sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Garrincha, nascido para o futebol em time de fábrica



Todos nós sabemos que a ‘eterna lenda’ do futebol brasileiro e mundial, de que um jornal chileno perguntou de que planeta viera, nasceu a 18.10.1933, em Pau Grande. A sua certidão de nascimento esclarece todas as dúvidas.


Desde cedo a bola foi a sua grande paixão e começou a sua trajetória futebolística em um time de fábrica, porque Garrincha trabalhou desde muito jovem na Companhia América Fabril Fábrica Pau Grande.

Em abril de 1951, Garrincha tinha Cartão de Identificação de Atleta (com a data de nascimento errada), mas já jogava futebol há bastante tempo no Esporte Clube de Pau Grande, enquadrado na companhia fabril mencionada.


Não são conhecidas muitas fotos da época, e menos ainda em bom estado. Porém, pode-se identificar Garrincha no time juvenil de fábrica ainda no final da década de 1940.


A foto mais nítida data de 1950, na qual Garrincha integra o time de futebolistas da fábrica de indústria têxtil de Pau Grande.


A imagem pertence ao acervo da ABTT – Associação Brasileira de Técnicos Têxteis: em pé, da esquerda para a direita: Técnico Roberto Leite, Nonô, Duca, Batista, Jorge Marcelo, Zé Pires e Sílvio Bicheiro; agachados da esquerda para a direita: Garrincha, Vú, Diquinho, Arlindo Fumaça e Hélio França.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo); Imagens Internet.

4 comentários:

FRANCO ALDO disse...

Rui, lendo o seu artigo a respeito do monstro Garrincha, não tem como a gente não associar a história do Mané com as páginas muito bem escritas de Ruy Castro, na obra: ESTRELA SOLITÁRIA - Um brasileiro chamado Garrincha.
O livro é de 1995, mas de uma lucidez e sinceridade nas palavras que nos parece que os idos de 60 foi algo de minutos antes.
A obra do seu xará não deve ser novidade pra você, mas é sempre bom relembrar livros como o do Ruy Castro que é de leitura obrigatória para todo Botafoguense, ou melhor, para os amantes do futebol.

Ruy Moura disse...

Meu estimado amigo Franco, eu tenho todas as obras publicadas sobre o Glorioso, incluindo a 1ª obra da autoria do 'mestre' Alceu Mendes de Oliveira Castro, mas confesso que não gosto realmente da obra do Ruy Castro. Nesse ponto divergimos.

Flamenguista muito inteligente o RC consegue uma obra aparentemente notável que destaca realmente a descrição de um bêbado. Em boa verdade, nenhum flamenguista perdoou a Garrincha ser tão bom e não representar o flamengo. Pelo contrário, deu bailes ao flamengo, que nunca ganhou nada ao Botafogo a não ser a partir da década de 1990 com as arbitragens e a Globo. A raiva e o despeito são tão grandes que ainda hoje a mídia vai buscar irmãs flamenguistas de Garrincha para deporem sobre o rubro-negrismo dele. Absurdo e ridículo.

O próprio Zico confessou há pouco tempo toda a raiva ao Botafogo. Todos os flamenguistas a têm de nós. E, em minha opinião, Ruy Castro vingou-se intelectualmente fazendo uma obra de alto nível para realçar um Garrincha bêbado. Mas a história da bebida em Garrincha é outra.

Sei que muita gente gosta dessa obra por razões respeitáveis de cada qual, mas fico com a minoria que não gosta dela.

Abraços Gloriosos.

FRANCO ALDO disse...

Rui, entendi o seu ponto de vista. Mas como vc mesmo disse, Ruy Castro escreveu a história de uma tragédia, a do bêbado. A fabulosa história de conquistas no Botafogo e na Seleção foram apenas ornamentos, nada mais.
O fulcro é a bebedeira, a irresponsabilidade da pessoa Manoel dos Santos e sua relação amorosa com Elza.
Eu ia comentar a respeito do RC ser flamenguista, mas pelo que o escritor se propôs a escrever, na minha opinião, foi muito bem escrito.
Fazendo um paralelo com o livro de Marcos Neves (Heleno), nota-se a diferença de estilos, mas a proposta é quase a mesma: fazer história em cima de uma tragédia.
Seja como for, um livro que tratasse somente das glórias e conquistas de Garrincha, na pena de RC, talvez, fosse bem mais aceito e com certeza bem mais agradável.

Ruy Moura disse...

É isso emsmo, Franco: "Ruy Castro escreveu a história de uma tragédia, a do bêbado."

Ora, essa é apenas a pequena parte da história do mais espetacular futebolista de todos os tempos e da figura simples, sensível e inteligente de Mané garrincha. Vá à etiqueta ' memorial Garrinhca', aqui no blogue, e veja as inteligentíssimas observações de Garrincha e a magnífica vida de simplicidade e ecologia em que vivia. Garrincha, quase analfabeto funcionalmente, jamais dizia lugares comuns como tantas personalidades da vida pública o fazem. As suas observações e comentários eram de uma inteligência fora do comum. Para ela uma cana de pesca era melhor do que uma festa e os seus ensinamentos de felicidade em coisas simples da vida são notáveis...

Porém, quiseram-no queimar por ser botafoguense, por ter vida extra-conjugal com Elza Soares, por humilhar em campo o flamengo. Quanto à bebida, não foi mais do que o que outros atletas beberam. Mas Garrincha teve um momento de azar que permitiu aos seus detratores transformar a sua vida em tragédia: teve um acidente a conduzir com álcool um autómovel em que a mãe de Elza morreu. Foi aí que a 'tragédia' começou. Mas essa não é a vida de Garrincha. É um episódio que dispenso. Garrincha era tão rico humanamente que um autor de boa fé faria um verdadeiro best-seler se explorasse todas as inúmeras facetas fantásticas da sua vida. Mas Ruy Castro escolheu a bebida. Porquê, Franco? Porquê? Foi desforra intelectual, pura e dura.

Abraços Gloriosos.

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