quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Numa longínqua tarde de 1904…

por CARLOS EDUARDO
Crônicas de Quinta, no Mundo Botafogo

Embora o aniversário do futebol botafoguense tenha sido ontem, escrever um pouco sobre essa paixão em um dia 13 é também muito especial, e é tão Botafogo suas enormes superstições.

Fico a imaginar que no exato momento em que escrevo essa crônica (12/08, ontem, quase 3 da tarde no Brasil) emergia, há 116 anos, a maior e melhor ideia do mundo naquele ano de 1904, uma utopia se concretizando debaixo daquelas palmeiras imperiais e centenárias do Largo dos Leões. 

Utopia fundada por meninos que fizeram das ruas de Botafogo seu primeiro "campo de futebol".

Quem diria que um mero bilhete se tornaria o maior amor em forma de clube esportivo...

A cada vitória que o novo clube conquistava cresciam os motivos para festas, enfeitando novos sonhos com novas promessas aos santos de devoção, que ajudassem o Botafogo a vencer outros "matches".

E Dona Chiquitota e as irmãs Hime acompanharam os jovens ‘chutadores’ como primeiras grande entusiastas do Botafogo.

Há quem duvide da grandeza do Botafogo com o passar do tempo e eu respondo:

Muitas equipes precisaram ganhar títulos para ‘provar’ sua grandeza, o Botafogo já era visto como grande clube brasileiro desde seu primeiro campeonato, lá pelos idos de 1906. E graças à sua enorme história sempre será. É o tal "gigante pela própria natureza"!!!

Quem chegou depois de 1906 é que precisava provar alguma coisa frente aos outros tantos clubes daquela memorável década!!!

As palavras do primo de dona Terezinha, a torcedora que doou seu terreno em Jacarepaguá, em forma de devoção ao Glorioso, sintetizam tudo:

O nosso BOTAFOGO é eterno! Sejam quais forem as adversidades a enfrentar, a sua grandeza é imperecível! O Botafogo nasceu para ser grande e será eternamente um grande clube!

Parabéns pelos 116 anos!!! Salve, Flávio Ramos!!! Salve Dona Chiquitota!!! Salve todos aqueles que engrandeceram ainda mais a história do Botafogo...

Salve o maior patrimônio cultural e esportivo do Brasil!!!

6 comentários:

Sergio disse...

Brilhante! Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Eu estava lá, na alma de um daqueles garotos, Carlos Eduardo! E antes eu também estivera na fundação do CRB em 1894, na alma de um dos amigos de Luiz Caldas. Cheguei mesmo a conhecer o poeta Olavo Bilac e o professor Júlio Noronha. Como fui escolhido, a minha energia eterna, vinda dos confins do tempo, foi encaminhada para pessoas de qualidade, num tempo de qualidade e num espaço de qualidade, à época, em cujo pináculo reinam, desde esses tempos, a Estrela Solitária e o Glorioso!

Estrelados abraços Gloriosos!

Carlos Eduardo disse...

Obrigado Sérgio!!! O Botafogo é poético e escrever sobre ele facilita as coisas!!! Abraços e Saudações Botafoguenses!!!

Carlos Eduardo disse...

Eu também,Ruy!!! Com certeza eu estava junto com a turma do remo e principalmente com a turma do futebol.
Inclusive estava nessa aula de matematica e vi a troca de bilhetes entre Flávio Ramos e Emmanuel Sodré kkkkk
E Olavo Bilac ainda me confidenciou que 2 Botafogos de mesma personalidade num mesmo bairro era pura explosão, e que no dia que os 2 percebessem que na verdade eram um só, esse seria o segredo da eternidade e o sucesso trinfal do clube por todo mundo kkkkk

Por isso não entendo: A fusão ocorreu entre 2 botafogos vencedores em vários esportes além de remo e futebol enquanto separados. 2 equipes grandes do esporte brasileiro. Não dá pra entender essa "aura de derrota" que impregnou no clube desde 76.
A ficha dos dirigentes ainda ñ caíram???? Precisam entender mais da própria história do clube!!!

Abraços,Ruy!!!!


Ruy Moura disse...

Então, afinal, nós dois nos conhecemos desde sempre!!!

Gloriosos Abraços Estrelados!

Ruy Moura disse...

Na verdade, em 1894, deu um empurrão à Diva, ganhamos a prova Vinte e Quatro de Maio e fiquei fã do remo. Depois estive naquele famoso jogo de futebol em que os remadores do Botafogo ganharam de 5x1 dos remadores rubro-negros. Em 1904 atrasei-me um pouco, e só cheguei para ajudar o Flávio Ramos a marcar o gol da 1ª vitória, contra o Petropolitano, e virei fã do futebol. Finalmente, como tudo é difícil e doloroso no Botafogo até se chegar às Glórias, estive naquele jogo de basquete, em 1942... Mas no final desse ano as 'explosões' clubistas transformaram-se na fusão do remo, do futebol, do basquete, da esgrima, da natação, do polo aquático, do atletismo, do xadrez, do ciclismo... E desde aí percebi que o meu desporto preferido chama-se... BOTAFOGO!!!

Abraços eternos!

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