terça-feira, 30 de abril de 2024

Botafogo conquista três medalhas de Ouro na 1ª regata do estadual

Fonte: Botafogo Social & Olímpico.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo conquistou três medalhas de Ouro na 1ª Regata do Campeonato Estadual de Remo, organizado pela Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro, que decorreu no Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, no dia 28 de abril de 2024, alcançando a 2ª colocação da classificação geral do campeonato com o Flamengo na 1ª colocação.

No que respeita à vitória na 1ª Regata, tendo em atenção que o critério de vencedor da Regata é diferente da contagem de pontos para o campeonato, já que para a regata conta o maior número de medalhas de Ouro, o vencedor foi o Vasco da Gama, com 5 Ouros, o Flamengo em 2º com 4 Ouros e o Botafogo em 3º com 3 Ouros.

CONTAGEM PARA O CAMPEONATO ESTADUAL

1º CR Flamengo, 94

Botafogo FR, 87

3º CR Vasco da Gama, 64

4º GRV Escola Naval, 4

Eis os pódios das provas vencidas pela Estrela Solitária:

DOUBLE SKIFF – JUNIOR – A – 2.000M

1º Botafogo de Futebol e Regatas – B (Bernardo Barreto de Oliveira e Francisco Miguel Rosas Moreira)

2º Clube de Regatas do Flamengo – A (Daniel Rocha de Araújo, Pedro Paulo Rodrigues da Silva)

3º Club de Regatas Vasco da Gama (Gabriel Oliveira Ramos, Marlon Figueiredo Nunes)

SINGLE SKIFF – ABERTO / FEMININO – 2.000M

1º Botafogo de Futebol e Regatas – A (Beatriz Cunha Tavares Cardoso)

2º Botafogo de Futebol e Regatas – B (Chloé Gorski Delazeri)

3º Clube de Regatas do Flamengo – B (Isabelle Falck Camargos)

FOUR SKIFF – MÁSTER MISTO B / MISTO – 1.000M

1º Botafogo de Futebol e Regatas – A (Mariano Ernesto, Martin Omar, Kissya Cataldo da Costa e Inglid Belford dos Santos)

2º Clube de Remo Rio de Janeiro – B (Ronald Cesar de Sousa Brito, Paulo Roberto de Carvalho, Daniele Ramos Firmo e Sonia Amoedo Miguez)

3º Clube de Regatas do Flamengo – A (Benjamin Veronese de A. Melo, João Felipe Galvão Rodrigues, Júlia Silva Duarte e Caroline de Carvalho Corado)

Fonte: FLA TV.

Manga: grande referência da minha juventude

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

Manga foi o mais extraordinário goleiro que vi jogar. Meu grande ídolo de infância e juventude. A sua referência foi tão forte para mim, que em campeonatos de futebol e de futsal, em contexto escolar e militar (neste caso aquando de serviço militar obrigatório), fui sempre goleiro e até campeão nas duas modalidades em ambos os contextos mencionados.

Que saudades de tão sensacionais defesas! Muito grato a Manga!

Voz de Renata Graciano: voz insuspeita sobre o clássico da rivalidade no Maracanã

«Eu gostaria muito de estar com raiva agora. Adoraria estar xingando e destilando ódio nas redes sociais porque o Flamengo não venceu o Botafogo. Eu poderia estar revoltada com o péssimo planejamento da diretoria de futebol e comissão técnica.

Eu poderia. Mas não estou, a minha sensação no momento, e acredito que de uma grande parte da torcida, é de frustração e desânimo. O Flamengo não deu um chute decente pro gol. [...]

Teve jogada bonita, teve posse de bola, teve até uma ilusão de que o  Flamengo poderia decidir a qualquer momento, mas não foi isso que aconteceu. O time parece aquele arame liso, cerca, aperta, mas não decide nada

Renata Graciano, flamenguista, excerto da matéria “Na altitude do Maracanã” em mundorubronegro.com.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Ana Sátila conquista Ouro e Bronze em Itália

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Ana Sátila, canoísta botafoguense classificada para os Jogos Olímpicos de Paris, conquistou uma medalha de Ouro em Caiaque/K1 e uma medalha de Bronze em Canoa/C1, no Copa Nacional e Internacional de Canoagem e Caiaque, organizado pela Federazione Italiana Canoa Kayak, que decorreu em Ivrea, província de Turim, em Itália, no dia 27 de abril de 2024.

Eis os resultados dos pódios de Ana Sátila:

CAIAQUE / K1 – FINAL

1º Ana Sátila (Brasil/Botafogo), 96.60 pts.

2º Stefanie Horn (Itália), 97.39 pts.

3º Francesca Malagutti (Itália), 99.66 pts.

CANOA SLALOM / C1  FINAL

1º Nuria Vilarrubla (Espanha), 103.45 pts.

2º Marta Bertoncelli (Itália), 106.80 pts.

3º Ana Sátila (Brasil/Botafogo), 107.03 pts.

Fonte: Federazione Italiana Canoa Kayak.

Luiz T’Challa Henrique


Luiz T’Challa Henrique ‘Pantera Negra’. Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

Pantera Negra (Black Panter) é um super-herói das histórias em quadradinhos publicadas pela Marvel Comics, cuja identidade secreta é a de T’Challa, rei de Wakanda, um reino fictício na África. O Personagem foi criado pelo escritor e editor Stan Lee e pelo escritor e ilustrador Jack Kirby, aparecendo pela primeira vez em Fantastic Four nº 52 (julho de 1966) na Era de Prata das histórias em quadradinhos. Além de possuir habilidades aprimoradas alcançadas através de um antigo ritual de Wakanda, T’Challa também conta com seu intelecto genial, treinamento físico rigoroso, habilidade em artes marciais, acesso a tecnologias avançadas e riqueza para combater seus inimigos. – Wikipédia, in Pantera Negra (Marvel Comics).

Líder do Brasileirão - uma simbólica grandeza e beleza estelar

A liderança do Brasileirão é real e inesperada, mas irrelevante no que respeita à luta pelo título, já que faltam 34 longas rodadas das 38 que constituem a competição maior do futebol brasileiro.

Porém, no âmbito de tantos e tão grandes obstáculos que enfrentamos, a sua simbologia é de uma incontornável grandeza. E de uma beleza estelar!

domingo, 28 de abril de 2024

Botafogo 2x0 Flamengo - a Fénix renasce e a Estrela brilha

O «justiceiro mascarado» faz renascer a Fénix, brilhando a Estrela Solitária lá no Alto!
Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

A alegria é muita, o ‘chororô’ ficou do lado de quem sempre chora: após as desculpas da ‘altitude’ e as desculpas do ‘gramado sintético’, quais são as desculpas?...

Ah, sei… O goleirão do Botafogo defendeu (?!) todos os remates perigosos à baliza, o árbitro não marcou impedimento no 1º gol do Botafogo e não marcou falta do 2º gol do Botafogo.

Tadinho do Bruninho Henriquinho no seu chorinho… É preciso muito desplante! E a CBF tratou de editar rapidamente o áudio do VAR.

Dois pormenores iniciais: (a) o Botafogo rematou nove vezes, e em três casos chutou enquadrado na baliza, especificamente no 1º gol, depois numa falha clamorosa de Jeffinho que chutou em cima do goleiro com a baliza escancarada e finalmente no 2º gol; (b) o Flamengo rematou quinze vezes para fora e fez ZERO remates enquadrados na baliza, isto é, o nosso goleirão até podia… ter ficado em casa!

Há mais alguns pormenores: (a) a existência do VAR parece uma ‘benção’, caso contrário arrumariam modo de anular os nossos gols; (b) mas funciona basicamente bem apenas quando está sob pressão, com todos os olhares centrados sobre si, mostrando que um dos vitoriosos de hoje foi… John Textor!

Já agora, mais alguns pormenores: cada vez mais reforço o meu convencimento que a existência de um treinador capaz pode mudar o rumo de uma equipa tecnicamente, taticamente, fisicamente e mentalmente no quadro de uma estratégia bem montada, com estudo rigoroso das características do adversário e um relacionamento humano assertivo e participativo.

Na verdade, mesmo sem um 9 na área é possível que um coletivo bem focado, ambicioso e com vontade de melhorar continuamente o seu aprendizado, possa ganhar jogos e conquistar títulos apesar de isso não ser expectável a priori.

Marlon Freitas excedeu-se em capacidades neste jogo; Savarino manteve uma regularidade impressionante em todo o jogo; Luiz Henrique sabe definir bem e marcar gols; Júnior Santos mantém-se sempre igual a ele próprio, provocando fraturas nas defesas adversárias; Diego Hernandéz, que indiscutivelmente tem qualidades, já está trabalhando a bom nível, a zaga ajustou-se bem; enfim, parece que AJ está conseguindo realçar as melhores qualidades de cada jogador, respeitando as suas características e não inventando. Aliás, todas as suas substituições têm sido boas e após os intervalos a equipe funciona melhor, mais compacta e com melhor capacidade de recomposição, além, evidentemente, de conseguir ‘pentear’ bem a bola, quebrando  ritmo adversário e serenando o jogo para de repente efetuar um contra-ataque rápido e usar da eficácia necessária para ganhar.

Dito isto, vamos ao jogo.

O Botafogo entrou no jogo com vontade, levou perigo à área adversária antes dos 2’ de jogo; o Flamengo ripostou aos 3’; Júnior Santos aos 6’ entrou na área, passou por dois adversários e quando rematou foi bloqueado in extremis.

O Botafogo fazia pausas no jogo, quebrando o frenesim ineficaz do Flamengo, e procurava o contra-ataque aproveitando a velocidade de Júnior Santos. Porém, aos 11’, o Flamengo marcou um gol de calcanhar, que só foi anulado porque… a arbitragem estava sob o escrutínio de todos após as demandas de John Textor e agora já não é tempo, por exemplo, de validar gols em impedimentos de um metro ou mais, nem invalidar gols que entraram 69 centímetros para lá da linha de gol (e que deram dois campeonatos ao Flamengo neste século, em prejuízo do Botafogo e do Vasco da Gama).

 

Gol de Savarino, enganando Rossi que deu uma artística cambalhota circense, tão espetacular quanto o malfadado goleiro Bruno sentando no chão com a cavadinha de Loco Abreu no título carioca de 2010. Crédito: Captura de tela.

Daí em diante os comentaristas falavam de predomínio de posse de bola pelo Flamengo. Em primeiro lugar, posse de bola pode significar eficiência, mas não significa necessariamente eficácia; em segundo lugar, aos 34’ foi anunciada posse de bola de 51% para o Flamengo e 49% para o Botafogo. A ilusão resultava da posse de bola dos rubro-negros nas cercanias da área alvinegra, enquanto o Botafogo tinha posse de bola mais no seu meio campo, justamente segundo a estratégia de manter o jogo tão sereno quanto possível, controlado e espreitando a possibilidade de ataque.

É certo que estaríamos teoricamente com mais dificuldades de conter as arremetidas do Flamengo, mas também permitimos um certo domínio consentido. E o certo é que durante a 1ª parte John só defendeu uma bola e que, aliás, ia para fora, desenquadrada da baliza. O que mais se viu foram muitos desarmes e bloqueios de parte a parte na hora dos remates, e a defesa botafoguense tirava a bola da sua área sempre em chutes de primeira, sem procurar dribles nem vacilar.

E as soluções do Flamengo foram escasseando. Primeiro, porque a sucessiva e repetitiva jogada de avanços pelo lado direito do ataque, com ida à linha de fundo e cruzamento para trás, estava manjada, e se acaso um dos atacantes do adversário conseguia passar pelo lateral, havia sempre um segundo homem da zaga para afastar o perigo. O Botafogo cumpria a estratégia de AJ ao pormenor, desbancando a adversário por todos os meios e recompondo-se rapidamente quando ia ao ataque e perdia a bola – talvez com excepção de Savarino.

Danilo Barbosa fechava bem à frente da defesa e Marlon Freitas distribuía o ataque com alguns avanços perigosos. E nos últimos minutos o Botafogo fez o que raramente conseguia fazer nos finais da 1ª parte: gerir bem os últimos minutos para chegar ao intervalo sem desvantagem no placar.

O início do 2º tempo mostrou os jogadores alvinegros ainda mais focados na partida e os primeiros minutos evidenciaram o Botafogo mais ao ataque, recompondo-se quando perdia a bola e serenando o jogo para travar o ânimo adversário. E aos 52’, numa bela cobrança de escanteio, Luiz Henrique recebe na meia-lua da grande área e remata de primeiro num gol tão belo quanto o goleiro adversário nem se conseguiu mexer, e a bola entrando rasteira, rápida e gulosa no canto direito da baliza rente ao poste. Botafogo 1x0!

Logo depois o Flamengo voltou à carga, mas aos 62’ Jeffinho recebeu um excelente passe dentro da área, atrapalhou-se com a bola como é habitual e deixou-a escapar-se pela linha de fundo. O Flamengo reagiu e levou perigo aos 64’ e 65’, mas o Botafogo sempre muito atento não dava espaços para o Flamengo além da cercania da grande área.

E os adversários repetiam e repetiam as mesmas jogadas, sem inspiração nem eficácia, vulgarizados pelo coletivo botafoguense muito bem posicionado e que, aos 80’, em mais um contra-ataque perigosíssimo, Jeffinho poderia ter ampliado cara a cara com o goleiro, mas chutou justamente à sua figura para defesa fácil.

Em contrapartida, o Flamengo cabeceou com perigo aos 83’, mas para fora, e finalmente Bastos salvou uma bola que teria selo de gol. Porém, nos minutos finais, o Botafogo conseguiu controlar o jogo com tranquilidade.

E finalmente, com o Flamengo completamente perdido na sua ineficiência e ineficácia, eis que aos 90+2’ Diego Hernandéz roubou uma bola ao adversário na ala direita do ataque alvinegro, a sobra foi para Tchê Tchê que endossou a bola a Jeffinho e este serviu Savarino dentro da grande área – rematando e enganando bem o goleiro que fez uma cambalhota circense (ver imagem). Botafogo 2x0!

E daí em diante os últimos sete minutos foram doces, doces, doces…

Há muito trabalho por fazer, mas chegar à liderança provisória do campeonato brasileiro à 4ª rodada era indiscutivelmente impossível para a maioria de nós, nos quais me incluo.

Parabéns, a John Textor, a Artur Jorge e a todos os atletas que souberam fazer cada um a sua parte. Como eu gosto de dizer, o Botafogo está…

OUSANDO CRIAR, OUSANDO VENCER!

Adenda: Parece incrível, mas o Botafogo é mesmo o líder do Brasileirão após empate do Bragantino!

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x0 Flamengo

» Gols: Luiz Henrique, aos 52’, e Savarino, aos 90+2’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 28.04.2024

» Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

» Árbitro: Raphael Claus (SP); Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Evandro de Melo Lima (SP); VAR: Anderson Daronco (RS)

» Público: 49.549 pagantes / 53.683 espectadores

» Renda: R$ 2.956.180,00

» Disciplina: cartão amarelo – Savarino, Danilo Barbosa, Luiz Henrique e Jeffinho (Botafogo) e De La Cruz (Flamengo)

» Botafogo: John; Damián Suárez, Lucas Halter (Alexander Barboza), Bastos e Hugo; Luiz Henrique (Jeffinho), Danilo Barbosa (Gregore), Marlon Freitas e Savarino; Júnior Santos (Diego Hernández) e Eduardo (Tchê Tchê). Técnico: Artur Jorge.

» Flamengo: Rossi; Varela (Wesley), Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas (Viña); Erick Pulgar (Allan), De La Cruz e Arrascaeta (Lorran); Luiz Araújo (Gerson), Pedro e Bruno Henrique. Técnico: Tite.

sábado, 27 de abril de 2024

Olé provoca crise no futebol – cera técnica, gozo ou precursor do tiki-taka?

Crédito: Rubem Pereira / Mundo Ilustrado.

Nota do Mundo Botafogo: O texto que se segue foi publicado no Mundo Ilustrado sob o título «Olé» provoca crise no futebol, talvez ‘explicativo’ de uma das origens de certos ‘ódios’ e agressões que proliferaram no futebol. O texto replica a ortografia da época, sem correções e respeitando-se os autores.

«Olé» provoca crise no futebol

por GERALDO ESCOBAR | foto de RUBEN PEREIRA | in Mundo Ilustrado, nº 269, 1963

CÊRA TÉCNICA OU GOZO NO ADVERSÁRIO?

O tão discutido «olé» que o time do Botafogo aplica com tanta perfeição e habilidade, chamando-o de «cêra técnica», criou, agora, um caso interno. O torcedor alvinegro gosta, os adversários repudiam, e, no fim de tudo, o «olé» que é bonito para uns e desrespeitoso para outros, jogou técnico contra diretor. Marinho quis o «olé», Renato Estelita foi contra.

O técnico diz que, enquanto fôr o responsável por uma equipe, treinará sempre a tática dos «dois toques», que êle prefere chamar de «cêra técnica», prendendo a bola no chão, dando de pé em pé, para esfriar o entusiasmo do adversário e fazer o tempo correr, com a bola sempre dominada pelos seus jogadores.

 Diretor é contra, porque considera «faca de dois gumes». Com score pequeno, é correr risco, não alcançar a vitória e ser duplamente desmoralizadora para o time. Há, sobretudo, o risco de revide do adversário com violência.

O «olé» provocou tanta celeuma no futebol que já tentaram criar até uma lei, um regulamento, proibindo seu uso pelo Brasil inteiro. A ideia partiu de Mendonça Falcão, quando os cariocas deram «olé» nos paulistas, naquele bonito jôgo em benefício do Sindicato dos Jogadores.

Há craques que não condenam o «olé». Acham que só chiam quem os leva, mas quando se vence todos gostam de dar o «baile» do desabafo. Por isso, o «olé» ganhou duas interpretações: «cêra técnica» e «gozo no adversário».

SÓ MUDA O TÍTULO

O «Olé» nasceu no México. Foi um jôgo do Botafogo com o River Plate, como nos contou João Saldanha que era o técnico alvinegro naquela época. Vencendo e revidando o jôgo pesado dos argentinos com aplicação da troca de passes, por mais de dez minutos, os alvinegros inspiraram na torcida mexicana o grito de «olé» como nas grandes touradas, porque cada drible de um jogador brasileiro e a passagem furiosa de um argentino driblado era como o toureiro que se esquiva do touro.

Mas o «olé» já existia no Brasil com outro nome. Já foi chamado de «baile», já teve o grito de botar os «cabeçudos na roda», hoje é também chamado de «dois toques». Mas o fato é que, desde que quando era chamado simplesmente de «baile», já havia o grito dos que eram bailados sofrendo o achincalhe da derrota e a desmoralização do «passeio».

SEM DEBOCHE

Hoje, os árbitros de futebol só não permitem o «olé» cantado em campo. Amílcar Ferreira, Armando Marques, Eunápio Malcher, acham que ninguém pode proibir a troca de passes, seja para a frente, para o lado ou para trás. Jogador joga como quer desde que não grite em campo «olé» ou coisa parecida. Mas acham que é perigoso porque irrita quem está perdendo, provocando reações violentas e consequências imprevisíveis, prejudicando até as arbitragens, porque da violência surge a agressão.

Outros acham que é desrespeito ao público e falta de consideração com os colegas de profissão o uso do «baile», «olé» ou «dois toques». O futebol deve ser praticado com dignidade.

Mas os que aplicam o «olé», e isso o Botafogo é especialista ao ponto de criar agora uma crise interna entre técnico e diretor, julgam normal e bonito como espetáculo porque a bola não para. Chamam-no de «cêra técnica» e que só aplica quem sabe. A polêmica vai continuar sempre a dividir opiniões entre o público, cronistas, dirigentes, árbitros e jogadores. Ninguém sabe com quem está a razão. Hoje o Botafogo aplica bem, mas amanhã poderá ser vítima da mesma chave.

Os rubronegros, tricolores, vascaínos, paulistas, enfim, todos os que chegarem a aplicar o «olé» também acharão que foi desrespeito?

Diz Flávio Costa que o time dêle jamais fará isso e se o fizer êle não gostará. Mas os jogadores do Flamengo dizem que o dia em que tiverem chance vão tirar a forra.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

O incrível Botafogo dos sortilégios!

Beto, ‘Prêmio Belfort Duarte’ de disciplina, sendo consolado após expulsão em jogada casual.

Crédito: Mundo Ilustrado.

Nota do Mundo Botafogo: O texto que se segue é um excerto de uma matéria publicada no Mundo Ilustrado sob o título Alguém está “secando” o Botafogo, bem ‘explicativa’ da perda do título carioca de 1958. O texto replica a ortografia da época, sem correções e respeitando-se os autores.

Alguém está “secando o Botafogo

por NILO DANTE | fotos da equipe de MI | in Mundo Ilustrado, nº 51, 1958

«O Botafogo tem dessas coisas: seu torcedor sofre muito, mas as alegrias são épicas, muito superiores às amarguras. Sob a orientação segura de João Saldanha e Renato Estelita, quebrando uma espécie de tradição, o clube passou a contratar jogadores de nomeada por quantias fabulosas. Ernani, Zagalo, por exemplo. Ao mesmo tempo impedia a ida de Didi para o futebol espanhol, pagando-lhe um salário astronômico.

Pela primeira vez em muitos anos o alvinegro conseguiu formar uma equipe de grandes “estrelas”, contando, inclusive, com seis campeões mundiais (Paulo Amaral e Hilton Gosling, além de Nilton Santos, Garrincha, Zagalo e Didi), uma equipe invejável, talvez a melhor do país.

Assim, não seria tão difícil a conquista do bicampeonato. Mas aconteceu o imprevisível, ou, melhor, o perfeitamente cabível em se tratando de Botafogo: o técnico Saldanha não conseguia colocar em campo duas vêzes seguidas o mesmo time, e como futebol é conjunto, a campanha de 58 foi o que serviu.

Faltava sempre alguém; primeiro foi Pampolini, operado; quando êle voltou saíram Tomé e Zagalo, depois Paulinho; voltaram Paulinho e Tomé (Zagalo ainda está no “estaleiro”), mas saíram Edson, Ronald e – vejam só – Nilton Santos resolve apanhar cachumba na semana do jôgo com o Fluminense.

Antes disso, João Saldanha havia sido detido, impedido de orientar a equipe às vésperas do choque com o Flamengo.

Na manhã da partida decisiva (contra o América), Paulo Amaral foi vítima de um acidente em sua residência, derrotado por uma panela de pressão que estourou em seu rosto. À tarde, quando o Botafogo jogava um restinho de esperança no bicampeonato, faltaram simplesmente cinco titulares: Ernani, Edson, Nilton Santos, Ronald e Paulinho, êste com uma surpreendente intoxicação alimentar poucas horas antes de entrar em campo.

Na hora de decidir, a sorte virou 180 graus contra o Botafogo: o América jogou uma barbaridade, o time não se entendeu em momento algum e, quando ainda teimavam no marcador os 2x2, foi expulso Beto, um exemplo de disciplina e lealdade, detentor do prêmio “Belfort Duarte”, numa jogada casual contra o ponteiro Canário.

Foi o fim.

Na mesma tarde, a residência do grande botafoguense Carlito Rocha foi assaltada. Um torcedor antigo, muito chagado a Carlito e, como êle, crente no extraordinário, afirma que alguém está “secando” o Botafogo e – com uma certa irreverência – aponta três figuras, como possíveis “pé-frios” da sorte do alvinegro: os seus ilustres torcedores Juscelino Kubitschek, Augusto Frederico Schmidt ou Vargas Neto.

Procuramos ouvir o próprio Carlito (mestre nessas coisas de fôrças ocultas) a respeito, mas o homem não quer falar. Proibido pelo médico de ir a futebol, dar entrevistas e pensar no Botafogo, o velho torcedor preferiu o silêncio: – Se falar, sou capaz de aumentar o “pêso” do Clube.»

Texto completo em Mundo Ilustrado, nº 51, 1958.

Dia Internacional em Memória do Desastre de Chernobil

Monumento aos sapadores-bombeiros que participaram na liquação das consequências do acidente na central nuclear de Chernobil.

In WIKIPÉDIA | Artigo «Dia Internacional em Memória do Desastre de Chernobil»

Dia Internacional em Memória do Desastre de Chernobil é um dia observado anualmente em 26 de abril desde 2017, instituído pela Assembleia das Nações Unidas (ONU) em 8 de dezembro de 2016. […]

Essa proclamação veio como um reconhecimento das consequências de longo prazo que ainda perduram 30 anos após o acidente. A cooperação internacional, Estados-membros, agências do sistema das Nações Unidas, outras organizações internacionais e sociedade civil foram instados a comemorar esse dia, destacando as demandas ainda em andamento das comunidades e territórios afetados.

Esse dia […] coincide com o aniversário do acidente ocorrido em 1986 na cidade de Chernobil e que se tornou um desastre nuclear. Começou a ser comemorado em 2017 e a escolha desse dia visa manter viva a memória das consequências do acidente e suas lições para a segurança nuclear e o desenvolvimento sustentável. A celebração também serve para lembrar as vítimas do desastre e refletir sobre como a cooperação internacional desempenhou e continua desempenhando um papel crucial na recuperação e no apoio às regiões afetadas.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Botafogo 3x1 Universitario – exibição firme e prazerosa

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Uma grande e indiscutível vitória contra uma equipe invicta há 27 jogos só pode ser merecedora de todos os encómios numa fase em que o futebol botafoguense ainda se encontra em reestruturação, após erros sucessivos de gestão e equívocos graves nas decisões tomadas.

Observei comentários que defendem, em geral, que o Botafogo não fez um bom primeiro tempo porque era lento e não conseguia furar a muralha defensiva do Universitario, enquanto no segundo tempo entrou a galope.

Na verdade, somente na 2ª parte a equipe mudou a dinâmica inicial, usando os seus melhores velocistas, desmarcações permanentes e penetrações disruptivas que redundaram em gols.

Pode ser uma perspectiva bastante aceitável de terem havido partes diferentes, isto é, pouco ligadas entre si. Porém, não é essa a minha visão se tivermos em conta que futebol também é estratégia e tal coisa é pensada para 90 minutos e não apenas para metade desse tempo.

Na minha análise à vitória sobre o Atletico Goianiense escrevi o seguinte:

– “A comissão técnica quer impor um jogo de propositura, mas isso leva tempo e talvez devesse apostar em jogos mais serenos e cautelosos de modo a cansar o adversário e encontrar brechas na defesa contrária para contra-atacar velozmente.

Na análise à goleada sobre o Juventude, em que teci vários comentários deste ‘novo’ Botafogo, também escrevi:

– “A dinâmica de jogo não se baseou em correrias tresloucadas, mas em registros diferentes em maior e em menor velocidade, consoante as circunstâncias.

E que…

 – “A qualidade do passe melhorou muito e houve jogadas verdadeiramente tricotadas.”

Pois bem, parece-me que estas três noções, associadas a uma espécie de ‘paciência de chinês’, foram exemplarmente executadas na robusta vitória sobre o Universitario.

Não gosto dos chamados jogos eletrizantes onde a correria desorganizada torna o jogo completamente partido e totalmente imprevisível para ambos os lados, tal e qual como nas peladas da nossa infância. Basta ver um jogo de dois clubes europeus e perceber que as partidas não são de correria, muitas vezes sem sentido organizativo, mas jogadas em circunstâncias diferentes de velocidade.

E o que eu vi foi um Botafogo, segundo estatísticas do jogo, com 71% de posse de bola e 91% de acerto de passes, atraindo o adversário, virando jogo, indo para a frente e de repente devolvendo a bola atrás, ziguezagueando, fazendo a bola correr e a equipe adversária também, cansando-a, encaixando-a na sua estratégia e preparando o golpe final.

Em suma, tivemos um primeiro tempo baseado em ações serenas e cautelosas, experimentando o adversário, obrigando-o a usar todas as suas energias para se manter em bloco na defesa, mas tendo que subir as suas linhas e depois descer essas mesmas linhas, consoante as manobras de diversão do Botafogo. Portanto um 0x0 muito interessante para o Universitario, que entrou na 2ª parte seguro que controlaria o Botafogo e num golpe de sorte até pudesse ganhar o jogo, já que o Botafogo não deixava o Universitario jogar, e nem os peruanos o que queriam fazer, apostando no mesmo ritmo da 1ª parte e numa vitória de pura oportunidade.

Eis senão quando o Botafogo entra a mil do 2º tempo, seguindo certamente a estratégia de AJ de serenidade na 1ª parte e surpreendentes ações disruptivas para ganhar o jogo nos primeiros minutos do 2º tempo, tendo a equipe conseguido ser uma primorosa executora dessa estratégia.

Repare-se que o Universitário estava desgastado pelos movimentos constantes da equipe do Botafogo no 1º tempo, com passes ao 1º toque, idas e vindas constantes, mudanças de flancos, mas com a nossa equipe correndo pouco, porque quem corria – como o nosso grande Didi gostava – era a bola, e não os atletas do Botafogo, salvaguardando-se para a 2ª parte.

Assim, entramos no 2º tempo em melhores condições energéticas do que os jogadores adversários, os quais apostavam certamente no mesmo modelo de jogo – ao qual se encaixaram bem –, tal como a comissão técnica botafoguense certamente previra e, consequentemente, poder surpreender na 2ª parte.

E foi o que se viu: uma exibição soberba!

Ainda assim, voltando um pouco atrás, as experimentações da 1ª parte poderiam ter permitido a abertura do placar, porque por volta da meia hora de jogo Luiz Henrique emendou uma cabeçada de escanteio que poderia ter dado gol, e poucos minutos depois, num lançamento longo para Luiz Henrique na ala direita, o atleta cruzou e Savarino obrigou o goleiro a espalmar e a bola ainda quicar no travessão, quase inaugurando o marcador. Não conseguimos? Nada que preocupasse os jogadores, que continuaram na sua ‘paciência de chinês’ desgastando o ‘inimigo’.

E na 2ª parte amuralha peruana transformou-se numa espécie de ‘muralha de fuzilamento’, em jogadas de grande nível exibicional. Não foram apenas gols, foram gols fruto de organização, coletivismo e verdadeiro tricô futebolístico.

A velocidade e a variedade de jogadas empregues foram notáveis: o 1º gol é feito a partir de jogada interior que coloca Eduardo cara a cara com a baliza; o 2º gol é construído em jogada pela ala esquerda, que também deixa Luiz Henrique na cara do goleiro e é coroado por um drible bem à maneira de craque; o 3º gol, devido a uma excelente insistência de Mateo Ponte, é trabalhado pela ala direita.

Variedade de jogadas, velocidade, disrupção na muralha peruana e oportunismo dos autores dos gols, posicionalmente colocados onde deviam realmente estar.

E por fim um gol despropositado do Universitário: certamente ainda comemorando mentalmente o 3º gol de uma exibição de muito bom nível, um minuto após a defesa do Botafogo atrasou-se na marcação e depois, em minha opinião, John teve alguma culpa no gol. Este goleiro é melhor com os pés do que Gatito, mas parece-me que Gatito é melhor com as mãos. A baliza ainda me parece ter luta pela titularidade. Quem surpreendentemente joga ‘barbaridades’ é Júnior Santos: estraçalha os defensores adversários com a sua velocidade e deslocações, em todos os jogos marca gol ou faz assistência, e em outros ainda marca gols e faz assistências. Notável

Todavia, é de realçar toda a equipe, que parece ter-se encaixado bem nas ideias de AJ, e como o técnico tem relacionamentos exemplares com os jogadores, a coisa está fluindo com bastante mais facilidade – algo em que B. Lage e T. Nunes tiveram pouco jeito.

Em suma, o Universitario sobretudo defendeu-se, praticamente nunca levou perigo à baliza do Botafogo; entre o 2º e o 3º gol foram 36 minutos de gestão de jogo sem que o Univesitario tivesse chance de desbancar o Botafogo.

Ainda é preciso melhorar muito mais – por exemplo, o foco durante todo o jogo, de modo a evitar distrações como a do gol adversário –, o que não vai ser tarefa fácil porque temos um plantel qualitativamente desequilibrado, mas, ainda assim, com essas dificuldades, AJ tem que encontrar mais equilíbrio entre setores, cuidar da defesa, que tem sido o seu ponto menos forte na sua carreira e simultaneamente o ponto mais fraco do Botafogo, bem como melhorias no entendimento do jogo e no foco, bem como nas definições para gol.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 3x1 Universitario

» Gols: Eduardo, aos 46’ e 90+2’, e Luiz Henrique, aos 56’ (Botafogo); Olivares, 90+3’ (Universitario)

» Competição: Copa Libertadores da América

» Data: 24.04.2024

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: Jesús Valenzuela (Venezuela); Assistentes: Jorge Urrego (Venezuela) e Alberto Ponte (Venezuela); VAR: Juan Soto (Venezuela)

» Público: 21.782 pagantes / 23.800 espectadores

» Renda: R$ 975.691,50

» Disciplina: cartão amarelão – John e Hugo (Botafogo); Marco Saravia, Alex Valera, Pérez Guedes e Celi (Universitario)

» Botafogo: John; Damián Suárez (Mateo Ponte), Lucas Halter, Bastos (Alexander Barboza) e Hugo; Luiz Henrique (Óscar Romero), Gregore, Marlon Freitas (Tchê Tchê) e Savarino; Júnior Santos e Tiquinho Soares (Eduardo). Técnico: Artur Jorge.

» Universitario: Britos; Corzo, Williams Riveros e Marco Saravia; Andy Polo (Acajima), Pérez Guedes (Celi), Murrugarra (Jairo Concha), Ureña e Portocarrero; Édison Flores (Olivares) e Alex Valera (Dorregaray). Técnico: Fabián Bustos.

Pedro Henrique, Medalha de Prata da Copa América em remo costal

Fonte: Youtube, captura de tela em 24.04.2024.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Pedro Henrique, aleta do Botafogo de Futebol e Regatas, conquistou a medalha de Prata na III Copa América de Remo Costal 2024, na prova de Beach Sprint, em Double Mixto, categoria livre, com preliminares a 23 de abril e semifinais e final a 24 de abril de 2024, na baía de Chorrillos, em Lima, Peru.

Kissya Cataldo também disputou a final e obteve o 4º lugar. Eis as classificações do Beach Sprint:

DOUBLE MIXTO CATEGORIA LIVRE

1º Kory Rogers e Christine Cavallo (E.U. América)

Pedro Henrique (Brasil/Botafogo) e Fernanda Nunes (Brasil/Vasco da Gama)

3º Christopher Bak e Olívia Farrar

Nota: Christine Cavallo (Ouro) e Christopher Bak (Bronze) são campeões do mundo, valorizando, ainda mais, a brilhante conquista da dupla brasileira).

SINGLE CATEGORIA LIVRE FEMININO

1º Pamela Noya (Peru)

2º Kimberly Meneses (Venezuela)

3º Christine Cavallo (E.U. América)

Kissy Cataldo (Brasil/Botafogo)

Fontes: revista.regataslima.pe; worldrowing.com; www.remobrasil.com

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Retrospecto Botafogo x Universitario (1946-1970)

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo defrontou o Club Universitario de Deportes – fundado em 7 de agosto de 1924 e 27 vezes campeão peruano – em 9 partidas, entre 1946 e 1970, realizadas em Lima, capital do Peru, e de caráter amistoso.

O Botafogo obteve cinco vitórias, um empate e três derrotas, totalizando um saldo de quinze gols a favor e onze gols contra.

A maior goleada entre os dois clubes registrou-se a favor do Botafogo, vencendo o Universitario por 6x2, no dia 29 de maio de 1960, com gols de Rossi, aos 50’ e 53’, Nivaldo aos 74’ e 77’, e Chicão aos 80’ e 82’. O Universitario marcou por intermédio de Uribe, aos 29’, e Ruiz, aos 62’.

OS JOGOS

Botafogo 0x4 Universitario

» Amistoso no dia 06.01.1946, em Lima, no Peru.

Botafogo 3x0 Universitario

» Amistoso no dia 09.03.1960, em Lima, no Peru.

Botafogo 6x2 Universitario

» Amistoso no dia 29.05.1960, em Lima, no Peru.

Botafogo 2x0 Universitario

» Amistoso no dia 14.01.1961, em Lima, no Peru.

Botafogo 0x0 Universitario

» Amistoso no dia 13.01.1965, em Lima, no Peru.

Botafogo 2x1 Universitario

» Amistoso no dia 22.01.1965, em Lima, no Peru.

Botafogo 0x1 Universitario

» Amistoso no dia 12.01.1966, em Lima, no Peru.

Botafogo 2x0 Universitario

» Amistoso no dia 19.01.1967, em Lima, no Peru.

Botafogo 0x3 Universitario

» Amistoso no dia 08.10.1970, em Lima, no Peru.

Jordan Barrera: promessa de um novo camisa 10?

Reprodução Internet / Montagem. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo Jordan Andrés Barrera Herrera nasceu no dia 11 de abril de 2006...