A impunidade e a mídia
por ZATONIO LAHUD, ‘Barão de General Severiano’
In Facebook, um botafoguense muito lúcido e
querido
A impunidade e a mídia, essa
especificamente no caso do Flamengo, são alguns dos fatores que contribuíram
para o "show de horror" que parte da torcida rubro-negra proporcionou
no Maracanã e arredores na decisão da Copa Sul-Americana em que o clube da
Gávea perdeu o título para o Independiente, da Argentina.
Existem outros fatores, claro, mas
quero me ater ao papel da mídia, que incutiu na cabeça dos torcedores do
Flamengo que o clube é o maior do mundo em tudo, e que qualquer jogador que seja contratado é também o melhor que
existe.
O absurdo é tamanho que o goleiro Muralha, agora renegado,
chegou a ser convocado para a Seleção por pressão da mídia, sem falar no
meio-campo Diego, que não jogou nada durante todo o ano e está sempre na lista
do Tite, por quê será?
Se recuarmos um pouco no tempo, veremos que a mídia queria
porque queria que Felipão convocasse o glorioso Hernane Brocador para disputar
à Copa de 2014. Bem, sendo justo, reconheço que naquele timeco até que o
Brocador cairia bem.
No início deste ano, com as contratações feitas pelo clube, a
mídia vendeu aos torcedores do Flamengo que todos os títulos seriam conquistados
e que o elenco montado eram melhor que o do Barcelona e o do Real Madrid...
juntos! Criaram uma expectativa muito além da razoável e a frustração veio
na mesma proporção, e em forma de violência.
A irresponsabilidade da mídia, exacerbando o egocentrismo e a
mania de grandeza dos torcedores do Flamengo, ressalvadas as exceções de
sempre, também contribuiu para a selvageria ocorrida no Maracanã na noite de
quarta-feira passada.
Atenção: eu estou me referindo a parte da torcida do Flamengo, não ao conjunto de torcedores do clube. Tenho vários amigos flamenguistas que, apesar do egocentrismo rubro-negro, são pessoas maravilhosas e incapazes de agredir quem quer que seja por conta de futebol.
Atenção: eu estou me referindo a parte da torcida do Flamengo, não ao conjunto de torcedores do clube. Tenho vários amigos flamenguistas que, apesar do egocentrismo rubro-negro, são pessoas maravilhosas e incapazes de agredir quem quer que seja por conta de futebol.
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