Se me
perguntam “qual é o teu time?” eu respondo: – “Nenhum.” Se me perguntam “qual é
o teu clube?” eu respondo orgulhosamente: – “BOTAFOGO!”
Quando
escolhi o Botafogo [ou, satisfazendo uma parte da torcida, quando fui ‘eleito’
para ser Botafoguense] não escolhi futebol. Escolhi o Botafogo. Escolhi um
Clube e não uma modalidade desportiva. Eu amo o Botafogo, não o futebol.
Não me passa
pela cabeça a possibilidade de o Botafogo vir a ser um mero time de futebol,
sem outras modalidades desportivas. Sou defensor do Botafogo social, do
Botafogo que mesmo antes de Garrincha e de Nilton Santos era um Clube enorme e
respeitado, não porque ganhasse muitos títulos, mas porque tinha uma vibrante
vida social a par do futebol e de outras modalidades.
Todavia, o
nosso Clube não pode [ou não deve] andar ao sabor das circunstâncias no que
respeita às suas modalidades desportivas. Na diretoria do ‘bandido’ passou a
haver judô, taekwondo, póquer, futebol 7, futsal, etc., mas agora algumas
dessas modalidades foram encerradas. Recuperou-se o voleibol e o basquetebol
nas equipes principais, após terem sido modalidades abandonadas a nível dos
seniores. Atualmente temos maratonas aquáticas e, mais recentemente ainda,
‘saltos ornamentais’ com aspirações olímpicas. E, contudo, apesar de administrarmos
um estádio olímpico, nunca retomamos a reconstrução de uma equipe de atletismo,
o desporto rei de todos os desportos.
Desejo a
melhor sorte aos saltos ornamentais e vibrarei com títulos que eventualmente
ganhemos, mas de uma vez por todas devíamos definir uma política de modalidades
e não andarmos ao sabor das circunstâncias, sem consolidar as modalidades que
temos. Na verdade, só existem duas modalidades verdadeiramente consolidadas: o
futebol e o remo, que são modalidades estatutariamente obrigatórias. As demais
vão e vêm ao sabor dos gostos e das vontades pessoais ou oscilam entre
desempenhos muito bons e desempenhos muito maus, como é o caso da natação.
Já tivemos
37 modalidades desportivas. Mas temos fortes tradições no futebol, no remo, no
voleibol, no basquetebol, na natação, no pólo aquático e ultimamente no futsal
e no futebol 7. Não estará em boa altura de consolidarmos – além do já consolidado
futebol e remo – tais modalidades? E, já agora, com um estádio olímpico, não
será de pensar em reconstruir-se a equipe de atletismo, outrora campeã
sul-americana?
Os apoios
financeiros às modalidades existem e há patrocínios disponíveis se forem
procurados. Criar-se fortes direções de departamentos desportivos, apoiá-las em
busca de financiamentos e patrocínios e, finalmente, autonomizar-se os
departamentos quando reunidas as condições da sua sustentabilidade, são
políticas inadiáveis num grande CLUBE DESPORTIVO.
2 comentários:
Boa noite, exatamente como penso companheiro, deveríamos profissionalizar todos estes departamentos esportivos no clube, pessoas capazes sei que temos, na posse das CNDs agora abre caminho para que conseguamos bons incentivos tanto no âmbito federal como privado. Esportes como o vôlei e o basquete que tem bastante apelo do público no Brasil, atrás apenas do futebol, são mais fáceis de se conseguir apoio basta apresentar um projeto de médio a longo prazo, estrutura física e iniciação com as crianças já temos num bom nível para apresentar a um futuro investidor, pois bem, tomara que o Guilherme consiga botar uma equipe mais forte este ano em quadra no vôlei para vencermos a série b e finalmente jogarmos a Super Liga em 2017, fiquei animado quando escutei ele dizer na rádio Botafogo que já dispunha de um milhão e meio só para o vôlei, agora é torcer também para o Garrido consegui parceiros para o Basquete pois jogaremos a supercopa brasil este ano e seria bom entrar para ganhar e não só participar né, abraço fique com Deus!
Inteiramente de acordo, companheiro. Os incentivos e os patrocínios - apesar da crise - existem se forem procurados com profissionalismo. Poderíamos ter um Clube espetacular!
Abraços Gloriosos.
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