sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Quando o riso assomou ao STJD

.
O Botafogo deslocou-se ao Recife para defrontar o Náutico pelo campeonato brasileiro de 2008 e a polícia pernambucana gerou uma enorme confusão após a expulsão de André Luís do Botafogo.

Inicialmente André Luís respondeu à torcida do Náutico com gestos menos próprios e dirigiu-se ao banco. A polícia foi retirá-lo do banco, André Luís reagiu à polícia, não conseguiu entrar no balneário que se encontrava fechado, os ânimos exaltaram-se e polícias e jogador envolveram-se acabando o jogador por ir para a esquadra. Mais tarde foi feito o julgamento do caso no STJD.

Uma das testemunhas foi o dentista aposentado Luiz Gonzaga Lapenda, o qual prestou um depoimento muito engraçado em tribunal.

Luiz Gonzaga Lapenda a depor


O dentista aposentado determinou de certo modo o rumo do julgamento ao revelar que não fora atingido por uma garrafa chutada por André Luís quando foi expulso. Porém, as declarações divertidas da testemunha acabaram por lançar para segundo plano as atitudes de André Luís.

Luiz Gonzaga provocou risos até nos advogados do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ao ser questionado sobre a sua idade, o ex-dentista respondeu:

“ – Tenho 67 do umbigo para cima. Do umbigo para baixo, é 18.”

Em seguida disse que os seus óculos não foram quebrados pela garrafa chutada por André Luís no Estádio dos Aflitos, mas por uma cotovelada recebida durante um tumulto de torcedores quando o jogador deixava o campo.

Depois, Luiz Gonzaga surpreendeu novamente ao afirmar que sempre foi simpatizante do Botafogo, clube do seu coração no Rio de Janeiro. E acrescentou:

“ – Naquele dia eu queria uma vitória do Náutico, mas adoro o Botafogo. Quando era mais jovem, o Garrincha era o principal nome do meu time de botão.”

Nas imagens da televisão verificou-se que Luiz Gonzaga conseguiu dirigir-se a André Luís dentro de campo, porque usava fones de ouvido e foi confundido com um jornalista, acabando por entrar em campo. No tribunal ele revelou o que dissera a André Luís:

“ – P... quase que você me cega!”

E no final do depoimento acabou por não se mostrar magoado com as atitudes de André Luís, afirmando:

“ – Não condeno esse rapaz, pois o Botafogo já vinha tenso por ser eliminado da Copa do Brasil. Se tivesse oportunidade, eu até pediria desculpas a ele, que é um artista.”

E ainda há quem assegure que o lema ‘há coisas que só acontecem ao Botafogo’ não corresponde à realidade…

Fonte principal e foto:
Globoesportes online

As maiores goleadas do Glorioso (1970-1979)

.
BOTAFOGO 6x0 FLAMENGO (RJ)
Competição: Campeonato Brasileiro de 1972
Botafogo: Cao, Mauro Cruz, Waltencir, Osmar e Marinho Chagas; Carlos Roberto, Nei Conceição e Ademir Vicente (Marcos Aurélio); Zequinha, Fischer(Ferretti) e Jairzinho. Técnico: Sebastião Leônidas.
Gols: Jairzinho, l5’; Fischer, 35’ e 41’- l°T; Jairzinho, 23’, 38’ (de letra) e Ferretti, 42’- 2°T.

BOTAFOGO 7x1 AMERICANO F. C. (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1976
Botafogo: Ubirajara Alcântara (Zé Carlos), Miranda, Osmar, Nílson Andrade e Serginho Moura; Carbone, Luizinho Rangel e Marcos Aurélio; Cremílson, Nílson Dias (Antônio Carlos) e Mazinho. Técnico: Paulo Amaral.
Gols: Nílson Dias (3), Antônio Carlos (2), Carbone e Marcos Aurélio.

BOTAFOGO 8x0 CAMPO GRANDE (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1977
Botafogo: Zé Carlos, Perivaldo, Osmar, Odélio e China; Carbone (Ademir Vicente), Paulo César e Mário Sérgio; Gil, Nílson Dias (Manfrini) e Dé. Técnico: S. Leônidas.
Gols: Nílson Dias (2), Dé (2), Paulo César, Mário Sérgio, Perivaldo e Manfrini.

BOTAFOGO 7x0 FLUMINENSE-NF (RJ)
Competição: Campeonato Carioca Especial de 1979
Botafogo: Zé Carlos, China, Osmar, Miltão e Dodô; Chiquinho (Cremílson), Wecsley e Mendonça; Gil, João Paulo (Luizinho Lemos) e Tiquinho. Técnico: Joel Martins.
Gols: Gil (3), Luizinho Lemos (3) e Tiquinho.

BOTAFOGO 7x1 A. D. NITERÓI (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1979
Botafogo: Borrachinha, Perivaldo (Chiquinho), Miltão, Renê e China; Russo, Marcelo e Renato Sá; Cremílson, Dé e Ziza (Mendonça). Técnico: Joel Martins.
Gols: Dé (3), Marcelo (2), Renato Sá e Russo.

BOTAFOGO 6x0 BANGU (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1979
Botafogo: Borrachinha, China, Ronaldo, Miltão e Vanderlei Luxemburgo (Dodô); Russo (Wecsley), Mendonça e Marcelo; Gil, Dé e Renato Sá. Técnico: Joel Martins.
Gols: Marcelo (2), Dé (2) e Gil (2).

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Botafogo 1x2 13º Jogador



Não assisti ao jogo, mas creio, pelo que li e ouvi, que o Botafogo apresentou esquemas táticos diferenciados, entregando o domínio de bola ao São Paulo na primeira meia-hora de jogo, numa atitude cautelosa, e alterou a disposição das peças em campo na segunda parte, superiorizando-se ao São Paulo.

Não obstante, nunca se sabe quando é que o Botafogo decide entregar o jogo em jogadas elementares de mau futebol. Sabe-se apenas que, em momentos importantes e de decisão, as arbitragens prejudicam claramente o Botafogo.

A saga dos goleiros continua e a seguir aos erros de Castillo aparecem os erros de Renan – e o São Paulo inaugurou o marcador. Quanto ao gol anulado, já afirmei várias vezes que, em jogos decisivos, especialmente contra o Flamengo, o Fluminense e o São Paulo, o Botafogo foi SEMPRE prejudicado.

No segundo jogo da final de 1995 o árbitro errou a favor do Botafogo, mas também errara a favor do Santos no 1º jogo, pelo que prejuízos e benefícios se equilibraram. Fora este jogo não conheço nenhum outro decisivo em que o Botafogo tenha sido beneficiado. Por isso tenho dito que, em jogos de decisão, o Botafogo só ganhará se não houver NENHUMA POSSIBILIDADE de anulação do gol. Caso contrário os árbitros anulam mesmo.

Se nuns jogos perdemos por jogar mal e noutros por erros elementares, ontem perdemos porque além dos 11 jogadores e do 12º consubstanciado na torcida, tivemos novamente o famigerado 13º jogador que, curiosamente, surge sempre nos momentos de decisão e a favor, invariavelmente, de um leque muito pequeno de clubes.

Mas os árbitros e a classe de arbitragem parecem continuar muito satisfeitos com os seus erros frequentes em jogos de decisão e seguem alegremente o seu caminho, apesar de todo o mundo perceber a natureza de muitos desses erros. E ninguém fazer nada para os impedir. Muito bem, senhores dirigentes desportivos! Muito bem! Porque o que fica para a história é o resultado, não as atitudes das arbitragens nem as impunidades diversas que grassam por aqui, por ali e por toda a parte em que os desmandos autocráticos dos apitos se tornam protagonistas principais!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x2 São Paulo
GOLS: Jean aos 16' e Hernanes aos 73’ (São Paulo); Welligton Paulista aos 68’
Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’
Data: 29/10/2008
Renda/público: R$ 92.023,00 / 12.356 pagantes
Arbitragem: Sérgio da Silva de Carvalho (DF); Altemir Haussman (RS) e Renato Miguel Vieira (DF)
Cartões amarelos: Diguinho, Alessandro e Renato Silva (Botafogo); Hugo, Rodrigo e André Dias (São Paulo)
Botafogo: Renan, Alessandro, Renato Silva, André Luís e Édson (Luciano Almeida); Leandro Guerreiro, Túlio (Lucas Silva), Diguinho e Zé Carlos (Fábio); Jorge Henrique e Wellington Paulista: Técnico: Ney Franco
São Paulo: Rogério Ceni, André Dias, Miranda e Rodrigo; Jancarlos, Jean, Hernanes, Hugo (Anderson) e Jorge Wagner; Dagoberto (Bruno e Borges (André Lima). Técnico: Muricy Ramalho

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Primeira excursão internacional à Europa (1955)

.
Em 1955 o Botafogo tornou a fazer uma excursão longuíssima e a primeira realizada na Europa. O jogo inicial ocorreu a 15 de Maio e o jogo final a 16 de Julho.

O Botafogo realizou jogos em Espanha (6), França (3), Dinamarca (1), Holanda (1), Suiça (1), Itália (2) e Checoslováquia (4), num total de 18 amistosos, isto é, cerca de dois jogos por semana, aproximadamente.

A excursão saldou-se por 11 vitórias, 5 empates e 2 derrotas tendo sido assinalados 54 gols e sofridos 28, à média de 3 gols marcados e 1,5 sofridos por jogo.

Eis os resultados:

Botafogo 2x2 Real Madrid (Espanha)
» Gols: Dino (2)
» Data: 15/05/1955
» Local: Estádio Chamartin (Madrid, Espanha)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Ruarinho (Bob) e Danilo (Juvenal); Garrincha, Dino, Vinícius, Quarentinha e Hélio (Neyvaldo)

Botafogo 3x3 Atlético de Madrid (Espanha)
» Gols: Dino (2) e Vinícius
» Data: 19/05/1955
» Local: Madrid (Espanha)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo (Juvenal); Garrincha (Neyvaldo), Dino, Vinícius, Quarentinha (Paulinho) e Hélio

Botafogo 4x1 Tenerife (Espanha)
» Gols: Dino (2), Quarentinha e Garrincha
» Data: 22/05/1955
» Local: Tenerife (Espanha)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Ruarinho) e Danilo (Juvenal); Garrincha, Dino, Vinícius (Wilson Moreira), Quarentinha (Paulinho) e Hélio (Neyvaldo). Obs: Segundo o Boletim Interno do Botafogo o adversário foi o Real Santa Cruz (Espanha).

Botafogo 1x2 Tenerife (Espanha)
» Gol: Vinícius
» Data: 24/05/1955
» Local: Tenerife (Espanha)
» Botafogo: Gílson, Gérson (Thomé) e Nílton Santos; Orlando Maia, Ruarinho (Danilo) e Juvenal (Pampolini); Garrincha, Dino, Vinícius (Wilson Moreira), Quarentinha (Paulinho) e Neyvaldo

Botafogo 3x3 Valência (Espanha)
» Gols: Dino (2) e Garrincha
» Data : 29/05/1955
» Local: Valência (Espanha)
» Botafogo: Lugano (Gílson), Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Ruarinho (Bob) e Danilo (Juvenal); Garrincha, Dino, Vinícius, Quarentinha e Hélio (Neyvaldo)

Botafogo 2x4 Racing de Paris (França)
» Gols: Vinícius e Dino
» Data: 01/06/1955
» Local: Paris (França)
» Botafogo: Gílson, Gérson (Thomé) e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Juvenal) e Danilo; Garrincha, Dino, Vinícius, Quarentinha (Paulinho) e Hélio (Neyvaldo)

Botafogo 2x2 Real Múrcia (Espanha)
» Gols: Quarentinha e Garrincha
» Data: 05/06/1955
» Local: Murcia (Espanha)
» Botafogo: Gílson, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo (Juvenal); Garrincha, Dino, Vinícius (Paulinho), Quarentinha e Hélio (Neyvaldo)

Botafogo 5x1 Stade de Reims (França)
» Gols: Dino (3), Vinícius e Paulinho
» Data: 08/06/1955
» Local: Reims (França)
» Botafogo: Lugano, Thomé e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Pampolini) e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Dino, Vinícius (Wilson Moreira) e Hélio (Quarentinha). Obs: Segundo o “JS” os gols foram de Paulinho (2), Dino, Vinícius e Garrincha.

Botafogo 3x2 Racing de Lens (França)
» Gols: Paulinho, Dino e Garrincha
» Data: 11/06/1955
» Local: Lens (França)
» Botafogo: Lugano, Thomé e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Dino, Vinícius e Hélio (Quarentinha)

Botafogo 5x2 Alliancen (Dinamarca)
» Gols: Garrincha (2), Dino, Vinícius e Wilson Moreira
» Data: 14/06/1955
» Local: Copenhague (Dinamarca)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Juvenal (Danilo); Garrincha, Paulinho, Dino, Vinícius (Wilson Moreira) e Hélio (Quarentinha). Obs: Segundo o Boletim Interno do Botafogo o adversário foi a Seleção da Dinamarca.

Botafogo 6x1 Seleção da Holanda
» Gols: Vinícius (3), Dino (2) e Garrincha
» Data: 19/06/1955
» Local: Amsterdam (Holanda)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Dino, Vinícius e Hélio (Quarentinha)

Botafogo 6x2 Grasshopper (Suiça)
» Gols: Vinícius (3), Quarentinha, Dino e Wilson Moreira
» Data: 22/06/1955
» Local: Zurique (Suiça)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Pampolini) e Juvenal (Danilo); Garrincha (Neyvaldo), Paulinho, Dino, Vinícius (Wilson Moreira) e Quarentinha

Botafogo 4x0 Combinado Torino / Juventus (Itália)
» Gols: Garrincha (2), Vinícius e Dino
» Data: 29/06/1955
» Local: Turim (Itália)
» Botafogo: Lugano, Thomé e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Ruarinho) e Juvenal (Danilo); Garrincha (Neyvaldo), Paulinho, Dino, Vinícius (Wilson Moreira) e Quarentinha (Hélio)

Botafogo 3x2 Roma (Itália)
» Gols: Dino, Garrincha e Paulinho
» Data: 06/07/1955
» Local: Roma (Itália)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Ruarinho) e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Dino, Vinícius (Wilson Moreira) e Quarentinha

Botafogo 1x0 Dynamo de Praga (Checoslováquia)
» Gol: Vinícius
» Data: 09/07/1955
» Local: Praga (Checoslováquia)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Dino (Wilson Moreira), Vinícius e Quarentinha. Obs: Hoje, o Dynamo de Praga pertence à República Tcheca

Botafogo 2x0 Slovan Bratislava (Checoslováquia)
» Gols: Wilson Moreira e Pampolini
» Data: 12/07/1955
» Local: Bratislava (Checoslováquia)
» Botafogo: Lugano, Gérson (Thomé) e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob (Ruarinho) e Juvenal (Danilo); Garrincha, Paulinho, Wilson Moreira, Quarentinha e Neyvaldo (Pampolini). Obs: Atualmente o Slovan Bratislava pertence à Eslováquia.

Botafogo 1x0 Spartak Sokolovo (Checoslováquia)
» Gol: Neyvaldo
» Data: 14/07/1955
» Local: Brno (Checoslováquia)
» Botafogo: Lugano, Gérson (Thomé) e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Juvenal (Danilo); Garrincha, Paulinho (Ruarinho), Wilson Moreira, Quarentinha e Neyvaldo. Obs: Hoje, o Spartak Sokolovo chama-se Sparta Praha (Praga) da República Tcheca

Botafogo 1x1 Banik Ostrava (Checoslováquia)
» Gol: Neyvaldo
» Data: 16/07/1955
» Local: Ostrava (Checoslováquia)
» Botafogo: Lugano, Gérson e Nílton Santos; Orlando Maia, Bob e Juvenal; Garrincha, Ruarinho (Danilo), Wilson Moreira, Quarentinha e Neyvaldo. Obs: Hoje, o Banik Ostrava pertence à República Checa

Fontes:
Acervo e pesquisa de Auriel de Almeida, Eduardo Santos, Marcelo Albuquerque, Pedro Varanda, Roberto Nahal e Sérgio Tinoco
Diário de Notícias
Jornal dos Sports
O Globo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

As maiores goleadas do Glorioso (1960-1969)

.
BOTAFOGO 11x0 SEL. DE NITERÓI (RJ)
Competição: Amistoso de 1965
Botafogo: Manga (Cao), Joel, Zé Carlos (Chiquinho Pastor), Paulistinha (Mura) e Rildo (Dimas); Marcos (Afonsinho) e Gérson; Jairzinho, Roberto, Sicupira e Arthur. Técnico: Daniel Pinto.
Gols: Jairzinho (3), Sicupira (3), Gérson (2), Arthur (2) e Marcos.

BOTAFOGO 10x0 AYMORÉS (MG)
Competição: Amistoso de 1966
Botafogo: Cao (Florisvaldo), Joel (Dimas), Carlos Alberto (Paulistinha), Leônidas e Moreira (Mura); Nei Conceição e Fifi; Jerônimo, Sicupira, Parada e Waldir (Helinho). Técnico: Admildo Chirol.
Gols: Parada (3), Jerônimo (3), Sicupira (3) e Fifi.

BOTAFOGO 6x0 BANGU (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1969
Botafogo: Ubirajara Motta, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson (Afonsinho); Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo César (Lula). Técnico: Zagallo.
Gols: Jairzinho (2), Roberto (2), Paulo César e Carlos Roberto.

As maiores goleadas do Glorioso (1950-1959)

.
BOTAFOGO 7x2 OLARIA (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1950
Botafogo: Osvaldo Baliza, Basso e Rubem; Rubinho, Ávila e Juvenal; Zezinho, Neca, Ariosto, Octávio e Braguinha. Técnico: Carvalho Leite.
Gols: Ariosto (3), Neca, Zezinho, Rubinho e Ávila.

BOTAFOGO 6x0 BANGU (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1953
Botafogo: Gílson, Gérson e Nilton Santos; Araty, Bob e Juvenal; Garrincha, Geninho, Carlyle, Jayme e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
Gols: Garrincha (3), Vinícius (2) e Nílton Santos.

BOTAFOGO 6x2 FLUMINENSE (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1957
Botafogo: Amauri, Matias e Thomé; Beto, Pampolini e Nilton Santos; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édson e Quarentinha.
Gols: Paulinho Valentim  (5) e Garrincha.

BOTAFOGO 7x3 AMÉRICA (RJ)
Competição: Torneio Rio-São Paulo de 1958
Botafogo: Amaury, Beto, Thomé, Servílio e Nilton Santos; Ronald (Ademar) e Didi; Garrincha (Neyvaldo), Paulinho Valentim, Édison e Quarentinha. Técnico: João Saldanha.
Gols: Quarentinha (2), Paulinho Valentim (2), Garrincha, Didi e Édison.

BOTAFOGO 6x0 SPORT RECIFE (PE)
Competição: Amistoso de 1959
Botafogo: Manga, Cacá (Ademar), Jorge, Nilton Santos e Lucas; Ronald (Paulistinha) e Rossi; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha (Édison) e Zagallo (Amarildo). Técnico: João Saldanha.
Gols: Quarentinha (2), Rossi (2), Paulinho Valentim e Garrincha.

Parabéns, futsal brasileiro!

.

Mensagem que desde a semana passada homenageou os brasileiros campeões do mundo de futsal que venceram a Espanha na final através de grandes penalidades.

domingo, 26 de outubro de 2008

Botafogo 3x0 Ipatinga



Não assisti ao jogo por estar a viajar para Moçambique - acompanhei apenas por Internet -, mas penso que a vitória clara sobre o Ipatinga pode ser um ponto importante de viragem para superação da crise. Os comentários que li de botafoguenses referenciam que o Botafogo ainda não evidenciou modelo de jogo definido nem jogou de forma claramente convincente, mas a apresentação pode-se considerar de bom nível atendendo ao calor que se fez sentir e ao momento que o clube atravessa, especialmente após o dirigente Montenegro tornar a detonar o time e de Zárate sentir um ‘abalo emocional’ devido aos salários em atraso.

Ganhando por 2x0 aos 21 minutos de jogo e sabendo gerir o resultado até ao final da partida, que acabou por ampliar para 3x0, o Botafogo conquistou um bom resultado fora de casa, mesmo tratando-se de um adversário que se estabeleceu no último lugar. É de realçar que o Botafogo vinha de perder e empatar com clubes da zona da ‘degola’.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x0 Ipatinga
Gols: Leandro Guerreiro 11’, Diguinho 21’ e Thiaguinho 91’
Competição: Campeonato Brasileiro
Data: 25/Outubro/2008
Estádio: Ipatingão, em Ipatinga (MG)
Arbitragem: Wallace Nascimento Valente (ES); Katiuscia Mayer Berger (ES) e Fabiano da Silva (ES)
Cartões amarelos: Júlio (Ipatinga); Triguinho, Carlos Alberto, Alessandro (Botafogo)
Renan, Alessandro, Renato Silva, Edson e Triguinho (Zé Carlos); Leandro Guerreiro, Túlio (Thiaguinho), Diguinho (Emerson) e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista. Técnico: Ney Franco
Fernando, Márcio Gabriel, Henrique, Gian e Beto (Gilsinho); Júlio, Leandro Salino, Xaves (Pablo Escobar) e Augusto Recife; Adeílson e Ferreira (Kempes). Técnico: Márcio Bittencourt

sábado, 25 de outubro de 2008

Beneméritos e grandes beneméritos do Botafogo

.

A lista de Beneméritos e de Grandes Beneméritos do Botafogo de Futebol e Regatas é a seguinte:

GRANDES BENEMÉRITOS

· 1945: João Lyra Filho
· 1947: Adhemar Alves Bebianno
· 1948: Antonio Mendes de Oliveira Castro
· 1949: Luiz de Paula e Silva
· 1956: Alceu Mendes de Oliveira Castro, Benjamin Sodré, Henrique Carlos Meyer, Ibsen De Rossi
· 1960: Clovis Soares Dutra, Joaquim Antonio de Souza Ribeiro
· 1965: Adherbal de Souza Bastos
· 1975: Althemar Dutra de Castilho, José de Oliveira Brandão Filho, Luiz Antonio da Costa Carvalho, Manoel Maria de Paula Ramos, Mário Ferreira
· 1979: Jeronymo Baptista Bastos
· 1981: José Carneiro Felippe Filho
· 1983: Alcino Faria Machado, Cídio da Silveira Carneiro, Guilherme Arinos Lima Verde Barroso Franco
· 1986: Emmanuel Sodré Viveiros de Castro, José Albano da Nova Monteiro, Octavio Pinto Guimarães, Rivadávia Tavares Corrêa Meyer
· 1987: Carlos José Renault, Hans Grunfeld, José Maria Cavalcanti de Albuquerque, Zeferino Xisto Toniato
· 1990: Canor Simões Coelho, Luiz Dias, Marcelo Bebianno Simões, Roberto Thaumaturgo Azevedo Dreux, Samuel Sabat
· 1994: Henrique José Pereira de Lucena, Mauro Marcello, Mauro Ney Machado Monteiro Palmeiro
· 1995: Antonio Anibal Gomes, Flávio Heleno Poppe de Fiqueiredo, José Ayrton Lopes, Luiz Desiderati, Rodrigo Alberto Neves Tovar
· 1999: Valed Perry, Antônio Augusto Castro de Souza, Carlos Augusto Saad Montenegro, João Batista Vieira

BENEMÉRITOS

· 1945: Augusto Frederico Schmidt, Luiz Paulo Neves Tovar, Manoel Vargas Neto, Miguel Couto Filho
· 1949: Alceu Mendes de Oliveira Castro, Angelo de Sá, Alkindar Dutra de Castilho, Nestor Duque Estrada de Barros, Paulo Teixeira Soares, Clovis Soares Dutra
· 1955: Anibal de Araujo Leite
· 1956: Mario Jorge de Carvalho, Nilo Murtinho Braga, Roberto Dreyfus
· 1959: João Alves Saldanha, João Citro, José de oliveira Brandão Filho, Manoel Maria de Paula Ramos, Margarida tereza Nunes da Cunha, Oswaldo Guimarães Tavares, Renato José Estelita Pessoa, Valed Perry
· 1960: Antonio Luiz dos Santos Werneck, Edwin Elkin Hime Jr., Joaquim De Lamare, Raphael Galvão
· 1965: Gumercindo Dantas Brunet, José Maria Cavalcanti de Albuquerque
· 1967: Zeferino Xisto Toniato
· 1968: Alfredo d'Escragnolle Taunay, Althemar Dutra de Castilho, Dijalma Nogueira dos Santos, Rivadávia Tavares Correa Meyer
· 1969: Aurélio Cabral Werneck Segundo, Walter Daudt Varconcellos
· 1970: Charles de Macedo Borer
· 1971: Jeronymo Baptista Bastos
· 1972: Euzebio de Queiroz Filho, Marcelo Babianno Simões
· 1975: Alcino Faria Machado, Alfredo Luiz dos Santos, Carlos José Renault, Emílio Beaklini, Fabiano de Barros Franco, Guilherme Arinos de Lima Verde B. Franco, Hans Grunfeld, Henrique Domingos Ribeiro Barbosa, José Luiz Dale Ferraz, Renato de Paula e Silva Tavares, Samuel Sabat
· 1979: Alberto Ribeiro dos Santos, Celso Cavalcante de Azambuja, Eduardo Simão, Emmanuel Sodré Viveiros de Castro, Eugenia Borer, Helio Augusto de Andrade, Henrique José Pereira de Lucena, Hermes Krohne, José Ayrton Lopes, José Erasmo de Couto, José Pessoa Machado, Júlio Maria Veríssimo Theóphilo, Luiz Murilo Fábregas da Costa, Oswaldo do Rego Macedo, Ramon Soares Dutra, Renato Marcello B. da Fonseca, Rogério Alberto Rocha Correa, Romacild Maria Roma Carneiro Felipp
· 1981: Antonio Aníbal Gomes, Antonio Corrêa Thomé, Antonio Domingos Meirelles Quintella, Bruno Carlos Siciliano, Cândido Firmino Corrêa, Carlos Alberto B. Pereira, Carlos Viriato Saboya, Claudio Moscoso Morize, Enio Tulio D. da Silva, Ernestino de Araujo Pereira, Francisco Perrota, Heber PittesHelio da Silva, Hercilio Aldo da Luz Colaço, João Pinto Lima, Joaquim Balthar Filho, Jorge Kriacos Kaiuca, Joaquim Simões de Faria, José da Costa Lima, José Pinheiro, Mario Luiz de Lima Lages, Mauro Maecello, Moacyr Apolinário da Silva, Moacyr Werneck de Souza, Murillo Bauchur, Nady de Almeida, Nelson Cunha, Nicola Perri, Olavo Sargentelli, Paulo de Albuquerque, Pedro Memória Alli, Raul do Rego Macedo Sobrinho, Roberto Tílio, Rubens de Figueredo, Solon Borges, Sylvio José Gomes, Waldeck Bonfim, Augusto Borges, Fernando Wilson Rego, Juan Guiu, Mario Lento, Marun Jazbik
· 1983: Alberto Martins Pina Rodrigues, Canor Simões Coelho, Gilberto Ribeiro de Carvalho
· 1984: Antonio Carlos Azeredo de Azeredo, Braz Francisco Raul Santiago, Eleutherio Brum Negreiros, Francisco Camões de Menezes, Mauro Ney Machado Monteiro Palmeiro, Nelson Mufarrej, Roberto Thaumaturgo Azevedo Dreux, Rodrigo Alberto Neves Tovar
· 1986: Anibal Fonseca Lima, Antonio Augusto de Castro Alves, Aurelio Tomassini, Flavio Heleno Poppe de Figueiredo, José de Britto Freire, Luiz Desiderati, Manoel Cavalcanti, Oscar Maurício Porto Ramos, Samuel Coelho de Souza
· 1987: Adolpho Maranhão Brucker, Edmilson Moreira Arraes, Fernando Ribeiro da Câmara, Fernando Watt da Silva, José de Abreu Ramos, Luiz Affonso, Vicente Paulo Mattos da Graça
· 1990: Álvaro Vieira Coelho, Edgard Dias da Cruz, Edval Perry, Ivo Gastaldoni, João Batista Vieira, José Antonio Corrêa Meyer, Lionel da Silva Costa, Luiz Antonio da Costa Cattapan, Manoel Nogueira Pinto, Marco Antonio B. de Alencar, Moysés Abtibol, Roberto Crivano Machado, Salvador Victor Borelli, Thomas Schwerdtner, Theophino de Azevedo Santos, Walter Ribeiro
· 1993: Carlos Augusto Montenegro, Carlos Eduardo da Cunha Pereira, Jorge Aurélio Ribeiro Domingues, José Luiz Rolim, Sebastião Luiz de Andrade Figueira
· 1994: Antonio Rodrigues da Costa, Armando Caetano, Camélia Coelho Nahuz, Cesar Epitácio Maia, Hugo Ibeas, Luiz Octavio F. Vieira, Marcelo Nunes de Alencar, Neuci Ramos da Silva, Nilton dos Santos, Paulo Cesar Arêa Leão Bernardes, Paulo Sérgio Rocha Serra, Raimundo Grossi, Rubens Manfredi
· 1995: Aderaldo Vieira Chaves, Aida dos Santos Menezes, Alberto Ary Vilardi de Macedo, Alberto Ramy Mansur, Alcides Aguilar Janeiro, Belmiro Rodrigues Alves Filho, Carlos Maciel Cristancho, Eduardo do Valle Rosauro de Almeida, Fernando Eduardo Ferreira Mesquita, Flávio Nogueira Pinto, Francisco Ferraro, João Pedro de Andrade Figueira, José Carlos dos Santos Rodrigues, Luiz Cláudio Fábregas da Costa, Luiz Felipe Carneiro de Miranda, Maury Rodrigues de Macedo, Renato de Azevedo Lourenço Jorge, Ricardo Rocha Faria, Rogério Lindgren Carneiro, Sylvio Monteiro Carneiro Campello

Fonte
http://www.revistadobotafogo.com.br/

As maiores goleadas do Glorioso (1940-1949)

.
BOTAFOGO 8x1 SÃO PAULO (SP)
Competição: Torneio Rio-São Paulo de 1940
Botafogo: Brandão, Graham Bell (Bibi) e Araraquara; Zezé Procópio, Zezé Moreira (Martim) e Canalli; Tadique, Carvalho Leite (Nélson Juliani), Pascoal, César e Patesko.
Gols: Pascoal (3), Patesko (2), Tadique, Carvalho Leite e Nélson Juliani.

BOTAFOGO 8x1 SÃO CRISTÓVÃO (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1941
Botafogo: Brandão, Caieira e Borges; Zezé Procópio, Rodrigo e Zarcy; Pascoal, Geraldino Dezolt, Heleno, Geninho e Pirica.
Gols: Heleno (5), Geraldino Dezolt (2) e Pirica.

BOTAFOGO 8x4 AMÉRICA (MG)
Competição: Amistoso de 1941
Botafogo: Brandão, Caieira e Borges; Zezé Procópio, Santamaria e Laxixa; Tadique, Heleno, Pascoal, Geninho e Pirica.
Gols: Heleno (3), Pascoal (2), Geninho (2) e Tadique.

BOTAFOGO 9x2 BONSUCESSO (RJ)
Competição: Torneio Municipal de 1943
Botafogo: Aymoré Moreira, Caieira e Hernandez; Zarcy, Hélio Leite e González; Lula, Pascoal, Heleno, Geninho e Pirica.
Gols: Pascoal (3), Heleno (3), Lula (2) e Pirica.

BOTAFOGO 6x0 BANGU (RJ)
Competição: Torneio Municipal de 1944
Botafogo: Ary, Laranjeira e Lusitano; Zarcy, Papetti e Santamaria; Renê, Geninho, Heleno, Limoeiro e Walter.
Gols: Heleno (2), Geninho (2) e Walter (2).

BOTAFOGO 8x1 BANGU (RJ)
Competição: Torneio Municipal de 1945
Botafogo: Osvaldo Baliza, Laranjeira e Sarno; Ivan, Papetti e Negrinhão; Lula, Heleno, Octávio, Tim e Renê.
Gols: Heleno (4), Octávio (3) e Renê.

BOTAFOGO 12x0 CANTO DO RIO (RJ)
Competição: Torneio Municipal de 1946
Botafogo: Ary, Ivan e Sarno; Waldemar, Papetti e Negrinhão; Nilo, Geninho, Heleno, Tim e Izaltino.
Gols: Heleno (6), Izaltino (2), Geninho (2) e Nilo (2).

BOTAFOGO 10x0 BONSUCESSO (RJ)
Competição: Campeonato Carioca de 1946
Botafogo: Osvaldo Baliza, Gérson e Belacosa; Waldemar, Negrinhão e Juvenal; Braguinha, Tovar, Heleno, Geninho e Izaltino.
Gols: Braguinha (3), Heleno (2), Geninho (2), Izaltino (2) e Juvenal.

BOTAFOGO 8x1 SEL. DE JUIZ DE FORA (MG)
Competição: Amistoso de 1949
Botafogo: Osvaldo Baliza (Ary), Gérson e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirillo (Jayme), Octávio e Braguinha(Reynaldo).
Gols: Octávio (5), Paraguaio (2) e Pirillo para o Botafogo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Excursão internacional à Colômbia e Equador (1954)

.
Em 1954 o Botafogo fez uma nova excursão na América do Sul, desta vez à Colômbia e ao Equador, realizando sete jogos amistosos nos países vizinhos durante a sua sexta excursão internacional.

A excursão saldou-se por 6 vitórias e 1 empate, tendo sido assinalados 17 gols e sofridos 6.

Quarentinha foi o artilheiro com 7 gols assinalados. Eis os resultados:

Botafogo 4x1 Independiente Medellín (Colômbia)
» Gols: Quarentinha (2), Garrincha e Dino
» Data: 18/Julho/1954
» Local: Medellín (Colômbia)
» Botafogo: Gílson (Pianovisky), Gérson e Orlando Maia; Richarde (Araty), Ruarinho (Bob) e Juvenal; Garrincha (Mangaratiba), Dino, Carlyle, Quarentinha (Paulinho) e Neyvaldo

Botafogo 2x0 Milionários (Colômbia)
» Gols: Dino e Quarentinha
» Data: 25/Julho/1954
» Local: El Campin (Bogotá)
» Botafogo: Gílson (Pianovisky), Gérson e Nílton Santos; Araty (Orlando Maia), Bob e Ruarinho (Richarde); Garrincha, Dino, Carlyle (Paulinho), Quarentinha e Neyvaldo (Mangaratiba)

Botafogo 2x1 Atlético Nacional (Colômbia)
» Gols: Quarentinha e Garrincha
» Data: 01/Agosto/1954
» Local: Medellín (Colômbia)
» Botafogo: Gílson, Gérson (Orlando Maia) e Nílton Santos; Araty (Richarde), Ruarinho e Bob; Garrincha (Mangaratiba), Dino, Carlyle, Quarentinha (Paulinho) e Neyvaldo

Botafogo 3x1 Atlético Nacional (Colômbia)
» Gols: Neyvaldo, Carlyle e Quarentinha
» Data: 07/Agosto/1954
» Local: Medellín (Colômbia)
» Botafogo: Gílson, Orlando Maia e Nílton Santos; Araty, Bob e Juvenal (Richarde); Garrincha (Mangaratiba), Dino, Carlyle, Quarentinha (Paulinho) e Neyvaldo

Botafogo 2x1 Independiente Santa Fé (Colômbia)
» Gols: Dino e Paulinho
» Data: 08/Agosto/1954
» Local: Bogotá (Colômbia)
» Botafogo: Gílson, Orlando Maia e Nílton Santos; Araty, Bob e Ruarinho; Garrincha, Paulinho (Richarde), Carlyle, Dino e Neyvaldo (Mangaratiba)

Botafogo 2x0 Quindío (Colômbia)
» Gols: Garrincha e Dino
» Data: 10/Agosto/1954
» Local: Quito (Equador)
» Botafogo: Gílson, Orlando Maia e Nílton Santos; Araty, Bob e Ruarinho; Garrincha, Dino, Carlyle, Quarentinha (Paulinho) e Neyvaldo (Mangaratiba)

Botafogo 2x2 Valdez (Equador)
» Gols: Quarentinha (2)
» Data: 12/Agosto/1954
» Local: Guayaquil (Equador)
» Botafogo: Gílson, Orlando Maia e Nílton Santos; Araty, Bob e Ruarinho; Mangaratiba, Paulinho, Carlyle, Quarentinha e Neyvaldo (Garrincha)

Fontes:
Acervo e pesquisa de Auriel de Almeida, Eduardo Santos, Marcelo Albuquerque, Pedro Varanda, Roberto Nahal e Sérgio Tinoco
Jornal dos Sports
O Globo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Botafogo 0x2 Estudiantes

.
Encontrando-me em trabalho fora de Lisboa, não vi nem ouvi o jogo do Botafogo contra o Estudiantes. Pelo que li, creio que foi bom não ter visto nem ouvido. Confesso que já não é somente a pouca eficácia do treinador que me incomoda, mas também o comportamento dos jogadores que começou a ser crónico. Admito até que esta equipa tenha que ser dispensada em 2009.

Dizem que um mal nunca vem só e que as coisas podem sempre piorar. E pioraram. Porque pior que um treinador ineficaz e uma equipa ‘molengona’ é um clube ter um dirigente que, em vez de assumir as suas responsabilidades e reunir com quem de direito no seio do clube para resolver os problemas que nunca resolveu, vir agravar tudo aquilo que já de si é grave e lançar, uma vez mais, em plena praça pública, a roupa suja que devia ser lavada em casa e ocultada veladamente dos vizinhos que nada têm que saber ou discutir sobre o que respeita a vida alheia.

Fica a ficha técnica.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x0 Estudiantes (Argentina)
Gols: Boselli e Véron aos 11’ e 17’ 2ºT
Data: 217Outubro/2008
Estádio Ciudad de La Plata, La Plata (Argentina)
Arbitragem: Carlos Amarilla (PAR); Emigdio Ruiz (PAR) e Nicolás Yegros (PAR)
Cartões amarelos: Triguinho e André Luís (Botafogo); Alayes e Juan Díaz (Estudiantes)
Cartões vermelhos: Alayes (Estudiantes); Túlio (Botafogo)
Botafogo: Castillo; Alessandro (Lucas Silva), Renato Silva, Andre Luis e Triguinho (Thiaguinho); Leandro Guerreiro, Túlio, Diguinho (Zárate) e Zé Carlos; Jorge Henrique e Wellington Paulista. Técnico: Ney Franco
Estudiantes: Andujar; Angeleri, Alayes, Cellay e Diáz; Galván, Sánchez, Verón e Benítez; Fernández (Calderón, 10'/2ºT) e Boselli. Técnico: Leonardo Astrada

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

As maiores torcidas do mundo e do Brasil

.
A revista ‘Mundo Estranho’ publicou um estudo sobre as maiores torcidas de futebol do mundo, que inclui países da América do Sul e Central, Europa e Ásia, tendo cada país sido representado por um importante centro de pesquisa.

Somente as três primeiras torcidas de cada país entraram na pesquisa, razão pela qual o Botafogo não foi incluído. A Lancenet considera uma surpresa que dois clubes mexicanos estejam em 2º e 3º lugares. Tendo em consideração que a pesquisa é por números absolutos e que o México, tal como o Brasil, possui uma imensa população, não me espanta rigorosamente nada que os quatro primeiros clubes pertençam a estes países.

O que me espanta são os números dos clubes portugueses e a sua colocação na classificação geral, tendo em consideração que Portugal é um país com apenas 11 milhões de habitantes, embora haja muitos portugueses em todo o mundo devido a ter sido um país emigrante (hoje é o 29º país do mundo em qualidade de vida, mas ocupa apenas o 75º lugar dos países com mais população, representando apenas 5% da população brasileira e 10% da população mexicana).

Eis a classificação mundial, referenciando apenas as três maiores torcidas luso-brasileiras:

· 1º - Flamengo (Brasil)
· 4º - Corinthians (Brasil)
· 7º - São Paulo (Brasil)
· 24º - Benfica (Portugal)
· 29º - Porto (Portugal)
· 32º - Sporting (Portugal).

Quanto às torcidas apenas dos clubes brasileiros, a última pesquisa da Datafolha, realizada em Novembro de 2007, e publicada em 13 de Janeiro de 2008, apresenta os seguintes resultados nacionais (entrevistas a 11.786 pessoas em 390 Municípios de 25 Estados).

1º Flamengo, 17%
2º Corinthians, 12%
3º São Paulo, 8%
4º Palmeiras, 6%
4º Vasco da Gama, 6%
6º Grêmio, 4%
7º Cruzeiro, 3%
7º Internacional, 3%
9º Atlético Mineiro, 2%
9º Botafogo, 2%
9º Santos, 2%

Fontes
http://pt.wikipedia.org/
http://www.lancenet.com.br/

Roger, eterno reserva no gol, assume posto de vereador

.
A carreira do ex-goleiro botafoguense Roger é particularmente original, porque apesar de se ‘reformar’ aos 36 anos de idade ele apenas foi titular durante dois anos.

Segundo referências de http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=100738 “o ex-goleiro Roger, um dos reservas mais famosos da história recente do futebol brasileiro, deixou de lado o esporte e abraçou outra carreira”. Roger foi eleito vereador “em sua cidade natal, Cantagalo, na região serrana do Rio”.

Roger foi “durante nove anos (de 1997 a 2005) reserva de Ceni” e “jamais se sentiu desprestigiado no São Paulo”, apesar de não jogar.

“Antes de ser contratado pelo São Paulo, o agora vereador Roger atuou outro período longo pelo Flamengo. E também teve de se contentar com a suplência – o número 1 era Gilmar.”

A notícia prossegue esclarecendo que “somente por dois anos Roger atuou como titular no clube, e ganhou o Campeonato Carioca de 1996. Alegria que compensou um pouco o gol de barriga sofrido em 1995, marcado por Renato Gaúcho, no lance que deu ao Fluminense o título carioca.” O próprio afirma que: “Fiquei com esse rótulo, o do goleiro que levou gol decisivo de barriga aos 47 minutos do segundo tempo.”

Em 1999, após posar nu para uma revista gay, foi afastado pelo técnico Paulo César Carpegiani e “emprestado ao Vitória, onde chegou a ter chance a jogar, mas sofreu uma lesão grave e acabou ficando de fora. Em 2006, trocou o São Paulo pelo Santos e pensava em ter chance de jogar, mas acabou no banco de Fábio Costa.”

Finalmente, ingressou no Botafogo e a reforma chegou sem novamente obter a titularidade. Um caso estranho de um futebolista que praticamente nunca ‘futebolizou’ e que nos escassos dois anos de titularidade ficou na história como o goleiro que toma gol de barriga.

No entanto, Roger mostra-se radiante com a sua carreira, afirmando não ter “culpa se o Rogério era o melhor goleiro do Brasil…” Mas… e nos outros casos em que o goleiro não era o melhor do Brasil?... Talvez valesse a pena estudar este perfil e fazer analogias com outras situações de posicionamento social e profissional de alguns jogadores.

Fonte:
http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=100738

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Inauguração do Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’

.
O Estádio Olímpico João Havelange, 'Engenhão', como é designado popularmente devido a localizar-se no bairro de Engenho de Dentro, na zona norte do Rio de Janeiro, homenageia João Havelange, ex-Presidente da FIFA, membro honorário do Fluminense e ex-jogador de pólo aquático do Club de Regatas Botafogo.

O estádio foi construído para os jogos pan-americanos de 2007 e inaugurado a 30 de Julho com o jogo entre Botafogo e Fluminense, válido para o campeonato brasileiro de futebol.

Após os campeonatos pan-americanos de 2007 o estádio foi a licitação e o Botafogo de Futebol e Regatas ganhou direitos de propriedade, em parceria com a empresa americana AEG, as portuguesas TBZ e BANIF, tendo obtido direitos por 20 anos.

O novíssimo estádio do Botafogo, considerado o mais moderno da América Latina, está ligado à estação ferroviária, que recebe um trem directo da Estação Central do Brasil para o estádio, e possui 45 mil lugares sentados (a arquibancada superior tem 18 000 lugares, a inferior 26 000 e os camarotes e área reservada à imprensa 1 300).

Botafogo 2x1 Fluminense
Gols: Alex Dias aos 27’ 1°T; Dodô (2) aos 6’ e 33’ do 2°T
Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’, Rio de Janeiro (RJ); 30/Junho/2007
Renda / público: R$ 600.000,00 – 40.000 pag., 43.810 presentes
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e José Amílton Pontarolo (PR)
Cartões Amarelos: Arouca, Carlinhos, Carlos Alberto e Renato Silva (Fuminense); Luciano Almeida e Lúcio Flávio (Botafogo)
Cartões Vermelhos: Cícero aos 29' 2°T (Fluminense); Joílson aos 38' 2°T (Botafogo)
Botafogo: Júlio César, Joílson, Alex, Juninho e Luciano Almeida (Renato Silva); Leandro Guerreiro, Túlio (Diguinho), Lúcio Flávio e Ricardinho (André Lima); Zé Roberto e Dodô. Técnico: Cuca
Fluminense: Fernando Henrique, Carlinhos, Thiago Silva, Roger e Júnior César; Romeu, Arouca (Cícero), Maurício e Carlos Alberto; Alex Dias (Rodrigo Tiuí) e Adriano Magrão (Somália). Técnico: Renato Gaúcho


Acervo e pesquisa de Auriel de Almeida, Eduardo Santos, Marcelo Albuquerque, Pedro Varanda, Roberto Nahal e Sérgio Tinoco (colaboradores do blogue)
Acervo e pesquisa de Rui Moura
O Globo

A qualidade do departamento de futebol

.
A enquete realizada entre 29 de Setembro e 19 de Outubro de 2008 foi uma das menos votadas nos últimos meses. Porém, isso não foi reflexo de diminuição de acessos ao blogue, mas dos utilizadortes não responderem à enquete na sua maioria.

Admite-se que o ocorrido se relacione com um menor conhecimento do que ocorre no interior do departamento de futebol.

O conjunto dos resultados regista 52 votantes distribuídos da seguinte forma:

Nota 10: 13 (35%)
Nota 9: 1 (1%)
Nota 8: 2 (3%)
Nota 7: 6 (11%)
Nota 6: 3 (5%)
Nota 5: 9 (17%)
Nota 4: 2 (3%)
Nota 3: 2 (3%)
Nota 2: 6 (11%)
Nota 1: 5 (9%)

Confesso-me espantado com as respostas nota 10 (35%) e as respostas nota 1 e nota 2 (20%). Isto significa que mais de 50% das respostas são extremas: ou consideram o nosso departamento de futebol muito bom ou muito mau. Que quererão dizer tais respostas?... Que o departamento é o ‘céu’ para 35% e o ‘inferno’ para 20% dos respondentes?... Que 35% dos respondentes considera que não é possível fazer melhor e que 20% considera que não é possível fazer pior?... Que 35% recorda-se bem de 2002-2004 e face a tal realidade premeia o esforço de gestão de seis anos com nota 10?... Que 20% está frustrado e insatisfeito com ‘promessas’ de títulos que acabaram por não acontecer com a ‘morte’ da equipa à ‘beira da praia’?...

Creio que cada um deverá tirar as suas próprias conclusões… A média é de cerca de 5,5 e a minha nota foi 7. Explico: creio que a diretoria, independentemente de muitos erros e de uma gestão ainda amadora, empreendeu no desenvolvimento da equipa de futebol e os gastos financeiros (2,5 milhões este ano) mostram essa vontade. Os jogadores são de razoável qualidade e, em minha opinião, poderiam ter feito melhor do que acabaram por fazer em dois anos de futebol com altos e baixos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Decisões entre Botafogo e Fluminense

Mascotes: Arte de Elson Souto

por AURIEL DE ALMEIDA, EDUARDO SANTOS, MARCELO ALBUQUERQUE, PEDRO VARANDA, ROBERTO NAHAL e SÉRGIO TONICO
Colaboradores do Mundo Botafogo e Pesquisadores de futebol

Botafogo 4x2 Fluminense

Gols: Flávio Ramos (3) e Gilbert Hime (Botafogo); Oswaldo Gomes (2) (Fluminense)

Competição: Campeonato Carioca

Data: 22 de setembro de 1907

Local: Rua Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Weymar

Botafogo: Álvaro Werneck, Raul Rodrigues e Octávio Werneck; Normann Hime, Ataliba Sampaio e Lulú Rocha; Rolando de Lamare, Flávio Ramos, Canto, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.

Fluminense: Waterman, Victor Etchegaray e W. Salmond; João Leal, Edgard Gulden e Arnaldo Borgerth; Oswaldo Gomes, Alex Martins, Reidy, Emile Etchegaray e Félix Frias.

Botafogo 6x1 Fluminense

Gols: Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2) e Mimi Sodré (Botafogo); Lulú Rocha (contra) (Fluminense)

Competição: Campeonato Carioca

Data: 25 de setembro de 1910

Local: Rua Voluntários da Pátria, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Harold W. Hassell

Botafogo: Coggin, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulú Rocha e Lefévre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.

Fluminense: Waterman, Ernesto Paranhos e Félix Frias; Nery, Gallo e Mutzenbecher; Millar, Oswaldo Gomes, Edwin Cox, Gilbert Hime e Alberto Borgerth.

Botafogo 2 x 1 Fluminense

Gols: Zezé, Aluízio e Luiz Menezes (todos no 2° tempo)

Competição: Amistoso (Taça Ypiranga)

Data: 29 de abril de 1917

Local: Rua Campos Salles, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Guilherme Pastor

Botafogo: Cazuza, Americano e Osny; Pino, Rolando de Lamare e Jones; Luiz Menezes, Aluízio, Vadinho, Waldemar Serra e Léo.

Fluminense: Marcos Mendonça, Vidal e Chico Netto; Laís, Oswaldo Gomes e Franco; José Carlos “Zezé”, Couto, Celso, Moraes e Ernâni.

Nota: O Botafogo conquistou a Taça Ypiranga.

Fontes: Correio da Manhã e O Paiz.

Botafogo 2x2 Fluminense

Gols: Nilo e Celso (Botafogo); Ary e Preguinho (Fluminense)

Competição: Campeonato Carioca

Data: 7 de dezembro de 1930

Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Oswaldo Travassos Braga

Botafogo: Germano, Benedicto e Orlando Pessoa; C. Burlamaqui, Martim e Pamplona (Canalli); Ariza (Álvaro), Paulinho, Carvalho Leite, Nilo e Celso.

Fluminense: Velloso, Albino e Alemão; Frota, Cabral e Ivan; Ary (Zé Maria), Fernando, Alfredinho, Preguinho e De More.

Botafogo 3 x 2 Fluminense

Gols: Patesko (2), aos 25’ e 45’, e Perácio, aos 76’ (Botafogo); Bioró, aos 70’, e Sandro, aos 84’ (de cabeça) (Fluminense)

Competição: Amistoso (Taça Mário Pinto Guimarães)

Data: 28 / 08 / 1938

Local: Estádio General Severiano, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: José Ferreira Lemos (Juca da Praia)

Botafogo: Aymoré Moreira, Bibi e Nariz; Zezé Moreira, Martim (Del Popolo) e Canalli; Theo, Pascoal (Nélson Juliani), Carvalho Leite, Perácio e Patesko. Técnico: Carlito Rocha.

Fluminense: Batatais, Moysés e Guimarães (Machado); Santamaria, Brant e Orozimbo; Bioró (Novelli), Romeu, Sandro, Tim e Hércules. Técnico: Carlomagno.

Notas: 1) Inauguração do novo estádio de General Severiano (remodelado, com arquibancadas de concreto); o campo já existia desde 1913, com arquibancadas de madeira; 2) Hércules teve um gol anulado; 3) O Alvinegro conquistou a Taça Mário Pinto Guimarães.

Fontes: A Noite, Folha da Manhã, Folha da Noite e O Jornal.

Botafogo 3x1 Fluminense

Gols: Zezinho, no 1ºT, e Vinícius (2), no 1ºT e no 2ºT (Botafogo); Joel, no 2ºT (Fluminense)

Competição: Amistoso (Taça Companhia Siderúrgica Nacional)

Data: 15 de abril de 1951

Local: Estádio Sylvio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)

Árbitro: Jayme Teixeira Braga

Botafogo: Oswaldo Baliza, Gérson e Nílton Santos; Rubinho (Araty), Ávila e Juvenal (Richarde); Paraguaio (Jarbas), Geninho (Neca), Pirillo (Orlando Vinhas), Vinícius e Zezinho. Técnico: Carvalho Leite.

Fluminense: Adalberto (Castilho), Duarte (Píndaro) e Chiquinho (Pinheiro); Waldir, Pé-de-Valsa e Jair; Reis, Zildo (Russo), Jerônimo, Zé Henrique (Orlando ‘Pingo de Ouro’) e Joel. Técnico: Zezé Moreira.

Notas: 1. Primeiro clássico no Raulino de Oliveira; 2. O Botafogo conquistou a Taça CSN.

Fontes: Correio da Manhã e O Jornal.

Botafogo 3x1 Fluminense

Gols: Dino (2) e Garrincha (Botafogo); Waldo (Fluminense)

Competição: Quadrangular Interestadual

Data: 25 de abril de 1954

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Público: 16.803

Árbitro: Alberto da Gama Malcher

Botafogo: Amaury, Thomé (Araty) e Floriano; Orlando Maia, Bob e Ruarinho; Garrincha, Paulinho, Dino, Carlyle e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.

Fluminense: Adalberto, Píndaro e Duque; Jair Santana, Édson e Bigode; Telê, João Carlos, Waldo, Róbson e Esquerdinha. Técnico: Francisco de Souza “Gradim”.

Botafogo 6x2 Fluminense

Gols: Paulinho Valentim (5), sendo um de bicicleta, e Garrincha (Botafogo); Escurinho e Waldo (Fluminense).

Sequência de gols: Paulinho Valentim, Paulinho Valentim, Paulinho Valentim (1ºT); Escurinho, Paulinho Valentim, Garrincha, Paulinho Valentim, Waldo (2ºT)

Competição: Campeonato Carioca [maior goleada em decisões do campeonato carioca]

Data: 22 de dezembro de 1957

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Público: 89.100 espectadores

Renda: Cr$ 3.267.639,00

Árbitro: Alberto da Gama Malcher

Botafogo: Adalberto, Beto, Thomé, Servílio, Pampolini e Nílton Santos; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édison e Quarentinha. Técnico: João Saldanha.

Fluminense: Castilho, Cacá, Pinheiro, Clóvis, Jair Santana e Altair; Telê, Jair Francisco, Waldo, Róbson e Escurinho. Técnico: Sylvio Pirillo.

Botafogo 2x1 Fluminense

Gols: Paulinho Valentim, aos 21’, e Quarentinha, aos 36’ (Botafogo); Mário, aos 76’ (Fluminense)

Competição: Campeonato Carioca

Data: 13 de julho de 1958

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Público: 81.364 espectadores

Renda: Cr$ 2.857.891,00

Árbitro: Alberto da Gama Malcher

Botafogo: Ernâni, Cacá, Thomé, Servílio e Nílton Santos; Beto e Didi; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagallo. Técnico: João Saldanha.

Fluminense: Castilho; Ivan, Roberto e Dodô; Telê e Clóvis; Almir, Jair Francisco, Waldo, Mário e Escurinho. Técnico: Sylvio Pirillo.

Notas: 1. Estreou Mário Jorge Lobo Zagallo; 2. O Botafogo conquistou a Taça Vicente Feola.

Fontes: Jornal do Brasil e Jornal dos Sports

Botafogo 0x0 Fluminense

Gols: -

Competição: Campeonato Brasileiro / Nacional

Data: 26 de setembro de 1971

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Armando Marques; Assistentes: Valquir Pimentel e Luís Carlos Félix

Botafogo: Ubirajara Motta, Mura, Brito, Djalma Dias e Waltencir; Nei Conceição e Paulo Cézar; Zequinha, Roberto, Ney Oliveira (Silva Batuta) e Galdino (Carlos Roberto). Técnico: Egídio (Egydio) Landolfi (“Paraguaio”).

Fluminense: Félix, Toninho (Oliveira), Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denílson, Marquinho e Rubens Galaxe; Cafuringa, Ivair e Lula. Técnico: Zagallo.

Nota: O Botafogo conquistou a Taça CETRAN-GB no sorteio.

Fontes: Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e O Globo.

Botafogo 2x0 Fluminense

Gols: Ademir Vicente, aos 20’, e Carlos Roberto, aos 68’

Competição: Taça Augusto Pereira da Motta

Data: 15 de junho de 1975

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Público: 55.978 espectadores

Renda: Cr$ 988.680,00

Árbitro: Arnaldo Cézar Coelho

Botafogo: Zé Carlos, Miranda, Chiquinho Pastor, Artur e Marinho Chagas (Carbone); Carlos Roberto, Ademir Vicente e Dirceu; Cremílson, Puruca (Rogério) e Nílson Dias. Técnico: Zagallo.

Fluminense: Félix, Toninho, Silveira, Assis (Edinho) e Marco Antônio; Zé Mário, Cléber e Erivelto; Cafuringa, Manfrini e Mário Sérgio. Técnico: Paulo Emílio.

Botafogo 2x0 Fluminense

Gols: Gil, aos 77’, e Manfrini, aos 83’ (pênalti)

Competição: Campeonato Carioca

Data: 27 de março de 1977

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Público: 77.628 espectadores

Renda: Cr$ 2.041.152,50

Árbitro: Valquir Pimentel

Botafogo: Ubirajara Alcântara, Perivaldo, Osmar, Renê e Rodrigues Neto; Carbone (Ademir Vicente), Paulo Cézar e Mário Sérgio (Manfrini); Gil, Nílson Dias e Dé. Técnico: Sebastião Leônidas.

Fluminense: Wendell, Zé Maria, Miguel, Edinho e Marinho Chagas; Rubens Galaxe, Cléber (Geraldão) e Rivellino; Paulinho, Doval e Luís Carlos. Técnico: Mário Travaglini.

Notas: 1. Reestreou Paulo Cézar Lima (“Caju”) e sensacional vitória! 2. O Botafogo conquistou o Troféu José Carlos Pace, o Moco.

Fontes: O Globo e Revista Botafogo, n° 229, de junho e julho de 1977.

Botafogo 2x1 Fluminense

Gols: Renato Gaúcho, aos 31’ (de penalidade fora da área), e Renê (de cabeça), aos 39’ (Botafogo); Carlinhos Itaberá, aos 11’ (Fluminense)

Competição: Campeonato Brasileiro

Data: 15 de março de 1992

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Renda: Cr$ 107.951.000,00

Público: 22.484 espectadores

Árbitro: Léo Feldman; Assistentes: Nílton Dantas e Luís Paulo Reis

Botafogo: Ricardo Cruz, Odemílson, Renê, Márcio Santos e Marquinho; Carlos Alberto Santos, Pingo e Valdeir; Renato Gaúcho, Chicão e Carlos Alberto Dias. Técnico: Gil (Gilberto Alves).

Fluminense: Jefferson, Carlinhos Itaberá, Luís Marcelo, Mazola e Marcelo Barreto; Pires, Marcelo Gomes (Wagner), Julinho e Elói (Paulinho); Bobô e Ézio. Técnico: Arthur Bernardes.

Nota: O Botafogo conquistou o Troféu 61 (Sessenta e Um) Anos do Jornal dos Sports.

Fontes: Jornal dos Sports e O Dia.

Botafogo 2x1 Fluminense

Gols: Dodô, aos 51’ e 78’ (Botafogo); Alex Dias, aos 27’ (Fluminense)

Competição: Campeonato Brasileiro

Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, o ‘Engenhão’, no Rio de Janeiro (RJ)

Data: 30 de junho de 2007

Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR); Assistentes: Gílson Bento Coutinho (PR) e José Amílson Pontarolo (PR)

Público: 40.000 pagantes; 43.810 presentes

Renda: R$ 600.000,00

Disciplina: cartão amarelo – Arouca, Carlinhos e Carlos Alberto (Fluminense); Renato Silva Luciano Almeida e Lúcio Flávio (Botafogo)

Cartões Vermelhos: Cícero, aos 74' (Fluminense); Joílson, aos 83' (Botafogo)

Botafogo: Júlio César, Joílson, Alex, Juninho e Luciano Almeida (Renato Silva); Leandro Guerreiro, Túlio (Diguinho), Lúcio Flávio e Ricardinho (André Lima); Zé Roberto e Dodô. Técnico: Cuca.

Fluminense: Fernando Henrique, Carlinhos, Thiago Silva, Roger e Júnior César; Romeu, Arouca (Cícero), Maurício e Carlos Alberto; Alex Dias (Rodrigo Tiuí) e Adriano Magrão (Somália). Técnico: Renato Gaúcho.

Notas: 1. Inauguração do Estádio Olímpico João Havelange; 2. O Botafogo conquistou o Troféu João Havelange.

Fontes: Botafogo FR, Jornal dos Sports e Lance!

Botafogo 0x0 Fluminense

Gols: -

Competição: Campeonato Carioca (decisão da Taça Rio de Janeiro)

Data: 4 de maio de 1997

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Renda: R$ 779.945,00

Público: 80.916

Árbitro: Carlos Elias Pimentel

Botafogo: Wagner, Wilson Goiano (Bruno Carvalho), Jorge Luiz, Gonçalves e Jefferson; Marcelinho Paulista, Pingo, Djair e Aílton; Bentinho e Sorato (Dimba). Técnico: Joel Santana.

Fluminense: Adílson, Ronald (Luiz Henrique), Vágner, Márcio Costa e Jorge Luiz; Paulo Roberto, Cadu, Yan (Roger) e Nildo (Marcelo); Alcindo e Roni. Técnico: Valdyr Espinosa.

Botafogo 1x0 Fluminense

Gol: Renato Silva, aos 84’

Competição: Campeonato Carioca (decisão da Taça Rio de Janeiro)

Data: 20 de abril de 2008

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Renda: R$ 1.388.730,05

Público: 64.785 pagantes; 68.840 presentes

Árbitro: William de Souza Nery

Disciplina: cartão vermelho – Alessandro e Jorge Henrique

Botafogo: Castillo, Alessandro, Renato Silva, André Luís e Triguinho (Túlio Souza); Túlio (Leandro Guerreiro), Diguinho, Lúcio Flávio e Zé Carlos (Fábio); Jorge Henrique e Wellington Paulista. Técnico: Cuca.

Fluminense: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor (Tartá), Arouca, Thiago Neves e Conca; Cícero e Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

[Atualizado a 6 de agosto de 2021]



Jogos que decidiram títulos a favor do Fluminense: 1946: Fluminense 1x0 (Campeonato Carioca); 1966: Fluminense 3x0 (Torneio Pará-GB); 1971: Fluminense 1x0 (Campeonato Carioca); 1973: Fluminense 1x0 (Grupo B do 3° turno do Campeonato Carioca); 1975: Botafogo 1x0 Fluminense (vencedor pelo saldo de gols).
Fontes principais: Alceu Mendes de Oliveira Castro (1951): O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro: Gráfica Milone; Jornal dos Sports; O Dia.

Bangu e Botafogo: pioneiros anti-racismo

Em 1º plano: Adhemaro, Fairbairn e António Teixeira; em 2º plano: Júlio Werneck, Henrique, Rolando, A. César e Emanuel; em 3º plano Paulino de Souza (sentado à esquerda), Ricardo e Viveiros. Foto: Alceu Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950)

por RUY MOURA
Editor do Mundo Botafogo

[Publiquei este artigo na minha coluna do Arena Alvinegra no dia 4 de Outubro de 2008]

O Vasco da Gama tem sido considerado o pioneiro do não racismo no futebol carioca. Sempre me intrigou essa história, porque sabia que o Bangu tivera o primeiro negro em 1905 e o Botafogo o primeiro campeão negro de segundos quadros em 1906 – portanto, mais de quinze anos antes sobre os primeiros campeões negros do Vasco da Gama.

Então, vasculhei informação no sentido de procurar esclarecer melhor aquela situação e informar adequadamente sobre o assunto aos leitores do Arena Alvinegra.

Descobri que António Jorge Soares, do Centro Federal de Ensino Técnico da Universidade Gama Filho, levou a efeito um estudo de natureza científica cujo título é “O racismo no futebol do Rio de Janeiro nos anos 20: uma história de identidade”.

A tese trata de desmistificar a história muito antiga de que o Clube de Regatas Vasco da Gama teria sido pioneiro no rompimento com o racismo no futebol.

Na verdade, “documentos e fotos reunidos pelo historiador (e banguense) Carlos Molinari informam que em 1905 – apenas um ano depois da fundação do clube – já havia um negro no elenco, o apoiador Francisco Carregal”. (Mc Valente, 2004)

Também o Botafogo Football Club incluía nas suas equipas, conforme escalações e foto de Castro (1951) incluídos na sua obra, pelo menos um negro campeão em 1906 pelos Segundos Quadros: Paulino de Souza.

Portanto, o Vasco da Gama não foi pioneiro contra o racismo nos anos vinte do século passado. O problema consistia no debate em torno do amadorismo / profissionalismo, o qual o Vasco da Gama colocou estrategicamente em segundo plano ao lançar o anátema racista sobre o América, o Botafogo, o Flamengo e o Fluminense.

Logo no Resumo da tese, Soares afirma (Soares, 1999: 119):

“A fundação da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) em 1924, segundo a versão dominante de jornalistas e acadêmicos é tomada como o principal indício da mentalidade racista presente no futebol nos anos 20. O Clube de Regatas Vasco da Gama, ao vencer o campeonato de 1923 com um time de negros e mestiços, teria motivado a ruptura no futebol e a criação da AMEA. O objetivo deste estudo é demonstrar que a trama ‘racista’ que explica a fundação da AMEA em decorrência da vitória do Vasco debilita-se, e no máximo torna-se lateral, pela ausência de dados. A fundação da AMEA, a partir de novos levantamentos, é melhor explicada pela tensão entre a manutenção da ética do amadorismo e a rápida popularização do futebol nos anos 10 e 20 do século XX, e pela dinâmica das instituições esportivas.”

Na Introdução, Soares explicita o seguinte (Soares, 1999: 120):

“A façanha narrada é a seguinte: o Vasco, com um time de negros, mestiços e brancos pobres, ao vencer os afortunados brancos – burgueses e aristocratas do Fluminense, Botafogo, América e Flamengo – teria revolucionado o futebol em direção à democratização. Mas, segundo as narrativas, a vitória do Vasco em 1923 não teria sido aceita consensualmente pelos famosos ‘clubes de brancos’ e a reação teria sido formar uma ‘liga branca’ que excluísse o Vasco, com seus negros e mestiços.”

(…) “Essa ‘história’ é contada e recontada, divulgada em jornais e reforçada em artigos de natureza acadêmica (Caldas, 1990; Corrêa, 1985; Gordon Junior, 1995/96; Helal, 1997; Leite Lopes, 1994; Mattos, 1997; Murad, 1994, 1996; Santos, 1981). Observe-se que não são poucos os textos acadêmicos que reproduzem a ‘história do Vasco’ como o clube que rompeu com o racismo no futebol. (…)

“Não se pode justificar tal história pelo simples fato do Vasco ter formado em 1923 uma equipe com negros, mulatos e brancos, por vários motivos: a) se existisse segregação, diretamente relacionada à questão racial, o Vasco não teria participado com essa equipe no Campeonato de 1923; b) o Vasco não foi o primeiro clube de futebol a ter negros e mulatos em suas equipes de futebol (Rodrigues Filho, 1964; Soares, 1998); c) na década de 20, negros e mulatos, ainda que poucos, já habitavam outros espaços sociais mais valorizados do que o esporte (tais como a literatura, a medicina, o direito, a política e o oficialato do exército – Freyre, 1996). Assim, não podemos atribuir pioneirismo ao Vasco por ter misturado racialmente sua equipe em 1923.”

Na Conclusão, Soares defende a sua tese do seguinte modo (Soares, 1999: 127):

“A ‘heróica’ trajetória do Vasco nos anos 20 ganha sentido dramático quando cruzada com a perseguição racial que tem sua suposta prova na fundação da AMEA. A vitória inquestionável do Vasco em 1923 não teria esse tom dramático se simplesmente pensássemos que aquela equipe foi montada com excelentes jogadores dedicados quase que exclusivamente ao futebol, isto é, que viviam sob uma estrutura semiprofissional bem sucedida em relação aos demais.”

Aliás, Marizabel Kowalski confirma isso mesmo na sua tese de doutorado “Porquê Flamengo?” (Kowalski, 2001: 71):

“Ao ingressar na divisão de elite em 1923, o Vasco levou para os estádios a cultivada rivalidade. que mantinha com os rubro-negros nas regatas. Com jogadores brancos, negros e mulatos do subúrbio, os cruzmaltinos conquistaram o título carioca da primeira divisão no seu ano de estréia na liga. América, Botafogo, Flamengo, Fluminense reagiram e expressaram-se de maneira a punir o clube, exaltando que a essência do futebol estava sendo agredida pelo regime remunerado imposto pelo Vasco.”

Soares sublinha, ainda, que a “história do Vasco, para ganhar seu conteúdo dramático na fundação da AMEA, coloca o racismo em destaque e secundarizando o debate do amadorismo.” (Soares, 127)

Na verdade não se trata da questão racista, independentemente dos elitismos à época, tanto mais que logo “em 1925, por iniciativa do Botafogo, os cruzmaltinos ingressaram na Associação Metropolitana de Esporte Amador; adquiriram um terreno no bairro de São Cristóvão, onde construíram o Estádio de São Januário, para 45 mil pessoas” (Kowalski, 2001: 71). E o assunto esgotou-se a partir daí…

Finalmente, a conclusão de Soares é muito clara quanto ao sentido da sua pesquisa e às conclusões que foi possível obter (Soares, 1999: 127):

“O que tentamos demonstrar é que a ‘heróica’ trajetória do Vasco na luta contra o racismo na década de 20 é uma tradição inventada, é uma história de identidade (Hobsbawm, 1998). Sua origem está em Mário Filho, e a continuidade dessa tradição está na boca dos aficionados pelo Vasco, na imprensa e nos textos acadêmicos que tratam a referida história. Os recortes, as ênfases, os esquecimentos são reveladores dos mecanismos de construção da memória coletiva e da identidade. Os limites entre a história social, a história das mentalidades e a história de identidade são confusos e interpenetram-se. Mas isto não significa que uma mentalidade ou identidade informe exatamente o que se passou em um determinado evento ou trama específica. A ‘história’ de racismo e perseguição da AMEA aos negros e mestiços do Vasco em 1924 tem, no máximo, servido à construção de um discurso acadêmico politicamente correto, cuja eficácia é apenas de reforço da identidade positiva dos vascaínos. Para concluir, reforçamos que a crise vivida no futebol carioca nos anos 20 fazia parte de uma configuração mais ampla do esporte; e que não se limitava ao Brasil. A popularização do futebol, seu processo de transformação em negócio e em profissão estava tencionado pelos valores amadorísticos ou aristocráticos do esporte.”

Em consequência da tese de António Jorge Soares, corroborada por Kowalski, e dos documentos de Alceu Mendes de Oliveira Castro e de Carlos Molinari, o Bangu (1905) e o Botafogo (1906) foram, provavelmente, os dois primeiros clubes cariocas a incluir negros nos seus quadros – serenamente, sem propaganda nem qualquer atitude política.

Fontes:
Alceu Mendes de Oliveira Castro (1951): O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, Gráfica Milone
António Jorge Soares (1999): “O racismo no futebol do Rio de Janeiro nos anos 20: uma história de identidade”, Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 13(1): 119-29; e em http://www.usp.br/eef/rpef/v13n1/v13n1p119.pdf
Marizabel Kowalski (2001): “Porquê Flamengo?”, tese de doutorado em Educação Física (2001), publicada em http://www.efdeportes.com/efd107/por-que-flamengo.pdf
Mc Valente (2004): Bangu e Vasco, pioneiros na luta contra o racismo no futebol, em http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/08/289234.shtml

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...