quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Gil: um Búfalo ao ataque

Gilberto Alves, o Gil, também conhecido por Búfalo Gil, nasceu no dia 24 de dezembro de 1950, em Nova Lima, estado de Minas Gerais, e desempenhou a posição de atacante. Mais tarde tornou-se treinador de futebol, função que acabou por abandonar.

Aos 8 anos de idade, o menino Gil tirou retrato como mascote do Botafogo, sentado ao colo do grande Didi. Também foi o Botafogo o primeiro grande clube que lhe encheu os olhos.

Gil atuou por diversos clubes: Cruzeiro, Uberlândia, Vila Nova, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Real Múrcia, Coritiba, América, São Cristóvão e Farense. Era um atleta que aliava velocidade força e explosão, ganhando no corpo a corpo aos adversários e finalizando com remates portentosos, daí o apelido de Búfalo.

No Cruzeiro, Gil foi campeão juvenil em 1967 e 1969 e augurava-se-lhe um grande futuro. Porém, sem perspetivas de aproveitamento num time que contava com Tostão, Dirceu Lopes, Piazza e Zé Carlos, Gil foi emprestado ao Uberlândia. Quando retornou, o treinador Yustrich sentenciou: – “Garoto, trate de procurar time, aqui você não tem lugar!

Mas Gil tornou-se o melhor ponta-direita brasileiro à época, destacando-se na ‘Máquina Tricolor’ do Fluminense e depois no Botafogo, passando três anos em cada um dos clubes. Gil foi uma figura marcante na história do ‘Clássico Vovô’, pois fez 7 gols pelo Fluminense contra o Botafogo e 4 gols pelo Botafogo contra o Fluminense.

O melhor ponta-direita do Brasil é o Gil, é o Gil!” – rima simples, cantada em verso e prosa pelos torcedores do Fluminense e do Botafogo, na década de 1970.

O atleta estreou-se no Botafogo no dia 27 de março de 1977, justamente contra o Fluminense e… inaugurou o marcador! Nesse dia o Botafogo venceu o Fluminense por 2x0 e conquistou o Troféu Carlos Pace, em jogo válido pelo campeonato carioca. Eis a ficha técnica (crédito: Pedro Varanda, pesquisador; publicado no Mundo Botafogo):

BOTAFOGO 2x0 FLUMINENSE
» Gols: Gil 77’ e Manfrini 83’ (pen.)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 27.03.1977
» Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
» Público: 77.628 pessoas
» Renda: Cr$ 2.041.152,50
» Árbitro: Valquir Pimentel
» Botafogo: Ubirajara Alcântara, Perivaldo, Osmar, Renê e Rodrigues Neto; Carbone (Ademir Vicente), Paulo Cézar e Mário Sérgio (Manfrini); Gil, Nílson Dias e Dé. Técnico: Sebastião Leônidas.
» Fluminense: Wendell, Zé Maria, Miguel, Edinho e Marinho Chagas; Rubens Galaxe, Cléber (Geraldão) e Rivellino; Paulinho, Doval e Luís Carlos. Técnico: Mário Travaglini.
Obs: Reestreia de Paulo Cézar Lima ‘Caju’.

Gil realizou 157 partidas pelo Glorioso e marcou 53 gols.

O atleta jogou 40 partidas pela Seleção Brasileira, sofreu apenas 2 derrotas e marcou 12 gols, obtendo diversos títulos e participando na Copa do Mundo de 1978. Em 1976 teve um ano fantástico de Seleção Brasileira: venceu a Copa Rio Branco, a Copa Roca, a Taça Oswaldo Cruz e o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos, sendo neste o artilheiro com 4 gols. Nesse ano ainda se sagrou bicampeão carioca pelo Fluminense.

1 comentário:

Unknown disse...

Técnica,força e disposição ... algumas palavras para lembrar desse ótimo atleta!que brilhou no futebol brasileiro, principalmente na década de 70 e 80.

Botafogo 2x0 Bragantino - o melhor ensaio de futebol vertical

Crédito: Vitor Silva / Botafogo. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo alcançou uma vitória como lhe competia, em casa, pela...