional potiguar.

O lateral-esquerdo Carlos Augusto Garcia Braga, o “Guto”, atua pelo América apenas duas vezes. Pouco lembrado, ainda assim é considerado campeão.

Na campanha da competição nordestina 33 atletas jogam pelo alvirrubro. Mas apenas 16 aparecem na fotografia oficial na decisão. Com o atacante paulista Paulinho Kobayashi somando mais participações (13). PK ainda é o artilheiro da competição (nove gols).

Dos 14 jogos da equipe americana o ala “Guto” participa de partidas na segunda fase: 2x1 ABC (30/04) e 1x3 Santa Cruz/PE (07/05).

A foto mais recente dele, com o ex-atacante do Fluminense, Fred, foi feita no encerramento, na “CBF Academy”, do Curso do programa de qualificação de profissionais do futebol (30/08 a 01/10/2022), quando obteve a “Licença B”, fruto de 210 horas/aula, conforme Certificado da CBF assinado pelo presidente Ednaldo Rodrigues, recentemente destituído do cargo por força de decisão judicial.

Fred e Guto no curso especial da CBF. Fonte: jornaldagrandenatal.blogspot.com.

IV

O lateral-esquerdo “Guto” termina o contrato com duração de 90 dias com o alvirrubro e no “Voltaço” disputa a Série B no segundo semestre.

Após o encerramento do contrato de três meses com o América de Natal (03/04 a 03/07/1998), pelo qual recebia R$ 200 mensais (o salário mínimo era de 120,00 reais), o lateral-esquerdo Carlos Augusto Garcia Braga, o "Guto", é agregado ao Volta Redonda.

No clube da "Cidade do Aço", sede do município do interior do estado do Rio de Janeiro – que empresta o nome a agremiação auri-negra –, no segundo semestre participa da Série B.

Só para exemplificar, na segunda divisão nacional ele participa de dois jogos contra o Criciúma em Santa Catarina, outro com as cores preta e amarela.

Primeiro no estado “Barriga Verde”. No “Majestoso”: Criciúma 3x0. No “Estádio da Cidadania”: Volta Redonda 2x1.

Dos dez jogos na competição “Guto” participa dos primeiros seis, incluindo os dois últimos contra o clube catarinense.

No currículo – além do título de campeão brasileiro pelo Botafogo (1995) – é campeão mineiro (1991) e da Copa Conmebol (1992) pelo Atlético.

V

A pesquisa levanta  números do lateral-esquerdo "Guto", no Botafogo/RJ, Atlético Mineiro e Volta Redonda, e confirma os jogos pelo América/RN.

"Guto" atua vinte e duas vezes pelo "Galo" de Belo Horizonte (1991/94), nove vezes pelo "Glorioso" na Série A (1995) e em seis jogos pelo Volta Redonda na Série C (1998).

Pelo clube potiguar são dois jogos pela principal competição local e dois na tradicional competição regional nordestina, entre abril e maio de 1998.

CRONOLOGIA

- América 1x1 Potiguar – Campeonato Potiguar (26/04)

- América 2x1 ABC – Copa do Nordeste (30/04)

- América 3x2 ABC – Campeonato Potiguar (03/05)

- América 1x3 Santa Cruz – Copa do Nordeste (07/05)

Em 2015 era dono de supermercado na cidade natal, Barra do Piraí, no interior do Rio de Janeiro.

Garrincha, o inventor do futebol barroco!

Fonte: bonifacio.net.br.

por TEIXEIRA MENDES | Cronista, crítico e historiador desportivo

in https://bonifacio.net.br | 31.10.2020

«O futebol brasileiro possui a vocação para a consagração pela beleza, pela exuberância daquilo que oferece ao olhar contemplativo um instante descomunal e sublime. Garrincha é a encarnação do gênio estético do Povo. Um homem barroco, definitivo e plástico. Garrincha é o Aleijadinho da finta, o Antônio Francisco Lisboa da jogada entusiasmada, o brasileiro que reverbera a sinuosidade perfeita da expressão dramática.

Em síntese: o maior driblador da história esculpiu com gestos de perna, talhou e inventou tensões estéticas com os pés – Garrincha é o segundo nome do Barroco Mineiro. Para Mário de Andrade, a originalidade de Aleijadinho foi o primeiro gesto de independência da antiga colônia de Portugal. Ao seu modo, Garrincha proclamou a Independência Brasileira ao inventar a alegria do povo, o sorriso das massas, o gargalhar das multidões.

Antes de Garrincha, o futebol era uma Idade Média. O gramado era o pasto perfeito para o tédio bovino dos acontecimentos triviais. Além de gênio plástico, Garrincha foi um Copérnico e um Galileu da bola. O nosso Mané tirou o mundo do sedentarismo confortável e monástico e, ao mesmo tempo, fez com que todos percebessem que o sol estava no lugar errado – o craque colocava o mundo em movimento. Antes de Garrincha, a bola ainda não havia se tornado bola. A bola possuía a coerência geométrica dos objetos esféricos; contudo, antes dos pés sublimes de Mané, a pelota ainda não havia nascido para si mesma.

Quando o craque nasceu, a medicina pronunciou o que parecia ser uma triste e desoladora sentença: o menino Manoel Francisco dos Santos não seria capaz de andar, de exercer sobre o mundo um único e modesto passo. Para a razão, o craque era um aleijado. Dito e feito. Mané jamais caminhou sobre o mundo. Com seu nome de Pássaro, o camisa 7 foi para o futebol um ser mitológico –  possuía asas e ostentava pernas retorcidas! Garrincha era um curupira que aprendeu a voar! O verdadeiro mito, um folclore autêntico, uma lenda brasileira!

Insisto, leitor: Garrincha foi o inventor do futebol Barroco. O craque dos dribles infinitos tornou o estádio do Maracanã um templo, o lugar da fé e da devoção popular, onde a geral e a arquibancada se convertiam na igreja de Nossa Senhora do Carmo de Ouro Preto. A fé que o gênio despertava era, entretanto, uma fé alegre – um tipo de crença que destoa da fé dos tempos atuais. Na capital do Brasil, não por acaso, um majestoso templo foi erguido em sua homenagem – o estádio Mané Garrincha!

Garrincha era a encarnação da alegria do Povo, o inventor da gargalhada das massas. No gramado e espontaneamente, como uma metamorfose alada, com o mistério do casulo convertido em aquarela voadora, o artista desfilava um repertório imodesto de ilusões fantásticas. Da geral, como numa procissão inútil e fadada ao fracasso, o povo tentava acompanhar a sequência de milagres inventados pelas arrancadas do portentoso driblador – o maior dos milagres era a alegria do Povo!

O escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi o Garrincha do Barroco e Garrincha foi o Aleijadinho dos gramados. Fonte: bonifacio.net.br.

No patrimônio eterno da sagrada memória dos feitos impossíveis, consta dos fatos inesquecíveis, o acontecimento dos ‘’três minutos mais incríveis da história do futebol’’. Repito: Garrincha ensina a crer pelo incrível, inspira um tipo de fé na alegria. Contra o chamado ‘’futebol científico’’ praticado pelos soviéticos, nosso Mané iniciava a trinca eterna dos minutos futebolísticos. Gavril Katchalin, o técnico da URSS, era uma espécie de engenheiro da computação. O estrategista russo possuía um grande banco de dados, um imenso pátio de informações técnicas e relatórios completos sobre os seus adversários. Outra vez, diante do Gênio barroco, tudo se converteria num esforço inútil e débil na tentativa de marcar o Sátiro Brasileiro.

Por ironia da numerologia da bola, na Copa de 1958, o camisa 7 vestiu a 11. A maior ironia de todos os tempos, todavia, ainda esperava para acontecer. Redimindo a blasfêmia de ter um Garrincha no banco, o técnico Vicente Feola deu a titularidade ao Gênio Brasileiro. Iniciada a partida, Garrincha recebe a bola e avança pela direita e, com a leveza irresponsável da probabilidade negativa da graça divina, o ponta direita driblou João Kuznetsov. Pobre russo, pobre João. Kuznetsov caiu de forma patética no chão. O marcador russo parecia um devoto dobrado diante da imagem do Santo Milagreiro. Desmoralizado o conjunto defensivo do adversário, o craque fez a bola explodir na trave. Yashin, aclamado melhor goleiro do mundo, sentia no peito a impotência retumbante de todos os mortais.

Uma segunda explosão foi ouvida. Era Pelé quem implodia o travessão do Aranha Negra. A pressão absoluta, por fim, resultaria em gol. Na sequência, Didi faria um passe magistral e, com a precisão dos seres impiedosos, o artilheiro Vavá abriria o placar. A jogada que deu início ao primeiro gol brasileiro na partida nascia das possibilidades tortas das penas de Garrincha. Sofrendo de labirintite, a defesa adversária sabia da inocuidade de seus esforços. O Craque havia desnorteado a defesa do futebol científico. Um time inteiro despencava tonto de humilhação. Tudo que aconteceu depois era como um eco e um reflexo da ilusão criadora do Pássaro Driblador. O trio de minutos eternos da história do futebol era mais uma escultura do Aleijadinho dos gramados.

Como qualquer herói, como qualquer ser forjado pelo princípio de diferenciação, o Craque possuía seu ponto de vulnerabilidade. Como um Aquiles do futebol brasileiro, a anatomia dos grandes mitos fez do joelho de Garrincha um calcanhar. O calcanhar de Aquiles, o joelho do Craque. É impossível que em nossa língua ainda não tenhamos inventado uma expressão, uma frase para traduzir o ponto fraco de um ser invencível, implacável e heroico – o joelho de Garrincha. Talvez o nosso idioma também tenha caído nas miragens produzidas pelo Pássaro, nas ilusões fabricadas pela ludibriosa cinesia do Craque.

Consumido pela dor, Garrincha teve de abandonar os gramados. O joelho, o ponto de vulnerabilidade do Gênio, foi a estação terminal de sua trajetória nos campos. E foi assim, derrotado em seu ponto fraco, que o Mané abandonou o futebol. Com razão, um grande poeta havia afirmado: as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho. O Brasil atual, tornado triste e desesperado, precisa de um novo Garrincha. O Brasil precisa de alguém que possa nutrir a dimensão onírica de seu Povo. O Povo Brasileiro precisa de alguém que mate a sua fome de alegria e de sonho.»

Fonte: https://bonifacio.net.br/garrincha-o-inventor-do-futebol-barroco/

Botafogo e Robson Marfa vencem 2ª etapa de sectorball

Robson Marfa. Crédito: FEFUMERJ.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Robson Marfa, da equipe do Botafogo de Futebol de Mesa, conquistou a 2ª Etapa Individual de Sectorball 2025, organização da Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro, que se realizou nas instalações de futebol de Mesa do Olaria Atlético Clube, no dia 21 de junho de 2025, derrotando na final o seu companheiro de equipe Hallison.

Participaram da competição as seguintes equipes: Associação Atlética Light, Associação Atlética Portuguesa, Bangu Atlético Clube, Botafogo de Futebol e Regatas, Clube de Regatas Vasco da Gama, Liga Fonte Futebol de Mesa e Olaria Atlético Clube.

A classificação final ficou assim ordenada:

1º Robson Marfa (Botafogo FR)

2º Halisson (Botafogo FR)

3º Abel Cêpa CR Vasco da Gama)

4º Weber Gomes (AA Portuguesa)

Fonte: Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro (FEFUMERJ).