por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
TODOS TÊM RESPONSABILIDADES desde o topo até à
base, mas o desempenho apresentado por estes jogadores, sobretudo a seguir ao
jogo em que podíamos ter afastado o Palmeiras e sofremos a inacreditável virada
após perda de pênalti, é indesculpável e imperdoável.
Nunca uma equipe do Botafogo, por mais medíocre
que fosse, chegou a tal ponto de desagregação e abandono físico e psicológico.
E além disso, tantos e tão diversos erros estratégicos, gestionários e operacionais evidenciam a claríssima necessidade de uma GESTÃO PROFISSIONAL, coisa que o Botafogo de 2022-2023 não conseguiu,
apesar do badalado ‘sucesso’ da SAF. Porém, não há SAF que resista à reprodução de uma
gestão amadora e quiçá irresponsável.
“E agora,
[J. Textor]? A festa acabou, a luz
apagou, o [campeonato] sumiu, a noite
esfriou, e agora, [J. Textor]?” - QUO VADIS?...
PS: prometo uma análise global das temporadas 2022-2023
quando estiver num momento mais sereno após a ‘tempestade’ e ciente que depois
de chuvas torrenciais é sempre possível o Sol tornar a raiar em seu melhor esplendor.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x3 Internacional
» Gols: Janderson,
aos 46’ (Botafogo) ; Enner Valencia, aos 19’, Alan Patrick, aos 49’, e
Pedro Henrique, as 52’ (Internacional)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 06.12.2023
» Local: Estádio Beira-Rio,
em Porto Alegre (RS)
» Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP); Assistentes: Neuza Inês Back
(SP) e Alex Ang Ribeiro (SP); VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP);
AVAR: Fabrício Porfírio de Moura (SP) e Adriano de Assis Miranda (SP)
» Disciplina: cartão amarelo – Danilo Barbosa e Matheus Nascimento
(Botafogo) e Pedro Henrique (Internacional)
» Botafogo: Lucas Perri; Danilo Barbosa, Philipe Sampaio e Victor Cuesta;
Tchê Tchê, Marlon Freitas (Tiquinho Soares), Eduardo (JP Galvão) e Hugo; Carlos
Alberto (Júnior Santos), Janderson (Matheus Nascimento) e Luís Henrique (Victor
Sá). Técnico: Tiago Nunes.
» Internacional: Rochet; Bustos, Igor Gomes, Mercado e Renê; Aránguiz
(Thauan Lara), Maurício (Gabriel) e Bruno Henrique; Gabriel Barros (Johnny),
Enner Valencia (Pedro Henrique) e Alan Patrick (Luiz Adriano). Técnico: Eduardo
Coudet.
2 comentários:
Meu querido Ruy, estou ansioso para ler sua análise global 22/23, pois gosto muito dos seus textos, sempre muito assertivos.
Sobre o jogo de ontem não posso falar pois não assisti e não me interessou e nem me interessa saber como foi. Na verdade, depois daquela virada inexplicável que o time do Botafogo tomou do Palmeiras eu achei que o Botafogo perdeu o título naquele jogo, faltou como dizia o Loco Abreu "cujones" (acho que se escreve assim). O time mostrou uma fraqueza enorme, foi muito covarde, eo pênalti perdido destroçou em definitivo a vitória.
Num resumo bastante simplório, eu diria que o amadorismo enraizado no clube permanece firme e forte e se não profissionalizar vamos continuar a navegar em mares muito turbulentos.
Mas o que mais me irritou foi a covardia que fizeram com os torcedores, essa torcida não merecia isso, e essa covardia de todos no clube, do mais simples dirigente ao reserva da ponta esquerda foi uma grande decepção. O pior é que não espero nada de positivo para 2024. Espero estar errado. ABS e SB!
Meu querido amigo, também não assisti e estive calmo enquanto o jogo decorria. Depois fui ver o resultado, ler alguma coisa sobre o assunto e fiquei esclarecido: nos últimos jogos, quando o Botafogo se colocou em vantagem (1x0 Coritiba) aguentou 29 segundos até ao empate do adversário; quando o Botafogo empatou cm o INternacional não durou 3 minutos até tomar novo gol. Não ambição nem vontade. E uma crítica que li era arrasadora de uma ponta à outra: zero para Perri e zero para Tiago Nunes. Pelo meio salvaram-se umas notas de 3, 4 e 5...
No jogo contra o Palmeiras pensei exatamente nisso: um Tiquinho a mais no jogo e um Loco Abreu a menos. Mas o vício maior do jogo foi o recuo que o Lúcio Flávio fez na segunda parte e a virtude está toda do lado do Abel Ferreira, que deu discurso-bronca ao intervalo, revelou Endrik e mudou o sistema de jogo para o resto do campeonato. Foi mais vitória de Abel e derrota do Lúcio do que outra coisa. Porque a perda do pênalti não pode explicar tudo.
2024 não vai ser fácil. Creio que Textor continua sem perceber o essencial.
Sobre o texto prometido: tenho tanta coisa na cabeça que não sei por onde começar, e também ainda não tive tempo para o fazer e menos ainda ânimo para isso. Mas vai chegar...
Abraços Gloriosos.
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