Imagem: Vítor Silva / SSPress / Botafogo
Numa noite de resultado espetacular o DNA
desta equipe revelou-se novamente: é como se tenham (e têm…) a consciência que
são uma equipe tecnicamente frágil e guardam as energias para as partidas decisivas.
E nessas o Botafogo tem sido absolutamente arrasador!
Para quem critica tão injustamente o
treinador mais eficaz que tivemos neste século XXI, até que as alegrias
trazidas pela comissão técnica – com uma campanha notável na Libertadores e na
Copa do Brasil e uma boa classificação no campeonato brasileiro – têm sido
muitas para os que confiam no comandante e… para os que o criticam e há anos
que não vibravam tanto com a equipe.
Trata-se, finalmente, como já disse algumas
vezes, de planejamento, estratégia e sistema tático para equilibrar uma equipa
com poucas peças alternativas e cuja gestão tem que ser cirúrgica para
sobrevivermos nas três competições.
A equipa tem a noção, nos momentos decisivos,
que é o coletivo que conta, aliado a uma enorme resiliência durante toda a
partida. E o Botafogo jogou como eu entendo que deve fazer: apenas 38% de posse
de bola, defesa fechada, contra-ataque rápido e arguto.
Nunca me esquecerei que José Mourinho ganhou
por 2x0, com enorme tranquilidade e 38% de posse de bola, uma final da Liga dos Campeões com a
Internazionale! O Botafogo joga assim, dando a bola ao adversário mas não o
deixando entrar na defesa, em especial quando a dupla da zaga dá pelos nomes de
Joel Carli e Igor Rabello, enquanto a
equipe procura uma nesga para o contra-ataque e o gol. E hoje o meio campo
também funcionou em boa ligação ao ataque, que à exceção de um desastrado
Rodrigo Pimpão, também funcionou.
A esperança de um título nacional permanece e
é legítima. Continuar a privilegiar as competições do mata-mata é essencial,
porque mesmo maus resultados no campeonato brasileiro são recuperáveis,
especialmente tendo em consideração a fragilidade da maioria das equipes.
Hoje a triangulação foi perfeita: equipe - comissão técnica - torcida!
FICHA
TÉCNICA
Botafogo 3x0 Atlético Mineiro
» Gols: Carli, aos 5', Roger, aos 41' e Gilson, aos 89'
»
Competição: Copa do Brasil
» Data: 26.07.2017
» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 24.276 pagantes.
» Renda: R$ 587.790,00
» Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC); Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcos Carvalho Van
Gasse (SP)
»
Disciplina: cartão amarelo – Carli
(Botafogo) e Adilson (Atlético Mineiro)
»
Botafogo: Jefferson, Emerson, Carli, Igor Rabello e Victor Luís;
Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Matheus Fernandes e João Paulo (Leandrinho);
Rodrigo Pimpão (Guilherme) e Roger (Gilson). Técnico: Jair Ventura.
» Atlético Mineiro: Victor, Marcos Rocha, Bremer, Gabriel e Fábio Santos; Adilson,
Yago (Rafael Carioca) e Elias; Luan (Otero), Robinho (Rafael Moura) e Cazares. Técnico: Rogério
Micale.