sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Botafogo 2008

Ah, eu vou cantar até morrer
É hoje, eu vou, torcer, ninguém vai me deter
Que hoje tem mais um jogo, que hoje tem Botafogo
Tem Túlio, Lúcio Flávio, tem Guerreiro eu quero ver

Ah, eu vou, gritar é campeão
Fogão, eu vou, vibrar, aguenta coração
Que hoje tem mais um jogo, que hoje tem Botafogo
Por isso pro Engenhão, eu vou

Ó meu Fogão, vou te saudar
Que tua estrela possa só brilhar
Com as cores dessa bandeira, torcendo de coração
Eu vou com meu Fogão até o fim
Com as cores dessa bandeira, com garra, com emoção
Ninguém segura o meu Fogão, eu vou

Ah, eu vou cantar até morrer
É hoje, eu vou, torcer, ninguém vai me deter
Que hoje tem mais um jogo, que hoje tem Botafogo
Tem Túlio, Lúcio Flávio, Jorge Henrique, eu quero ver

Ah, eu vou, gritar é campeão
Fogão eu vou, vibrar, aguenta coração
Que hoje tem mais um jogo, que hoje tem Botafogo
Por isso pro Maraca, eu vou

Ó meu Fogão, vou te saudar
Que tua estrela possa só brilhar
Com as cores dessa bandeira, torcendo de coração
Eu vou com meu Fogão até o fim
Com as cores dessa bandeira, com arte com precisão
Ninguém segura o meu Fogão, eu vou

Ah, eu vou cantar até morrer
É hoje, eu vou, torcer, ninguém vai me deter
Que hoje tem mais um jogo, que hoje tem Botafogo
Tem Túlio, Lúcio Flávio, esse time eu quero ver

Ah, eu vou, gritar é campeão
Fogão eu vou, vibrar, aguenta coração
Que hoje tem mais um jogo, que hoje tem Botafogo
Por isso pro Engenhão, eu vou

Autoria: Felipe Radicetti e Cristina Saraiva

Fonte
http://www.cristinasaraiva.com

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Botafogo à conquista da Copa Brasil

A longa viagem do Botafogo ao Estado do Acre para defrontar o Rio Branco pela Copa do Brasil mostrou o vigor do clube em todo o país. Trezentos torcedores aguardavam no aeroporto a comitiva botafoguense e mil torcedores assistiram ao treino realizado.

A generalidade dos comentários referem que o Botafogo obteve uma boa vitória, apesar de garantir a classificação sem segundo jogo apenas no final da partida.

Do que pude notar, destacarei os seguintes aspectos principais a reter:
· o Botafogo marcou o 1º gol, recuou e deixou o Rio Branco empatar;
· no gol do Rio Branco, concretizado no decorrer de uma falta, a defesa facilitou no jogo aéreo e o empate aconteceu;
· dificuldade do Botafogo em se ajustar jogando contra dez adversários (o Rio Branco esteve 30’ da 2ª parte com menos um homem até o Botafogo desempatar apenas aos 35’);
· Wellington Paulista é uma grande revelação no nosso clube e, mais uma vez, fez uma boa ligação com Jorge Henrique.

Estes aspectos, independentemente de alguma consistência global da equipa e da boa forma de W. Paulista, mostram que as falhas permanecem as mesmas, tais como, por exemplo, recuar após a marcação do 1º gol e dar espaços ao adversário para empatar, bem como falta de concentração da defesa no jogo aéreo fraco.

É bom que não nos iludamos sobre as forças e as fraquezas do Botafogo e o muito trabalho que há a realizar para possuirmos uma equipa que faça tremer os adversários mais fortes nas competições nacionais e internacional.

O próximo jogo pela Copa do Brasil será com o vencedor do confronto entre o Jaguaré e o River.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x1 Rio Branco (Acre)
Gols: Wellington Paulista 11' 1ºT e 45’ 2ºT; Zé Carlos, 36' 2ºT (Botafogo); Marcelo Brás, 43' 2ºT (Rio Branco)
Estádio Arena da Floresta (Rio Branco), 27 de Fevereiro de 2008
Competição: Copa do Brasil
Arbitragem: Guilherme Cereta de Lima (SP); Evanildo da Costa Estele (RO) e Moacir Osterne da Cruz Filho (RO)
Cartões amarelos: Diguinho e Jorge Henrique (Botafogo); Gustavo, Marquinhos Costa e Testinha (Rio Branco)
Cartões vermelhos: Ronimar (Rio Branco)
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Ferrero e Triguinho; Alessandro (Abedi) Diguinho, Túlio, Lucio Flavio (Fábio) e Zé Carlos; Jorge Henrique (Adriano Felício) e Wellington Paulista. Técnico: Alexi Stival, o ‘Cuca’.
Rio Branco: Gustavo, Ley, Marquinhos Costa, Ico e Rafinha; Zé Marco, Ronimar, Neném e Testinha (Ricardo Feltre); Doca Madureira (Mário Augusto) e Marcelo Brás (Sideni). Técnico: Pedrinho Rocha.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Botafogo Campeão

E dá-lhe Fogo, e dá-lhe Fogo olê olê olé
E dá-lhe Fogo, e dá-lhe Fogo olê olê olé

Alô nação Alvinegra valeu!
Esse é o Botafogo que eu gosto
Esse é o Botafogo que eu conheço
Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus
Deixa eu festejar que eu mereço

Mais é esse
Esse é o Botafogo que eu gosto (que eu gosto) 2x
Esse é o Botafogo que eu conheço
Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus
Deixa eu festejar que eu mereço

É tão bonito ver
Minha gente sorrindo de emoção
O meu Brasil de ponta à ponta chorando, vibrando
Saudando o Botafogo campeão

O meu Brasil de ponta à ponta chorando, vibrando
Saudando o Glorioso campeão

É esse
Esse é o Botafogo que eu gosto (que eu gosto) 2x
Esse é o Botafogo que eu conheço
Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus
Deixa eu festejar que eu mereço

Mais é esse
Esse é o Botafogo que eu gosto (que eu gosto) 2x
Esse é o Botafogo que eu conheço (que eu conheço)
Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus
Deixa eu festejar que eu mereço

É tão bonito ver
Minha gente sorrindo de emoção
O meu Brasil de ponta à ponta chorando, vibrando
Saudando o Botafogo campeão

O meu Brasil de ponta à ponta chorando, vibrando
Saudando o Glorioso campeão

É esse
Esse é o Botafogo que eu gosto (que eu gosto) 2x
Esse é o Botafogo que eu conheço (que eu conheço)
Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus
Deixa eu festejar que eu mereço

Mais é esse
Esse é o Botafogo que eu gosto (que eu gosto) 2x
Esse é o Botafogo que eu conheço (que eu conheço)
Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus
Deixa eu festejar que eu mereço.

[Letra de canção de Beth Carvalho]

Fonte
http://letras.terra.com.br/beth-carvalho/1010236/

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Aladar Szabo, o maior jogador de pólo aquático de todos os tempos


Aladar Szabo foi o mais notável jogador de pólo aquático do Botafogo, revolucionando o pólo brasileiro e botafoguense nos anos sessenta do século passado.

Diz-se que o húngaro Szabo emigrou para o Brasil por ter ouvido falar da alegria do povo e ter visto Garrincha jogar na Hungria contra o Honved a 22 de Abril de 1956. Consta que Szabo fugiu da invasão soviética e rumou para a Itália. Entretanto, teve problemas por lá e acabou por aceitar o convite de João Havelange, então Presidente da CBD, para treinar no Brasil.

A história conta que Szabo chegou ao Rio de Janeiro em 1959, no navio ‘Conte Grande’, sendo recebido por Edson Perri, o ‘Barriga’, que viria a ser seu técnico no ‘escrete canarinho’ e no Botafogo.

Nessa altura o atleta rumou para o Fluminense, que possuía a melhor equipa de Pólo Aquático da época. Aladar Szabo entrou como treinador, mas a sua superioridade técnica era tão grande que passou logo a jogador, permanecendo nas Laranjeiras entre 1959-61 e sendo naturalizado para jogar pelo Brasil.

Foi nesse período que o Brasil logrou obter conquistas inéditas, designadamente a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de São Paulo e a de bronze nas Universíades de Porto Alegre.

Em 1961 Szabo transferiu-se para o Botafogo e quebraria a invencibilidade do Fluminense que durava há nove anos. O Botafogo venceu por 2x0 com gols do próprio Szabo.

As mudanças introduzidas por Szabo foram profundas e representavam o que de melhor existia no pólo aquático mundial, sobretudo por ser originário de um país como a Hungria que conquistara os jogos olímpicos de 1932, 1936, 1952, 1956.

A influência de Szabo foi espantosa, ao mesmo tempo que conseguia manter a tradição das características machistas do pólo aquático, tendo sido conotado com imagens violentas. Os títulos dos jornais da época eram um exemplo significativo dessa imagem: “Agressão e sangue na piscina” (Revista do Esporte, 1962.07.27; “Fluminense saiu do torneio por medo de Szabo” (Jornal do Brasil, 1962.11.09); “A violenta história de Szabo” (Jornal da Tarde, 1972.04.20; “Era bom de bola e de briga” (Jornal do Brasil, 1982.10.14).

O Botafogo na época possuía uma equipa fabulosa, com Álvaro Pires, Nei, Pezinho e Jorgete, além do próprio Szabo. Os remates de Szabo eram de tal modo portentosos que não era raro que os gols de Szabo fizessem a bolar quicar várias vezes dentro da rede e na borda.

Szabo era conhecido por quebrar as traves das balizas, o que não seria de espantar tendo em consideração dois aspectos: a) que a bola era muito mais pesada do que hoje, especialmente depois de encharcada; b) que Aladar tinha um remate absolutamente desproporcional para a época.

Em todo o caso, contavam-se histórias que nunca puderam ser confirmadas, tais como as que narravam que Szabo jogava a bola da piscina do Fluminense para o campo e do clube Guanabara para o Botafogo.

O que é realmente seguro é que Aladar Szabo chegava a marcar, por exemplo, 12 gols numa vitória de 12 gols do Botafogo. E que não possuindo títulos estaduais desde há 14 anos, o Botafogo foi campeão estadual em 1963, 1965 e 1966.

Fontes principais
http://poloaquaticoceara.blogspot.com
http://touca14.blogspot.com
http://www.poloaquatico.com.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Paulo Valentim & Hilda Furacão

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Paulo Valentim nasceu na Barra do Piraí a 20 de Novembro de 1932 e faleceu em Buenos Aires a 9 de Julho de 1984.

Centroavante raçudo e artilheiro, Paulinho notabilizou-se no Botafogo em 1957 quando assinalou cinco gols na final do campeonato carioca em que o Botafogo bate o Fluminense por 6x2.

Além de um futebol notável, Paulinho também desenvolveu o seu temperamento boémio, muito típico nos jogadores daquele tempo. Ao participar do campeonato sul-americano de 1959, em Buenos Aires, Paulinho encantou os argentinos e mudou-se para o Boca Juniors.

Porém, antes disso, decidiu casar com a conhecida Hilda Furacão, figura mineira da ‘vida fácil’ de Belo Horizonte. Durante a cerimónia de casamento, o padre exortou Hilda a abandonar a ‘vida fácil’ e Paulinho Valentim quis esmurrar o padre, tendo valido, nessa ocasião, a intervenção decidida do padrinho, João Saldanha, que acalmou os ânimos e a cerimónia prosseguiu.

Mais tarde, a mulher de Paulinho inspirou a personagem Hilda Furacão, criada em 1991 pelo escritor Roberto Drummond e tornada famosa em 1998 em minisérie da TV Globo.

No Boca Juniors, Paulinho Valentim rapidamente se destacou e tornou-se ídolo da torcida. A sua esposa Hilda era tratada como ‘primeira-dama’ do clube, assistindo aos jogos na Tribuna de Honra da Bombonera.

Porém, Paulinho não abandonou a vida antiga e, gradualmente, foi perdendo vigor. Em 1965, já com 33 anos e debilitado pela vida incerta, o craque transferiu-se para São Paulo, sem obter sucesso. No final da década de 1960, Paulinho e Hilda foram para o México, mas ele não consegui melhor do que um emprego no cais do porto.

Em 1978 regressou com Hilda a Buenos Aires com dinheiro emprestado por amigos brasileiros, mas não conseguiu os intentos de vir a ser treinador. Paulinho acabou pobre e doente com excesso de álcool e de fumo. Hilda ficou com Paulinho até ao fim.

Fontes principais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_valentim

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cuca: “árbitro também merece uma faixa”

Bebeto de Freitas: “Eu estou no Botafogo há seis anos. E a gente cansa. E eu hoje, enfim, já comentei aqui, hoje é o meu último dia como presidente do Botafogo.”

Cuca: “Não é faltinha que inventam, é expulsão, é pênalti. Se o Ibson tivesse perdido o pênalti, ele teria mandado voltar duas ou três vezes. (…) Estou decepcionado com tudo. Tenho que levantar os punhos e seguir, mas meu desejo é ir embora também.”

Túlio: “Eu vou continuar jogando por contrato. Mas se pudesse, não atuaria mais no Campeonato Carioca. Se fosse torcedor, não pisaria mais aqui em dia de final. Sei que isso prejudicaria a nossa renda, mas não dá mais”.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x2 Flamengo
Gols: Wellington Paulista 27’ 1ºT (Botafogo); Ibson 17’ 2ºT e Tardelli 46’ 2ºT
Campeonato Carioca, final
Estádio Mário Filho, o ‘Maracanã’, 24 de Fevereiro de 2008
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique; Dibert Pedrosa Moisés e Ediney Guerreiro Mascarenhas
Cartões amarelos: Renato Silva, Lucio Flavio, Ferrero, Diguinho(Botafogo); Marcinho, Kleberson, Ibson, Fabio Luciano, Diego Tardelli (Flamengo)
Cartões vermelhos: Souza (Flamengo); Zé Carlos e Lúcio Flávio (Botafogo)
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Ferrero, Eduardo (Edson), Alessandro (Fábio), Diguinho, Túlio, A. Felício (J. Henrique), Lúcio Flávio, Zé Carlos, Wellington Paulista. Técnico: Alexi Stival, o ‘Cuca’
Flamengo: Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim, Juan, Jaílton (Kleberson), Cristian, Ibson, Toró (Diego Tardelli), Marcinho (Obina), Souza. Técnico: Joel Santana

Mensagem de 22 a 24 de Fevereiro de 2008

PARABÉNS AO 94º MEMBRO A IMORTALIZAR OS SEUS PÉS NA CALÇADA DA FAMA DO MARACANÃ, O EX-FUTEBOLISTA BOTAFOGUENSE MILTON DA CUNHA MENDONÇA.

Mensagem de parabéns ao notável craque Mendonça, homenageado no Maracanã.

Quais serão os três melhores na final da Taça Guanabara?

Resultados da enquete (157 votos):

Alessandro: 6 votos (4%)
Castillo: 22 votos (14%)
Diguinho: 16 votos (10%)
Édson: 2 votos (1%)
Ferrero: 17 votos (11%)
Jorge Henrique: 18 votos (11%)
Lúcio Flávio: 18 votos (11%)
Renato Silva: 4 votos (3%)
Túlio: 20 votos (13%)
Wellington Paulista: 20 votos (13%)

Zé Carlos: 14 votos (9%)

[Votação entre 18-24/02/2008]

A votação mostra que o Botafogo não possui, tendencialmente, um craque, mas uma equipa coesa e de valores individuais que se equilibram entre si.

Castillo (14%), Túlio (13%) e Wellington Paulista (13%) serão, segundo os votantes, as estrelas da tarde, mas logo após aparecem Lúcio Flávio (11%), Jorge Henrique (11%), Ferrero (11%), Diguinho (10%) e Zé Carlos (9%).

O sentimento botafoguense é de que possuímos uma equipa equilibrada e coesa e essa será, dentro de algumas horas, a grande força do clube da Estrela Solitária.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Mendonça, o homem do drible ‘baila comigo’

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Milton da Cunha Mendonça nasceu no Rio de Janeiro no dia 23 de Maio de 1956 e foi criado nos subúrbios de Bangu. Mendonça foi um futebolista que jogava na posição de meio campista, tendo-se iniciado nos juvenis do Botafogo de Futebol e Regatas.

Com pouca tendência para estudar, Mendonça não passou do 2º ano ginasial e aos 12 anos apresentou-se no Botafogo para ser jogador de futebol, tal como o pai, que fora zagueiro do Bangu e que encerrou a carreira após partir uma perna em bola dividida com Didi.

Nessa época Mendonça não sabia bem em que posição preferia jogar. Primeiro entusiasmou-se por Paulo César, mas rapidamente fez de Jairzinho o seu ‘guru’ e, mais tarde, acabou por se posicionar a meio campo.

Mendonça possuía uma excelente visão de campo, era muito tecnicista e enviava passes precisos para os companheiros, ao mesmo tempo que conseguia ser um considerável goleador, à média de um gol por cada três partidas.

Botafoguense declarado, Mendonça jogou, entre 1975 e 1982, 340 partidas pelo Botafogo e assinalou 116 gols, sendo o 16º botafoguense na lista de partidas realizadas pelo clube e o seu 14º goleador. Mais tarde vestiu a camisa da Portuguesa, do Palmeiras, do Santos, da Internacional de Limeira, do Grémio e do São Bento.

O momento mais marcante de Mendonça terá sido o gol que assinalou ao Flamengo, em 1981, fazendo um drible em que entortou as pernas e deixou o craque Júnior completamente estatelado em campo, batendo então, com toda a classe, o goleiro Raul. O drible foi imortalizado com a designação de ‘baila comigo’.

A consagração de Mendonça no Maracanã ocorrerá no Domingo, 24 de Fevereiro, pelas 15h00, antes da final da Taça Guanabara que opõe Botafogo e Flamengo.

Estão imortalizados na Calçada da Fama, em ordem alfabética: Ademir Menezes (in memorian), Ademir da Guia, Adílio, Alex, Almir (in memorian), Altair, Amarildo, Andrade, Assis, Barbosa (in memorian), Bebeto, Beckenbauer, Bellini, Branco, Brito, Carlos Alberto Torres, Carpegiani, Castilho (in memorian), Cláudio Adão, Coutinho, Danilo Alvim (in memorian), Dario, Dequinha (in memorian), Dida, Didi, Dirceu Lopes, Djalma Santos, Dunga, Edinho, Edmundo, Edu Coimbra, Eusébio, Evaristo, Falcão, Félix, Figueroa, Friaça, Garrincha (in memorian), Gerson, Gylmar, Ipojucan (in memorian), Jair Rosa Pinto, Jairzinho, Joel Martins, Jorginho, Julinho, Júnior, Leandro, Leão, Leônidas, Luís Pereira, Luizinho Lemos, Manga, Marco Antônio Marinho, Marinho Chagas, Marta, Mendonça, Nilton Santos, Orlando, Paulo Borges, Paulo Cézar Lima, Paulo Henrique, Pelé, Pepe, Pinga, Pinheiro, Quarentinha (in memorian), Raul Plassman, Reinaldo, Renato Gaúcho, Rivelino, Roberto Dinamite, Roberto Miranda, Ronaldo Fenômeno, Rondinelli, Romário, Romerito, Rubens (in memorian), Samarone, Silva Batuta, Sócrates, Telê Santana, Tita, Tostão, Vavá, Waldo, Washington, Zagallo, Zico, Zinho, Zito, Zizinho e Zózimo (in memorian).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dirigentes famosos do pólo aquático botafoguense

Nas fileiras do pólo aquático do Botafogo contam-se algumas figuras destacadas, entre os quais o futuro dirigente mundial de futebol João Havelange, o consagrado treinador de basquetebol Togo Renan Soares ‘Kanela’ e o fabuloso jogador Aladar Szabo.

João Havelange é torcedor do Fluminense e ficou internacionalmente conhecido por ser Presidente da FIFA durante vários anos, mas, além do futebol, Havelange foi, entre 1937 e 1941, dirigente e jogador de pólo aquático do Club de Regatas Botafogo.

O Arquivo de João Havelange relata esse período e possui, além de fotografias com as cores alvinegras, uma interessante caricatura.

Por sua vez, Kanela foi uma figura ímpar do basquetebol nacional brasileiro. Sob a batuta do famoso treinador o Brasil foi bicampeão mundial em 1956 e 1963 e ganhou uma medalha de bronze nas olimpíadas de 1960.

No entanto, muito antes de se tornar campeão do mundo de basquetebol, Kanela dirigiu as categorias de base de futebol do Botafogo e foi três vezes campeão carioca. Embora por pouco tempo, também foi treinador da equipa principal em 1929, durante o amadorismo, e em 1936, já sob os auspícios do profissionalismo.

O homem das pernas brancas – e talvez por isso apelidado de ‘Kanela’ – era um comandante tão notável que também se sagrou campeão de pólo aquático. O que realmente Kanela tinha de extraordinário, já que nunca foi jogador, era a capacidade de comandar. Aliás, foi tal atributo que, provavelmente, o levou a sair do Botafogo em desavença.

Kanela, testemunhado por muitos, sabia ensinar e liderar pessoas e grupos, o que, associado à sua sagacidade e esperteza, o levou, também, a conquistar o título estadual de campeão de pólo aquático pelo Botafogo de Futebol e Regatas em 1944 – mesmo sem saber nadar!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Botafogo de São Filipe, campeão do 1º turno

O Botafogo de São Filipe (Cabo Verde) tornou-se campeão do 1º turno do Campeonato Regional da Ilha do Fogo ao vencer a equipa do Spartak por 4x0 na nona e última rodada.

O líder Botafogo totalizou 22 pontos, seguindo-se na tabela de classificação a Académica (20 pts.), o Cutelinho (20 pts.), o Vulcânicos (16 pts.), o Desportivo (15 pts.), o Spartak (15 pts.), o União de São Lourenço (8 pts.), o Grito Povo (7 pts.), o Juventude (6 pts.) e o ABC (1 pt.).

No 2º turno, a iniciar-se no próximo Sábado, o Botafogo joga contra o União de São Lourenço.

Com 7 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 23 gols a favor e 7 contra, a campanha do Botafogo de São Filipe no 1º turno foi a seguinte:

· 4x2 (V) União de São Lourenço
· 2x3 (D) Cutelinho
· 2x0 (V) Desportivo
· 1x1 (E) Vulcânicos
· 3x1 (V) Juventude
· 1x0 (V) Académica
· 3x0 (V) Grito Povo
· 3x0 (V) ABC de Patim
· 4x0 (V) Spartak

Fonte:
Várias edições do jornal A Semana Online, Cabo Verde

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O Acordo Ortográfico: as principais mudanças

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Neste segundo texto acerca do Acordo Ortográfico exemplifico as mudanças principais, que são de grafia e não de supressão de palavras (garantindo-se, por isso, a liberdade criativa e a pluralidade do discurso de todos nós). Publico integralmente o texto que distribui em Novembro, por e-mail, aos meus amigos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Espero um dia vir a conhecer a rica cultura timorense e também aí possuir bons amigos. Eis o texto do ano passado:

***
A partir de Janeiro de 2008, os Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – terão a ortografia unificada.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. A sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada.

O que muda na ortografia em 2008:

· as paroxítonas terminadas em ‘o’ duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo; ao invés de ‘abençôo’, ‘enjôo’ ou ‘vôo’, os brasileiros (e os outros) terão que escrever ‘abençoo’, ‘enjoo’ e ‘voo’;

· mudam-se as normas para o uso do hífen no meio das palavras: o hífen vai desaparecer do meio de palavras, com excepção daquelas em que o prefixo termina em `r´, casos de ‘hiper-‘, ‘inter-‘ e ‘super-‘, pelo que passaremos a ter ‘extraescolar’, ‘aeroespascial’ e ‘autoestrada’;

· não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do substantivo dos verbo ‘crer’, ‘dar’, ‘ler’,’ver’ e seus decorrentes, ficando correta a grafia ‘creem’, ‘deem’, ‘leem’ e ‘veem’;

· criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como ‘louvámos’ em oposição a ‘louvamos’ e ‘amámos’ em oposição a ‘amamos’;

· o trema (brasileiro) desaparece completamente; estará correto escrever ‘linguiça’, ‘sequência’, ‘frequência’ e ‘quinquênio’ ao invés de ‘lingüiça’, ‘seqüência’, ‘freqüência’ e ‘qüinqüênio’;

· o alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de ‘k’, ‘w’ e ‘y’;

· o acento deixará de ser usado para diferenciar ‘pára’ (verbo) de ‘para’ (preposição);

· no Brasil, haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos ‘ei’ e ‘oi’ de palavras paroxítonas, como ‘assembléia’, ‘idéia’, ‘heróica’ e ‘jibóia’. O certo será ‘assembleia’, ‘ideia’, ‘heroica’ e ‘jiboia’;

· em Portugal, desaparecem da língua escrita o ‘c’ e o ‘p’ nas palavras onde ele não é pronunciado, como em ‘acção’, ‘acto’, ‘adopção’ e ‘baptismo’. O certo será ‘ação’, ‘ato’, ‘adoção’ e ‘batismo’;

· também em Portugal elimina-se o ‘h’ inicial de algumas palavras, como em ‘húmido’, que passará a ser grafado como no Brasil: ‘úmido’;

· Portugal mantém o acento agudo no ‘e’ e no ‘o’ tônicos que antecedem ‘m’ ou ‘n’, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.
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Fontes
Agência Lusa (Portugal); Banco de Dados da Língua Portuguesa FFCLH USP, 2007 (Brasil); Folha de São Paulo (Brasil); Revista Isto É (Brasil); Semanário SOL (Portugal).

Acordo Ortográfico: ratificação total à vista

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi alcançado em 1991 e assinado por todos os países envolvidos, tendo sido imediatamente ratificado por Brasil, Cabo Verde e Portugal. Em 2004, em São Tomé e Príncipe, foi estabelecido um Protocolo Modificativo, segundo o qual o Acordo entra em vigor imediatamente após ser ratificado por três Estados.

O Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas a sua ratificação apenas foi feita pelo Brasil e Cabo Verde e, mais tarde, por São Tomé e Príncipe, “passando a vigorar juridicamente”.

Todavia, em Novembro do ano passado, a então ministra da cultura de Portugal, Isabel Pires de Lima, invocou razões de ordem científica e empresarial para requerer 10 anos de reserva a fim de “avaliar com a sociedade civil” a sua implementação. A ministra afirmou que “o Ministério da Cultura tem conversado e ouvido a comunidade científica e empresarial e achou por bem pedir esta reserva de dez anos”.

Considerei esta posição uma espécie de “política de avestruz” para adiar o inevitável e o que estrategicamente é certo. Avalio que a língua portuguesa só pode permanecer competitiva no mundo se mantiver Acordos em vigor que validem a dinâmica da língua e das sagas dos povos, estendendo a toda a comunidade de países de língua portuguesa uma forma de expressão tão aproximada quanto possível da unicidade linguística. A língua portuguesa é a terceira mais falada no mundo ocidental: a língua inglesa já se universalizou; a língua espanhola tende a universalizar-se mediante o esforço dos países hispânicos; a língua portuguesa precisa de um reforço fundamental para se universalizar.

Ao contrário do que pensava e exprimia o extraordinário Fernando Pessoa, penso que Portugal já se cumpriu quando foi pioneiro das descobertas e deu o primeiro passo para a globalização do planeta. Porém, o Brasil ainda não se cumpriu, nem os demais países de língua portuguesa.

Em minha opinião, é fundamental para o Brasil que seja capaz de impor a sua língua no mundo, porque é sobretudo o diferencial da grande cultura luso-brasileira que o Brasil pode apresentar como argumentário cultural. A dimensão, o potencial e o agregado populacional brasileiro são a garantia de que o país irá emergir como uma das maiores potências do planeta se souber escolher as estratégias adequadas para o seu desenvolvimento.

A língua é um argumentário fundamental e, por outro lado, todos os países lusófonos podem beneficiar, em geral, da unificação da língua e da incorporação regular de novas dinâmicas nos modos de falar e de escrever, assegurando um futuro linguístico-cultural intenso – especialmente tendo em conta a ‘quadrangulação intercontinental’ de posições que tendem a ser reforçadas: as de Portugal no continente europeu, as do Brasil no continente americano, as dos países africanos de língua oficial portuguesa no continente africano (cujas economias tendem a crescer) e ainda, no continente asiático, Timor-Leste (cuja economia florescerá após a estabilização da democracia) e outras regiões adjacentes que falam português. Todos nós dispomos, portanto, um quadro geoestratégico extraordinário nos quatro cantos do mundo!

Devido a julgar que o Acordo Ortográfico é um elemento estratégico para todos os países de língua portuguesa, fiquei muito satisfeito com a recente demissão da ministra. O novo ministro da cultura de Portugal, José António Pinto Ribeiro, referiu que deve ser o mercado, e não as moratórias, a resolver a questão da aplicação do Acordo Ortográfico, esperando uma rápida ratificação do Protocolo Modificativo. As suas palavras: - “É uma questão que não será resolvida através de moratórias mas através do mercado. (…) Tem havido uma grande concentração e alteração das condições editoriais. Por isso, vamos ver como o mercado reage e como acolhe essa situação”.

O ministro acrescentou que “do ponto de vista de política e direito internacional, o acordo está ratificado por três países e nos termos do próprio acordo entrou em vigor”. Por isso não aceito muito bem que o acordo ainda não tenha sido aplicado em Portugal, esperando que já o tenha sido no Brasil devido à ratificação das entidades oficiais brasileiras.

O ministro argumenta que “o que se trata de assegurar é que as vantagens da fixação ortográfica de uma língua não tenham consequências ao nível da liberdade criativa, da pluralidade de discursos. Penso que isso é relativamente fácil de assegurar”. É claro que isto é facílimo de assegurar. Eu próprio faço diversas publicações por ano e não creio perder a liberdade criativa nem a pluralidade do discurso por causa de ajustes que rondam 1,6% no caso português e 0,45% das palavras no caso brasileiro.

O ministro acrescentou, ainda, que espera haver “condições para que muito rapidamente [o Acordo] seja ratificado também por Portugal, em coordenação com o mundo editorial, com os manuais escolares e com todos os interesses envolvidos”. Espero que sim, e que ele próprio faça por isso, porque quero ter uma escrita alinhada com os meus irmãos brasileiros, africanos e asiáticos.

Caros amigos, por mim, considero que pelo direito internacional posso começar a escrever segundo a nova ortografia, e vou fazê-lo nas minhas próximas publicações em Portugal (vou editar dois estudos brevemente).

Exorto-vos a fazerem os ajustes necessários desde já (o Acordo já deve vigorar oficialmente no Brasil) e contribuir para o engrandecimento da inimitável cultura afro-asiático-luso-brasileira!

Fontes
Agência Lusa (Portugal); A Semana Online (Cabo Verde).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Pólo Aquático: grandes tradições botafoguenses

O Pólo Aquático é um desporto referenciado ao clássico jogo de pólo a cavalo, no qual se jogava montando em barris, simulando cavalos, e batendo na bola com tacos semelhantes a remos. As origens reportam ao século XIX, na Inglaterra, tornaram-se populares nas possessões britânicas e em 1870 surgiram as primeiras regras, oriundas da Associação de Natação de Londres.

O Pólo Aquático masculino faz parte das Olimpíadas desde 1900, em Paris, mas as mulheres só começaram a participar cem anos depois, nas Olimpíadas de 2000, em Sidney.

No Brasil, o Pólo Aquático surgiu no século XX, introduzido por Flávio Vieira nos clubes do Rio de Janeiro, designadamente o Club de Regatas Botafogo, o Club de Regatas Vasco da Gama e o Natação e Regatas.

Os jogos realizavam-se na praia, com equipas de onze jogadores com uniformes e sem tocas, e a primeira partida de que há memória realizou-se em 1908, na praia de Santa Luzia, entre o Natação e Regatas e o Flamengo. O primeiro torneio brasileiro de pólo aquático foi realizado na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1913.

O Botafogo possui, na esteira do Club de Regatas, grandes tradições no pólo aquático, tendo obtido treze títulos de Campeão Estadual desde 1942 (1942, 1944, 1947, 1949, 1963, 1965, 1966, 1980, 1982, 1983, 1995, 1996 e 2005). O 1º título foi conquistado pelo ainda Club de Regatas Botafogo.

Entre 1949 e 1963 houve um hiato de 14 anos sem títulos. A construção da nova equipa do Botafogo na década de 1960 deve-se ao maior jogador de todos os tempos do pólo brasileiro, Aladar Szabo, de origem húngara. Szabo revolucionou o pólo aquático brasileiro e do Botafogo. Porém, depois deste fabuloso campeão, o Botafogo esperaria novamente 14 anos para tornar a ser campeão estadual (1966-1980).

As décadas de 1980 e 1990 valeram cinco títulos estaduais ao Botafogo, e após a crise ocorrida no clube na viragem para o século XX o Botafogo retomou as suas grandes tradições no pólo aquático e conquistou diversos títulos nacionais e estaduais nas categorias adulto, juvenil, infanto-juvenil e infantil. Os títulos com maior destaque, na categoria adulto, referem-se a: Campeonato Estadual de 2005; Campeonato Brasileiro masculino de 2005 (invicto) [Troféu João Havelange]; Taça Brasil masculino de 2006 (invicto).

Nas categorias de base destacam-se os seguintes títulos: Copa Brasil infanto-juvenil de 2002, Campeonato Brasileiro masculino juvenil de 2003, Campeonato Brasileiro masculino infantil de 2004, Copa Brasil masculino juvenil de 2005 e Campeonato Brasileiro de Pólo Aquático masculino juvenil de 2006.

Outros títulos estaduais completam o palmarés na retoma do pólo aquático do Botafogo entre 2001-2006.

Fontes principais
http://www.aquatica.org.br
http://www.botafogonocoracao.com.br
http://www.cbda.org.br
http://www.touca14.blogspot.com

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Qual foi o 'maior jornalista botafoguense' de todos os tempos?

Resultados da enquete:

Armando Nogueira: 1 voto (5%)
João Saldanha: 14 votos (78%)
Oldemário Touguinhó: 0 votos (0%)
Roberto Porto: 1 voto (5%)
Sandro Moreyra: 2 votos (11%)

[Votação entre 11-17/02/2008]

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Botafogo na final com gol do 'profeta' Wellington Paulista

Confesso que o jogo da semifinal vencido pelo Botafogo corresponde aos resultados que um dia eu esperaria acontecerem a partir das críticas que tenho manifestado.

O Botafogo sem craques, mas com uma equipa aguerrida e valores individuais suficientemente capazes para construírem uma verdadeira equipa, e não apenas estrelas que aqui e acolá resolvem um desafio, constitui aquilo que eu realmente aspiro na equipa.

O Botafogo apresentou – o que raramente faz – uma tática adequada, o seu cumprimento ao milímetro, um trabalho de conjunto notável e um ‘espírito de sacrifício’ extraordinário. Além disso, Castilllo desta vez convenceu-me. Até agora, penso que o goleiro era aplaudido devido a meros desejos da torcida, e não pelo que fazia, que era pouco e de qualidade mediana. Castillo mostrou muito mais segurança e saídas muito mais determinadas, além de defender dois excelentes pontapés do adversário pelo alto. O que indicia com alguma clareza que, finalmente, o treino de goleiro que tenho referido funcionou durante esta semana.

Ferrero continua um gigante na defesa e Alessandro jogou bastante bem (perdoem-me os que discordam, mas o Renato Silva é meia bola e força para a frente, e pouco mais). Túlio é um verdadeiro ‘tanque de guerra’, Wellington Paulista revela-se um super-polivalente, correndo todo o campo, chutando à trave, marcando gol, defendendo dentro da sua área, etc. Lúcio Flávio continua o maestro da distribuição e Jorge Henrique uma espécie de ‘piolho elétrico’ que confunde os adversários e abre espaços aos companheiros. Todos muito bem (com reticências para o Renato).

Os adversários pressionavam, pressionavam, mas quando o Botafogo atacava, o perigo era eminente. Porque o nosso clube marcava bem os ditos ‘craques’ tricolores (que sinceramente não os vejo como tal) e quando atacava nunca era individualmente, mas em jogo de equipa através de passes e triangulações rápidas e claras, e não em jogadas enroladas à procura dos ‘gols bonitos’. Das poucas vezes que fizemos jogada individual a bola perdeu-se sem nexo…

Na verdade, a tática adversária, se é que existia, foi completamente detonada pelos jogadores botafoguenses do início ao fim do desafio. É certo que as saídas de Jorge Henrique e Zé Carlos remeteram o Botafogo mais à defesa, mas quando os adversários colocaram três avançados o perigo tornou a rondar a baliza tricolor – até que o 2º gol surgiu.

E, em todo o jogo, apesar dos jogadores contundidos, apesar da expulsão de Triguinho, apesar da (inoperante) pressão tricolor, nunca o Botafogo se tornou ansioso, nunca se descontrolou, nunca deixou de ter os atacantes do adversário a ‘comer na sua mão’. Isto, para mim, é novidade, e muito importante, porque é também na concentração em campo e na postura serena que se ganham jogos.

Desta vez o Botafogo não jogou desatinadamente ao ataque, teve em conta o potencial do adversário, estudando-o e jogando à medida do adversário. E por isso venceu sem apelo nem agravo. É tão difícil assim fazer jogos deste modo?... Penso que não, desde que se mantenha a postura referida, a garra evidenciada e que não hajam invenções táticas que arriscam a desagregação da equipa e a perda de jogos.

É este o Botafogo que eu tenho defendido. Um Botafogo em que os valores individuais me parecem ser suficientes se jogarem coesos e solidários, vencendo então os propalados craques tricolores, rubros-negros e outros, que realmente também não são craques. Assim, significa que as valias da equipa enquanto conjunto são suficientes para bater valias individuais que não são capazes de resolver desafios por si próprios.

Em termos de observações finais diria o seguinte: a) há um problema de reposição de peças na equipa, pelo que é fundamental a diretoria ter em consideração o tal relatório do Cuca com vista a rever as posições de jogadores em falta; b) finalmente, o Cuca merece a minha concordância, porque na luta entre técnicos deu goleada ao técnico tricolor, que se tinha tática neste jogo deixou-a esboroar-se com o esquema simples e eficaz do Cuca e o cumprimento rigoroso dos jogadores; c) face aos recursos de que dispomos fomos quase a equipa perfeita, porque simplesmente agimos com a equipa focalizada no essencial e não no acessório, como tantas vezes aconteceu no ano passado. Sinceramente, parece que o Cuca aprendeu alguma coisa (não tudo) com os erros do ano passado, especialmente ter em conta que nem sempre se pode ‘jogar bonito’. Às vezes, é mais fácil ganhar um jogo do que jogar bonito, e as vitórias são muito importantes para nós.

Geralmente, chegam-me as vitórias do Botafogo para ficar feliz e nunca menosprezo ou xingo os adversários seja porque razão for, pela que as minhas críticas são sempre as de um homem contido e civilizado que critica os adversários com palavras adequadas – por julgar inapropriada a agressão verbal ou escrita (mas que entende que a política de ‘firmeza’ para com adversários e prevaricadores do nosso clube deve ser muito determinada e implacável).

Porém, desta vez, pelas razões que todos os botafoguenses sabem, senti algum regozijo por, além da vitória insofismável, não ter descoberto em campo quer as ‘famosas táticas’ do treinador tricolor, quer as ‘propaladas façanhas’ dos seus pupilos Dodô e Thiago Neves, apesar dos muitos esforços que fiz para isso…

Gostaria também de saber se o Thiago Neves foi dançar o ‘créu’ na praia, tal como Wellington Paulista profetizou durante a semana… Alguém me esclarece?...

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x0 Fluminense
Gols: Wellington Paulista 28 ‘ 1ºT; Lúcio Flávio 46’ 2ºT (pen.)
Competição: Campeonato Carioca, Semifinal
Estádio Mário Filho, o ‘Maracanã’, 16 de Fevereiro de 2008
Arbitragem: Luis Antonio Silva dos Santos; Luis Campos Roxo e Jackson Lourenço Massara dos Santos (RJ)
Cartões amarelos: Diguinho, Triguinho, Alessandro, Castillo, Ferrero, Lúcio Flávio (Botafogo); Mauricio, Washington, Thiago Silva, YGor (Fluminense)
Cartões vermelhos: Triguinho (Botafogo); Thiago Silva (Fluminense)
Botafogo: Castillo, Alessandro, Renato Silva, Ferrero e Triguinho; Diguinho, Túlio, Lúcio Flávio e Zé Carlos (Fábio); Jorge Henrique (Edson) e Wellington Paulista (Fábio). Técnico: Alexi Stival, o ‘Cuca’
Fluminense: Fernando Henrique, Gabriel (Cícero), Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Mauricio (Dodô), Arouca (Conca) e Thiago Neves; Leandro Amaral e Washington. Técnico: Renato Gaúcho

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Natação: alguns pormenores de títulos conquistados

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A etiqueta ‘títulos’ inclui todos os títulos de campeonatos e taças que conheço do Botafogo. Neste artigo incluem-se, apenas, os títulos de natação em que existem algumas especificações, tais como medalhas conquistadas, tempos realizados, etc.

2007

· Campeonato Sul-Americano de Natação juvenil 50m livre, 100m livre e 4x100m medley – Larissa Oliveira [3 Medalha de Ouro 50m livre em 27’’75, 100m livre em 59’’65 e 4x100m medley em 4’38’’16]
· Campeão Estadual de Natação de Inverno infantil [Ouro (25); Prata (18); Bronze (16)]
· Campeão Estadual de Natação de Verão petiz [Ouro (13); Prata (10); Bronze (14)]
· Campeão Estadual de Natação de Verão infantil [Ouro (22); Prata (16); Bronze (19)]

2006

· Campeão Brasileiro de Natação de Inverno júnior 1 [Sem informação específica]
· Campeão do Torneio Sudeste de Natação infantil e juvenil (Troféu Assis Chateaubriand) [Ouro (13), Prata (4), Bronze (9)]
· Bicampeão Estadual Absoluto de Natação (Troféu Rogério Carneiro) [Ouro (23); Prata (13); Bronze (14)]
· Campeão Estadual de Natação de Inverno sénior [Ouro (26); Prata (17); Bronze (15)]
· Bicampeão Estadual de Natação de Inverno juvenil [Ouro (19); Prata (30); Bronze (26)]
· Campeão Estadual de Natação de Inverno júnior [Ouro (37); Prata (24); Bronze (23)]
· Campeão Estadual de Natação de Inverno petiz [Ouro (11); Prata (3); Bronze (8)]

2005

· Recordista Sul-americano de Natação 800m livre – Armando Negreiros [Recorde Sul-Americano com o tempo de 7’49’’84]
· Recordista Sul-americano de Natação 400m livre – Armando Negreiros [Recorde Sul-Americano com o tempo de 3’43’’31]
· Campeão Estadual Absoluto de Natação (Troféu Rogério Carneiro) [Ouro (13); Prata (8); Bronze (7)]
· Bicampeão Estadual de Natação juvenil [Ouro (29); Prata (23); Bronze (21)]
· Tricampeão Estadual de Natação infantil [Ouro (15); Prata (15); Bronze (21)]
· Campeão Estadual de Natação de Inverno juvenil [Ouro (34); Prata (20); Bronze (16)]
· Campeão Estadual de Natação de Inverno infantil [Ouro (20); Prata (12); Bronze (17)]

1998

· Campeão Brasileiro de Natação de Inverno infantil (Troféu Ruben Dinard de Araújo) [Ouro (7); Prata (5); Bronze (4)]

1968

· Recordista Mundial de Natação 100m peito – José Sylvio Fiollo [Recorde Mundial com o tempo de 1’06’’4]

1967

· Campeão Pan-americano de Natação 200m peito – José Sylvio Fiollo [Medalha de Ouro]
· Campeão Pan-americano de Natação 100m peito – José Sylvio Fiollo [Medalha de Ouro]

Exorta-se os leitores do blogue a enviarem informação quantitativa e qualitativa com interesse para a história do Botafogo, quer através de comentários (liberados no blogue) quer através do correio Internet (mundobotafogo@gmail.com). Todas as colaborações serão creditadas aos seus autores.

Fontes principais
http://www.aquatica.org.br/
http://www.cbda.org.br/
http://www.swim.com.br/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Natação: botafoguenses no estrelato mundial


A natação é tão antiga quanto o homem e faz parte das Olimpíadas desde 1896, mas a sua organização data apenas do século XVII, no Japão, e enquanto desporto competitivo viu a luz do dia em 1837, na Inglaterra, ano da fundação da Sociedade Britânica de Natação.

No Brasil a natação inicia-se em 1908, durante as primeiras competições internacionais organizadas em Montevideu. Foi Abraão Saliture que obteve as primeiras vitórias internacionais ao vencer os 100 metros e os 500 metros livre. Quatro anos depois a natação foi regulamentada pela Federação Brasileira das Sociedades de Remo (1912).

No clube da Estrela Solitária foi José Sylvio Fiollo o mais brilhante nadador de todos os tempos. Curiosamente, este atleta estreou-se jogando Pólo Aquático em Agosto de 1967. Porém, ao findar a carreira dez anos depois, Fiollo havia obtido campeonatos em várias categorias, 29 primeiros lugares e diversos recordes.

Logo em 1967 Fiollo conquistou as medalhas de ouro dos 100 metros peito e 200 metros peito no campeonato pan-americano de Winnipeg e em 1968 estabeleceu o recorde mundial de natação dos 100 metros peito com o tempo de 1’06"4, menos três décimos de segundo do que o recorde pertencente ao soviético Vladimir Kosinsky.

Na natação do Botafogo destacaram-se vários outros atletas, entre os quais se contam Dulce Pereira da Silva, Margarida Nunes Leite e Armando Negreiros.

Dulce Pereira da Silva foi nadadora de estilo costas dos anos 30, campeã carioca e brasileira e recordista sul-americana pelo Club de Regatas Botafogo.

Margarida Nunes Leite foi nadadora invulgar e atleta rara, porque praticou diversas modalidades, entre as quais natação, atletismo, basquetebol, ciclismo, remo, voleibol, vela e ténis de mesa, sagrando-se campeã dezenas de vezes e acumulando cerca de cinco quilos de medalhas a defender as cores do Botafogo.

Durante o Troféu Brasil de Natação de 1974, realizado em Salvador, Rui Tadeu Aquino Oliveira estabeleceu o recorde sul-americano nos 100m Nado Livre com o tempo de 53”63.

Já no século XXI destacou-se Armando Negreiros, jovem atleta campeão carioca, brasileiro e sul-americano. Em 2005 Armando Negreiros estabeleceu novos recordes brasileiros e sul-americanos nos 400 metros livre com o tempo de 3’43’’31 e 800 metros livre com o tempo de 7’49’’84, constituindo-se uma grande promessa para obter ainda muitos títulos e recordes de nível mundial.

Finalmente, em 2007, a revelação juvenil Larissa Oliveira conquistou três medalhas de ouro no campeonato sul-americano.

Como dirigentes nacionais oriundos da natação deve-se realçar Luiz Aranha, benemérito e patrono da equipa de natação, que foi Presidente do Conselho Nacional de Desportos e da Confederação Brasileira de Desportos (década de 1930).

Porém, além das individualidades, o Botafogo também tem grandes tradições em equipas de natação, tendo sido Campeão do Troféu Brasil de Natação em 1967 e tetracampeão em 1971-1972-1973-1974, sagrando-se por cinco vezes Campeão Brasileiro Absoluto Sénior.

Ainda nessa época, o Botafogo foi tetracampeão do Troféu Juan Finkel em 1972-1973-1974-1975, sagrando-se quatro vezes Campeão Brasileiro Absoluto de Inverno. No Rio de Janeiro o Botafogo foi cinco vezes Campeão Estadual (1966-1967, 1972, 2005-2006).

Nas categorias de base destacam-se, entre outros, os títulos máximos dos campeonatos brasileiros infantil de Inverno, júnior de Inverno e juvenil, conquistados entre 1998 e 1995.

Fontes principais
http://www.aquatica.org.br/
http://www.cbda.org.br/http://www.swim.com.br/

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Artes marciais: prática centenária no Brasil

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Esai Maeda, campeão japonês de jiu-jitsu, e Inomata, chegaram ao Brasil em 1914 para ajudar a colónia de imigrantes japoneses a crescer.

Gastão Gracie, estudante e político de origem escocesa, apoiou os dois japoneses e o mestre do jiu-jitsu, grato pelo auxílio, ensinou ao filho de Gastão, Carlos Gracie, os segredos básicos desta luta.

Por sua vez, Carlos ensinou aos seus irmãos Oswaldo, Gastão, Jorge e Hélio as técnicas de luta e em 1925 fundaram a primeira Academia Gracie de jiu-jitsu no bairro de Botafogo.

Naturalmente, o Botafogo também praticou esta modalidade, mas, tal como noutros casos, não são conhecidos os seus títulos. Encontrou-se um título juvenil do atleta ‘Pinduka’, pupilo especial do clã Gracie, que ‘foi faixa preta’ e introdutor da disciplina de Jiu-Jitsu na universidade, tendo criado um dos poucos manuais sobre a modalidade. Também se encontrou um título sob a designação de judo e outro mais recente relativo ao taekwondo.

A pesquisa encontrou apenas os seguintes títulos:

· 1963: Campeão Estadual de Judo da Divisão Extra Juvenil
· 1972: Campeão Estadual de Jiu-Jitsu juvenil, na categoria faixa azul/peso médio, com Fernando de Melo Guimarães, o ‘Pinduka’
· 2000: Campeão estadual de taekwondo: 50 confrontos com a obtenção do 1º lugar 19 vezes, do 2º lugar 13 vezes e do terceiro lugar 8 vezes.

Exorta-se os leitores do blogue a enviarem informação quantitativa e qualitativa com interesse para a história do Botafogo, quer através de comentários (liberados no blogue) quer através do correio Internet (mundobotafogo@gmail.com). Todas as colaborações serão creditadas aos seus autores.

Fontes principais
http://forum.portaldovt.com.br
http://worldfight.terra.com.br

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Halterofilismo: undecacampeão carioca

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A história da modalidade admite que há 5000 anos, na China, os imperadores levantavam pedras enormes diariamente, num simulacro de halterofilismo, e que o desporto surgiu mesmo na Grécia Antiga, em 600 a.C. Na Grécia, a difusão da modalidade deveu-se ao peso social que a força física representava à época. No início do século XX, o halterofilismo era muito popular na Europa e em 1896 foi incorporado nos Jogos Olímpicos.

No Brasil, consta que foi o basco Santiago e o inglês Furry que, no início do século XIX, fizeram exibições folclóricas ao estilo circense. Ainda neste século tornaram-se populares no País os equipamentos de Eugene Sandow – as molas de preensão e os extensores de molas.

Em 1939 é fundado o Departamento de Pesos e Halteres do Botafogo Football Club, sob a direcção de Paulo Azeredo, presidente do clube em diversas ocasiões, e realizou-se o primeiro campeonato inter-clubes que incluía Botafogo, Central de Niterói, Flamengo e Irapurás.

No halterofilismo botafoguense destacou-se, entre outros, Adolpho Maranhão Bucker Aguiar, campeão e recordista sul-americano, conquistando para o Botafogo, enquanto dirigente do departamento de halterofilismo, a inigualada sequência de 11 títulos:

· Undecacampeão Estadual de Halterofilismo [11]: 1953-1963

O Glorioso possui, assim, um recorde de sequências de campeonatos conquistados em halterofilismo e voleibol ao vencer 11 campeonatos estaduais seguidos. O Botafogo teve, ainda, em José Warmuth Teixeira, um atleta muito destacado.

Exorta-se os leitores do blogue a enviarem informação quantitativa e qualitativa com interesse para a história do Botafogo, quer através de comentários (liberados no blogue) quer através do correio Internet (mundobotafogo@gmail.com). Todas as colaborações serão creditadas aos seus autores.

Fontes principais
Pepe, Braz; Miranda, Luiz; Carvalho, Óscar (1996), Botafogo o Glorioso – uma história a preto e branco, Petrópolis: Ney Óscar Ribeiro de Carvalho
http://www.fag.edu.br/
http://www.halterofilismo.com.br/

Esgrima: uma arte antiga no Botafogo

A esgrima é um desporto latino e o seu nome é originário de ‘escrime’ (arte de duelar com armas brancas), que, por sua vez, radica na palavra germânica ‘skirmjan’ que significa ‘proteger’. No Brasil, a esgrima é uma modalidade em claro desenvolvimento e possui um histórico significativo de atletas talentosos.

Na cena mundial a esgrima é um desporto altamente desenvolvido, aliando tecnologia moderna e segurança com muito treino físico e mental dos atletas que praticam a modalidade.

O Botafogo dispôs de equipas de esgrima entre as diversas modalidades já praticadas, mas a pesquisa realizada não logrou encontrar os títulos conquistados. O único título encontrado é o seguinte:

· 1940: Campeão Estadual de Esgrima, na categoria ‘Florete Feminino’, com Maria Luiza Henry

Exorta-se os leitores do blogue a enviarem informação quantitativa e qualitativa com interesse para a história do Botafogo, quer através de comentários (liberados no blogue) quer através do correio Internet (mundobotafogo@gmail.com). Todas as colaborações serão creditadas aos seus autores.

Fontes principais
Pepe, Braz; Miranda, Luiz; Carvalho, Óscar (1996), Botafogo o Glorioso – uma história a preto e branco, Petrópolis: Ney Óscar Ribeiro de Carvalho
http://gold.br.inter.net

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Qual foi o ‘maior dirigente’ de todos os tempos?

Resultados da enquete:

Althemar Dutra de Castilho (Teté): 1 voto (5%)
Carlos Augusto Montenegro: 2 votos (9%)
Carlos Martins da Rocha (Carlito): 13 votos (62%)
Ney Cidade Palmeiro: 1 voto (5%)
Paulo Antônio Azeredo: 4 votos (19%)

[Votação entre 04-10/02/2008]

Fechar em 1º lugar sem brilho

Devo começar por dizer que não vi jogo (só o verei em diferido amanhã à noite), não consegui nenhum relato da rádio e apenas vi os gols e li os comentários dos sítios desportivos da Internet.

O que se disse na Internet coloca o Botafogo num jogo bastante ruim, mais uma vez com os jogadores completamente desentrosados, sem lucidez no ataque e abrindo brechas para o contra-ataque do Madureira. Isto é, semelhante ao que já se conhece do esquema do Botafogo.

Durante a semana o treinador reconheceu, como eu já mencionara opondo-me, que provavelmente a opção pela realização de dois ‘treinos’ em jogos oficiais prejudicou o entrosamento de uma equipa que ainda se conhece mal, mas afirmou que a opção mais certa seria utilizar os reservas. Só desejo que o seu reflexo não seja a eliminação da Taça Guanabara.

Ainda durante a semana o treinador considerou que a defesa acabaria por acertar com o entrosamento decorrente dos jogos, mas é precisamente sobre essa ideia que discordo. A defesa não se acerta por si só; a defesa treina-se, tal como se treina o ataque e as jogadas ensaiadas. Isto é, treina-se marcações e posições da defesa, sob pena de cada um fazer por si o que devia ser feito em conjunto. Se o treinador continua a pensar deste modo, em minha opinião não teremos equipa para finais. Repito que urge treinar a defesa e talvez seja necessário um treinador auxiliar que saiba montar uma boa defesa.

Além disso, há muitas críticas de botafoguenses em diversos sítios acerca do clube desconsiderar a sua torcida ao apresentar, em dois jogos consecutivos, uma equipa mista, afastando os torcedores do estádio. Em nove jogos de 2008 o treinador assumiu que quatro deles foram para ‘treino’ e ‘análise’. Resta averiguar da sua eficácia na semifinal.

Sobre a equipa pouco poderei dizer face às limitações iniciais que referi, mas pelo visionamento dos gols pareceu-me que o 1º gol do Madureira resulta novamente de uma falha por excesso de lentidão defensiva e também me pareceu não existir penalty a favor do Botafogo.

Os relatos que li evidenciam que o Botafogo iniciou o jogo com posições mal escaladas, as quais o treinador tentou emendar tardiamente na segunda parte, foi pouco eficaz e muito desarticulado, como, aliás, seria de esperar face às opções escolhidas. Aparentemente a equipa vai disputar a semifinal com muito pouco entrosamento e com uma defesa que ainda não tem um esquema bem elaborado. Que a combatividade esteja com os jogadores!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x2 Madureira
Gols: Lúcio Flávio 18’ 1ºT (pen.); Amaral 4’ 1ºT e Everton 30’ 2ºT
Competição: Campeonato Carioca
Estádio Olímpico João Havelange, o ‘ Engenhão’, 10 de Fevereiro de 2008
Arbitragem: Agnaldo Xavier Farias; Jorge Luiz Roque e Beival do Nascimento Souza (RJ)
Cartões amarelos: Eduardo, Triguinho, Wellington Paulista (Botafogo), Paulo César, Amaral, Renan (Madureira)
Botafogo: Castillo, Robston (Índio), Edson, Triguinho, Abedi (Escalada), Eduardo, Wellington Júnior (Jougle), Lúcio Flávio, Zé Carlos, Wellington Paulista e Fábio. Técnico: Alexi Stival, o ‘Cuca’
Madureira: Renan, Paulo César, Odvan, Marcílio, China, Felipe Alves (Wagner), Doriva (Paulo Vítor), Amaral, Everton (Amarildo), Muriqui, Derley. Técnico: Carlos Tozzi

Futsal: resultados de finais

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Os resultados de semifinais ou de finais vitoriosas, bem como marcadores individuais, cobrem os anos de 2001 a 2003, desconhecendo-se a existência de outros títulos. Exorta-se os leitores do blogue a enviarem informação quantitativa e qualitativa com interesse para a história do Botafogo, quer através de comentários (liberados no blogue) quer através do correio Internet (mundobotafogo@gmail.com). Todas as colaborações serão creditadas aos seus autores.

Os resultados mais importantes que se conhecem no futsal botafoguense são os seguintes:

2004: Vencedor do Torneio da Associação Atlética Tijuca em sub-9 (ex-fraldinha)
Final: Botafogo 6x2 Associação Atlética Tijuca; Semifinal: Botafogo 6x1 Light

· 2003: Campeão Estadual de Futsal masculino pré-mirim
Final: Botafogo 4x3 Fluminense (Júnior (2) e Cidinho (2); Artilheiro: Cidinho, 31 gols

· 2001: Vice-campeão Estadual de Futsal masculino [Liga Estadual]
Finais: Botafogo 5x2 Vasco da Gama e Botafogo 5x7 Vasco da Gama (aet 0x1); Semifinais: Botafogo 7x4 Casa de España e Botafogo 7x1 Casa de España

· 2001: Vice-campeão Estadual de Futsal masculino [Liga Metropolitana]
Finais: Botafogo 3x6 Vasco da Gama e Botafogo 2x2 Vasco da Gama; Semifinais: Botafogo 2x1 Fluminense e Botafogo 2x2 Fluminense

· 2001: Campeão da Copa Rio de futsal masculino [1ª fase da Liga Metropolitana]

Fontes principais
http://www.mitob.com.br/futsal.htm
http://paginas.terra.com.br/esporte/rsssfbrasil

Mensagem 6 a 10 de Fevereiro de 2008

PARABÉNS À ´MINHA´ ESCOLA DE SAMBA ACADÊMICOS DO SALGUEIRO PELO BRILHANTE DESEMPENHO, PELOS ESTANDARTES DE OURO DE MELHOR ALA E MELHOR BATERIA E PELA MAIS BELA RAINHA DE BATERIA, VIVIANE ARAÚJO.

Saudações ao vice-campeão do samba carioca de 2008.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Futsal: a origem brasileira

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O futsal nasceu em solo brasileiro ou uruguaio com o nome de ‘futebol de salão’ e em 1989 passou a denominar-se ‘futsal’ quando passou para a tutela da FIFA.

Há narrações sobre o futsal ter surgido na década de 1930 na ACM (Associação Cristã de Moços) de Montevidéu e que o seu criador ora o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, em 1996.

Outra corrente afirma que a modalidade surgiu na ACM de São Paulo, praticada por alguns jovens em quadras de basquetebol. Independentemente do país onde foi criado, o futsal foi regulamentado e iniciou os seus primeiros passos no Brasil.

Nesta modalidade destaca-se, em São Paulo, Habib Maphuz, o qual muito contribui para o futsal nos seus primórdios. Foi este atleta que fundou a 1ª Liga de Futebol de Salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços, e, logo após, tornou-se o 1º presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão.

Em 1954 foi fundada a primeira federação de futsal em todo o mundo, designada por Federação Metropolitana de Futebol de Salão, actualmente com o nome de Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro (FFSRJ).

Dois anos após a fundação da federação no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes, apoiado por Habib Maphuz, elaborou o 1º Livro de Regras de Futebol de Salão editada em todo o mundo.

Na década de 2000 o Botafogo chegou a possuir seis escalões de futsal, desde o ‘fraldinha’ até ao ‘adulto’.

Fontes principais
http://www.futsalbrasil.com.br/historia.php

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O poema dos olhos da amada

Heleno de Freitas casou com Hilma, filha de diplomata, colega do poeta Vinícius de Moraes, botafoguense de longa data. O poeta dedicou ao noivo o ‘Poema dos Olhos da Amada’, que seria tornado famoso pela voz do cantor Sílvio Caldas. Ei-lo:

Ó minha amada
Que olhos os teus
São cais noturnos
Cheios de adeus
São docas mansas
Trilhando luzes
Que brilham longe
Longe dos breus...
Ó minha amada
Que olhos os teus
Quanto mistério
Nos olhos teus
Quantos saveiros
Quantos navios
Quantos naufrágios
Nos olhos teus...
Ó minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera
Fizera-os Deus
Pois não os fizera
Quem não soubera
Que há muitas era
Nos olhos teus.
Ah, minha amada
De olhos ateus
Cria a esperança
Nos olhos meus
De verem um dia
O olhar mendigo
Da poesia
Nos olhos teus.

Fonte

Heleno de Freitas: entre a genialidade e a loucura

O blogue apresenta a biografia de Heleno na etiqueta ‘figuras’ sob o título “Heleno de Freitas, ‘el jogador’”. A par de Garrincha foi idolatrado no Botafogo, desenvolveu qualidades técnicas notáveis como o ‘anjo das pernas tortas’ e como ele… viveu um drama que o acompanhou até à morte.

Notável estilista do futebol, jogador a rasar a perfeição e artilheiro emérito, Heleno de Freitas foi sempre um jogador turbulento, dono de um humor irascível, brigão e insolente, mas também foi advogado, galante e apreciador da vida em ‘sociedade’.

Apesar de ser um homem muito nervoso e quase intratável, Heleno ganhou fama e dinheiro, viveu sempre entre mulheres bonitas e homens inteligentes, tendo privado em Buenos Aires com a família do presidente Peron quando jogou pelo Boca Júnior.

De um lado, Heleno exibia criatividade, valentia e qualidades técnicas, de outro lado, Heleno, que era belo, elegante e inteligente, atiçava o mulherio e era um femeeiro que não olhava a raça, classe social, nível de educação, etc., envolvendo-se com qualquer mulher que se lhe atravessasse à frente, botafoguense ou não botafoguense.

Descoberto por Neném Prancha, Heleno começou a jogar no Botafogo mas teve que optar pelo Fluminense por causa dos estudos. Porém, depressa saiu do Fluminense para o Botafogo por causa de uma briga e chegou a brigar com o presidente botafoguense, Benjamin Sodré, por causa deste o ter chamado à atenção sobre a vida desregrada que levava. No campo era muitas vezes expulso e provocado pelos adversários e pelas suas torcidas, que o enervavam chamando-o de ‘Gilda’ devido ao famoso filme de Rita Hayworth por causa dos seus traços que entrelaçavam o erótico e o neurótico.

A vida de Heleno oscilou constantemente entre tais extremos, tornando-se difícil lidar com ele e de lidar ele com a sociedade. Após muitas brigas, vários inimigos e já transtornado pela sífilis que o minava, Heleno casou com Hilma, filha de diplomata, colega do poeta Vinícius de Moraes.

Nessa época percebe-se que Heleno, tão entendido com a bola, jamais se entenderia com os homens. E acabou sendo vendido para o Boca Juniores em 1947. Na Argentina, o comportamento furioso do craque mostrou que estava doente, embora ninguém soubesse, ainda, que se tratava de sífilis cerebral, a qual associada ao humor difícil fazia Heleno zangar-se com dirigentes, companheiros, adversários e árbitros.

Em Buenos Aires o tormento psíquico afastou-o da mulher grávida e depressa o genial futebolista voltou ao Brasil, ingressando no Vasco da Gama (onde conquistaria o único título da sua carreira em 1949).

Em São Januário Heleno foi campeão e tudo corria normalmente quando, durante um treino, o craque saiu de campo vociferando: “Estes dois – apontou para Maneca e Ipojucan – não me passam a bola porque não querem. Aqueles – indicou – não passam porque não sabem. Não tenho nada a fazer aqui”. Depois discutiu com Flávio Costa, apontou uma arma descarregada e isso foi o suficiente para que o Vasco o vendesse ao Atlético de Barranquilla, da Colômbia, em 1951, onde lhe foi erguida uma estátua pelas suas brilhantes exibições.

Mas a sífilis cerebral já o atormentava sem parar, o craque dava-se mal consigo e com o mundo e, então, regressou ao Brasil para jogar pelo Santos e pelo América (RJ). Tornou a ser expulso de campo já no América no final de 1951 e a sua imagem era a de um atleta inchado e mal aparentado, uma sombra do femeeiro galã de outrora.

Sem outra solução, a família internou-o em 1953 no Sanatório de Barbacena (MG), estabelecimento em que um seu amigo era médico. Mergulhado nas trevas da loucura, uma revista anda o haveria de mostrar ao mundo em pijama, obeso e triste.

De vez em quando Heleno dizia que ainda iria ao Rio “ajudar o meu Botafogo”, dormindo abraçado a uma bola e retornando aos seus delírios assim que acordava. A bela plasticidade corporal de Heleno desaparecera para dar lugar a uma progressiva paralisia. O craque morreu esquecido e abandonado, no final de 1959, sem sequer conseguir pedir um padre, após seis anos de profundo sofrimento.

Heleno nem teve consciência que o Brasil vencera a Copa do Mundo de 1958, nem soube que seria imortalizado através do filme ‘Heleno’, de Gilberto Macedo, e da peça de teatro ‘Heleno-Gilda’, de Edilberto Coutinho. E, sobretudo, sem ter lido as palavras do notável Armando Nogueira sobre si:

“O futebol, fonte das minhas angústias e alegrias, revelou-me Heleno de Freitas, a personalidade mais dramática que conheci nos estádios deste mundo”.

Fontes principais
Armando Nogueira, Armando (1973), “Heleno: anjo e demônio”, em Bola na Rede, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora.
Castro, Alceu Mendes de Oliveira (1951), O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro: Gráfica Milone.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heleno_de_Freitas
http://www.botafogocentenario.kit.net/idolos.htmhttp://www.botafogopaixao.kit.net/idolos.htm

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Um jogo de reservas desentrosados

Num jogo indefinido devido ao Botafogo jogar com a maioria da equipa constituída por reservas, assistiu-se a uma partida de futebol bem diferente das últimas partidas em que o Botafogo correu, lutou, jogou e marcou logo de início.

Analisar esta equipa é, por isso, incipiente, já que tais jogadores não jogarão em conjunto noutros desafios porque apenas se apresentaram quatro titulares na escalação inicial.

Com a equipa quase classificada, havia que aproveitar este jogo e o próximo para testar jogadores em ‘tempo real’, que é um tempo bem diferente do tempo de treino, como já Didi o afirmara há cinquenta anos: “treino é treino, jogo é jogo”. No entanto, o Botafogo teria que se precaver para, pelo menos, empatar o jogo e classificar-se. Em minha opinião o raciocínio foi este: a) entra-se com uma equipa de reservas que, se funcionar, isto é, se assegurar um bom resultado no 1º tempo, permite mais substituições de teste no 2º tempo; b) se não funcionar, como não funcionou, entram três titulares, entre os quais o homem pelo qual passa a maioria das jogadas (L. Flávio), e assegura-se a classificação na 2ª parte do jogo.

Em minha opinião desmembrar uma equipa não é bom para um entrosamento que ainda está no início. A opção mais certa parecia ser a de se iniciar com sete titulares, assegurar um resultado robusto, e terminar com quatro titulares, não pondo em causa o 1º lugar da classificação, como poderia vir a acontecer. Considero que a ousadia foi excessiva e o futebol perdeu com isso, e o Botafogo sofreu com isso.

O segundo erro, em minha opinião elementar, foi não se ter ´limpo´ os cartões amarelos de Ferrero. Em minha opinião o Ferrero entraria a titular, forçava uma falta para cartão amarelo no final do 1º tempo, era substituído em seguida e poderia estar tranquilo para descansar contra o Madureira, jogar a semifinal e, esperemos, a final. Mas não, nem sequer entrou em campo. Então, as hipóteses pioram e apresentam-se assim: a) entra em campo contra o Madureira e leva cartão amarelo, não jogando a semifinal; b) entra em campo e não leva cartão amarelo, segue para a semifinal, leva cartão amarelo e não joga a final; c) não entra em jogo contra o Madureira joga a semifinal, leva cartão amarelo e fica afastado da final. Não é uma boa gestão de cartões amarelos, pois não?... Especialmente tratando-se do melhor jogador de uma defesa incerta e excessivamente aberta. Continuo a insistir na pergunta de retórica: ‘Não há quem veja isto no comando técnico?...’ Dir-se-á que sim, que o comando técnico é experiente. Mas, então, porque não o fez?... Neste caso não há desculpa por não haver banco capaz para o efeito… porque o que não faltou no jogo foram reservas a entrar a titulares.

Quanto ao jogo em si, a 1ª parte foi bastante má, com perdas sucessivas de passes mal dirigidos, nenhum chute perigoso à baliza da Cabofriense, ineficácia atacante e… mais um gol sofrido pelo alto por desatenção da zaga. Praticamente no único centro a Cabofriense marcou, tal como tenho dito: um centro é quase meio gol na área do Botafogo. Insisto na pergunta de retórica: ‘O que espera o comando técnico para armar uma defesa bem mais capaz do que esta?...’

Na segunda parte entraram os três jogadores que, em minha opinião, deviam ter sido escalados inicialmente, segurar o jogo na 1ª parte e serem substituídos na 2ª. Claro que o Botafogo melhorou, sobretudo com Lúcio Flávio, e até mesmo com Escalada, embora ainda ‘rijo’ demais para os reflexos de área. Porém, a equipa já estava excessivamente desarticulada e teve muitas dificuldades para marcar à Cabofriense, só o fazendo em penalty. Aliás, o Botafogo passou a jogar melhor quando também ficou temporariamente reduzido a dez unidades por lesão. No entanto, já depois do empate, foi Renan, aos 35 minutos, que salvou, provavelmente, o golo da vitória da Cabofriense. Num contra-ataque rápido a Cabofriense ganhou espaço vazio onde devia estar Renato Silva, tendo sido Renan a sair da baliza e atirar a bola para fora em situação extrema. Renato Silva, que é péssimo na defesa, insiste em ir ao ataque, onde ainda é pior, não recupera o seu lugar em contra-ataques e deixa a ala desguarnecida. Em minha opinião, Renan salvou o Botafogo, salvou Renato Silva e salvou Cuca.

Perplexidade: porquê Cuca?... Bem, reproduzo uma observação do companheiro Renatinho, ontem no Canal Botafogo: “O Botafogo atual é assim: Renato Silva e mais 10, faça frio, faça calor, tenha sol ou tenha chuva, jogue com titulares ou reservas, não tem jeito. E Renato Silva e mais 10. O cara alcançou um STATUS nunca visto antes na história desse time”.

Mais palavras para quê?... Quando é que a torcida diz basta a uma tal opção do comando técnico que poderia ter levado à derrota, ontem, ao 35º minuto da 2ª parte?... É que quem está sendo prejudicado é o Botafogo… No Canal Botafogo já afirmei que o Renato Silva não é culpado: ele joga o que sabe, porém, não sabe muito. E não é ele que se escala, escalam-no.

Por outro lado, mencionei no Canal Botafogo, no ano passado, que alguns dos ‘frangos’ dos goleiros decorriam da sua insegurança quanto ao mau posicionamento da zaga, porque um goleiro tem que ter confiança na zaga e não sair à toa. No ano passado, ninguém comentou a minha observação, mas este ano o João Ignacio Müller, no Canal Botafogo, referiu precisamente esse argumento para defender as falhas do goleiro Castillo – e ele é bem entendido em futebol. Obviamente que eu só podia concordar, mas se o critério é válido para Castillo, também é válido para isentar alguns ‘frangos’ ocorrido no ano passado. Então, reforça-se a necessidade de alteração ao esquema defensivo porque muitos gols sofridos são da responsabilidade de uma zaga pouco capaz.

Por outro lado, iniciar-se um jogo com uma forte maioria de reservas quando a vaga não está garantida, mostra o risco de se montar uma equipa que acaba por não ser lúcida, não ser rápida, não ser ofensiva, tendo sido colocada em causa a classificação e sujeitando-se o Botafogo a ir para o último jogo do Grupo com responsabilidades maiores às costas – o que, felizmente, acabou por não acontecer.

A arbitragem pareceu-me ter critérios equivalentes para ambas as equipas, o que é muito bom. Pior do que errar é haver uma arbitragem com dois pesos e duas medidas, e a de ontem teve um peso e uma medida, penalizando todas as faltas por trás com cartão amarelo. Em minha opinião, Gatti foi a estrela da noite.

Que venha o Madureira, mas que haja equilíbrio na testagem de novos jogadores e que seja ensaiado um novo esquema defensivo, sobretudo para nos consolidarmos visando o sério embate da semifinal contra o Flamengo ou o Fluminense. Perdoem-me a insistência no esquema defensivo, mas é a única forma que eu vejo de poder tornar a gritar brevemente ‘É CAMPEÃO!”

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x1 Cabofriense
Gols: Lúcio Flávio 33’ 2ºT; Fabinho 14’ 1ºT
Competição: Campeonato Carioca
Estádio Olímpico João Havelange, o ‘ Engenhão’, 6 de Fevereiro de 2008
Arbitragem: Marcelo de Souza Pinto; Ricardo Maurício de Almeida, Lilian Bruno (RJ)
Cartões amarelos: Alessandro (Botafogo); Marcos Marins, Têti, Douglas Assis, Márcio (Cabofriense)
Cartão vermelho: Marcos Marins
Botafogo: Renan, Renato Silva, Edson, Eduardo (Marcelinho), Alessandro, Robston (Escalada), Túlio, Adriano Felício, Abedi (Lúcio Flávio), Triguinho, Fábio. Técnico: Alexi Stival, o ‘Cuca’
Cabofriense: Gatti, Leandro Amaro, Douglas Assis, Mirita (Oziel), Tenório, Márcio, Marcos Marins, Têti (Lucas Chiaretti), Vanderson, Fabinho, Wesley (Maicon). Técnico: Aílton Ferraz

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Zé Carlos e as chuteiras da alegria

Zé Carlos foi expulso no jogo contra o Vasco da Gama devido a uma jogada mais ‘forte’. Quando terminou o jogo fez uma declaração à imprensa que considero muito invulgar no futebol profissional dos dias de hoje:

- “Estou aliviado sim, manchei a minha atuação com a expulsão, que acredito ter sido rigorosa. Dei um carrinho normal, sem maldade, visando à bola, e acabei acertando ele. Acho que poderia ter recebido o cartão amarelo, mas foi o critério do árbitro. O importante agora é festejar, porque foi uma vitória guerreira”.

Tal como Zé Carlos, também entendo que a expulsão foi excessiva, mas isso pouco importa para o caso. O que há a realçar foi a preocupação do jogador com o resultado e com a equipa, mostrando-se simultaneamente humilde e assertivo. Seguramente, Zé Carlos viveu momentos de alguma angústia no banco, mas o comportamento ‘guerreiro’ da equipa, como ele próprio afirma, resgatou qualquer lacuna deixada por Zé Carlos.

Porém, ainda não refeito da observação de Zé Carlos, eis que fico a saber que após marcar cinco gols em cinco jogos oficiais, dois dos quais foram absolutamente golaços, Zé Carlos é procurado por diversos patrocinadores de material desportivo querendo que o jogador represente a marca.

Até aqui, nada de anormal. O que me surpreende a este propósito são as declarações de Zé Carlos à imprensa:

- “Fui procurado por algumas marcas após esse bom começo de temporada. Quero estudar com calma as propostas, ver qual delas me dá condição de incluir um trabalho social no projeto. Estamos construindo meu novo site oficial, e queremos transformá-lo em um canal de apoio aos torcedores mais carentes com prêmios e ingressos para as partidas.”

Zé Carlos novamente pensando não apenas em si, mas também nos outros! Zé Carlos procurando tirar partido de grandes empresas patrocinadoras incentivando-as a apresentarem-lhe, também, um ‘trabalho social’ no pacote do patrocínio. Há três anos publiquei um estudo pioneiro sobre ‘responsabilidade social das empresas’ e Zé Carlos assume-se como um dos intérpretes do novo conceito de empresarialidade. Eis de novo o magnífico atleta:

- “Pretendo mostrar ao patrocinador o quanto vale a pena investir também no social. Não quero apenas chuteiras para vestir nas partidas. Isso é apenas o lado profissional. Quero vestir as chuteiras de uma marca que acredita também no trabalho humano, ajudar as pessoas.”

Zé Carlos não calça qualquer chuteira! Zé Carlos calça chuteiras profissionais que incorporam aspirações sociais de apoio e de alegria junto dos mais desfavorecidos!

Zé Carlos reúne o que mais gosto num atleta de futebol: joga no Botafogo, é um ‘craque’ e um homem que faz dos mais desfavorecidos ‘craques’ no seu mundo de solidariedade!

Bem hajas, Zé Carlos! És o meu novo ídolo botafoguense! Vivam as chuteiras da alegria!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Basquetebol: resultados de finais

Os resultados de finais vitoriosas e os marcadores individuais, bem como a composição das equipas, cobrem apenas os últimos anos. Exorta-se os leitores do blogue a enviarem informação quantitativa e qualitativa com interesse para a história do Botafogo, quer através de comentários (liberados no blogue) quer através do correio Internet (mundobotafogo@gmail.com). Todas as colaborações serão creditadas aos seus autores.

Os resultados de finais vitoriosas que se conhecem, incluindo os ‘encestadores’, são os seguintes:

· 2006: Campeão Estadual de Basquetebol feminino adulto
Botafogo 65x52 Fluminense e Botafogo 59x49 Fluminense [Alice (19), Tata (10), Helena (10), Josiane (8), Kelly (6) Patrícia Brunharo (4) Andressa (2)]

· 2006: Campeão do X Encontro Sul-Americano de Basquetebol feminino mirim
Botafogo 41x33 APABAF

· 2006: Campeão Estadual de Basquetebol feminino infanto-juvenil
Botafogo 51x56 Mangueira e Botafogo 57x49 Mangueira [Patrícia Brunharo (10), Joseane Bazílio (10), Gabriela Azevedo (8), Tâmara Souza (8), Ana Silva (7), Sílvia Paes (6), Andressa Arantes (5) e Fernanda Paes (3)]

· 2006: Campeão Estadual de Basquetebol feminino infantil
Botafogo 93x53 Germânia [destaque para Andressa Arantes (34), Joseane Basílio (21) e Patrícia Brunharo (21)]

· 2006: Tetracampeão Estadual de Basquetebol feminino mirim
Botafogo 58x42 Tijuca e Botafogo 42x37 Tijuca [Lais Paulo (16), Nathália Lobato (16), Francine Lima (7), Bruna Silva (3)]

· 2005: Tricampeão Estadual de Basquetebol feminino mirim
Botafogo 60x57 Tijuca [Lais de Paulo (15), Mariana Rocha (14), Letícia Borges (12), Déborah Benvenuto (10), Luciane Zicarelli (4), Tais Lemos (4), e Bathalia Lobato (1)]

· 2004: Campeão do VIII Encontro Sul-Americano de Basquetebol feminino mirim
Botafogo 70x74 Sinodal [Joseane Bazílio foi eleita destaque do campeonato e bateu o recorde de pontos num jogo, com 64 pontos]

· 2003: Campeão da Copa Eugenia Borer invicto de Basquetebol feminino mirim
Botafogo 55x37 Tijuca

Fontes principais
http://www.basketrio.com.br/
http://www.botafogonocoracao.com.br/
http://www.cbb.com.br/
http://www.guilhermekroll.com/index.asp

Basquetebol: 1º campeão brasileiro entre cariocas


Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde em 1892 graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou contacto pela primeira vez com o basquetebol.

Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde em 1892 graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou contacto pela primeira vez com o basquetebol.

Em 1894, o americano Augusto Shaw foi convidado para docente do tradicional Mackenzie College, em São Paulo, levando na bagagem uma bola de basquetebol. Após muita persistência ele conseguiu convencer os alunos de que não se tratava de um jogo exclusivo de mulheres e criou a equipa do Mackenzie College, ainda em 1896.

Em 1912 aconteceram os primeiros torneios de basquetebol do Rio de Janeiro e em 1939 o Club de Regatas Botafogo tornou-se o primeiro clube brasileiro de basquetebol a vencer uma equipa americana.

As equipas do Botafogo possuem grandes tradições no basquetebol, tendo obtido dez títulos de Campeão Estadual masculino desde 1939 e sete títulos de Campeão Estadual feminino desde 1955. Ambas as equipas foram tetracampeãs cariocas; a equipa masculina em 1942-1943-1944-1945 e a equipa feminina em 1960-1961-1962-1963. A equipa feminina tornou a ser campeã estadual em 1995 e 2006.

Porém, o maior feito conseguido pelo Botafogo foi sagrar-se o primeiro clube carioca a vencer o Campeonato Brasileiro de Basquetebol masculino em 1967. A equipa era formada por José Luiz Pereira, Raimundo Grossi, Cláudio Devoto, César Sebba, José António Gonçalves, Aurálio Tomasini, Carlos Netto, Otto Ditrichi Júnior, Édson Ramos, José Carlos Ciavella e Ricardo Conde. O técnico era Tude Sobrinho.

No que respeita a figuras, destacaram-se grandes basquetebolistas entre os quais: Óscar Zelaya, campeão carioca, brasileiro e olímpico em 1936; Sérgio Macarrão na década de 1960; Neuci Ramos da Silva, tetracampeã de basquetebol em 1963, medalha de prata em 1963 e 1957 e medalha de bronze em 1955 nos Jogos Pan-americanos; Marcelinho na década 1990.

O Botafogo também produziu dirigentes nacionais, de entre os quais se destaca Gerasime Bozikis (jogador e dirigente), que chegou a Presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol.

Gerasime Bozikis, ‘O Grego’, iniciou-se no basquete aos 10 anos ainda em Atenas e no Brasil jogou no Nova Friburgo, no Syrio e Libanês, América, Tijuca e, finalmente, no Botafogo. Mais tarde foi director e vice-presidente do Botafogo; em 1982 entrou para a Federação de Basquetebol do Rio de Janeiro como Vice-presidente Técnico e foi Presidente entre 1985 e 1997, tendo assumindo desde este último ano o cargo de Presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol.

Fontes principais
Pepe, Braz; Miranda, Luiz; Carvalho, Óscar (1996), Botafogo o Glorioso – uma história a preto e branco, Petrópolis: Ney Óscar Ribeiro de Carvalho
http://www.basketrio.com.br
http://www.botafogonocoracao.com.br
http://www.cbb.com.br
http://www.geocities.com

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Quem será o melhor jogador durante o campeonato?

Resultados da enquete:

Castillo: 6 voto (20%)
Ferrero: 10 votos (33%)
Jorge Henrique: 9 votos (30%)
Lúcio Flávio: 5 votos (17%)
W. Paulista: 0 votos (0%)

[Votação entre 28/01-03/02/2008]

sábado, 2 de fevereiro de 2008

7ª vitória consecutiva: vencer sem convencer

O Botafogo começou a partida tecnicamente bem, jogou razoavelmente fechado na defesa, superiorizou-se ao Vasco devido à rapidez imprimida às jogadas e acabou por inaugurar o marcador num golaço de Zé Carlos. O Vasco reagiu ao gol, como seria natural, mas o Botafogo continuou a jogar discreto, aguentou-se bem na defesa e tornou a marcar após a cobrança de escanteio.

Porém, Jorge Henrique lesionou-se, foi substituído e o ataque do Botafogo eclipsou-se. Parecendo que estava jogando pouco, a verdade é que a energia e as desmarcações de Jorge Henrique dificultam o trabalho de qualquer defesa e dão espaço aos companheiros para entrar na área.

Na segunda parte a defesa do Botafogo abriu-se novamente como noutros jogos, o Vasco entrou e marcou aos dois minutos. A bola foi centrada, a defesa falhou, o adversário cabeceou forte e a bola bateu nas mãos de Castillo e entrou. A seguir Zé Carlos foi expulso – em minha opinião deveria ter sido apenas cartão amarelo –, o Botafogo desconjuntou-se e o Vasco empatou num rebote de uma bola novamente espalmada para a frente por Castillo.

O Botafogo tentou segurar o empate (a saída de W. Paulista e a entrada de Édson faz adivinhar o novo esquema), mas acabou por ganhar através de um penalty cometido sobre Fábio e assinalado por Lúcio Flávio já no final do confronto. A 5ª vitória consecutiva no campeonato e 7ª este ano mostrou, contudo, que este Botafogo é extremamente semelhante ao Botafogo de 2007, tal como tenho vindo a referir.

O ataque, enquanto esteve organizado, foi bem, mas a defesa claudicou novamente na 2ª parte. As bolas centradas para a área botafoguense são praticamente meio gol e o goleiro é bastante fraco, quer nas saídas pelo alto quer no afastamento de bolas perigosas. Do que se viu até agora, a defesa continua a fraquejar e Castillo é responsável, pelo menos, por três gols dos adversários.

É impressionante como este Botafogo se assemelha tanto ao de 2007, quer no esquema ofensivo quer no esquema defensivo, e até mesmo no goleiro. As forças e as fraquezas são muito semelhantes e isso mostra várias coisas: a) a capacidade do treinador em colocar uma equipa a jogar ofensivamente, mesmo tendo jogadores que se conhecem mal; b) a incapacidade do treinador armar a defesa, quer no jogo pelo alto quer na permissão dos adversários a entrar facilmente na área (vê-se vezes demais os adversários isolados na área!); c) o treino de goleiros parece continuar destinado ao fracasso, porque Castillo continua a sair mal e a afastar pessimamente as bolas, acabando algumas em gol; d) a insistência em jogadores como Renato Silva, cujo (mau) futebol parece ter contagiado Ferrero, não beneficia esta equipa. Penso que quer o Renato quer o Alessandro não são jogadores para esta equipa, apesar deste último se esforçar bastante.

Deve-se realçar que, pelo menos, a equipa tem a vantagem de não ter o tricolor Dodô nem quaisquer outros craques. Assim, o ataque deixou de jogar ‘enrolado’ à volta do tricolor Dodô e a equipa é mais prática a jogar, marca gols ensaiados e aproveita as bolas paradas, bem como os jogadores colaboram mais entre si (em minha opinião, W. Paulista, J. Henrique e Zé Carlos têm triangulado bem para o tempo que jogam em conjunto). Não deixámos de marcar gols bonitos (que golaço, Zé Carlos!) e passámos a marcar também gols oportunos à medida do saudoso André Lima (bom gol, Túlio!).

Em suma, vencemos novamente, mas não convencemos ainda, porque o Botafogo tornou a complicar o que parecia fácil. O Botafogo jogou a 2ª parte de um tal modo que tanto poderia vencer como perder. Para se ser campeão não se pode viver esta angústia, dentro e fora do campo. Urge que Escalada esteja em forma, que as novas peças da defesa comecem a jogar, que o goleiro seja treinado nas suas falhas – e não desculpado publicamente como fez Cuca no último jogo –, que seja montada uma defesa segura para 90 minutos e não apenas 45 (é urgentíssimo, caramba!; o treinador continua sem ver isso?!?!?!) e que o 3-5-2 seja revisto, porque os jogadores não se adequam ao esquema.

As minhas observações sobre o esquema são muito semelhantes há quase um ano; outros companheiros botafoguenses também dizem o mesmo há quase um ano, as derrotas por causa disso foram bastantes em 2007 e não há maneira de se reconhecer que há aqui um problema. E enquanto não se reconhece que há um problema, obviamente que não haverá ninguém para resolver aquilo que não se reconhece como tal.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x2 Vasco da Gama
Gols: Zé Carlos (17’ 1ºT), Túlio (34’ 1T), Lúcio Flávio (pen.) (41’ 2ºT); Jorge Luiz (2’ 2ºT), Bruno Meneghel (32’ 2ºT)
Competição: Campeonato Carioca
Estádio Mário Filho, o ‘Maracanã’, 2 de Fevereiro de 2008
Arbitragem: Péricles Bassols; Wagner Santos e Jorge Luis Roxo (RJ)
Cartões amarelos: Diguinho (Botafogo); Jonílson, Abuda (Vasco)
Cartões vermelhos: Zé Carlos (Botafogo); Luizão (Vasco)
Botafogo: Castillo; Alessandro, Ferrero, Renato Silva e Triguinho (Abedi); Túlio, Diguinho, Lucio Flavio e Zé Carlos; Jorge Henrique (Fábio) e Wellington Paulista (Édson). Técnico: Alexi Stiva, o ‘Cuca’.
Vasco da Gama: Tiago; Wagner Diniz, Jorge Luiz, Luizão e Carlinhos; Jonílson (Bruno Meneghel), Beto, Leandro Bomfim (Amaral) e Morais; Alex Teixeira e Alan Kardec (Abuda). Técnico: Alfredo Sampaio.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Boliche: uma incursão nos jogos de salão

São Paulo concentrava a maioria dos boliches brasileiros e, no período entre 1963 e 1969, a cidade chegou a dispor de 96 boliches, muitos dos quais vieram a fechar devido à má qualidade das pistas.

Nessa época diversos cantores como Roberto Carlos e Elis Regina, bem como jogadores de futebol, eram proprietários de boliches. O último destes boliches a fechar – o Gran Boliche – foi em 1996, no qual os pinos ainda eram recolocados manualmente por pinboys.

Anos antes, em 1982, instalou-se o primeiro boliche oficial automático no Brasil, o Morumbi Bowling Show, que iniciou uma nova fase no desporto.

Segundo a minha pesquisa, os títulos do Botafogo foram conquistados durante os anos de 2001 a 2005.

O primeiro título conquistado foi o de Campeão Estadual de Boliche, categoria simples, em 2001, com a seguinte equipa: Daniel Raphanelli, Eduardo Macedo, Márcio Martins, Tininha Muelas, Marcel Gladulich, Toninho Carvalho, Valéria Stilben, Anderson Verçosa, Manoel Tavares, Álvaro Ferreira, Pedro Tavares, Milena Carvalho, Andras e Fernando Cherfen.

Nesse mesmo ano, o Botafogo obteve a Medalha de Bronze (3º lugar) no módulo bronze do Campeonato Brasileiro de Clubes e conquistou a Taça Brasil de Boliche masculino juvenil com a seguinte equipa: Pedro Tavares, Felipe Ventura e Márcio Martins [total de 732 pontos].

Em 2002 o Botafogo conquistou o Torneio Maria Lilia de Almeida Rego da Liga Norte de Boliche da categoria simples com a seguinte equipa: Daniel Raphanelli, Anderson Verçosa, Márcio Martins, Álvaro Ferreira e Tininha.

Em 2005 o Botafogo foi Campeão Estadual de Quartetos por Equipas.

Entretanto, individualmente destacou-se o então atleta juvenil, Daniel Raphanelli, que atingiu por duas vezes o recorde de 300 pontos, 12 strikes, e que obteve o 1º lugar em rankings estaduais nas categorias de base. As suas façanhas são destacadas em outro artigo.

Individualmente deve-se referir, ainda, em 2004, o título de vice-campeão estadual individual da 1ª divisão, obtido por Guto Cardoso, com os seguintes resultados finais: Guto Cardoso (Botafogo) 210x195 Caco Cruz (Vasco da Gama) e Guto Cardoso (Botafogo) 168x185 Márcio Vieira (Vasco da Gama).

No mesmo ano, P. Dias conquistou o título de campeão estadual individual da 2ª divisão, com os seguintes resultados finais: P. Dias (Botafogo) 161x157 Oliveira (Mangalarga); P. Dias (Botafogo) 185x168 Óscar (Fluminense); P. Dias (Botafogo) 180x150 Óscar (Fluminense) no desempate.

Fontes principais
http://www.bira.com.br/
http://www.boliche.com.br/

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