por ZATONIO LAHUD NETO
Amigo (virtual) muito querido
Niquito era barbeiro. Magrinho, baixinho, brincalhão e com uma verve fantástica. Além de torcedor fanático do Botafogo.
Vivíamos, eu e meu amigo Rogério, na casa dele em São José do Calçado, no Espírito Santo, a cidade onde nasci, pois éramos amigos de seu filho, o Carlos Alberto.
Meu pai era flamenguista doente, assim como o Osvaldo, pai do Rogério. Nós, querendo virar Botafogo por conta do grande time alvinegro da época: Manga, Rildo, Nilton Santos, Didi, Quarentinha, Amarildo, Zagalo e o encantador de sonhos infantis, o lúdico Mané Garrincha. Mas a pressão de nossos pais ainda nos deixava receosos de assumirmos nosso "botafoguismo", que já era irreversível, hoje sei.
Foi quando Niquito, agindo com alvinegra sabedoria, nos deu o xeque-mate!
– "Olha só, eu reservei duas vagas para vocês na torcida do Botafogo! Não tem mais lugar e tem muita gente na fila querendo entrar, por isso vocês têm de decidir agora se querem ser Botafogo! Se não quiserem digam logo pra liberar as vagas..."
– “Queremos!!!”, gritamos em uníssona alegria!
Tempos
depois, meu pai e o Osvaldo souberam da estratégia "niquitiana" e
andaram querendo dar uns bons tabefes no amigo desencaminhador de filhos. Já
era tarde...
2 comentários:
É sempre uma honra estar presente no mais completo acervo sobre o Botafogo que conheço. Saudações alvinegras!
E para mim é uma honra que o 'Barão de General Severiano' aqui esteja com as suas 'libertárias sapiências'. (rsrsrs)
Abraços Gloriosos.
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