terça-feira, 27 de junho de 2023

Estratagemas, artimanhas e alçapões: ‘eles’ NÃO PASSARÃO!

Divulgação / Internet.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Abel Ferreira comentou a equipe do Botafogo durante a coletiva após a partida em que foi derrotado pelo Glorioso e, em minha opinião, extrapolou a sua análise para além do jogo mediante as seguintes observações:

«Parabéns ao nosso adversário, que neste momento tem tudo para ser campeão, está fora da Copa do Brasil, pode se preocupar só com o Campeonato Brasileiro, tem equipe experiente, sabe pausar o jogo de forma inteligente e madura. Nosso adversário foi muito eficaz

Li estas declarações hipócritas estampadas em vários meios de imprensa e chamo a atenção aos nossos irmãos botafoguenses, aos nossos jogadores e demais interessados que as observações de Abel Ferreira não são inocentes nem pretendem ser predominantemente elogiosas. O treinador do Palmeiras é inteligente e matreiro (conforme se verificou ao empacotar para o Botafogo o instável Patrick de Paula) e pretendeu influenciar percepções várias.

Em primeiro lugar começou por implicitamente chamar a atenção que a sua equipe tem outras competições em disputa e consequentemente poderá não ser feliz em todas as frentes, escudando-se desde já nessa desculpa quando se confrontar com momentos de insucesso, algo que é bastante típico dele nas derrotas culpando agentes externos à equipe e à comissão técnica.

Em segundo lugar omitiu matreiramente que o Botafogo é líder do Grupo A da Copa Sul-Americana e consequentemente não disputa “só” o Campeonato Brasileiro.

Em terceiro lugar realça que o Botafogo “tem tudo para ser campeão”, justificando com o enaltecimento de diversas qualidades da equipe.

Ora, é justamente aqui que reside a parte mais subtil, estratégica e matreira do jogo que Abel Ferreira manipula fora das quatro linhas, isto é, uma espécie de xadrez jogado entre treinadores com o intuito de influenciar principalmente atletas e torcedores.

É por demais sabido que entre o fim de cada jogo e o início do seguinte as intervenções públicas dos treinadores visam muitas vezes alterar o comportamento dos adversários, especialmente face a embates mais difíceis, procurando obter sucessivos xeques ao Rei até que se obtenham posições mais vantajosas para o xeque-mate.

Divulgação / Internet.

O que Abel pretendeu foi chamar o Botafogo para a liça dos favoritos, sabendo que quando uma equipe, o seu treinador ou os seus dirigentes se assumem como favoritos isso implica uma pressão acrescentada sobre os jogadores, como se passassem a ter obrigação de ser campeões.

Consequentemente, associado ao favoritismo assumido, criam-se tensões complexas face à probabilidade de se falhar, prejudicando a leveza mental dos atletas, atributo fundamental e necessário para que se mantenham tranquilos e pacientes no confronto com os adversários, evitando-se ansiedades e pesos mentais desnecessários.

O Botafogo não pode alinhar nessa conversa!

Estando nós a sair de um Inferno de décadas, ainda perseguidos pela imprensa e alvo negativo de arbitragens, não precisamos, nem queremos, fardos acrescidos de sermos favoritos e obrigados a conquistar o título brasileiro.

Isso deu mau resultado em diversas partes do mundo com equipes tradicionalmente não favoritos e que, em determinadas conjunturas, se chegaram à frente da classificação e acabaram por sucumbir ao bordão do favoritismo, ao peso da responsabilidade e à pressão exercida pela imprensa que lhes era desfavorável.

Um dos grandes trunfos desta equipe é ter-se tornado mentalmente robusta!

Não queremos ser favoritos a coisa nenhuma! Queremos é jogar saudavelmente e ganhar apenas o próximo jogo, sempre o próximo jogo, nada mais do que o próximo jogo. De cabeça limpa e alma cristalina!

Queremos é fruir o presente e apenas o presente, porque as bolas de cristal que adivinham o futuro são charlatanice, como sabemos.

Queremos é vibrar vitória a vitória em cada jogo! Usufruir a maravilhosa sensação de vencermos rodada após rodada e no final, e só no final, fazermos as contas.

Há um provérbio de origem portuguesa a propósito da apanha da uva que diz: “Até ao lavar dos cestos é vindima.” Isto é, pretende-se sublinhar que a vindima só termina com o lavar dos cestos após a recolha da uva, o que significa, metaforicamente, que devemos saber esperar até ao final de qualquer negócio, projeto ou campanha, sem retirar conclusões precipitadas.

‘Eles’ vão tentar tudo para nos confundir, tal como dois jornalistas (?!) que na coletiva de anteontem foram buscar as derrotas do Botafogo para o Palmeiras, em 2022, quando o assunto era a nossa vitória em 2023. E, claro, o avisado Luís Castro deu-lhes imediatamente uma bronca e uma lição.

Amigos, usufruam este momento inédito no século XXI, joguem com a equipe, sorriam, sejam assertivos, divertidos e felizes.

Longe dos estratagemas, artimanhas e alçapões que urdem à nossa volta porque… ‘eles’ NÃO PASSARÃO!

4 comentários:

Sergio disse...

Que percepção e análise brilhante! Confesso que não tive essa capacidade de análise da fala do AF. Esse texto merecia ser emoldurado e entregue a cada jogador do Botafogo para que não caiam na armadilha. De fato o Botafogo incomoda, mesmo depois de décadas perdidas por administrações nefastas, razão pela qual o Botafogo de Futebol e Regatas é Gigante; só os gigantes incomodam. ABS e SB!

jornal da grande natal disse...

O Botafogo tem história e não se ilude. Está acostumado com glórias desde 1910.

Ruy Moura disse...

E só os Gigantes não sucumbem a tanta bandalheira dirigente, a tanta perseguição oficial das entidades e a tanto assalto pelo apito amigo dos adversários. Enquanto o Botafogo existir, incomodará sempre!

Parafraseando o que o Sergio escreveu antes, nem Freud explica tal gigantismo sobrevivente aos acontecimentos de 1911, 1977, 2002, 2014 e 2020. Ou talvez se deva, apenas, às torcidas loucas e apaixonadas que sustentaram a Instituição Botafogo década após década por entre alegrias, tristezas, glórias, resistências, dramas, esperanças e resiliências!

O BOTAFOGO É UMA FORTALEZA E A SUA TORCIDA JAMAIS SE RENDERÁ!

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Grande verdade, Vanilson! O Mais Tradicional desde 1894 e o mais Glorioso desde 1910!
Abraços Gloriosos.

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