Remate
para gol de Jeffinho. Crédito: Vitor Silva / Botafogo.
por RUY MOURA | Editor do Mundo
Botafogo
Por
limitação de tempo não aprofundarei a análise ao jogo, mas tudo somado dá para racionalmente
aceitar o empate. O Fluminense jogou ligeiramente melhor que o Botafogo no 1º
tempo, mas uma boa jogada de posse de bola, insistência de Tiquinho, remate
felino de Júnior Santos e toque subtil de Marçal determinaram o placar da 1ª
parte: Botafogo 1x0.
No 2º
tempo, o Fluminense foi mais ao ataque, o Botafogo recuou um pouco e no
contra-ataque Jeffinho recebeu um lançamento longo, fez um corrida fortíssima e
remate para gol parecendo assegurar a vitória: Botafogo 2x0. Mas não. O
Fluminense insistiu, o Botafogo recuou para se manter a jogar no contra-ataque
e Patrick de Paula decidiu trancar Matheus Martins já em queda, aceitando-se o duvidoso
pênalti pela infantilidade de PdeP em ajudar à oportuna queda tricolor: 1x2 e o
jogo mudou.
É
óbvio que o VAR deveria intervir para o árbitro esclarecer eventuais dúvidas,
mas sabemos que em caso da mínima chance de pênalti contra nós o VAR paralisa e
o árbitro valida. Os jogadores botafoguenses nunca mais aprendem que é assim…
Talvez quando são contratados precisem de uma sessão formativa rápida com vídeos
ilustrativos de como nos prejudicam em lances capitais.
Entretanto,
o Botafogo cansou, a equipe não foi refrescada – mas também não havia grandes
alternativas de banco – e o Fluminense chegou ao empate através de nova bobeada
defensiva do Botafogo que no bate e rebate não conseguiu afastar a bola: 2x2.
O
futebol tem disto: um empate com sabor a vitória para o Fluminense e com amargo
de boca para o Botafogo.
FICHA
TÉCNICA
Botafogo 2x2 Fluminense
»
Gols: Eduardo, aos 40’, e Jeffinho, aos
51’ (Botafogo); Ganso, aos 75’ (pen), e Matheus Martins, aos 81’ (Fluminense)
»
Competição: Campeonato Brasileiro
»
Data: 23.10.2022
»
Público: 36.033 espectadores
» Renda: R$ 975.810,00
» Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Ramon Abatti Abal (SC); Assistentes: Eder
Alexandre (SC) e Gizeli Casaril (SC); VAR: Daiane
Caroline Muniz dos Santos (SP)
» Disciplina:
cartão amarelo – Tiquinho Soares e Marçal
(Botafogo) e Martinelli, Ganso e Matheus Martins (Fluminense)
» Botafogo: Gatito; Daniel
Borges, Adryelson, Cuesta e Marçal; Gabriel Pires, Patrick de Paula e Eduardo
(Del Piage); Júnior Santos, Jeffinho (Victor Sá) e Tiquinho Soares. Técnico: Luís
Castro.
» Fluminense: Fábio; Samuel Xavier,
Nino, Manoel (Nathan) e Calegari (Cristiano); André, Martinelli, Yago Felipe
(Matheus Martins) e Ganso; Arias e Cano (Alan). Técnico: Fernando Diniz.
4 comentários:
Curiosamente o var em outras situações analisa esse tipo de lance por vários ângulos, mas ontem analisou apenas por um único ângulo e desconsiderou que o jogador do fluminense já estava em queda. Tudo bem que o Patrick foi imprudente, principalmente em se tratando de Botafogo, pois para este o critério é sempre distinto da maioria dos outros clubes. Na minha modesta opinião esse lance mudou a partida, pois até aquele momento o Botafogo não havia sofrido nenhum perigo apesar da pressão do fluminense. E para piorar a situação o time do Botafogo ainda perde o Eduardo e o Jefinho.
Se levarmos em conta que o Botafogo jogou sem dois titulares importantes no meio, ainda perdeu outros dois jogadores, Sauer e Danilo, e tem um banco bastante aquém dos titulares, pode-se considerar o desempenho do time aceitável assim como o empate. Afinal o time do Botafogo que jogou ontem, e mesmo completo tem menos de 20 jogos nesse campeonato. Tenho minhas dúvidas se algum treinador conseguiria impor um estilo de jogo em tão pouco tempo. Você utilizou com muita propriedade o termo "automatização", de fato é fator preponderante em qualquer atividade que exija raciocínio rápido, e isso só vem com muito treinamento. Esse termo é muito utilizado no estudo de instrumentos musicais, pois o raciocínio de passagens em que não há tempo para pensar em segundos só terá sucesso se for devidamente automatizada, e isso acontece de forma gradual, do mais lento pensado nota a nota até chegar ao ponto de não precisar "pensar" nas notas. Por isso que no futebol muitos comentaristas falam em " o time joga por música". O atual time do Botafogo ainda está lendo a partitura, não decorou e nem automatizou os movimentos, mas o desempenho tem sido acima do esperado.
Para variar, como não poderia deixar de ser, para um número expressivo de torcedores a culpa do empate foi do Luis Castro, fato que me parece mais uma antipatia gratuita e uma crítica que simplesmente quer achar um culpado e esse sempre recai sobre quem comanda. Voltando a música, é mais ou menos o seguinte: o instrumentista erra as notas e desafina apesar de ter ensaiado exaustivamente, mas a culpa é do regente, e vem uma frase muito utilizada no meio musical por pura implicância: "maestro (treinador) bom é naquele que não atrapalha". ABS e SB!
Sergio, de acordo. Noutras circunstâncias e com outro clube, não marcariam pênalti. Mas conosco é assim e devíamos estar preparados. Para ganharmos um título nacional temos que saber jogar o dobro dos adversários, porque senão toda a matreirice dos árbitros vem ao de cima contra o Botafogo.
Sobre automatização estamos entendidos: isso acontece quando os atletas não têm praticamente que olhar para o lado quando jogam, porque já sabem que colegas estarão ao seu lado, à sua frente, atrás, que 'adivinham' o que ele vai fazer, etecetera. O LC está tentando fazer isso, mas a equipe tem dificukdade em assimilar porque este futebol moderno poucos jogadores que ainda não saíram do Brasil para jogar o entendem. É preciso entender o jogo e interiorizar a dinâmica.
Mas, claro, todo o erro em campo é 'culpa' do Luís Castro!... Claro que erra como todos nós, mas o que lhe imputam é ridículo na maior parte dos casos. É por isso que já não leio críticas em blogues ou outros meios editados por botafoguenses porque os comentários não são, em grande parte, nem lógicos nem sensatos. Os melhores comentários, os mais objetivos e realistas, não são escritos por botafoguenses. Ah... é verdade, vejo e ouço o youtube do TF. Ele é sensato.
O que eu penso que deverá ser revisto é esta coisa: porquê tantas lesões atrás de lesões?... Não é normal... É o treino que é muito forte?... O preparo físico que é mal feito?... Repare, os jogadores estavam cansados no final da partida e em quase todas as partidas sai um ou dois lesionados. Isso não pode continuar. Tem que ser bem analisado, caso contrário nunca haverá uma equipe titular 'automatizada'.
Abraços Gloriosos.
Realmente essas lesões que estão acontecendo precisam ser estudadas para saber a razão de tantas ocorrências. De gata não há como se montar um time e esquema sem a repetição de a mea escalação. ABS e SB!
O que mais me preocupa é isso, Sergio. De repente ficamos sem dois atletas decisivos para este jogo; Tchê Tchê e Lucas Fenandes. Neste jogo perdemos mais dois decisivos. Além de outros no DM, como Sauer ou Kayke, por exemplo. É mau demais. Já utilizamos, creio eu, 58 jogadores na Era LC. E ele queria um elenco enxuto de 27 atletas...
Abraços Gloriosos.
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