E após o 1º fiasco de 2018 com a eliminação pífia da
Copa São Paulo Júnior, eis o 2º fiasco na estreia do Botafogo pelo campeonato estadual
jogando em casa e mantendo a já longa série não vitoriosa no Niltão.
Certos comentários sobre a 1ª parte do Botafogo
contra a Portuguesa realçam a falta de ritmo face a uma maior preparação física
do adversário. Ora, a ser verdade, significa que o Botafogo começou o ano com o
pé esquerdo no que respeita a planejamento, atrasando-se no seu início,
titubeando na preparação e acabando por encarar com pouca dignidade o jogo de
estreia do campeonato estadual. E recolhendo ao intervalo com 0x2 no placar.
Porém, outros comentaristas realçam que o Botafogo
jogou novamente com uma imensa apatia, morosidade e ineficiência num 1º tempo
redondinho sem objetividade, e que após o intervalo, necessitando recuperar o
prejuízo, então jogou mais seriamente, mais solto, encurralou a Portuguesa no
final e acabou por empatar. Ora, se estava sem preparação para iniciar o
campeonato – justificando a pífia 1ª parte –, então… conseguiu preparar-se no
intervalo de apenas quinze minutos para atacar com mais força a 2º parte?...
Não, meus amigos, o que ocorreu foi simplesmente o
mesmo desempenho do passado recente: displicência, falta de objetividade,
passes desacertados, erros elementares… E alguma vergonha que valeu um pouco
mais de empenho numa 2ª parte também muito pouco aproveitável.
O que se afigura, meus amigos, é que 2018 vai ter um
triste desempenho dos órgãos dirigentes, incapazes de uma gestão objetiva,
competente, ambiciosa e visionária, independentemente de constrangimentos
financeiros com os quais teríamos sempre que contar – e que, por isso mesmo,
exigiriam ainda mais objetividade, competência, ambição e visão para suprir as
dificuldades.
Durante dez anos defendi um planejamento
responsável, passo a passo, ano após ano, atingindo objetivos priorizados. Isto
é, priorizar a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana, mais fáceis de
conquistar, depois o G4 e a Copa Libertadores, após uma maior consistência
técnica e financeira do Clube, e, finalmente, procurar conquistar o Campeonato
Brasileiro, a prova mais longa e difícil de todas.
Porém, desisto definitivamente da ideia enquanto a
realidade for aquela que é. As diretorias do Botafogo provaram que não estão à
altura dos pergaminhos do Clube, nem são capazes de planejar e gerir com
competência, sendo absolutamente incapazes de, consistentemente, obterem algum
dos títulos mencionados. Assim, aconselho que o objetivo seja o campeonato estadual,
porque além dos ‘carioquinhas’ não fomos nem somos capazes, há 22 anos, de
conquistar seja o que for – porque na hora decisiva os erros acumulam-se e são
fatais.
Em 2017, os sucessivos erros da Diretoria e da
Gerência de Futebol mostraram à evidência que o nosso destino conquistador é o
campeonato estadual. E, assim sendo, pede-se, pelo menos, que os Dirigentes, a
Comissão Técnica e os Jogadores tenham capacidade de enfrentar com seriedade e
brio essa competição.
Creio que o tempo da paciência se esgotou e os
torcedores devem enfrentar a verdade: ou combatem esta verdadeira rede de
incapacidades instaladas no nosso Clube com vista a obter novos rumos ou
limitam-se a aspirar ao título de campeão estadual mimando Diretorias incapazes
com pessoas instaladas há anos à frente dos destinos do Clube e afastando-o,
ano após ano, da recuperação da sua Glória.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x2 Portuguesa
» Gols: Brenner, aos 53’ (pen.) e Marcos Vinícius, aos 90’+4 (Botafogo); Sassá,
aos 9’ e 35’ (Portuguesa)
» Competição Campeonato Carioca – Taça Guanabara
» Data: 16.01.2018
» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 4055 pagantes
» Árbitro: Bruno Arleu de Araújo; Assistentes: Gilbert
Sisquin e Luiz Antonio de Oliveira
» Disciplina: cartão amarelo – João Paulo (Botafogo); Marcão,
Cássio, Jonathan (Portuguesa)
» Botafogo: Jefferson, Arnaldo, Joel Carli (Marcelo), Igor Rabello e Gilson;
Matheus Fernandes (Rodrigo Lindoso), João Paulo, Luiz Fernando (Lucas Campos) e
Leo Valencia (Marcos Vinícius); Rodrigo Pimpão (Ezequiel) e Brenner. Técnico: Felipe
Conceição.
» Portuguesa: Milton Raphael; Cássio, Luan, Marcão e Diego Maia; Muniz (Abuda),
Jhonnatan e Maicon Assis (Philip); Sassá (Rayllan), Alexsandro e Romarinho (Manteiga).
Técnico: João Carlos
Ângelo.
Sem comentários:
Enviar um comentário