domingo, 28 de agosto de 2022

Na Rota do Românico (I): montanhas, rios, doces, petiscos e vinhos

A vista panorâmica da serra e do rio a partir da casa de montanha.

 

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

 

Na Rota do Românico, entre serras e o rio Douro, escolhi uma casa de montanha com vista para o rio na região do Alto Douro Vinhateiro, apropriada para descansar e viver coisas simples por uns dias, como navegar em um cruzeiro, viajar em trem histórico, nadar em parque fluvial do rio Douro, saborear doces, petiscos e… os vinhos da região!

 

Alto Douro Vinhateiro é uma área com mais de 26 mil hectares, classificada pela UNESCO, em 14 de dezembro de 2001, como Patrimônio da Humanidade, na categoria de ‘paisagem cultural’, sendo rodeada de montanhas que lhe tributam características mesológicas e climáticas particulares.

 

A vista panorâmica diurna do rio e do comboio e noturna a partir da casa de montanha.

 

Esta região, banhada pelo rio Douro, produz vinho há mais de 2000 anos, entre os quais, o mundialmente célebre vinho do Porto.

 

As suas origens remontam à segunda metade do século XVII, época em que o vinho do Porto começa a ser produzido e exportado em quantidade, especialmente para Inglaterra.

 

Trata-se de uma zona particularmente representativa da paisagem que caracteriza a vasta Região Demarcada do Douro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo.

 

A casa de montanha e o casario do outro lado rio.

 

A paisagem cultural do Alto Douro combina a natureza monumental do vale do rio Douro, feito de encostas íngremes e solos pobres e acidentados, com a ação ancestral e contínua do Homem, adaptando o espaço às necessidades agrícolas de tipo mediterrâneo que a região suporta.

 

Esta relação íntima entre a atividade humana e a natureza permitiu criar um ecossistema de valor único, onde as características do terreno são aproveitadas de forma exemplar, com a modelação da paisagem em socalcos, preservando-a da erosão e permitindo o cultivo da vinha.

 

Os famosos vinhos da região representam o principal vetor de dinamização da tecnologia, da cultura, das tradições e da economia local.

 

Exportação de vinho do Porto nos primórdios do século XIX.

 

O grande investimento humano nesta paisagem de singular beleza tornou possível a fixação das populações desde a longínqua ocupação romana, e dele resultou uma realidade viva e em evolução, ao mesmo tempo testemunho do passado e motor do futuro, solidamente ancorado na otimização dos recursos naturais e na preservação das ambiências.

 

As milenares raízes dos vinhos durienses fazem flamejar qualquer alma, e beber um vinho do Douro é beber da própria história da região, onde nunca houve rei tão magnânimo como… o Vinho!

 

Fotos: Blogue Mundo Botafogo.

Fontes: pt.wikipedia.org; unescoportugal.mne.gov.pt; www.clubevinhosportugueses.pt

3 comentários:

Sergio disse...

Que beleza Ruy! Como esse decreto de patrimônio da humanidade foi realizado em 14 de dezembro é mais um motivo para visitar que sabe um dia essa belíssima região, afinal 14 de de dezembro é o dia do meu aniversário. Além disso, o vinho é o outro grande motivo, afinal sou fã dos ótimos vinhos portugueses, em especial dessa região.
Que você se divirta muito nesse seu descanso, e esqueçam um pouco a frustração desse time atual do Botafogo, pois a situação não está muito favorável. ABS e SB!

Ruy Moura disse...

Agora imagine, dentro de 3 a 4 anos, nós conversando numa noite de outono à lareira, bebendo vinho duriense, ouvindo música clássica e trocando impressões sobre o próximo jogo do Botafogo com o River Plate nas semifinais da Copa Libertadores... 😊😊😊
Abraços Gloriosos.

Sergio disse...

Belo pensamento, quem sabe? ABS e SB!

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