quinta-feira, 18 de abril de 2019

Jargões do futebol: “galgar parâmetros em losangos flutuantes”

Drible da vaca

Alvaro Costa e Silva, da Folha de São Paulo, fala sobre o intragável jargão futebolístico da atualidade brasileira começando por citar Paulo Mendes Campos, poeta e cronista botafoguense, que recolhia exemplos muito interessantes de narradores e comentaristas:

– “Adentra o tapete verde o facultativo esmeraldino a fim de pensar a contusão do filho do Divino Mestre, mola propulsora do elevem periquito”. Ou seja: o médico do Palmeiras entrara em campo para atender o craque Ademir da Guia.

Sobre o jargão de hoje, Alvaro Costa e Silva exemplifica:

Fulano é importante porque ‘verticaliza’ a jogada.
Sicrano sabe fazer a ‘leitura’ da partida.
Beltrano é ‘diferenciado’.
Faltam ‘peças de reposição’.
Tem que entrar um jogador que ‘pense por ele e pelos outros’.
– ‘Galgar parâmetros’ em ‘losangos flutuantes’. (Sebastião Lazaroni sobre o que a sua equipe deveria fazer)

Mas Alvaro Costa e Silva considera que ‘professor’ mesmo é Tite:

Imposição de corpos na marcação.
Maleabilidade dos alas.
Performar o resultado.
Previsibilidade do erro.
Sinapses no último terço.
Externos desequilibrantes.

Ou como comentava ironicamente um torcedor em um twitter: “Poucos são os externos que agridem o último terço do campo. Muitos deles cortam para dentro sofrendo uma mutação e viram internos finalizadores”.

4 comentários:

Sergio disse...

Depois não sabem porque o futebol brasileiro anda mal das pernas. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Pernas desequilibrantes internas ou externas, Sergio?... Previsibilidade nas pernas? Performar as pernas?... Sinapses no último terço das pernas?... Ou... 'galgar pernas' em 'joelhos flutuantes'?... (rsrsrs) São mesmo malucos, Sergio! E o pior é que coisa semelhante se passa na política, no jornalismo, nas redes sociais... Anda mais de meio mundo 'mal das pernas'... o outro quase meio, idem...

Abraços Gloriosos, companheiro!

Carlos Eduardo disse...

Futebol é um jogo que precisa usar a inteligencia,porém o jogo é constuído na informalidade.
Esses termos nada mais são do que uma gourmetização do que já temos,se não,vejamos:

"IMPOSIÇÃO DE CORPOS NA MARCAÇÃO": Marcação alta,pressionando o adversario no seu campo(de preferencia),ou seja "chegar junto na marcação e se impor."

Maleabilidade dos alas: Laterais que podem compor o meio;atacam e defendem na mesma intensidade no seu setor.

Performar o resultado: Construir o resultado que te favorece.

Previsibilidade do erro: Descobrir qual é o erro principal que o time comete no jogo;por exemplo:o ultimo passe antes da conclusao da jogada.

Sinapse(???) do ultimo terço: parece nome de instituição religiosa,mas simplismente é: quais jogadores serão os responsaveis pela criação das jogadas para conclusão,usando o entrosamento e individualidade de cada um.

Externos desequilibrantes: Poderiam ser sobre dirigentes que agem nos "bastidores";mas pode ser:um jogador elemento-surpresa,ou alguém que fará o "lado" sendo agudo no ataque.

Futebol quanto mais simples melhor,falar o "boleirês" é simples.

Estão transformando a preleção em palestras daquelas que dão vontade de dormir e garanto para você que tem jogador que não entende naaada,os caras mal gostam de treinar(falo por experiencia propria de "boleiro" que é MELHOR JOGAR kkk)
Abraços,Ruy!!!

Ruy Moura disse...

Exatamente, Carlos Eduardo! O mais grave de tudo é que os jogadores têm muita dificuldade em entender tais conversas, além de ser ridículo que treinadores queiram tirar uma onda de intelectuais. Intelectual é intelectual e não se confunde em coisa nenhuma com jogos de futebol ou conversa vã que não tem outro intuito se não tentar ingloriamente ganhar estatuto. Quantos treinadores de grande estatuto falavam/falam simples?... Os melhores...

Abraços Gloriosos.

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