por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1965]
Nem as boas arrecadações do Rio-São
Paulo (o triplo em trelação a 1964) aliviaram a crise A concorrência
estrangeira provocara uma elevação geral dos salários, inflacionando os valores
dos passes. Mas isto não foi coberto pelas bilheteiras, [...] por causa do
desemprego em massa e do arrocho salarial. Enquanto os cinemas cobravam mil
cruzeiros por uma entrada, [...] pagavam-se, no máximo, seiscentos por uma
arquibancada. […]
O Vasco voltou a reivindicar um
reajuste. [...] Armando considerou a pretensão uma “audácia” e apelou: “Negue,
Governador, porque os clubes cariocas já não merecem esse estímulo. Há muito
tempo que o futebol carioca não dá uma prova de apreço ao seu público”.
[Nota
do Mundo Botafogo, a título excecional: à distância de 50 anos, as tomadas de
oposição do trio botafoguense João Saldanha / Armando Nogueira / Sandro
Moreyra, que à época fariam chorar as pedras da calçada, hoje fazem-nos rir,
sobretudo conhecendo o que se passou no futebol carioca entre 1965 e 1970,5 que
culminou com uma impressionante participação de atletas na conquista da Copa do
Mundo de 1970, no México]
Fonte do excerto: VILARINHO, C.
F. (2016). O Futebol do
Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 284-285.
LOCAIS DE AQUISIÇÃO DA OBRA: É
distribuída pela Editora e Distribuidora Mauad X (ver portal) e pode ser adquirida nos portais das
grandes livrarias do Brasil, na Internet,
e nas suas lojas, como, por exemplo, a Livraria da Travessa e a
Livraria Pontes. Também pode ser adquirido na tradicional Livraria Folha Seca, na Rua do
Ouvidor nº 37.
Sem comentários:
Enviar um comentário