por CARLOS EDUARDO
Crônicas de Quinta, no Mundo Botafogo
Embora
o aniversário do futebol botafoguense tenha sido ontem, escrever um pouco sobre
essa paixão em um dia 13 é também muito especial, e é tão Botafogo suas enormes
superstições.
Fico a imaginar que no exato momento em que escrevo essa crônica (12/08, ontem, quase 3 da tarde no Brasil) emergia, há 116 anos, a maior e melhor ideia do mundo naquele ano de 1904, uma utopia se concretizando debaixo daquelas palmeiras imperiais e centenárias do Largo dos Leões.
Utopia fundada por meninos que fizeram das ruas de Botafogo seu primeiro "campo de futebol".
Quem diria que um mero bilhete se tornaria o maior amor em forma de clube
esportivo...
A cada vitória que o novo clube conquistava cresciam os motivos para festas,
enfeitando novos sonhos com novas promessas aos santos de devoção, que
ajudassem o Botafogo a vencer outros "matches".
E Dona Chiquitota e as irmãs Hime acompanharam os jovens ‘chutadores’ como
primeiras grande entusiastas do Botafogo.
Há quem duvide da grandeza do Botafogo com o passar do tempo e eu respondo:
– Muitas equipes precisaram ganhar
títulos para ‘provar’ sua grandeza, o Botafogo já era visto como grande clube
brasileiro desde seu primeiro campeonato, lá pelos idos de 1906. E graças à sua
enorme história sempre será. É o tal "gigante pela própria natureza"!!!
Quem chegou depois de 1906 é que precisava provar alguma coisa frente aos
outros tantos clubes daquela memorável década!!!
As palavras do primo de dona Terezinha, a torcedora que doou seu terreno em
Jacarepaguá, em forma de devoção ao Glorioso, sintetizam tudo:
– O nosso BOTAFOGO é eterno! Sejam
quais forem as adversidades a enfrentar, a sua grandeza é imperecível! O
Botafogo nasceu para ser grande e será eternamente um grande clube!
Parabéns pelos 116 anos!!! Salve, Flávio Ramos!!! Salve Dona Chiquitota!!!
Salve todos aqueles que engrandeceram ainda mais a história do Botafogo...
Salve o maior patrimônio cultural e esportivo do Brasil!!!
Salve o maior patrimônio cultural e esportivo do Brasil!!!
6 comentários:
Brilhante! Abs e SB!
Eu estava lá, na alma de um daqueles garotos, Carlos Eduardo! E antes eu também estivera na fundação do CRB em 1894, na alma de um dos amigos de Luiz Caldas. Cheguei mesmo a conhecer o poeta Olavo Bilac e o professor Júlio Noronha. Como fui escolhido, a minha energia eterna, vinda dos confins do tempo, foi encaminhada para pessoas de qualidade, num tempo de qualidade e num espaço de qualidade, à época, em cujo pináculo reinam, desde esses tempos, a Estrela Solitária e o Glorioso!
Estrelados abraços Gloriosos!
Obrigado Sérgio!!! O Botafogo é poético e escrever sobre ele facilita as coisas!!! Abraços e Saudações Botafoguenses!!!
Eu também,Ruy!!! Com certeza eu estava junto com a turma do remo e principalmente com a turma do futebol.
Inclusive estava nessa aula de matematica e vi a troca de bilhetes entre Flávio Ramos e Emmanuel Sodré kkkkk
E Olavo Bilac ainda me confidenciou que 2 Botafogos de mesma personalidade num mesmo bairro era pura explosão, e que no dia que os 2 percebessem que na verdade eram um só, esse seria o segredo da eternidade e o sucesso trinfal do clube por todo mundo kkkkk
Por isso não entendo: A fusão ocorreu entre 2 botafogos vencedores em vários esportes além de remo e futebol enquanto separados. 2 equipes grandes do esporte brasileiro. Não dá pra entender essa "aura de derrota" que impregnou no clube desde 76.
A ficha dos dirigentes ainda ñ caíram???? Precisam entender mais da própria história do clube!!!
Abraços,Ruy!!!!
Então, afinal, nós dois nos conhecemos desde sempre!!!
Gloriosos Abraços Estrelados!
Na verdade, em 1894, deu um empurrão à Diva, ganhamos a prova Vinte e Quatro de Maio e fiquei fã do remo. Depois estive naquele famoso jogo de futebol em que os remadores do Botafogo ganharam de 5x1 dos remadores rubro-negros. Em 1904 atrasei-me um pouco, e só cheguei para ajudar o Flávio Ramos a marcar o gol da 1ª vitória, contra o Petropolitano, e virei fã do futebol. Finalmente, como tudo é difícil e doloroso no Botafogo até se chegar às Glórias, estive naquele jogo de basquete, em 1942... Mas no final desse ano as 'explosões' clubistas transformaram-se na fusão do remo, do futebol, do basquete, da esgrima, da natação, do polo aquático, do atletismo, do xadrez, do ciclismo... E desde aí percebi que o meu desporto preferido chama-se... BOTAFOGO!!!
Abraços eternos!
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