por SILVIO
TUDELA
Excerto do Portal Ibahia.com
Em sua infância, viveu em 'selvagem liberdade'. Descalço, andava pelas matas de Pau Grande sem que ninguém notasse em casa sua ausência. Cavalgava 'em pelo' no cavalo que pertencia ao pai. Adorava caçar pássaros, jogar bola e nadar no rio. Já nesta época era 'ingovernável' como um índio. […]
Apesar da maioria dos torcedores brasileiros considerar Mané Garrincha como negro, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), o jogador era descendente direto da comunidade indígena Fulniô, que se estendia pelo agreste pernambucano e alagoano. Mas, segundo as crenças de seu povo, o Eterno Camisa 7 não poderia ser considerado como representante da etnia porque lhe faltou cumprir o fechadíssimo ritual sagrado Ouricuri, falar a língua nativa yaathe e viver na aldeia. […]
A origem de Garrincha torna ainda mais emblemática a conquista da Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil superou, segundo a crônica esportiva daquela época, o Complexo de Vira-Lata unindo simbolicamente “os três povos formadores da civilização brasileira”: o negro, o indígena e o europeu, representados por Pelé, Garrincha e Bellini.
Se desejar ler mais no Mundo Botafogo sobre a origem de Garrincha clique aqui: Garrincha, o flecha fulniô
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