segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Competir ou revelar?!...

A Comissão Técnica do Sub-20 foi dispensada por Manoel Renha com a alegação de que as equipes de base não são para competir, mas para promover revelações. Entendo a ideia. Não é nova, e Renha já tinha dito isso mesmo anteriormente.

Donde, sabendo-se isso, não vou discutir a justeza da medida de demissão de uma Comissão liderando invictamente o campeonato da categoria. Porém, tendo em consideração que Arlindo, Dedé, Dimas, Jairzinho, Mura, Othon, Roberto Miranda, Zé Carlos e outros tantos craques – que foram titulares da equipe principal nos anos subsequentes e alguns deles campeões do mundo em 1970 – fizeram parte da equipe de juniores tetracampeã carioca de 1961/62/63/64, peço a algum dos leitores que me explique:

– Qual é a incompatibilidade entre vencer jogos, liderar um campeonato e revelar valores individuais para a equipe principal?

Parece-me que Renha está confundindo a equipe B que não tem, tal como sucede com os maiores clubes dos países europeus que disputam a 2ª divisão com as suas equipes B e não são declarados campeões mesmo que fiquem à frente do campeonato, com as equipes de bases que efetivamente tem. Não competir desde as bases (equipe B não é ‘base’) não incute ambição, não prepara mentalmente, não cria espírito ganhador na rapaziada. Ou estarei realmente enganado?

4 comentários:

Sergio disse...

Não vejo incompatibilidade entre formar jogadores e ganhar títulos na base, o ideal seriam as duas coisas. Meu amigo Rui, agora me ocorreu uma dúvida, pois se não me falha a memória, me lembro de eu e meu pai irmos ao Maracanã para ver o time juvenil receber as faixas pelo penta campeonato. Me lembro inclusive que o jogo principal o flamengo também receberia as faixas, pois havia sido campeão e o resultado do jogo foi Botafogo 1X0, gol de Gérson de falta. Nesse dia começaria um longo jejum de vitórias dos cathiformes sobre o Botafogo, pois naquela época não havia arbitragem que desse jeito. Aguardo as informações sobre minha dúvida. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Confesso, Sergio, e continuo humildemente a admitir o meu engano se me provarem o contrário, que a incompatibilidade é inversa, isto é, existe incompatibilidade (ou pleo menos limitações) quando estas duas coisas não se juntam: títulos, que geralmente geram revelações; revelações, que são capazes de conquistar títulos...

Quanto ao jogo das faixas esclareço o seguinte: o Flamengo foi campeão carioca de 1963 e 1965 no escalão principal; o Botafogo foi tetracampeão juvenil em 1961/62/63/64. Se assististe a um jogo de entrega de faixas a ambos, então admito que isso terá ocorrido em 1963, quando ambos os clubes foram campeões no juvenil (Bota) e no principal (fla).

Abraços Gloriosos.

Sergio disse...

Rui, eu acho que foi o título de aspirantes, me lembro que meu pai só foi a esse jogo para ver o time dar a volta olímpica. Aliás, em se tratando de Botafogo, meu pai comemorava qualquer título, até cuspe a distância. Uma pena que morreu 9 anos antes de ver o Botafogo campeão novamente, mas ele viu o grande Botafogo desde 48. Mas no jogo principal tenho absoluta certeza que o Botafogo botou água no chopp do flamengo, ganhando de 1X0, gol do Canhota de falta. O Botafogo seria campeão juvenil novamente em 66. Como o Botafogo era fantástico. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Se foi jogo de aspirantes, então foi no título dos cathartiformes de 1965, porque o Botafogo foi campeão de aspirantes nesse ano. Títulos de Aspirantes do Botafogo: 1944, 1945, 1958, 1959 e 1965. Fique então sabendo a data da ocorrência: 19.12.1965 - Botafogo 1x0 Cathartiformes. Abraços Gloriosos.

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