por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Dentre as
suas várias artes, João Moreira Salles escreve muito bem, mas consegue ser
admirável quando a sua escrita tem por objeto o ‘O Glorioso’ Botafogo de
Futebol e Regatas.
Desta
vez, o cineasta botafoguense enveredou pela revisão do que é ser botafoguense,
retomando o tema que publicara na Revista Piauí no 1º trimestre do ano passado
acerca do Botafogo de 2023.
Num texto
longo e sublime, Moreira Salles escreveu sobre “Nós, tão iguais e agora tão
diferentes”, refletindo sobre a eventual mudança na estrutura dos botafoguenses
após a conquista da Copa Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro.
A
publicação foi novamente feita na Revista Piauí, de fevereiro de 2025, edição
número 221. Imperdível.
Um
aperitivo para os leitores do Mundo Botafogo:
“Mesmo quem, como eu, nunca leu Anna Karenina
sabe como o livro começa: ‘Todas as famílias felizes se parecem, cada família
infeliz é infeliz à sua maneira.’ Desde 30 de novembro de 2024, tenho pensado
muito nisso. O que a frase sugere – que a felicidade é mais banal do que a
infelicidade, que a alegria é sempre igual a si própria – não me parece certo.
Quando, ao cair da tarde portenha daquele último dia de novembro, olhei à minha
volta e vi pessoas que choravam, que riam, rezavam, dançavam, cantavam, se
beijavam ou que, aturdidas, ficavam em silêncio; e mais tarde, ao saber dos que
passaram mal, dos que desmaiaram e voltaram a si sem acreditar no que acontecia
– Botafogo, campeão da Libertadores da América –, naquele momento tive a
certeza de que a alegria não é uma coisa só, mas muitas, talvez tantas quantos
forem os botafoguenses neste mundo.”
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