sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Os novos reforços 2020 e o limite de estrangeiros

por PEDRO VARANDA
Pesquisador e colaborador do Mundo Botafogo

Eis os 12 reforços do Botafogo em 2020:

Rhuan Renato (zagueiro) [Brasil]
Guilherme Santos (lateral-esquerdo) [Brasil]
Alexander Lecaros (atacante) [Peru]
Pedro Raul (atacante) [Brasil]
Thiaguinho (volante) [Brasil]
Luiz Otávio (volante) [Brasil]
Bruno Nazário (meia) [Brasil]
Federico Barrandeguy (lateral-direito) [Uruguai]
Danilo Barcelos (lateral-esquerdo) [Brasil]
Warley (lateral-direito / ponta) [Brasil]
Gabriel Cortez (meia) [Equador]
Keisuke Honda (meia) [Japão]

Keisuke Honda é o sexto estrangeiro no atual elenco do Botafogo. O número excede o limite de cinco atletas relacionados para uma partida organizada pela CBF, ou seja, será necessário, em algumas oportunidades futuras, um revezamento.

Estão no plantel, por ordem de chegada ao Botafogo: o zagueiro argentino Joel Carli, o goleiro paraguaio Gatito Fernández, o atacante peruano Alexander Lecaros, o lateral-direito uruguaio Federico Barrandeguy, o meia equatoriano Gabriel Cortez e, finalmente, o meia japonês Keisuke Honda.

Botafogo 2x1 Resende

No horizonte nada de novo: os erros e os vícios permanecem. De positivo são os três pontos arrancados a ferro e fogo para dar algum fôlego de ainda se poder chegar às semifinais, o que não será fácil. Porém, a esperança é a útima que morre...

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x1 Resende
» Gols: Bruno Nazário, aos 54’ e Pedro Raul, aos 90+3’ (pen.) (Botafogo); Geovani, aos 25’ (Resende)
» Competição: Campeonato Carioca
» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 30.01.2020
» Público: 5.225 pagantes
» Renda: R$ 73.317,00
» Árbitro: Grazianni Maciel Rocha; Assistentes: Andréa Izaura de Sá e Thiago Rosa Esposito
» Disciplina: cartão amarelo – Alef, Rezende e Grasson (Resende)
» Botafogo: Gatito Fernández; Fernando (Barrandeguy), Joel Carli, Marcelo Benevenuto e Guilherme Santos; Cícero, Thiaguinho (Navarro) e Bruno Nazário; Luiz Fernando, Luís Henrique (Rhuan) e Pedro Raul. Técnico: Alberto Valentim.
» Resende: Ranule, Dieguinho, Grasson, Kevin e Murilo Henrique; Rezende, Vitinho, Geovani (Wescley) e Zizu (Rhayne); Caio Cézar e Alef (Thauan). Técnico: Edson Souza.

Série: Insanidades (23)

Piloto tentando ligar o motor de seu avião em pleno vôo

Botafogo 76x81 Unifacisa

E o descalabro continua: 4ª derrota sucessiva, as duas primeiras fora e as duas últimas em casa, 12º lugar em 16 participantes, beirando os lugares de descida de divisão. A previsão para estes quatro jogos seria três vitórias e uma derrota…

Desta vez o Botafogo entrou com o fogo todo e venceu o primeiro quarto pela boa vantagem de 25-17, mas logo o fogo virou cinzas e no segundo quarto a equipe perdeu rotundamente por 23-12, chegando ao intervalo derrotada por 40-37. E fim, porque o adversário liderou sempre até ao final da partida, com uma breve vantagem nossa a 1’30” do fim que foi desfeita logo imediatamente pelo UNIFACISA, ampliando ainda mais a vitória ao vencer o último quarto.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 76x81 Unifacisa
» Parciais: 25-17; 12-23; (intervalo 37-40); 22-21; 17-20
» Pontuação: Arthur (19), Lucas (15), Mogi (14), Coelho (11), Jamaal (10), Freddie (3), Paulinho Boracini (2), Diego (2) e Jackson [Botafogo]; João Vítor (17), Miller (17), Barnes (14), Gemadinha (9), Dixson (9), Gabriel(7), Gemerson Douglas Nunes (4), Pepo Vidal (4) e Antônio [Unifacisa]
» Data: 30.01.2019
» Local: Ginásio Oscar Zelaya, no Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitros: Marcos Fornies Benito, Maria Cláudia Comodaro Moraes e Davi Geovani Ferrugini de Souza
» Botafogo: Arthur, Lucas, Mogi, Coelho, Jamaal, Freddie, Paulinho Boracini, Diego e Jackson. Técnico: Léo Figueiró.
» Unifacisa: João Vítor, Miller, Barnes, Gemadinha, Dixson, Gabriel, Gemerson Douglas Nunes, Pepo Vidal e Antônio. Técnico: Felipe Luiz Santana.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Olha o Maaaate, Ó limããão!!!

[Nota: Lúcia Senna respondeu a todos os comentários: após a meia centena e a centena clique sempre em 'carregar mais' para aparecerem todos os comentários.]

por LÚCIA SENNA
Escritora e Cantora
Cronista do Mundo Botafogo

No mundo de hoje, onde todos desconfiam até da própria sombra, gosto de saber que tenho um ar de pessoa confiável.  Agora mesmo, sob o intenso sol de janeiro, protegida por uma barraca nas areias do Leme, sou interrompida a cada instante na leitura do livro que trouxe para me fazer companhia. São pessoas que pedem para dar uma olhadinha nos seus pertences, enquanto dão um mergulho no mar. Quando dou por mim, estou rodeada de cangas, mochilas, celulares, relógios, óculos e muitas havaianas. Fecho o livro. Rio de mim mesma por achar que praia é lugar ideal para leituras ou qualquer outra coisa que não seja tomar conta de objetos alheios ou correr dos pivetes que infestam as praias cariocas.

Fabiano, um simpático vendedor ambulante de biscoito Globo e chá Mate/limão, também se aproxima de mim. Com um sorriso de dentes brancos e saudáveis, chega descontraído e, com muita graça, pede desculpas pelo atraso. Justifica-se dizendo que a praia está lotada e que só agora o GPS mostrou o endereço da minha barraca. E que pra compensar o transtorno, me dará um chorinho no capricho.

Abro o meu melhor sorriso e o olho com profunda admiração. Como ter bom humor carregando nos ombros dois galões de vinte quilos cada e um saco enorme de biscoito Globo nas mãos? E mais: andar do Leme ao Pontal, sob um calor infernal, tentando ser original ao anunciar o produto, uma vez que a concorrência na areia é enorme?

Estou perdida em reflexões quando percebo que deixou os galões comigo e foi dar uma refrescada no mar. Na volta, comenta que as paradas são essenciais pra tirar o suor do corpo e tomar novo fôlego. Senta-se na areia quente, antes de retomar o trabalho. Olhando para o horizonte, vai desfiando o rosário como quem advinha que estou curiosa sobre sua vida.

Diz que apesar das dificuldades, do cansaço, das dores nas costas e eventuais queimaduras nas solas dos pés, gosta da profissão pois no verão dá pra levantar uma grana bacana. Já tem freguesia certa e os “dotô” o chamam pelo nome. Pra ter público cativo é importante estar com o uniforme impecável, sorrisão no rosto e uma piada na ponta da língua. Se não, já era.

Sobre a concorrência dos africanos, não tem receio, pois vão devagar, quase parando. Não têm carisma a oferecer suas mercadorias. Limitam-se a mostrar e nada mais. Provoco-o perguntando se fez algum curso de marketing. O sorriso se transforma numa sonora gargalhada e a resposta que me dá não poderia ser mais surpreendente: – “Deus me defenda, moça. Só o nome já é uma complicação do diacho. Aqui, moça, o sujeito só tem que ter filim. Se não tiver filim pras venda, vai se dá mal”.

E feeling, minha gente, ele tem de sobra. Psicologia de venda, também. Não foi propriamente por sede que tomei vários copos de Mate e consumi três pacotes de biscoito Globo, enquanto ele me falava de sua cansativa rotina diária.  A cada vez que se referia ao peso dos galões sobre os ombros, pedia mais um copo, e mais um, outro mais ...  nesse processo, o galão ia se esvaziando e a minha barriga crescendo de tamanho. Mas era por uma boa causa (rsrs). Fabiano levanta-se, agradece por tudo e sai cantarolando: – “Olha o Maaaate; ó limãããooo...”.

Pensativa, sigo-o até vê-lo desaparecer entre as barracas coloridas. Por trás de cada grito, estão homens de todas as idades, buscando uma frase, um canto, uma dança ou qualquer outra coisa que possa ser um diferencial na hora de vender o seu produto. Incansáveis, começam a trabalhar de madrugada e só param quando o sol se põe.

Opa, um nigeriano acaba de me oferecer óculos de sol. Chega sério, pede licença e discretamente aponta um modelo que julga poder me interessar. Tento puxar papo, saber um pouco da sua vida, já imaginando que poderia ter um ótimo assunto para um próximo texto.  Qual nada! O homem é avesso a conversas de ordem pessoal. Vendo o meu desinteresse pela sua mercadoria, vai embora levando consigo o tema de uma crônica natimorta. SNIFTT!

Ambulantes, cada um com a sua cultura, com seu jeito peculiar de ser, são definitivamente a deliciosa marca do verão carioca.

1952: Taça Embaixador do Brasil

por PEDRO VARANDA
Pesquisador colaborador do Mundo Botafogo

O Botafogo conquistou o Troféu Embaixador do Brasil, em Assunção, no dia 25 de maio de 1952, ao vencer o Olimpia por 3x1, em jogo único.

BOTAFOGO 3x1 OLIMPIA (Paraguai)
» Gols: Jayme, aos 19’, Zezinho, aos 59’ e Dino, aos 69’ (Botafogo) Romero, aos 24’ (pen.) (Olimpia)
» Competição: Amistoso (Troféu Embaixador do Brasil, vencedor)
» Data: 25.05.1952
» Local: Assunção, Paraguay
» Árbitro: Marcos Rojas
» Botafogo: Oswaldo Baliza, Gérson (Thomé) e Floriano; Rubinho, Ruarinho e Richarde; Braguinha, Geninho (Geraldo), Dino, Zezinho e Jayme. Técnico: Carvalho Leite.
» Olimpia: Garcia, Poisson e Guañes; Martínez (López), Leguizamón e Almada; Vacaro, Alvarez, Andrada, Romero (Arévalos) e Álvaro. Técnico: ?

Fontes: Boletim do Botafogo FR, Correio da Manhã, Jornal dos Sports, O Jornal e Tribuna da Imprensa; súmula publicada originalmente em https://mundobotafogo.blogspot.com/2012/01/1952-trofeu-embaixador-do-brasil.html

Série: Insanidades (22)

Pescaria noturna no Havaí, em 1948.

Karyna Souza

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Botafogo 84x86 Minas Tênis Clube

por RUY MOURA
Editor do Mundo Botafogo

Jogando novamente em casa e com necessidade de se redimir dos últimos jogos que não correram como se pretendia, o Botafogo não conseguiu descolar no placar em toda a partida e acabou sendo superado no último quarto.

Houve muito equilíbrio desde o início do jogo até ao fim. Aos 3’48” havia 7-7 e apenas aos 4’05” o Botafogo chegou a uma vantagem de três pontos (10-7). Porém, aos 8’37” o Minas vencia por 20-14. O Botafogo ainda converteu uma bola de 3 e perdeu o 1º quarto por 20-17.

A equipe entrou melhor no 2º quarto e aos 1’44” já vencia por 24-22 através de uma bola de 3 de Mogi, 2 lances livres Jamaal e 2 lances livres de Lucas. Aos 3’51” o Minas reagiu e Leandrinho converteu arremesso para tomar a dianteira do placar. Artur acertou dois lances livres aos 5’06” e empatou 28-28. A partida continuou mano a mano, aos 9’13” empate 40-40 e terminou 42-42, vencendo o Botafogo o 2º quarto por 25-22.

No 3º quarto o Botafogo parecia querer arrancar, fazendo 51-46 aos 2’16”, mas continuou o mano a mano em torno de três pontos de diferença. Aos 4’34” Coelho acertou um lance livre e Lucas dois lances livres, elevando a vantagem para 59-53. Mas o Minas reagiu novamente, aos 7’39” empata 61-61 e o 3º quarto termina em 65-64 favorável ao Minas, que venceu o quarto por 23-22.

Esperar-se-ia que o Botafogo desse a estocada final no último quarto, mas o mano a mano continuou, e já na parte final o Minas logrou vantagem significativa que acabou por lhe permitir vencer o último quarto por 21-20 e ganhar o jogo por 86-84.

Em suma, o Botafogo não se reencontra este ano relativamente ao que fez o ano passado: não disputou a Copa Super 8, está pessimamente colocado e parece já estar satisfeito até ao fim da temporada por ter sido campeão da Liga Sul-americana e não ter que lutar por nenhuma vaga continental para a nova temporada, já que o título sul-americano assegurou vaga automática na Liga dos Campeões para a nova temporada.

É pena que a equipe não cresça, porque neste momento somos desportivamente competitivos apenas no basquete, no polo aquático e no remo. As boas equipes principais de futebol, futsal, natação, voleibol e de outras modalidades não viveram nenhum momento de glória em 2019.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 84x86 Minas Tênis Clube
» Parciais: 17-20; 25-22 (intervalo 42-42); 22-23; 20-21
» Pontuação: Lucas (20), Jamaal (18), Diego (11), Coelho (10), Paulinho Boracini (9), Mogi (7), Arthur (6) e Freddie (3) [Botafogo]; Leandrinho (24), Tyrone (14), Scott (13), Deodato (10), Alex (10), Shilton (7), Davi (5) e Black (3) [Minas]
» Data: 28.01.2020
» Local: Ginásio Oscar Zelaya, no Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitros: Fernando Serpa Oliveira, João Pedro Boni de Sá e Diego Chiconato.
» Botafogo: Mogi, Jamaal, Paulinho Boracini, Lucas e Arthur. Entraram: Diego, Coelho e Freddie. Técnico: Léo Figueiró.
» Minas: Tyrone, Deodato, Davi, Alex e Scott. Entraram: Leandrinho, Shilton, Black, Alexei e Jackson Jr. Técnico: Leonardo Costa.

Série: Coisas & Loisas (407)

Torcedor Gloriosinho

Série: Insanidades (21)

Mulher escondendo o rosto de vergonha depois de colocar seus 4 filhos à venda. Chicago, 1948

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

1934: Taça AMEA de tricampeão carioca

Taça AMEA atribuída em 1934 ao Botafogo Football Club. Acervo: Pedro Varanda.

[Nota preliminar: o nosso pesquisador Pedro Varanda teve a gentileza de enviar mais algumas imagens de Taças em seu poder e que ainda não tinham sido divulgadas no Mundo Botafogo; as imagens serão sucessivamente publicadas]

por PEDRO VARANDA & RUY MOURA
Pesquisador colaborador do Mundo Botafogo; Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo conquistou a belíssima Taça AMEA da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos, que a instituiu em 1924 e premiava o clube que se sagrasse tricampeão carioca de futebol – honra que coube ao glorioso Botafogo Football Club.

Eis a ficha técnica do jogo decisivo que consagrou o tricampeão carioca de 1932-1933-1934 e atribuiu a Taça AMEA:

BOTAFOGO 2x1 ANDARAHY
» Gols: Nilo e Átila (Botafogo); Bianco (Andarahy)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 02.12.1934
» Local: General Severiano
» Árbitro: Leonardo Gonçalves Teixeira
» Botafogo: Victor, Magioto e Rogério (Jayme); Ferreira, Martim e Ariel; Átila, Nilo, Carvalho Leite, Franklin e Moura Costa.
» Andarahy: Gustavo "Jaguaré II", Congo e Veras "Chuvisco"; Faia, Bethuel e Venerotti; Álvaro, Jayme "Chiquinho", Romualdo, Fernandes "Biriba" e Mineiro (Bianco).
Nota: Confiança, Brasil, Cocotá, Engenho de Dentro e River abandonaram o campeonato.

Paulo Antônio Azeredo era o presidente do Botafogo; Armindo Nobs Ferreira era o técnico da equipa, apoiado por Victor Guisard e Nilo Murtinho Braga. Os artilheiros foram Nilo (10 gols), Beijinho (8 gols), Franklin (5 gols), Carvalho Leite (3 gols), Moura Costa (2 gols), Átila (1 gol), Celso (1 gol) e Jayme (1 gol). Nenhum atleta foi totalista de presenças, mas os que mais atuaram foram Nilo e Albino (10 vezes cada).

Fonte secundária das informações (ajustadas): Mundo Botafogo - https://mundobotafogo.blogspot.com/2011/01/botafogo-tricampeao-carioca-de-futebol.html

Série: Pensamentos (28)

Famílias Botafoguenses (XV) - Pedro Varanda e Jeferson

O pesquisador botafoguense Pedro Varanda, colaborador do Mundo Botafogo, e o seu filho Jeferson

Série: Coisas & Loisas (406)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Botafogo 3x1 Macaé

Ainda me falta coragem para assistir aos jogos de futebol do Botafogo. Ver o Botafogo jogar pequeno contra clube de dimensão pequena é um nó na garganta. Não dá. Talvez torne a assistir no próximo Botafogo x Vasco da Gama.

Ainda assim, leio sobre os jogos. E sobre este parece que se pode realçar o seguinte: no miolo defensivo da área e nas laterais continuamos deixando a desejar; o ataque parece começar a querer dar melhor conta de si; os erros de passes continuam elevados; após um gol, geralmente relaxamos e damos campo ao adversário, como parece ter ocorrido ontem no 1º tempo em que o empate até poderia ter surgido; as linhas não jogam compactas, mas muitas vezes afastadas entre si.

Sei que o técnico não ultrapassa a mediania e talvez não consigamos muito melhor do que ele por agora, mas será tão difícil assim ajustar fundamentos básicos de uma arquitetura de jogo? Esperemos que o jogo contra o Resende possa dar mais luz acerca da resolução destes problemas.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 3x1 Macaé
» Gols: Pedro Raul, aos 4', Luís Henrique, aos 68' e Bruno Nazário, aos 77' (Botafogo); Matheus Babi, aos 87' (Macaé)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 26.01.2020
» Local: Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
» Público e renda:
» Árbitro: Maurício Machado Coelho Júnior (RJ); Assistentes: Silbert Faria Sisquim (RJ) e Carlos Henrique de Souza (RJ)
» Disciplina: cartão amarelo – Luiz Fernando, Bruno Nazário (Botafogo)
» Botafogo: Gatito Fernández; Fernando, Marcelo Benevenuto, Joel Carli, Guilherme Santos; Cícero (Alex Santana), Thiaguinho, Luiz Fernando (Rhuan); Bruno Nazário (Leandrinho), Luís Henrique, Pedro Raul. Técnico: Alberto Valentim.
» Macaé: Jonathan; Dudu, Júnior Santos, Vladimir, Paulo Vítor; Julinho (Wellington Júnior), Jackson Kássio (Lukinha), Maranhão (Kaique), Vico; Matheus Babi e Zambi. Técnico: Mário Júnior.

Série: Pensamentos (27)

Garrincha no FIFA 20

Garrincha, craque da Seleção Brasileira e do Botafogo de Futebol e Regatas, faz parte dos craques lendários que estão em modo Ultimate Team do FIFA 20, tais como Kaká, Zidane ou Carlos Alberto Torres, tendo o jogo sido lançado em final do ano passado para PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

Série: Insanidades (20)

Fazendo a barba (1940)

domingo, 26 de janeiro de 2020

Botafogo x San Lorenzo: as semelhanças (1)

Até 2014, ano em que o San Lorenzo foi Campeão da Copa Libertadores, tanto o Botafogo como o clube argentino somente haviam conquistado a Copa Sul-americana, designada por Conmebol quando o Botafogo a venceu em 1993.

Ambos os clubes foram despromovidos à 2ª divisão nacional de futebol, o San Lorenzo em 1981 e o Botafogo em 2002.

Botafogo e San Lorenzo enfrentaram jejuns dos mais longos em seus países, ambos por 21 anos: o alvinegro entre 1968 e 1989; o azulgrana, entre 1974 e 1995.

Ambos os clubes chegaram a perder os seus estádios: o sanlorencista Gasómetro era o maior do país, mas os terrenos foram cedidos em 1979 por suposta pressão da ditadura – e somente em 1993 o clube voltou a ter casa própria.

O Botafogo enfrentou uma situação semelhante quando vendeu o ‘Casarão’ e perdeu o campo de General Severiano em 1977, outrora considerado o mais lindo do Brasil, recuperando campo próprio quando venceu a licitação do atual estádio Nilton Santos.

Série: Coisas & Loisas (405)

Um barco?... Uma borboleta?...

Voz de Mufarrej: Será… É… É… Até… Será… Bem… Vem… Bem… É…

Eis o dirigente máximo daquele que foi o mais clássico e charmoso Clube Multidesportivo Brasileiro!!!

Ouça, para poder acreditar, o sábio discurso monossilábico do inverosímil presidente do Botafogo:

“Será… É… É… Será… É… É… Até… Será… Será… Bem… Vem… Bem… É…” – Nelson Mufarrej.

Antes de ouvir, tome um calmante e só depois clique em: https://www.facebook.com/zefogareiro/videos/2794647723990225/?t=0

Série: Insanidades (19)

Hipopótamo puxando carroça

sábado, 25 de janeiro de 2020

Clarice Lispector teria sido uma bruxa botafoguense?

Estátua da escritora e seu cão Ulisses, no Leme, inaugurada em 14 de maio de 2016
(Fernando Frazão / Agência Brasil)

Clarice Lispector, botafoguense de corpo e alma: “Eu tinha me dado toda ao Botafogo, inclusive dado a ele minha ignorância apaixonada por futebol.”

por MÁRWIO CÂMARA
21 de outubro de 2013
Pesquisador nas áreas de literatura e cinema

Entre uma nuance de enigmas que abrange a vida e obra da escritora Clarice Lispector, ainda nos dias de hoje, interroga-se, entre alguns, se um dos maiores nomes da literatura brasileira teria sido uma bruxa. Para quem assistiu à primeira e única entrevista de Clarice concedida para a televisão, transmitida no programa Panorama, da TV Cultura de São Paulo, em 1 de fevereiro de 1977, no mesmo ano de seu falecimento, pode se arrepiar durante seus minutos finais ao ouvi-la responder para o jornalista Júlio Verner: “Bom, agora eu morri. Mas vamos ver se eu renasço de novo. Por enquanto eu estou morta. Estou falando do meu túmulo”.

A entrevista foi ao ar somente após o seu falecimento, no final de dezembro de 77, a pedido da própria escritora. Teria sido uma premonição? Segundo Olga Borelli, uma de suas melhores amigas, Clarice ainda não tinha conhecimento de sua doença, na época (faleceria em 9 de dezembro de 1977, vítima de câncer). […]

Quanto ao curioso título associando à figura da icônica literata a uma bruxa sucedeu-se quando a mesma foi convidada para participar do I Congresso de Bruxaria em Bogotá, em 1975, justamente por algumas de suas obras suscitarem uma laboriosidade de envergadura mística.

No Congresso, a escritora não falou de bruxaria, e sim de literatura; e pediu para que fosse lido em espanhol um de seus contos “que é misterioso até para mim. Um texto hermético e incompreensível. Cheio de uma simbologia secreta”, palavras da própria escritora durante o evento. Tratava-se do conto O ovo e a galinha. […]

A sua ida para o tal Congresso foi um prato cheio para a imprensa brasileira da época publicar matérias sensacionalistas e estapafúrdias, envolvendo a escritora à bruxaria, certamente para vender jornais.

Não, Clarice Lispector não foi uma bruxa, como alguns especularam, embora tenha sido uma mulher supersticiosa e uma grande apreciadora da natureza mística das coisas. Na década de 70, passou a ir, por exemplo, mensalmente a uma cartomante, no bairro do Méier, zona norte do Rio de Janeiro (o que, possivelmente, influenciou-a em uma das cenas de sua última novela publicada em vida, A hora da estrela). […]

Outro fato curioso, e que descobri através de uma amiga que faz Letras, é de que as iniciais em maiúsculas que nomeiam a protagonista do livro A paixão segundo G.H. possui supostamente uma simbologia oculta. Se nós contarmos as três letras depois do C de Clarice, chegamos ao G, e seguindo a ordem das três após o H, chegamos ao L de Lispector. Sendo assim, G.H. é nada mais, nada menos que a própria escritora Clarice Lispector. […]

Mesmo não sendo, de fato, uma bruxa, Clarice Lispector sabia fazer magia com suas palavras. Muitos de seus textos continuam sendo verdadeiros enigmas, embora tragam, sobretudo, edificantes “iluminações” à mente de seus leitores.


Nota do Mundo Botafogo: Outrora, o clássico e charmoso Botafogo de Futebol e Regatas foi o Olimpo dos Intelectuais Brasileiros! Aos intelectuais gigantes sucederam-se os dirigentes rastejantes – um verdadeiro crime de lesa-patrimônio histórico.

Série: Pensamentos (26)

Tatuagem de Jamaal (96)

Série: Insanidades (18)

Mulher levando seu bebê para passear em um carrinho resistente ao gás (1938)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Garrinchadas (VII): Garrincha das pernas normais

por CLÓVIS ROSSI
Repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha
8 de abril de 1910

Lionel Messi, a personagem do momento, pelo menos para a multidão que gosta de futebol, é o Garrincha sem pernas tortas. Antes que os patrioteiros de plantão peçam meu fuzilamento por ousar comparar um ídolo tapuia com um estrangeiro, ainda por cima argentino, deixe-me qualificar a comparação: não se trata de dizer que Messi é melhor que Garrincha (ou pior ou igual).

Não há comparação possível entre um gênio dos anos 50/60, como Mané Garrincha, e outro gênio, mas do século 21, caso de Messi.

No que são comparáveis é no espírito, na alma. Um era um menino que gostava de futebol e de passarinhos. O outro é um menino que só se importa com a bola. Ponto.

Reproduzo descrição de Ramon Besa, um dos editores de esportes do jornal espanhol "El País", sobre Messi, após os quatro gols marcados terça-feira contra o Arsenal:

 – "Messi mal fala e, quando abre a boca, nem sempre se sabe o que disse. A revista norte-americana "Time" nem sequer o incluiu na lista dos 200 personagens mais famosos do mundo porque se supõe que não tem gancho midiático para competir com figuras como Tiger Woods".

– "Messi só gosta de jogar futebol e de marcar gols. Ninguém sabe se o estimula que seja comparado com Maradona, Ronaldo ou Higuaín. Tampouco há notícias sobre como o afeta que os demais discutam sobre seu progresso e reinado, e, claro está, pelas causas de seu difícil encaixe na seleção argentina".

– "Não há dúvidas, em contrapartida, de que a Messi só interessa o recreio, momento em que pede a bola, se torna competitivo e resolve a partida mais difícil. As crianças jamais perguntam; simplesmente saem para jogar no pátio [da escola]".

Aposto que Armando Nogueira, o mais notável cronista esportivo que o Brasil produziu, se excetuado Nelson Rodrigues, que é um bicho algo mais complexo, escreveu coisas bem parecidas sobre Garrincha. Pena que os textos de 50 anos atrás não sejam fáceis de localizar eletronicamente, ao contrário do que ocorre com o relato de Besa, que está em http://www.elpais.com/articulo/deportes/Messi/merienda/Arsenal/elpepidep/20100407elpepidep_2/Tes/.

Lembra-se da história que se conta frequentemente sobre Garrincha e sua desatenção para com as cidades em que jogava? Consta que lhe perguntaram, um dia, sobre Roma, e ele contra-perguntou: "Não é aquela cidade em que 'seo' Feola escorregou e caiu?".

Para a garotada que não sabe, Feola foi Vicente Feola, o técnico campeão do mundo em 1958, no tempo em que mágicos eram apenas os jogadores, não os treinadores.
Aposto que Messi tampouco tem uma noção muito nítida do peso de Londres e/ou, no planeta futebol, do estádio do Arsenal, agora o Emirates. Para ele, aqueles 20 minutos iniciais do primeiro jogo Arsenal x Barcelona, os mais avassaladores que já vi em uma partida de futebol, devem ter sido apenas como jogar no pátio da escola.

Falta realmente explicar porque Messi não encaixa na seleção argentina. Eu não sei, mas gostei de uma explicação também de "El País", esta de autoria de John Carlin, misto de cronista esportivo e grande repórter de política internacional:

– "A criptonita do super-homem [Messi] é Maradona. A mensagem que o inconsciente transmite a Diego deve ser algo assim: sou Deus em minha terra porque ganhei o Mundial de 1986. (...) Minha condição de Deus depende de que mantenha esse status, de que não me tirem do pedestal ou de que não apareça outro – um filho meu, ou seja de Deus – digno de compartilhar o panteão comigo ou, até, de me destronar".

Por essa teoria, Maradona retira de Messi, o "elixir da vida, a confiança", que o faz jogar com a alegria de menino.

A Copa da África do Sul dirá se a criptonita continuará funcionando ou se Messi dará um passo mais para se parecer a um Garrincha de pernas normais.


FIM DA SÉRIE GARRINCHADAS

Uma Mensagem de paixão e visão raiz

Maracanã, Taça Guanabara, 2006. « O jogo entre Botafogo e América havia acabado há poucos minutos. Estava no gramado cumprimentando os jog...