terça-feira, 19 de setembro de 2017

Jô, retrato de uma sociedade…

por FÁBIO DE DEUS
Grande amigo do editor do Mundo Botafogo

são paulo e corínthians se enfrentaram ou na semifinal ou na final do paulistão (não me lembro ao certo). no primeiro jogo desse confronto, houve um lance em que o juiz errou ao marcar uma falta do atacante jô no goleiro do são paulo. o juiz deu um cartão amarelo pro atacante, que ficaria de fora da próxima partida por ser aquela sua 3ª advertência na competição.

jô é um perna de pau, mas tem feito gols importantes e seria um baita desfalque para o corínthians no jogo final do confronto.

o zagueiro do são paulo assumiu que quem deu o toque no goleiro foi ele próprio e o árbitro, com isso, voltou atrás na marcação da falta e do cartão.

jô jogou o 2º jogo, fez gol (se não me engano - e se não tiver feito, este não é o caso) e o corinthians superou o são paulo na disputa.

aquilo deu pauta para todos os jornais esportivos. 

jô ficou super feliz e orgulhoso com a atitude do adversário.

mas agora, jô fez um gol de mão, daqueles de deixar maradona com inveja.

jô comemorou, beijou orgulhoso o escudo da camisa e o corinthians venceu o vasco com esse gol escandalosamente irregular.

depois do jogo, jô teve a cara de pau de dizer que não tinha convicção de que a bola havia de fato tocado na sua mão.

jô é o retrato da nossa sociedade.

2 comentários:

Sempre Botafogo disse...

Prezado Rui Moura

Hoje me aconteceu algo que me remete à este fato. Fui abastecer o carro e quando fui pagar descobri que havia deixado o cartão em casa.
Falei com o frentista (coitado!)que eu voltaria. Ele chamou a gerente e falei que morava perto dali. Ela diz que todos falam que "moram pertinho, mas que nunca voltam).
Fui e voltei em 13 minutos. Fiz aparecer como num palco, e disse,assim como Roberto Carlos:" Eu voltei!"
E ao avistar, no posto, um muro de pequenas pedras disse: "Eu não sou o salvador do mundo! Mas como aquelas pequenas pedras faço questão de fazer a minha parte. Minha recompensa? Passei o cartão e vibrei com a liberdade que Deus concedeu a todas as criaturas.
Sem elogios que para mim seriam lisonjas eu senti que a honestidade não é política senão os políticos não estariam sendo denunciados na lava-jato. Mas uma escolha que fazemos enquanto conscientes.
Grande abraço

Ruy Moura disse...

Já me aconteceram coisas parecidas, amigo Humberto. Modéstia à parte, acho que de cada vez que fazemos isso reforça-se a ética que transportamos e que difundimos no nosso quotidiano.

Abraços Gloriosos.

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