por
RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
A aquisição de 90% da SAF Botafogo por John
Textor é que permitiu que não fossemos hoje um Clube que abrira falência ou que
estaria na série B do campeonato brasileiro amargando, talvez, uma nova descida
de divisão – desta vez para a série C – e que, em vez disso, lidera o
campeonato brasileiro.
Naturalmente que temos receios sobre o futuro
do Botafogo se perfilar como fornecedor de matéria-prima para o Lyon e este
beneficiar dessa matéria-prima, exibindo-a na sua montra europeia e ganhando
rios de dinheiro na revenda para, por outro lado, contratar outros jogadores
profissionais para levar o Lyon novamente à ribalta do campeonato francês e,
quiçá, disputar a Champions League em boas condições.
Textor é um empresário cujo fito parece ser o
de estruturar bem o Botafogo de modo a criar condições para concretizar o que
acima mencionei, isto é, revelar grandes craques e engrandecer o Lyon. Já o fez
com Jeffinho, o astro que despontava no nosso futebol masculino, e com Giovanna
Waksman, a estrela que se destacava para enriquecer o futuro do nosso futebol
feminino.
Teremos que estar muito atentos e ativos para
pressionar Textor e Cia. de modo a não haver um prejuízo das nossas atuais
esperanças de tornarmos a ser um Grande Clube na conquista de títulos, mas não
devemos ser ingratos ao ponto do que se lia nas redes sociais, há meses, de
torcedores que clamavam pela “devolução do nosso Botafogo”, que se traduzia
pelo típico “FORA, TEXTOR!”, como se nós ainda hoje tivéssemos futuro imediato
sem John Textor.
Poderíamos não ser extintos para sempre
porque haveria uma solução jurídica para retomarmos o nosso papel, mas essa
solução passava provavelmente por uma descida à Série D com mudança de nome –
tal como aconteceu com o Glasgow Rangers – e atravessar um deserto imenso com a
cruz às costas antes de chegarmos novamente a um bom porto.
Estamos longe disso hoje e Textor já faz
parte da história do Botafogo. Por isso, e pelo papel fundamental que tem
desempenhado – independentemente de críticas racionais que lhe possamos dirigir
–, é justo, também neste espaço, registrar as palavras de revolta de John
Textor contra aqueles que têm feito jogos políticos de bastidores há décadas e
que levaram o Botafogo, juntamente com os nossos presidentes, às trágicas
situações de 2002, 2014 e 2020 com três descidas de divisão para a Série B.
Eis a resposta de John Textor aos
‘politiqueiros’ emproados que querem travar o nosso processo de
profissionalização sem manhas nem esquemas, e que reprovaram as contas de
gestão apresentadas pelo Botafogo Social em 2022:
O motivo que estou divulgando [o projeto do Centro de Treinamento] agora
é porque esse é o tipo de coisa incrível que Durcesio está nos ajudando a
fazer. E esses covardes sem rosto querem criar uma terceira guerra mundial
entre o clube e a SAF. Eles vão matar coisas como essa. Somos amigos do clube
associativo e ninguém me pediu para fazer isso. […]
Eu me preocupo com o remo. Estou comprando novos barcos para o setor de
regatas. Essas pessoas não dão nenhum dinheiro! Eu estou investindo […] em
barcos de remo para que Lucas Verthein, que é um remador incrível, tenha um
barco de topo e possa ganhar nas Olimpíadas. […]
Quando eu vou ao basquete vejo meninos de 15 anos treinando com bolas de
basquete sem nenhuma qualidade, e as bolas custam vinte dólares! Eles não têm
dinheiro nem sequer para comprar bolas e, ainda assim, querem aparecer e dizer
que eu sou ruim para o clube, quando o que estou fazendo é gastar meu tempo
fazendo essas coisas. […]
Eles quebraram o acordo de confidencialidade que nós temos com o clube ao
mandar cópias de acordos para a imprensa. Os motivos deles precisam ser
questionados quando violam contratos. Essas pessoas são covardes sem rosto nem
nome. Se eles querem ser líderes do clube associativo deveriam fazer isso com
os próprios nomes e rostos, e deveriam falar à luz do sol. Ser um líder é duro,
solitário. Você tem que se erguer frente a muitas pessoas e comunicar sua
visão. Então não façam isso em segredo, como covardes, vazando coisas para a
imprensa. Venham à luz do sol e doem bolas de basquete para as crianças do
clube.
Carta Aberta de Durcesio Mello, presidente Botafogo,
aos sócios e aos botafoguenses disponível em
http://www.botafogofrsocialolimpico.com.br/emailmkt/carta/
6 comentários:
Comentário perfeito.
Curioso é que durante décadas os desmandos administrativos em relação as finanças nunca provocaram reações dos conselhos fiscais e com isso o clube estava a beira da falência
Graças a iniciativa do Durcésio implementando a SAF e com o acionista majoritário John Textor o Botafogo parece ver uma luz no fim do tunel.
E o que o Textor fará no futuro em relação a venda de jogadores não sabemos, o fato é que esses antigos amadores verdadeiramente nunca pensaram no clube e jogadores saiam do clube a preço de duas mariolas e uma cocada e a dívida aumentava ano após ano. Acho que essa turma dos "covardes sem rosto" está com saudades das infinitas mamatas e da eterna impunidade e por isso não querem que o clube se profissionalie aliás, nuca quiseram.
Devemos agradecer ao Textor, pois mesmo sem ter a obrigação está olhando para o remo que é parte fundamental do clube, afinal somos de futebol e regatas, mostrando uma sensibilidade com os esportes amadores que a turma da sauna parece nunca se importar.
Repito, o que o americano fará no futuro não sabemos, mas no momento o sentimento dos torcedores que amam o clube deve ser de gratidão. Quanto aos amadores , tenho cá minhas dúvidas se são realmente botafoguenses, mas parecem sabotadores e, como já foi dito "os maiores inimigos do Botafogo são os próprios dirigentes do Botafogo". ABS e SB!
Grande Abraço Glorioso, Vanilson!
Perfeito, Sergio. Assino embaixo. Calados a vida toda, e quando sentem 'cheirinho' de uma oportunista oportunidade para continuarem o que sempre fizeram década após década, não hesitam. São os chamados 'patrioteiros' do Botfaogo!
Abraços Gloriosos.
As ratazanas 'boomers' de General Severiano estão todas desesperadas com a iminente perda da bajulação recíproca que por lá contempla a incompetência (para dizer o mínimo) há 50 anos. O clube social devia era fechar de vez e dar espaço ao Museu do BFR, conforme o ambicioso projeto. Manter-se-ia GS apenas como um espaço histórico, delegando as atividades esportivas e administrativas para o Estádio Nilton Santos, Centro de Treinamento (Lonier e/ou o novo), Mourisco (reformado para os esportes aquáticos, sem espaço para 'boomers' egocêntricos corneteiros) e Sacopã. Profissionalismo integral! Os sócios, beneméritos e grandes beneméritos que não gostarem que rateiem entre si e devolvam o 1 (HUM) BILHÃO em dívidas que contraíram enquanto ocupavam cargos de dirigente!
Não domino as questões administrativo-legais para dar uma opinião, mas hipóteses de soluções que afastassem definitivamente a pandemia familiar roedora que grassa desde há meio século em GS, seria indubitavelmente bem vinda.
Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário