segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ultramaratonista botafoguense em busca da glória


O botafoguense Márcio Villar poderá ser o primeiro atleta do mundo a completar a dobragem da Copa do Mundo de Ambientes Extremos – a Bad 135 World.

A prova disputa-se em três etapas de 217 km cada. A primeira etapa é a Brazil 135, que Márcio superou e dobrou nas montanhas da Serra da Mantiqueira, entre São Paulo e Minas Gerais. A segunda etapa é a Badwater, que Márcio também superou e dobrou no Deserto do Vale da Morte, na Califórnia, com temperaturas de até 60 graus positivos, e foi nessa etapa que bateu o recorde mundial com mais de 20 horas de diferença. O atleta dobrou ambas as provas, fazendo ida e volta e completando 434 km em cada uma.

A última etapa é a Arrowhead, que acontece na divisa dos E.U.A. com o Canadá e inicia-se desde hoje até 4 de fevereiro.

– “Em Janeiro de 2009 eu me tornei o primeiro atleta do mundo a conseguir completar as 3 provas e criei um desafio: conseguir ser o único atleta do Mundo a dobrar todas as provas correndo 434 km em cada uma, fazendo a prova com os atletas e retornando sozinho à largada. Em janeiro de 2010 me tornei o único atleta do mundo a dobrar a Brazil 135, percorrendo os 434 km em 90 horas. Em julho de 2010 eu bati o recorde da Double Badwater em mais de 20 horas correndo os 434 km do deserto em 79 horas. Agora, dia 31 de janeiro, tentarei o maior desafio da minha vida, correr 434 km com 40º negativos puxando um trenó.”

General Severiano em 2010 (foto de Luana Motta)

Márcio Villar correrá na neve a uma temperatura de 40 graus negativos, puxando um trenó. Se Márcio chegar ao fim, sagrar-se-á o único atleta planetário a dobrar a Copa do Mundo de Ambientes Extremos.

Devido à grande probabilidade de morte, nunca foi permitido a nenhum atleta dobrar as provas, no entanto, por ter conseguido a façanha de dobrar os dois primeiros circuitos, Márcio Villar conseguiu autorização para a última prova.

Márcio prometeu a Maurício Assumpção, em General Severiano, fincar a bandeira do Botafogo ao lado da do Brasil no topo da montanha: – “Agora todos os desafios serão quebrados, pois uni o meu amor pela corrida com o do meu time do coração. Nunca nenhum atleta do Botafogo suou a camisa do clube como eu irei suar para conquistar o meu objetivo pelo Glorioso”.

Entretanto, Márcio Villar chegou a International Falls no dia 22 de janeiro para se aclimatar para a Double Arrowhead, tendo saído de uma temperatura de 40º positivos do Rio para 43º negativos.

Nesse inferno gelado, Márcio ficou dois dias sem conseguir sair do hotel devido a dor de cabeça resultante da mudança brusca de temperatura. Entretanto, tem nevado muito mais do que no ano passado e isso constitui um problema acrescido para o atleta, apesar de treinar muito na praia puxando pneu. Além do grande esforço de correr sobre neve muito fofa, Márcio ainda terá a dificuldade de puxar o trenó que fica preso na neve. Será um esforço descomunal.

Esta semana em International Falls (foto do atleta)

Márcio fez adaptações no trenó e mudou a estratégia de alimentação e hidratação para tentar ganhar algum tempo, pois os outros atletas irão correr 217 km e Márcio fará a dobragem – 434 km em ida e volta.

Na volta, o atleta não terá nenhum tipo de apoio ou acompanhamento, voltará sozinho e isso é muito perigoso.

Ninguém acredita que Márcio Villar consiga realizar a proeza, mas depois de ser o único atleta do mundo a dobrar a Brazil 135 e a Badwater, além de bater o recorde mundial desta prova, Márcio acredita que no dia 4 de fevereiro próximo será o único atleta do mundo a dobrar toda a Copa do Mundo de Ambientes Extremos.

As suas palavras soam à absoluta convicção dos campeões: – “O que me motiva é realizar desafios que nunca ninguém conseguiu no mundo. O impossível não existe. Quando a gente faz o que ama e se dedica, a gente sempre consegue ir mais longe”.

O meu coração estará contigo nestes dias privilegiados da tua desafiante vida, Márcio Villar! Força, campeão!

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

Voz de El Loco Abreu

"- Vocês estão sempre procurando a quinta pata do gato preto. Vamos falar de futebol?"El Loco Abreu, respondendo a um pseudo jornalista cuja questão constituía mais uma – a bilionésima milionésima centésima décima primeira – tentativa de invenção jornalística focada na desestabilização do nosso Glorioso clube.

1954: Medalha do 60º aniversário do CRB


Em 1954 comemorou-se o sexagésimo aniversário da fundação do Club de Regatas Botafogo, o clube da Estrela Solitária, tendo sido cunhada a medalha acima com os dizeres: “Club de Regatas Botafogo * LX Aniversário de Fundação”.

A etiqueta ‘taças e medalhas’ é da responsabilidade conjunta de Sérgio Nunes (amigo e colaborador) e Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

Quem gosta de predadores?...

BOLA PRETA. No PFC, durante a transmissão do jogo Botafogo x Madureira, um zagueiro levou a mão à bola dentro da área para tirá-la da cabeça de Loco Abreu. O árbitro não viu, mas o cathartiforme comentarista Júnior esclareceu: – “Ele deu um migué. Quando viu que tinha um cabeceador de qualidade meteu a mão na bola pra tirar do atacante. Eu mesmo já fiz muito isso.”

Perplexo, o narrador Luiz Roberto perguntou: – “Você fez mesmo isso muitas vezes Júnior?!?!?!”

E o execrável cathartiforme respondeu: – “Várias vezes. Quando eu via que ia perder no cabeceio, mandava a mãozinha.”

O cathartiforme – como é costume entre eles – vangloria-se publicamente das suas aldrabices. É assim que o clube dos cathartiformes tem títulos que jamais lhe passariam pelo gargalo.

Quando a mão não chegava, os sopradores do apito lá estavam, ainda lá estão, para tentar oferecer mais um título aos cathartiformes, subtraído a quem trabalhou para o merecer. Os exemplos são muitos e múltiplos, mas há alguns que envergonhariam a cara de qualquer cidadão com um mínimo de honra e de ética inserido numa comunidade humana.

Só um exemplo retirado do mítico campeonato de 1989, amigos: 26.02.1989 – Botafogo 1x1 Flamengo – árbitro Luís Carlos Félix. O Botafogo tem uma grande chance de desempatar a partida nos últimos instantes, mas o chute é defendido pelo goleiro cathartiforme.

Porém, no rebote, Paulinho Criciúma enche o pé e a bola vai estufar o ‘véu da noiva’, dando a vitória ao Botafogo. Dando a vitória?! Ah… puro engano. O cafajeste Luís Carlos Félix apita o final do jogo quando a bola, chutada no rebote por Paulinho Criciúma, descreve a trajetória a meio caminho do gol.

Um nanossegundo antes da bola ultrapassar a linha de meta e anichar-se no fundo da baliza, o cafajeste encerrou a partida. Quem pode gostar desta gente predadora?!

domingo, 30 de janeiro de 2011

4500º gol estadual

por Pedro Varanda
colaborador do blogue Mundo Botafogo

Loco Abreu, ao marcar o terceiro gol de 'cavadinha' contra o Olaria, fez o 4500º do Botafogo em Campeonatos Cariocas (Estaduais), 1906 a 2011.

RETROSPECTO EM CAMPEONATOS CARIOCAS

Jogos - 2.094; Vitórias - 1.167; Empates – 457
Derrotas - 470; Gols pró - 4.500; Gols contra - 2.575

Botafogo venceu Taça Eficiência de Basquete

Campeãs mirins sul-americanas 2010

O Botafogo logrou classificar-se no 4º lugar do ranking brasileiro de natação 2010, no 1º lugar do ranking do Rio de Janeiro de pólo aquático 2010 e agora obteve, também, o 1º lugar do ranking do Rio de Janeiro de basquetebol 2010.

É a terceira vez consecutiva que o nosso clube conquista a Taça Eficiência Material e Esportiva da modalidade. Parabéns aos tricampeões!

Eis a classificação dos dez primeiros clubes:

1º BOTAFOGO, 472 pontos
2º Flamengo, 411 pontos
3º Tijuca, 366 pontos
4º Fluminense, 359 pontos
5º Central, 331 pontos
6º Mangueira, 277 pontos
7º Municipal, 199 pontos
8º Macaé Sports, 192 pontos
9º Vasco da Gama, 171 pontos
10º Jacarepaguá, 118 pontos

Face a tais resultados, cuja sustentabilidade são as equipas de base e os seus treinadores, vale perguntar: quando é que o Botafogo, que contratou um Coordenador Geral para todos os desportos, com grandes parangonas há dois anos, constrói equipas adultas capazes de disputarem os títulos masculino e feminino do Estado do Rio de Janeiro?

Fonte: http://esporterio.blogspot.com


sábado, 29 de janeiro de 2011

Botafogo 3x1 Olaria

Aí está a 'senhora cavadinha' casamentada com o 'senhor' Loco Abreu 

“A Leste nada de novo…” – diz o provérbio popular.

Uma partida que teve apenas estes acontecimentos:

·        Bonito gol relâmpago de Renato Cajá aos 13”
·        Chute perigoso do Olaria à meta botafoguense aos 45’
·        Defesa santíssima de Jefferson aos 49’30”
·        Lançamento mortífero de Alessandro para Abreu marcar aos 53’
·        Gol do Olaria em impedimento aos 55’
·        Lançamento mortífero de Renato Cajá para Abreu marcar aos 59’
·        Defesa portentosa de Jefferson em falta cobrada aos 73’
·        Lançamento mortífero de Alessandro que Marcos Vinícius desperdiça aos 42’

Enfim, quatro gols, duas defesas portentosas, um gol desperdiçado pelo Botafogo e outro pelo Olaria. Fim.

Está bem, eu conto o resto da história…

O jogo começou com a escalação errada de Joel Santana, isto é, consta-me que todos os bons treinadores entram com os melhores jogadores ou aqueles que estão em melhor forma. Joel não. Nem mesmo com os bons jogos de Caio, nem a boa exibição de Alessandro, o demoveram de manter a escalação habitual, guardando as ‘surpresas’ para o intervalo a fim de parecer que mexeu divinalmente na equipa e que resolveu a partida. E o comentador televisivo cai nessa, elogiando sempre Joel devido às suas ‘perfeitas’ substituições que… deviam ter ocorrido antes do início do jogo…

A seguir ao começo do jogo o Botafogo entrou novamente na partida a dominar, fez um gol relâmpago, mas relaxou cedo. O Olaria equilibrou a partida e assumiu mais posse de bola. De concreto, absolutamente nada entre os 13” de jogo e os 45’ com o chute do Olaria a fechar a primeira parte. Muita lentidão, muitos passes errados, criatividade nula do Botafogo, Joel Santana sempre a testar e a consolidar o ferrolho que vai apresentar diante do Fluminense.

Na segunda parte, aos 49’30” Jefferson devia ser proposto para ‘canonização’ futura quando – daqui a muitos e muitos anos – deixar o mundo dos vivos. Na verdade, Jefferson fez uma defesa impossível, voando no ar para o lado direito e emendando o movimento a meio caminho para com a mão esquerda desviar a bola que estava lá dentro. Juro que estava lá dentro. Era impossível não estar, já que Manga não se encontarva na baliza. Mas estava lá… o goleiro da Seleção Brasileira que devia ser o seu titular. Notável, Jefferson! É o melhor jogador que passou no Botafogo desde 1995.

Claro que aí o Botafogo, ganhando por 2x0, resolveu relaxar, como sempre, e deixou o Olaria diminuir o placar aos 55’. O gol foi claramente feito em impedimento, mas isso não invalida que dois defensores alvinegros estivessem juntos a marcar ninguém e ao lado deles surgir um adversário cruzando para a pequena área.

Mas Loco Abreu rapidamente nos tirou do sufoco, aos 59’, fazendo um golaço de cavadinha a passe mortífero de Renato Cajá. Aos 73’ Jefferson fez uma nova defesa portentosa e aos 87’ o inspirado Alessandro faz novo passe mortífero que Marcos Vinícius desperdiça.

Aliás, o que fazia Marcos Vinícius no jogo? O ‘inventor-mor’ de General Severiano inovou novamente: não só não entrou com os melhores jogadores no início do jogo como ainda decidiu substituir um dos melhores em campo, Renato Cajá, por… Marcos Vinícius…

Mais?… bem… os três lançamentos fantásticos de Alessandro (2) e Renato Cajá (1), mostram uma das coisas que nos faz falta claramente: o ‘pensador’ da equipa, o homem que distribui o jogo, o lançador de passes longos e mortíferos para os artilheiros. Sem um jogador assim ninguém é campeão de uma competição difícil: o mediano campeão brasileiro de 2009 deve muito do título a Petkovic e o mediano campeão de 2010 deve muito do título a Conca.

Mais ainda?... bem… pelo menos Bruno, Somália, Lucas e Márcio Rosário não têm condições de titularidade no Botafogo. Confirmados como titulares parece-me que devem estar apenas Jefferson, Antônio Carlos, Marcelo Mattos, Renato Cajá (apesar de ser muito irregular), Caio e Loco Abreu. É só meio time. E será desejável que Alessandro não perca a ‘veia criativa’ que teve nos dois últimos jogos, que o Herrera recomece a jogar futebol e que os reforços entrem rapidamente em campo.

É que com os reforços, este esquema retranqueiro do Botafogo até pode resultar em grito de ‘é campeão’, porque os ataques adversários são fracos e vão ter dificuldades em ultrapassar o razoável trio consolidado de zagueiros. Inegavelmente Joel Santana dá-se muito bem com a montagem de defesas fechadas, embora o resto da equipa… enfim…. finalmente, Fim.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x1 Olaria
» Gols: Renato Cajá 13’’ e Loco Abreu 53’ e 59’ (Botafogo); Vinícius 10’ (Olaria)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 29.01.2010
» Local: Estádio do Engenhão (RJ)
» Público: 5.812 presentes; 4.394 pagantes
» Renda: R$ 103.830,00
» Arbitragem: William de Souza Nery, auxiliado por Silbert Faria Sisquim e Sérgio Waldman
» Disciplina: cartão amarelo - Márcio Rosário e Loco Abreu (Botafogo); Renan Silva (Olaria)
» Botafogo: Jefferson, João Felipe, Antônio Carlos e Márcio Rosário (Alessandro); Lucas (Caio), Marcelo Mattos, Bruno Tiago, Renato Cajá (Marcos Vinícius) e Somália; Loco Abreu e Herrera. Técnico: Joel Santana.
» Olaria: Renan, Ivan, Thiago, Rafael e Amarildo; David, Victor, Danilo e Renan Silva; Waldir (Vinícius) e Felipe (Renato). Técnico: Luiz Antônio Ferreira.

Foto: Cleber Mendes / Lancenet.

Voz de Fernando Pessoa

"Eu sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura."Fernando Pessoa, poeta, jornalista, ensaista, sociólogo, o maior pensador português de todos os tempos.

Loco... só para elas...

1947: Botafogo campeão do Torneio Início

Time 1947: em pé - Ary, Sarno, Gerson, Rubinho, Nilton e Juvenal; agachados - Nilo, Santo Cristo, Octávio, Geninho e Isaltino

O Botafogo sagrou-se campeão do Torneio Início do Campeonato Carioca de 1947 que decorreu no dia 27 de julho de 1947 no estádio de São Januário. Eis a campanha:

BOTAFOGO 1x0 AMÉRICA
» Gol: Reynaldo
» Competição: Torneio Início
» Data: 27.07.1947
» Local: Estádio de São Januário
» Árbitro: Aristocílio Ferreira da Rocha
» Botafogo: Osvaldo Baliza, Gérson e Sarno; Adão, Nílton Senra e Juvenal; Santo Cristo, Octávio, Ponce de León, Geninho e Reynaldo.
» América: Osny, Domício e Ariovaldo; Hílton, Itim e Castanheira; Maxwell, Wilton, Cézar, Lima e Esquerdinha.
Obs: Reynaldo era conhecido como Renato no começo da carreira

BOTAFOGO 2x1 BONSUCESSO
» Gols: 1° tempo: Octávio (‘bicicleta’); 2° tempo: Ubaldo (segundo ‘A Noite’) ou Eunápio (segundo ‘O Jornal’) e Octávio
» Competição: Torneio Início
» Data: 27.07.1947
» Local: Estádio de São Januário
» Árbitro: José Pinto Lopes
» Botafogo: Osvaldo Baliza, Gérson e Sarno; Adão, Nílton Senra e Juvenal; Santo Cristo, Octávio, Ponce de León, Geninho e Reynaldo.
» Bonsucesso: Max, Nanati e Hernandez; Cambuy, Mirim e Waldemar; Zé Luiz, Ubaldo, Jorge, Flávio e Eunápio.
Obs: Ubaldo foi expulso no 2° tempo após o gol, segundo ‘A Noite’

BOTAFOGO 4x1 OLARIA
» Gols: Reynaldo (2), Santo Cristo e Ponce de León (Botafogo); Alcino (Olaria)
» Competição: Torneio Início (decisão)
» Data: 27.07.1947
» Local: Estádio de São Januário
» Árbitro: Mário Gonçalves Vianna
» Botafogo: Osvaldo Baliza, Gérson e Sarno; Adão, Nílton Senra e Juvenal; Santo Cristo, Octávio, Ponce de León, Geninho e Reynaldo.
» Olaria: Zezinho, Laércio e Amaury; Leleco, Spinelli e Ananias; Alcino, Limoeirinho, Roberto, Tim e Gérson.

Os campeões de 1947:
1. Osvaldo “Baliza” Alfredo da Silva
2. Gérson dos Santos
3. Francisco José Sarno Matarazzo
4. Adão Plínio da Silva
5. Newton (Nílton) Carvalho Senra
6. Juvenal Francisco Dias
7. Santo Cristo – Walter Goulart da Silveira
8. Octávio Sérgio da Costa Moraes
9. Norival Cabral Ponce de León
10. Geninho – Ephigênio de Freitas Bahiense
11. Reynaldo “Renato” Barbosa de Moraes Sarmento
Técnico: Ondino Viera

Pesquisa de Pedro Varanda (colaborador do Mundo Botafogo)
Fontes: A Noite e O Jornal

Grosseria social

BOLA PRETA. Desde há muito tempo que me habituei ao pensamento grosseiro, à palavra grosseira e ao gesto grosseiro dos cathartiformes – é próprio deles.

Jamais me habituarei ao pensamento grosseiro, à palavra grosseira ou ao gesto grosseiro de um atleta envergando a gloriosa camisa botafoguense. Além do mais, o gesto ilustrado na foto é um enorme desrespeito ao Madureira. Sou contra. Não precisamos disso.

Porque havemos de deixar que a desclassificada envolvente afete representantes de um clube que sempre soube diferenciar-se no pensamento, na palavra e no gesto? Porque é que os dirigentes botafoguenses não orientam os seus atletas contra a grosseria social? Porquê? Em família, a maioria de nós pugna por um ambiente amigo, no trabalho por um ambiente socialmente correto e, em especial, por um imagem digna da instituição junto das suas relações exteriores. Porque não no futebol?

No início deste mês publiquei um comentário do atleta Juvenal ao patrono botafoguense Adhemar Bebianno, nos anos quarenta: – “Doutor Bebianno, o senhor bem que poderia melhorar a nossa situação no Botafogo... Material, alimentação, essas coisas...O que é que o senhor acha?”. Bebianno olhou Juvenal de cima abaixo e disse uma frase que bem define o Botafogo daquela época: – “Olha aqui, Juvenal: se o Botafogo melhorar, vira o Fluminense...”

Eu diria que se o Botafogo deixar que a grosseria social nos mine nesta época, viramos Flamengo. Não basta termos sido vanguardistas e conquistado a distinção em um passado brilhante, é necessário preservá-la no presente e incrementá-la no futuro.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Viva a Liberdade de expressão

Sendo os botafoguenses sempre alvo de lastimáveis ataques, vale a pena insistir uma vez mais e relembrar. Confira a publicação do nosso amigo Mauro Axlace acerca da charge censurada e das várias notícias relacionadas ao assunto em pauta:

 http://aqipossa.blogspot.com/2011/01/charge-da-flapress-que-foi-censurada.html

Se eu fosse paranaense...


… seria… torcedor do Coritiba Football Club… [Simone Fescki na foto] 

Garrincha genial

Presença de Portugal na Expo de 1908

Panorâmica geral da Exposição de 1908 no Rio de Janeiro

Há muito tempo que não escrevo sobre aspectos relacionados com a comunidade dos países de língua portuguesa. Como descobri umas litografias fantásticas relativas à Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil, que perfaz hoje 103 anos e cujo acontecimento em 1808 foi a primeira grande decisão de abertura do Brasil ao mundo, resolvi fazer uma publicação luso-brasileira, aproveitando o convite que foi endereçado a Portugal para participar no importante evento brasileiro.

Creio que a beleza do Rio Antigo, sacrificada por uma modernidade algumas vezes sem critério, merece uma vista de olhos fora do tópico ‘Botafogo FR’.

Abaixo refiro três endereços eletrónicos fundamentais para quem quiser ampliar visualmente este artigo com fotos reais de dezenas de pavilhões construídos à época e que constituíram edifícios magníficos que a incúria e a fúria da modernidade destruíram, desperdiçando-se um património cultural e artístico que hoje engrandeceria mais a cidade do Rio de Janeiro, tal como outras cidades que em todo o mundo souberam preservar-se e associar ‘antiguidade’ e ‘modernidade’ em perfeita harmonia.

Um dos textos que selecionei, incluídos num excelente fórum de arquitetura e discussões urbanas, refere as seguintes passagens:

“Esse é o primeiro de quatro threads que eu pretendo fazer sobres as exposições que ocorreram no Brasil, mas que, infelizmente, foram quase que esquecidas pela história. Nesse meu primeiro thread, eu vos apresento a nossa primeira exposição nacional, a Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil, que ocorreu em 1908, na Urca, Rio de Janeiro. Primeiramente, um pequeno resumo:

Entre os dias 28 de janeiro e 15 de novembro de 1908, na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, ocorreu uma grande exibição de bens naturais e produtos manufaturados, oriundos de diversos estados brasileiros. A chamada Exposição Nacional de 1908 foi promovida pelo Governo Federal, com a justificativa de celebrar o centenário da Abertura dos Portos (1808) e de fazer um inventário da economia do país. Seu principal objetivo, porém, era o de apresentar a nova Capital da República - urbanizada pelo Prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz - a diversas autoridades nacionais e estrangeiras que a visitaram.”

O autor inclui fotografias de dezenas de edifícios da Exposição e dez litografias. Noutro texto e de outros autores, pode-se ler a seguinte explicação:

“Acossado pelas guerras napoleônicas (1805-1815), o Príncipe Regente de Portugal, Dom João vem para o Brasil em 1808. A transformação da colônia em sede do reino propicia, de imediato, a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Para comemorar o centenário de tal acontecimento, o Presidente Afonso Pena decide que, em junho de 1908, seja realizado um grandioso evento artístico, industrial e pastoril, no qual estariam representados todos os estados brasileiros. Do exterior, apenas dois países participaram desta mostra: Portugal e Egito.”

Mais adiante o texto referencia a seguinte nota:

“A Exposição Nacional de 1908, que foi toda fotografada, virou uma sofisticada e bela série de 23 cartões postais litografados a cores, editado pela Companhia Litográfica Hartman-Reichenbach.”

Desses 23 cartões postais apresentam-se os dez que foram catalogados, sendo os dois primeiros correspondentes ao Pavilhão de Portugal e ao Anexo a esse pavilhão:


Nas ligações abaixo referenciadas é possível encontrar-se todas as fotografias reais dos edifícios. Segue-se as imagens reais à época relativas aos únicos três edifícios que restam atualmente (e que nas fontes abaixo mencionadas também são mostrados tal como se encontram cem anos depois da exposição):




Texto e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=827148&page=2

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

FlaPress


Esta charge entrou e... saiu logo de Globoesporte.com; sinto obrigação de divulgá-la para quem não chegou a tempo… Encontra-se em http://zedascharges.blogspot.com

Camisas Botafogo Mamutes


Há tempos, alguns leitores do Mundo Botafogo perguntaram-me onde podiam adquirir camisas da equipa de futebol americano Botafogo Mamutes. Informo que estão novamente disponíveis na Loja Oficial do Botafogo, conforme se anuncia em http://botafogoesportesdepraia.blogspot.com/

Botafogo 4x1 Madureira


O jogo de ontem mostrou que vamos jogar daquele modo durante todo o campeonato. Joel Santana quer estabilizar um esquema de jogo e esse esquema é o 3-5-2, tanto quanto possível com as mesmas peças em campo e substituindo na 2ª parte do jogo, se possível, com as mesmas peças também.

Ontem, com uma vantagem de 2x0, ensaiou o 4-4-2 com a entrada de Caio, provavelmente para testar um esquema a adotar no caso de estarmos a perder e ser necessário reforçar o ataque com um 4-4-2, eventualmente flexível em 4-3-3, contando com a ofensividade natural de Caio.

Portanto, podemos esperar que pouco se vai alterar relativamente ao ano passado, isto é, jogaremos geralmente mal, à defesa, com um trio de zagueiros plantado à frente de Jefferson, explorando o contra-ataque, sem imaginação e sem jogadas ensaiadas, esperançados que a inspiração individual de Marcelo Mattos, Caio, Loco Abreu, Maicosuel ou Arévalo possa resolver cada desafio.

Em contrapartida, vai continuar a ser difícil ganharem-nos em jogos que nós próprios enrolamos e, quem sabe, com a inspiração de um ou outro jogador sejamos capazes de resolver decisões, no Campeonato Carioca (que Joel quererá ganhar), na Copa do Brasil ou na Copa Sul-Americana. E isso é bem possível que aconteça.

Ontem a equipa mostrou-se aparentemente mais ágil, mas é sempre difícil ter certezas quando o bom futebol alterna com o mau futebol e quando a sorte acompanha as novas vitórias – contra o Duque de Caxias foi uma luz súbita que deu ao Botafogo para a virada em três minutos, contra a Cabofriense tudo foi facilitado com dois gols contra e no jogo de ontem a sorte levou duas bolas do Madureira ao travessão e Jefferson fez duas defesas fantásticas, evitando o empate na 1ª parte.

Efetivamente, começamos bem como é costume, mas depois do primeiro gol relaxamos e o Madureira tomou claramente conta das operações entre os 25 e os 40 minutos de jogo, até levar o 2º gol em grande penalidade e registrar uma expulsão nessa ocasião.

Na segunda parte, apesar da vantagem numérica no marcador e das peças em campo, bem como da entrada de Caio, o Botafogo ‘cozinhou’ o jogo, aparentemente ganho, e somente aos 15 minutos levou perigo à baliza adversária. O Madureira acabou por diminuir o placar e, surpreendentemente, o Botafogo acordou com a entrada de… Alessandro!!!

Amigos, ainda bem o jogo lhe correu de feição, mas quando uma equipa melhora com a entrada de um jogador do calibre de Alessandro, não acham que algo vai mal?

Alessandro fez um gol inesperado que matou o jogo e concretizou uns quantos passes bons que em todo o ano de 2010 não havia feito. Caio acabou por marcar novamente numa posição de artilheiro, à boca da baliza.

Em minha opinião, tal como no ano passado, entre altos e baixos, o Botafogo acaba jogando melhor e ganhando devido sobretudo aos desempenhos de Marcelo Mattos. Se ele sai da equipa, a produção baixa em 50%. Veja-se que Renato Cajá continua muito mau (que armações de jogo fez realmente nestas três partidas?), que Somália é um verdadeiro perna-de-pau, que Herrera continua sem inspiração já desde 2010.

Ontem como antes, e como em 2010, as figuras foram Marcelo Mattos e Jefferson. Com Caio em ascensão. Antônio Carlos também está em ascensão, mas esperemos que aquela zaga melhore. Veja-se que, apesar de um jogador impedido no gol do Madureira, fazendo corta-luz na jogada, o movimento adversário foi bom e enganou a defesa alvinegra. Um sinal de que Joel Santana poderá ter alguma razão em manter o trio de zagueiros, caso contrário ainda tomaríamos mais gols com facilidade, coisa que vimos muito no Botafogo de 2008 e 2009, mas não em 2010 com o esquema cauteloso de Joel. Será que o homem tem razão? Será que com outros jogadores se tornaria mais audacioso? Ou as equipas desarrumadas de Joel são já um caso clássico insuperável?

Esperemos que a habitual indolência do Botafogo em registrar atletas consiga superar hoje o problema, registrando pelo menos Márcio Azevedo, Arévalo e Everton, caso contrário já não jogarão na Taça Guanabara e continuaremos sem poder avaliar a nossa equipa com os novos reforços. Se os outros conseguem registrar os seus reforços, porque é que isso não acontece connosco?

Bem… Vamos ter astral em cima: mais uma vitória, mais uma goleada, provavelmente a manutenção da liderança, equipa ligeiramente mais ágil.

Gostei das posturas e das declarações de Joel Santana e de Loco Abreu quando os pseudo-jornalistas os inquiriram. Especialmente quando o sempre inspirado Joel disse que entre ele e Loco Abreu foi só… “um momento de exclamação” e quando Loco Abreu, após marcar o segundo gol, apontou o dedo discretamente na direção de Joel, que respondeu positivamente também. A comunicação social está roendo as unhas… Por mim podem comer os dedos…

Independentemente das minhas críticas ao treinador, gostei do bolo que foi oferecido a Joel Santana. E dou-lhe os parabéns também: mal ou bem, umas vezes de acordo com ele outras não, nós temos tido muito assunto de conversa com este Botafogo campeão carioca e que falhou o G4 por um triz.
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FICHA TÉCNICA
Botafogo 4x1 Madureira
» Gols: Herrera 14’, Loco Abreu 43’ (pen.), Alessandro 81’ e Caio 88’ (Botafogo); Rodrigo 29’ (Madureira)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 26.01.2011
» Local: Estádio do Engenhão (RJ)
» Público: 2.086 pagantes (2.536 presentes)
» Renda: R$ 47.690,00
» Arbitragem: Péricles Bassols; assistentes: Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço Massarra dos Santos.
» Disciplina: cartão amarelo – Marcelo Mattos, Caio, Bruno (Botafogo); Adriano Magrão, Edmílson, Michel; (Madureira); cartão vermelho – Douglas Assis (Madureira)
» Botafogo: Jefferson, João Filipe (Caio), Antônio Carlos e Márcio Rosário; Lucas (Alessandro), Marcelo Mattos, Bruno, Renato Cajá e Somália; Herrera (Alex) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Madureira: Cleber, Douglas Assis, Victor Silva e Edmílson; Valdir, Vinícius, Michel (Abedi), Rodrigo e Da Costa (Nil); Maciel e Adriano Magrão (Caio Cezar). Técnico: Antônio Carlos Roy.

Jordan Barrera: promessa de um novo camisa 10?

Reprodução Internet / Montagem. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo Jordan Andrés Barrera Herrera nasceu no dia 11 de abril de 2006...