quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Botafogo 3x0 Vasco da Gama: finalmente um grande desempenho!

Esta gente merecia um jogo assim há muito tempo. Crédito: Botafogo de Futebol e Regatas.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Se a memória não me falha foi o primeiro jogo do ano em que o Botafogo se apresentou consistentemente predominante desde o início ao fim da partida, não obstante o Vasco ter entrado com uma marcação alta, que rapidamente foi anulada por lançamentos longos e jogadas bastante perigosas a nosso favor que culminaram numa grande oportunidade de gol aos 10’, com Léo Jardim aparecendo pela primeira vez para uma grande defesa a cabeçada de Joaquín Corrêa.

O Botafogo continuou a pressionar e a encurralar o Vasco na sua defesa, obrigando-o a errar passes e não deixando o adversário sair jogando a partir da defesa. E em certas jogadas o Botafogo não inaugurou o placar simplesmente porque falta-nos velocistas que consigam quebrar as linhas adversárias e, sobretudo, um ‘matador’, algo que Artur Cabral não consegue ser porque não se posiciona bem para finalizar de primeira e enrola-se com a bola quando a recebe, mesmo que em boas condições.

Cerca da meia hora de jogo Joaquín Corrêa recuperou uma bola que Santi Rodriguez acabou por rematar e obrigar novamente o goleiro vascaíno a uma boa defesa. Jogando muito bem, mas pecando em momentos decisivos de remate, daqui em diante o Botafogo desacelerou os ataques e o Vasco conseguiu equilibrar a disputa até as 45’, apesar de em nenhum momento ter sido realmente perigoso para as nossas redes, sendo Léo Linck praticamente um espectador privilegiado em campo.

Eis senão quando, em mais uma investida botafoguense, Joaquín Corrêa – que já faz jogos com desempenhos de grande nível – foi pisado dentro da grande área e o pênalti foi assinalado. Alex Telles, o nosso batedor oficial, cobrou mal no centro da baliza, mas Léo Jardim havia se atirado para o seu lado esquerdo e o Botafogo fez 1x0 aos 45+1’ num momento decisivo de ida para o intervalo.

Em nota à margem confesso que temo quando o Botafogo marca muito cedo, se deixa enlevar pela vantagem e passa a produzir muito pouco. Os tempos preferenciais de gol são nos minutos finais da primeira parte e nos minutos iniciais da segunda parte, quando o adversário é melhor surpreendido.

No entanto, não foi ao abrir da segunda parte que ampliámos o marcador, embora o tivéssemos podido fazer aos 52’ de jogo. Santi Rodriguez, que tem crescido muito em campo, tal como Joaquín Corrêa (contra as minhas expectativas pessimistas sobre o desempenho de ambos anteriormente), iniciou uma jogada disparando em direção à grande área adversária, tocou lateralmente para Vitinho, que centrou ao nível do solo para a meia-lua da grande área e Corrêa fez a bola embater no travessão.

O Botafogo mantinha-se por cima do adversário, tal como na primeira parte, e continuou ao ataque em busca de confirmar a sua supremacia, mas faltava um ‘matador’ na grande área para não desperdiçar oportunidades, em especial aos 67’ após um excelente passe de Savarino. No entanto, Savarino não desarmou e aos 71’, em contra-ataque, endossou novamente um passe espetacular para Artur, que se demarcou rapidamente à moda do que um 9 deve fazer (algo que o outro Arthur não consegue fazer), e no limite do impedimento alargou o placar. Botafogo 2x0.

Então, a partir daí o Botafogo tranquilizou-se e relaxou, certo? Errado! A equipe continuou jogando ao mesmo ritmo, dominando o Vasco e contrariando as nossas recentes críticas sobre o mau estado físico dos atletas (parece que a nova contratação de preparador físico funciona). E aos 77’, após cobrança de escanteio na ala esquerda, Cuiabano captou a bola e centrou ao segundo poste para David Ricardo de cabeça enfiar a redondinha no buraco da agulha entre Léo Jardim e o poste da baliza. Botafogo 3x0.

E incrivelmente, entre tropeços vários, estamos novamente à beira do G5, que dá direito a entrada direta na fase de grupos da Copa Libertadores, após uma partida muito bem jogada e radicalmente inversa das atuações recentes, o que é francamente surpreendente. É para continuar?...

A 4ª melhor defesa do campeonato ganhou ao 4º melhor ataque por números claríssimos e com uma exibição de invejar. Desta vez a estratégia foi bem montada e os jogadores corresponderam plenamente, anulando o Vasco que vinha de bons resultados e apenas uma única vez rematou enquadrado na baliza, parecendo o Botafogo dos últimos jogos…

Rapaziada, o calendário continua favorável e se repetirem esta exibição mais vezes teremos um bom prêmio de consolação garantindo presença na Copa Libertadores de 2026.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 3x0 Vasco da Gama

» Gols: Alex Telles, aos 45+1’, Artur, aos 71’, e David Ricardo, aos 77’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 05.11.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 11.355 pagantes; 13.321 presentes

» Renda: R$ 736.970,00

» Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ); Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ); VAR: Diego Pombo Lopez (BA)

» Disciplina: cartão amarelo – Alexander Barboza, Marlon Freitas e Artur (Botafogo); Matheus França, Fernando Diniz e David (Vasco da Gama)

» Botafogo: Léo Linck; Vitinho, David Ricardo, Alexander Barboza e Alex Telles; Marlon Freitas, Danilo (Newton) e Savarino (Cuiabano); Santi Rodríguez (Allan), Arthur Cabral (Chris Ramos) e Joaquín Correa (Artur). Técnico: Davide Ancelotti.

» Vasco da Gama: Léo Jardim; Puma Rodríguez, Carlos Cuesta, Robert Renan e Lucas Piton; Barros (Hugo Moura), Tchê Tchê (Matheus França) e Philippe Coutinho (Thiago Mendes); Andrés Gómez (GB), Vegetti (David) e Rayan. Técnico: Fernando Diniz.

Sem comentários:

Botafogo 3x0 Vasco da Gama: finalmente um grande desempenho!

Esta gente merecia um jogo assim há muito tempo. Crédito: Botafogo de Futebol e Regatas. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo Se a m...