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O ano de 1913 foi uma espécie de renascimento do Botafogo. Nos primeiros dias do ano regressou à Liga Metropolitana, após o seu abandono em 1911:
“Em 1913 o Botafogo voltou ao meio dos grandes clubes, com o fusão das duas ligas. Para haver tal fusão foi uma luta. O Flamengo bateu-se como um leão na defesa do Botafogo. Foi grande o trabalho de Alberto Borgerth, que representava o grande clube amigo e que batalhou na defesa do Botafogo. E a fusão foi feita” (Boletim do Botafogo, Agosto de 1945, cit. por Castro, 1951: 80).
O ano ainda seria marcado pela inauguração oficial do campo de General Severiano, o qual, naturalmente, aconteceu durante um Botafogo x Flamengo para o campeonato carioca, segundo Alceu Castro.
Ficha do jogo da primeira inauguração:
Botafogo FC 1x0 CR Flamengo
Gol: Mimi Sodré
Competição: Campeonato Carioca
Local: General Severiano, Botafogo (RJ); 13/Maio/1913
Árbitro: Mário Pernambuco
Botafogo: Álvaro Werneck, Edgard Dutra e Edgard Pullen; Pino, Rolando de Lamare e Juca Couto; Villaça, Abelardo de Lamare, Facchine, Mimi Sodré e Lauro Sodré
Flamengo: Casusa, Píndaro e Nery; Gallo, Amarante ‘Zalacain’ e Lawrence; Orlando ‘Baiano’, Alberto Borgerth, Figueira ‘Joca’, Dell Nero e Raul de Carvalho
O gol da vitória foi assim descrito por Castro (1951: 81): “(...) um lindo goal de Mimi, emendando, no primeiro tempo, um passe de Jacomo Facchine, o grande center paulista. O tiro, violento e baixo, surpreendeu Casusa, raspando a trave direita do arco”.
Em 1938 o Botafogo remodelou General Severiano com arquibancadas de concreto e re-inaugurou o seu estádio. Segundo Castro (1951: 460) tratou-se de uma “construção moderníssima, para impedir as invasões” com um “plano superior aos degraus iniciais das arquibancadas e cercado por um pequeno ‘alambrado’. (…) No centro do gramado foi colocado um grande mapa do Brasil, com pequenos furos para receber terra de todos os Estados, cerimônia que provocou o entusiasmo da enorme assistência”.
O Botafogo convidou o Fluminense para o amistoso de inauguração.
“Em 1913 o Botafogo voltou ao meio dos grandes clubes, com o fusão das duas ligas. Para haver tal fusão foi uma luta. O Flamengo bateu-se como um leão na defesa do Botafogo. Foi grande o trabalho de Alberto Borgerth, que representava o grande clube amigo e que batalhou na defesa do Botafogo. E a fusão foi feita” (Boletim do Botafogo, Agosto de 1945, cit. por Castro, 1951: 80).
O ano ainda seria marcado pela inauguração oficial do campo de General Severiano, o qual, naturalmente, aconteceu durante um Botafogo x Flamengo para o campeonato carioca, segundo Alceu Castro.
Ficha do jogo da primeira inauguração:
Botafogo FC 1x0 CR Flamengo
Gol: Mimi Sodré
Competição: Campeonato Carioca
Local: General Severiano, Botafogo (RJ); 13/Maio/1913
Árbitro: Mário Pernambuco
Botafogo: Álvaro Werneck, Edgard Dutra e Edgard Pullen; Pino, Rolando de Lamare e Juca Couto; Villaça, Abelardo de Lamare, Facchine, Mimi Sodré e Lauro Sodré
Flamengo: Casusa, Píndaro e Nery; Gallo, Amarante ‘Zalacain’ e Lawrence; Orlando ‘Baiano’, Alberto Borgerth, Figueira ‘Joca’, Dell Nero e Raul de Carvalho
O gol da vitória foi assim descrito por Castro (1951: 81): “(...) um lindo goal de Mimi, emendando, no primeiro tempo, um passe de Jacomo Facchine, o grande center paulista. O tiro, violento e baixo, surpreendeu Casusa, raspando a trave direita do arco”.
Em 1938 o Botafogo remodelou General Severiano com arquibancadas de concreto e re-inaugurou o seu estádio. Segundo Castro (1951: 460) tratou-se de uma “construção moderníssima, para impedir as invasões” com um “plano superior aos degraus iniciais das arquibancadas e cercado por um pequeno ‘alambrado’. (…) No centro do gramado foi colocado um grande mapa do Brasil, com pequenos furos para receber terra de todos os Estados, cerimônia que provocou o entusiasmo da enorme assistência”.
O Botafogo convidou o Fluminense para o amistoso de inauguração.

Ficha do jogo da segunda inauguração:
Botafogo FC 3x2 Fluminense FC
Gols: Patesko (2) e Perácio (Botafogo); Bioró e Sandro (Fluminense).
Competição: Amistoso
Local: General Severiano, Botafogo (RJ); 28/Agosto/1938
Árbitro: José Ferreira Lemos (Juca da Praia)
Botafogo: Aymoré Moreira, Bibi e Nariz; Zezé Moreira, Martim (Del Popolo) e Canalli; Théo, Pascoal (Nélson Juliani), Carvalho Leite, Perácio e Patesko.
Fluminense: Batatais, Moysés e Guimarães (Machado); Santamaria, Brant e Orozimbo; Bioró (Novelli), Romeu, Sandro, Tim e Hércules.
O Jornal do Comércio (cit. por Castro, 1951: 460-461) narrou assim a causa principal do triunfo: “Aymoré, Nariz e Canali foram os maiores defensores do Botafogo, mormente os dois primeiros, cuja firmeza e segurança constituíram a causa primordial de garantia do triunfo. (…) Na vanguarda destacaram-se Patesko e Perácio em primeiro plano”.
Fontes principais:
Acervo e pesquisa de Auriel de Almeida, Eduardo Santos, Marcelo Albuquerque, Pedro Varanda, Roberto Nahal e Sérgio Tinoco (colaboradores do blogue)
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Alceu Mendes de Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, Gráfica Milone, 1951.
Boletim do Botafogo, 1945
Jornal do Comércio, 1938
6 comentários:
Muito bacana essa informação do jogo que inaugurou o General Severiano.
Valeu e até mais.
Nunca visitei, mas se não me engano, tem uma vista do Corcovado de um lado e do Pão-de-açúcar do outro!!!
Temos uma rica história, não é, Saulo?...
Grande abraço com saudações gloriosas!
E num bairro que teve das melhores edificações do Rio de Janeiro, que teve a melhor aristocracia do século XIX, que serviu de ponte para a ligação de dois mundos urbanos no século XX e que se situa numa das mais belas enseadas do mundo! BOTAFOGO É CULTURA!
Saudações Gloriosas, Vinícius!
Ao contrário do Vasco que perdeu para o Santos na inauguração de São Januário, o Botafogo ganhou seu jogos de inauguração e re-inauguração de General Severiano contra 2 de seus mais tradicionais adversários.
Quanto ao meu Vasco da Gama.......
Força para não ser rebaixado mas está dificil se reerguer.
Abraços vascaínos
Amigo Jorge, torço para o seu clube não ser rebaixado. Mas se isso acontecer não é o fim do mundo. O Milan, o Marselha, a Juventus, o Manchester já lá estiveram... Às vezes faz bem para se reerguerem. Ao Botafogo parece ter feito bem. De 2005 a 2008 foram anos bem melhores do que de 2000 a 2004. E ao Corinthians talvez o faça mudar de rumos. Como ao Vasco...
Saudações Gloriosas!
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