por ADILSON
TAIPAN
In ‘Camisa 7’,
livro de poesias publicado em 2008
Betinha foi minha namoradinha
Nos tempos de escola.
Tínhamos o mesmo gosto e atração.
Ninguém estranhou quando nos viram de mãos dadas.
O Fogo nos incendiava na pureza infantil,
era namorinho de criança
Feito brincadeira de boneca e carrinho.
O Fogo nos incendiava na pureza infantil,
era namorinho de criança
Feito brincadeira de boneca e carrinho.
Ela cantava e eu escrevia,
A dupla que a Estrela Solitária iluminava.
Veio a falta de título, desespero,
A guerra pela conquista entrou no meio
E separou o casal do brilho perfeito.
Caí na vida, lutei, politiquei,
Passei aperto durante 21 anos.
Numa loja de eletrodomésticos
Escutei uma voz conhecida,
Gravada a ferro em brasa no meu subconsciente.
Era ela, toda linda, bela...
Comprei a televisão
E entrei no aparelho via satélite,
Me disfarcei de adulto.
Sou seu fã, por favor, um autógrafo.
Perguntou meu nome... Poetinha...
Olhou desconfiada,
O computador da mente entrou em pane;
Lágrimas vieram, beijou meu rosto,
Fiz um rabisco no chão
E pulamos amarelinha.
Era a mesma paixão
Como nos bons tempos.
Crédito da foto: Acervo O Globo.
Crédito da foto: Acervo O Globo.
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