sábado, 8 de fevereiro de 2025

Pintou a sétima no clássico vovô - um retrospecto

Crédito: https://ge.globo.com | Blog do Mario Alberto.

 por DINAFOGO | Coluna “Botafogo Nisso!” | Colaborador do Mundo Botafogo

Boa tarde, Blog! Depois de um hiato na faculdade, estou de volta para relatar uma breve resenha sobre o Clássico Vovô.

O Glorioso chegou à sua sétima vitória seguida (de 29 de janeiro de 2023 a 29 de janeiro de 2025) contra o rival tricolor, além de um empate, totalizando oito jogos sem perder. Nesse período, vale destacar algumas curiosidades:

1. O Botafogo teve cinco treinadores diferentes nesses jogos (Luís Castro, Lúcio Flávio, Fábio Matias, Artur Jorge e Carlos Leiria), sendo que dois eram interinos.

2. O capitão Marlon Freitas jamais perdeu para o rival, seja na época de Atlético Goianiense ou no Botafogo, acumulando um total de onze vitórias, sendo seis pelo Glorioso.

3. Marcelo, contratado com pompa pelo tricolor e que, na época, tanto a imprensa quanto o próprio jogador tiraram sarro do Botafogo, saiu sem vencer um jogo sequer contra o Glorioso.

4. Foram quatro vitórias no Maracanã (estádio mais utilizado no clássico, com vantagem alvinegra de 75 vitórias contra 66 do rival) e três no Nilton Santos.

5. O Botafogo marcou onze gols contra apenas três do rival nesse período.

6. Desde que se tornou SAF, o Alvinegro sofreu apenas uma derrota para o adversário.

7. Essa é a maior sequência de vitórias seguidas do clássico e tem margem para ser ampliada. Por enquanto, essa invencibilidade está no número mágico de Mané Garrincha: sete triunfos consecutivos, fazendo do rival "João" do Glorioso.

O Clássico Vovô é o mais antigo do país, e sair vitorioso de campo é motivo de orgulho e honra, ainda mais por toda a rixa histórica e política extracampo que envolve as duas agremiações. Seguem abaixo alguns fatos marcantes:

1. Os dois clubes se enfrentam desde 1905, e logo no início da rivalidade surgiu a primeira disputa em relação ao Campeonato Carioca de 1907, resolvida apenas em 1996 (89 anos depois).

2. Na campanha de 1910, que deu ao Botafogo a alcunha de "Glorioso", uma vitória por 6x1 sobre o rival garantiu o título carioca, que constitui a maior goleada de sempre numa final na Era Amadora. Em 1957, mais uma goleada histórica: 6x2 na final, com cinco gols de Paulo Valentim, recorde até hoje em decisões estaduais na Era Profissional.

3. O rival participou da licitação do estádio Nilton Santos (na época, Estádio Olímpico João Havelange, vulgo ‘Engenhão’), mas se retirou um dia antes da apresentação dos documentos, alegando dúvidas sobre o edital. O Botafogo venceu a licitação e, na partida inaugural, derrotou o tricolor por 2x1. Apesar das constantes reclamações sobre o gramado, incluindo chiliques do presidente Mário Bittencourt, o rival sempre utilizou o estádio quando precisou. Isso inclui o Carioca de 2010, dois anos depois da sua torcida flamenguista destruir 352 cadeiras e até banheiros do local. Ao contrário do que Bittencourt afirmou em entrevista ao SporTV, o Botafogo sempre flexibilizou o Nilton Santos para os rivais, diferentemente do tratamento recebido no Maracanã pela dupla Fla-Flu.

4. Em 2023, os rivais Fla-Flu se uniram (como sempre de mãos dadas) para "brincar" com o perfil alvinegro no Instagram, comprando seguidores para zombar da marca do Botafogo. O clube precisou trancar o perfil, enquanto os rivais riam e comemoravam.

5. Em 2022, a torcida tricolor levou uma faixa provocativa dizendo: "Não adianta se vender, seu destino é fracassar". Curiosamente, no ano passado, o presidente Mário Bittencourt manifestou interesse em transformar o clube em SAF (a velha e boa hipocrisia). Além disso, desde a exibição da faixa, o Botafogo não perdeu mais para o rival, somando sete vitórias seguidas, além de conquistar o Brasileirão e a Libertadores. Diferente do tricolor em 2008, que fracassou na final dentro do Maracanã, o Glorioso não pipocou em sua primeira decisão continental.

6. O tricolor costuma se orgulhar de não ter virado SAF ou precisado de mecenas, mas teve uma parceria de 15 anos com a Unimed, que resgatou o clube do fundo do poço em 1999, quando estava na Série C. Essa parceria financiou títulos como a Copa do Brasil de 2007 (após 23 anos de jejum) e dois Brasileirões (2010 e 2012). Estima-se que 30% do orçamento da Unimed fosse destinado ao clube.

7. O auge da Unimed coincidiu com a crise alvinegra, quando o Botafogo mal sonhava com a SAF e lutava para não fechar as portas. Durante esse período, a torcida tricolor ridicularizava o Glorioso. No entanto, os tempos mudaram: no ano passado, enquanto o Botafogo conquistava o Brasileirão e a Libertadores, o tricolor quase foi rebaixado, escapando apenas na última rodada.

Por essas e outras razões, vencer o tricolor é ainda mais saboroso. Essa rivalidade transcende o campo: envolve estilos, cultura, representações futebolísticas e até embates políticos. Não é apenas um adversário a ser derrotado, mas também combatido. Espero que a torcida alvinegra jamais esqueça quem são seus rivais e o que representam no Estado.

Estamos com a cabeça e os pés no lugar certo. Vamos, Glorioso!

Saudações alvinegras! O Glorioso!

Fontes:

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2015/07/04/unimed-deixou-flu-ha-seis-meses-mas-divida-com-jogadores-so-cresce.htmhttps://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2014/09/20/unimed-fez-flu-virar-milionario-agora-clube-sofre-com-altos-salarios.htm

https://www.google.com/amp/s/ge.globo.com/google/amp/futebol/times/fluminense/noticia/2024/12/25/mario-reforca-objetivo-de-transformar-o-clube-em-saf-reconstruir-o-fluminense.ghtml

https://ge.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Botafogo/0,,MUL779067-9861,00-FOTO+BOTA+CONSERTA+CADEIRAS+E+ATE+O+BANHEIRO+NO+ENGENHAO.html

https://www.fogaonet.com/noticias-do-botafogo/presidente-fluminense-quer-flexibilizacao-nilton-santos-botafogo-reclama-deveriamos-ser-ouvidos-gramado-sintetico/

https://www.lance.com.br/fora-de-campo/botafogo-tranca-perfil-nas-redes-sociais-apos-torcedores-rivais-comprarem-seguidores-para-ajudar-o-clube.html?utm_source=chatgpt.com

25 comentários:

Sergio disse...

Excelente postagem, como sempre seus artigos são bem fundamentados e muito bem escritos.
Concordo contigo em relação ao fluminense, acho que sempre foi um dos maiores inimigos do Botafogo. Eu tinha um primo muito mais velho que eu que foi conselheiro do Botafogo e sempre dizia que o inimigo histórico do Botafogo era o fluminense, testemunho principalmente de seu pai, que foi sócio fundador do Botafogo.
Mais uma vez, para pela postagem. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Embora me esteja adiantando ao comentário do Dinafogo, concordo que o 'inimigo' histórico até à década de 1960 terá sido o Fluminense desde 1907, já que Botafogo e Flamengo tinham algumas proximidades interessantes, mas já nessa década de 1960 o Flamengo afigurou-se em crescimento para ser o 'inimigo' principal, por via das suas derrotas contra nós e às quais não via fim (ver declarações de Zico). Tanto assim é que o nosso querido amigo Leymir reconhece com orgulho o ano de 1985 quando o Flamengo ultrapassou o Botafogo em vitórias no respetivo clássico. Essa nota evidencia a importância crucial que o Flamengo tinha em possuir mais vitórias do que o Botafogo. Hoje, o 'inimigo' (leia-se 'adversário mais acérrimo) é claramente o Flamengo, que nunca ultrapassou os 'bailes' do período de Garrincha e de Jairzinho e que hoje vinga-se infantilmente com os seus jogadores a imitarem o chororô, mesmo depois de sermos campeões brasileiros e sul-americanos - o que demonstra uma infantilidade que merece, apenas, pena.

Abraços Gloriosos.

Sergio disse...

Meu caro Ruy, concordo plenamente com suas observações a respeito da rivalidade em relação ao Flamengo, apenas foquei na rivalidade em relação
ao fluminense por ser um dos temas da postagem.
Não há dúvida que o Flamengo é o maior inimigo do Botafogo desde o início da década de 60, e o trauma dos 6X0 no dia do aniversário do time da Gávea creio que seja incurável pela maneira como foi imposta a goleada.
Mas a aproximação da globo e as benesses estatais e jurídicas principalmente a partir da década de 80, fora as desastrosas administrações do Botafogo tornaram possível que o flamengo superasse o Botafogo, e isso me lembra de um amigo flamenguista desabafando depois de uma derrota para o Botafogo, disse a seguinte frase: "o Flamengo só vai conseguir superar o Botafogo o dia que esse clube falir".
O curioso é que apesar de tudo, parece que o trauma em relação ao Botafogo parece ser incurável. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Claro, Sergio, eu sei disso. Apenas quis realçar, pensando também em eventuais leitores silenciosos (infelizmente muitos) que lêem os comentários, a realidade das rivalidades atuais. O Fluminense não pode ser inimigo hoje porque nem sequer tem estofo para tal, enquanto o Flamengo tem. Aliás, penso que os clubes com mais estofo desde há vários anos são o Flamengo por via dos seus títulos (refiro-me aos legítimos, não aos sonegados) e o Botafogo por via da sua notável resiliência emergindo por três vezes da 2ª divisão sempre com mais força do que quando desceu.

Pessoalmente penso que a personalidade do Botafogo é mais forte do que a do Flamengo, o que aparentemente é um paradoxo vendo as diferenças de performance de um e de outro no século XXI, porque o Botafogo é muito mais resiliente do que o Flamengo. A história do chororô foi uma boa maneira do Flamengo encobrir o seu próprio chororô (tipo os sujeitos que se tornam ditadores para esconderem as suas fraquezas e covardias) quando perde uma competição (há inúmeros registros fotográficos dos flamenguistas chorando copiosamente ou chorando por palavras quando, por mero engano das arbitragens, é desfavorecido em alguma coisinha. Realmente, o Flamengo é o maior chorão do futebol desde o Jogo do Senta, e essa fraqueza é evidente num aspeto principal: apesar de todos os seus títulos alcançados neste século, o Flamengo continua com uma espinha encravada na garganta e que se chama Botafogo. Isso demonstra uma enorme fraqueza psicológica e justifica perfeitamente a frase " Flamengo só vai conseguir superar o Botafgo no dia que esse clube falir". O que significa que o Flameng nunca ultrapassará o trauma. E era desnecessário se o Flamengo soubesse ter crescido como uma criança sabe crescer para adulto.

Último exempo: um clube financeiramente abastado que se tentou esquivar-se de ressarcir as famílias de futebolistas menores falecidos nos incêndios do Ninho do Urubu não é um clube que tenha crescido.É pena, porque as histórias do Flamengo e do Botafogo são as mais fascinantes do mundo carioca.

Abraços Gloriosos.

Dinafogo disse...

Bom dia, Blog!

Primeiramente, gostaria de agradecer ao Sérgio pelos elogios. Em seguida, a questão com o Fluminense nunca foi meramente futebolística, mas envolveu rixas políticas fora do campo, como mencionado no texto, além da representatividade específica de cada instituição e da cultura de arquibancada de seus adeptos. O Tricolor foi um rival que nos trouxe mais dissabores no início da rivalidade do que o Rubro-Negro. Na primeira partida, o Botafogo, um clube formado por garotos, sofreu um grande revés diante de um time de adultos do Fluminense. Era uma diferença que pesava muito em campo, como se hoje um time de juniores enfrentasse a equipe principal de um adversário. Tivemos também o polêmico título de 1907, no qual o Botafogo já colocava em xeque a soberania tricolor no Carioca e, com a divisão do certame, surgiu a dúvida sobre se o Fluminense foi tetracampeão carioca ou não. Foi contra esse rival que ganhamos o apelido de Glorioso, conquistando um título justamente em cima dele (um capítulo inesquecível da nossa história), além dos 6 x 2 em 1957, com o Maracanã abarrotado. Contudo, diferente do ocorrido em 1907, em 1971 perdemos um título carioca em um gol polêmico, que impediu que encerrássemos mais cedo a nossa seca, que perduraria até 1989. Além disso, nesse mesmo ano, perdemos uma decisão da Copa São Paulo, que ainda não temos, devido ao sucateamento da nossa base.

Houve também o polêmico e sempre lembrado jogo de 1994, no qual existem todos os indícios de entrega e manipulação de resultados por parte de alguns jogadores. No século XXI, podíamos ter decidido uma final contra eles na Copa do Brasil de 2007, mas, infelizmente, saímos por conta de escandalosos erros de arbitragem. Novamente, não tivemos a chance de enfrentá-los "inteiros" e no nosso melhor – e olha que tínhamos time para vencer. A torcida rival se engrandeceu e tornou-se soberba (historicamente, sempre foi) a partir dessa conquista e, como de praxe, sempre que podia, arrumava uma provocação ou uma polêmica extracampo. Infelizmente para eles e felizmente para nós, a SAF veio, e o Botafogo enfim começou seu processo de retomada. Em menos de três anos da era Textor, já enfileiramos sete vitórias seguidas contra eles.

Conclusão: É um inimigo (rival) dentro e fora das quatro linhas, com uma torcida soberba e repleto de dirigentes que gostam de caçar seus minutinhos de fama. Por isso, cada vitória conta, e é muito gostoso, ao final do jogo, entoar a plenos pulmões: "ão,ão, ão terceira divisão!". Aliás, quero bis.

Dinafogo disse...

Eu acredito que, em breve, conseguiremos reverter o número de vitórias a nosso favor e que momentos especiais e engraçados serão escritos nessa rivalidade. Meus preferidos são a sequência da era SAF, a triplice eliminação nas semifinais do Carioca (2008, 2009 e 2010) e os gols do Ribamar, que se tornou carrasco do Tricolor em 2016.

Dinafogo disse...

Quanto às rivalidades, penso que o Botafogo, com a SAF progredindo cada vez mais, tem chances reais de acender a chama da rivalidade no Rio de Janeiro. O cenário atual se tornou uma disparidade do Rubro-Negro frente aos rivais em crise, gerando uma certa hegemonia que estava para ser sacramentada definitivamente em 2019 (a mídia já dava como certo), o que faria com que não tivéssemos mais rivalidades estaduais. Felizmente, não é o que se desenha, e o Alvinegro ressurge com um modelo profissional, competente e sustentável a longo prazo. O Flamengo, por sua vez, já está consolidado financeiramente desde a gestão Bandeira de Mello. Até quando, não sabemos, mas hoje é quem tem um trabalho mais longevo.

Há algum tempo, Vasco e Flamengo eram a única rivalidade possível no RJ. O Vasco viveu um período dourado nos anos 90 e início dos anos 2000, com muitos craques no elenco, conquistando a Libertadores. O Cruz-Maltino contava com a figura política de Eurico Miranda, que suplantava e questionava o Fla-Flu como a maior rivalidade carioca. O Flamengo também conquistaria títulos nesse período, e muitos nomes relevantes passaram pela Gávea, mas foi nos anos 2000 que o Rubro-Negro recuperaria o protagonismo da década de 80.

Hoje, acho que Vasco e Fluminense não voltarão aos seus tempos áureos tão cedo, e o Botafogo terá o caminho aberto para recuperar seu espaço e fazer frente aos rivais da Gávea. Os mais jovens botafoguenses precisam e merecem saber o que foi o Botafogo na década de 60, as rivalidades daquela época e os feitos realizados, principalmente diante dos Urubus.

O Botafogo, de fato, é um time extremamente resiliente e corajoso. Enfrentou ameaças, amadorismo, perseguição midiática, quedas, crises financeiras etc., e ainda segue de pé – muito mais forte do que já foi.

Ruy Moura disse...

Perfeito, Dinafogo! Fluminense nunca mais nos engoliu desde 1907, e sobretudo desde 1910, por conta de garotos terem vencido os homens já bigodudos e de soberba consolidada, como descreveu Mário Filho num texto notável sobre o Botafogo.

Todavia, atualmente, tanto Flu como Fla têm soberba ao nível de dirigentes. A diferença é que, a nível das torcidas, os fluminenses são uns pseudo-intelectuais metidos a gente superior, que não são; os flamenguistas têm soberba por conta de serem uma enorme torcida - e todas as torcidas maioritárias evidenciam a sua soberba (por isso nunca torço, seja onde for, por clubes maioritários em matéria de torcida) -, mas os flamenguistas têm a noção que são povo e a sua soberba é mais de natureza desportiva, enquanto os fluminenses têm uma soberba de natureza social - o que é insuportável para os seres humanos que defendem valores maiores de natureza coletiva.

PS: Evidentemente que faço uma análise sociológica e não individualista, isto é, olho para a maioria, e evidentemente que na curva da normal há flamenguistas e fluminenses que possuem valores mais coletivos (uma minoria), enquanto na outra ponta da curva há os que são irritantemente individualistas à boa moda dos valores neoliberais narcisistas.

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Confesso que não me preocupo com isso (o Leymir é que se preocupa) porque o clube com o qual temos a maior amplitude de derrotas é o Vasco da Gama e, contudo, em finais estamos vencendo o Gigante da Colina por 7x1 ou 8x1. portnto, o Flamemgo pode continuar a ter larga vantagem durante algum que eu não me importo se nas decisões a vantagem for nossa.

Ademais, dada a dimensão crítica da torcida do Flamengo (especialmente a mídia carioca tomada por flamenguistas néscios e alguns mesmo mentecaptos), a vantagem perdurará, no mínimo, por muito tempo, enchendo o Flamengo de dinheiro para desperdiçar e ainda assim comprar bons jogadores.

PS: Corrigindo as suas 'semifinais': fomos 'finalistas' em 2007, 2008 e 2009 contra o Flamengo e em 2010, na 4ª final consecutiva, roubamos o tetra que queriam celebrar para se igualarem a nós, mas El Loco Abreu - puro DNA botafoguense - já havia chegado e acabou com essa ilusão (rs).

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Boa análise. A Ascensão e Queda do Vasco da Gama tem um só nome o bom Eurico e o mau Eurico.

Não acredito que o Flamengo quebre significativamente, nem eu quereria isso, porque sem rivais à altura o futebol não tem graça.

Qual foi a graça do Rosenborg da Noruega sagrar-se consecutivamente tridecacampeão de 1992 a 2004? Qual foi a graça do Lyon sagrar-se heptacampeão consecutivo de 2001/2002 a 2007/2008? E agora o PSG conquistar 10 títulos em 12 de 2012/2013 a 2023/2024 (1 tetra e 2 tri contra apenas um campeonato do Mónaco e do Lille)? E qual é a graça do campeonato alemão com o Bayern München undecacampeão consecutivo de 20212/2013 a 2022/2023?

Que venha forte o Flamengo, forte o Botafogo; que venha medianamente os fluminenses e os vascaínos; que disutemos finais e sejamos campeões com alguma regularidade.

PS: Só gostaria - mas agora já não acontecerá - que o Flamengo descesse de divisão uma única vez para pagar a descida da Portuguesa de Desportos, no ano em que o Flamengo passou historicamente ao vulgo de FLAMENGUESA. (rs)

Abraços Gloriosos.


leymir disse...

"Olha que isso aqui tá muito bom, isso aqui tá bom demais!"

Olha meus amigos queridos e apaixonados pelo Glorioso, boa tardeeee!

Eu estou mais ou menos contemplado em todos os textos, exceto nos textos que batem no meu Flamengo! Hahaha

O maior rival para mim é o BFR, mas existe uma instituição que tenho tremenda dificuldade para admirar e é exatamente o FFC, eu acho o Fluminense a maior distância em natureza com o Flamengo.

Entendo muito o texto do Dinafogo, agradeço e retribuo ao Ruy o atestado de querido amigo.

A virada nos confrontos entre os nossos clubes revertida por nós em 85 , para mim é muito importante.

Porque é o Clube do Manga, é o Clube do Garrincha, o Clube que é rival desde sempre de terra e mar, então a reversão que até hoje se sustenta mas não garante eternidade, me deixa feliz sim.

Estamos falando de um legado construído por figuras como Carvalho Leite, Zizinho, Leônidas, Garrincha, Nilton Santos, Leandro, Manga, Zico, Ademir, Didi e tantos e tantos outros que sei que cometi o crime em não citar.

A liderança em títulos cariocas que conquistamos do Fluminense, me orgulha, mas é muito diferente!

Me orgulha porque tiramos das elites e entregamos a mulambada a gritos de "festa na favela."

Porque vencemos um clube soberbo, mentiroso, que confunde fidalguia com elitismo.

Eu obviamente vejo o que é o BFR, e ainda sendo meu rival saúdo a existência do Clube e suas glórias. Acontece parecido com o CRVG, é muito diferente com o que sinto a respeito do FFC.

Abração meus amigos!



leymir disse...

Só gostaria - mas agora já não acontecerá - que o Flamengo descesse de divisão uma única vez para pagar a descida da Portuguesa de Desportos, no ano em que o Flamengo passou historicamente ao vulgo de FLAMENGUESA. (rs)

Não senhor, não senhor, nada disso! hahaha

No campo é bom lembrar, o rebaixado seria justamente o Fluminense.

Ruy Moura disse...

Leymir, ao contrário do que se pensa geralmente, Mário Filho não era flamenguista, mas sim fluminense, tal como o irmão Nelson Rodrigues (em minha opinião o mais brilhante novelista desportivo brasileiro e grande dramaturgo). A invenção do Fla-Flu (que até soa bem) foi engendrada para dar palco ao Fluminense junto do clube de maior torcida. À semelhança do que Eurico tentou fazer décadas mais tarde.

Porém, a gênese é a gênese, e o maior clássico de todos é indiscutivelmente, em minha opinião, Botafogo x Flamengo. Não gosto nem um pouco do Fluminense, respeito o Vasco pela amizade que fez com o Botafogo, gosto da história do Flamengo (a melhor do Rio juntamente com a do Botafogo), mas tenho pavor da parte da torcida que se comporta arruaceiramente e já matou vários botafoguenses.

Abraços!

Ruy Moura disse...

Creio que está muito equivocado, Leymir. Na altura os flamenguistas atiraram o nome do Fluminense para cima da mesa com o intuito de baralhar tudo, mas a Classificação final é muito clara: 15º Fluminense, 16º Flamengo, 17º Portuguesa. Se a Portuguesa ganhasse os pontos que lhe foram retirados, a classificação ficaria assim: 15º Portuguesa, 16º Fluminense, 17º Flamengo rebaixado. Não há volta a dar: a marosca foi feita pela Gávea...

Consulte:
https://ge.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/2013/

Abraços.

leymir disse...

Ola Ruy!

Não me enganei, talvez tenha me expressado de maneira não claro.

O que disse que dentro de campo aonde o futebol é jogado, o Flamengo terminou com 49 pontos e seria 11º em 2013, a Portuguesa com 48 e seria 14º e o Fluminense Clube do tapetão estaria rebaixado com 46 por ter uma Vitoria a menos que o Criciúma.

Essa é a classificação real daquele campeonato.

Grande abraço!

leymir disse...

Querido amigo Ruy,

Tenho pavor de quem usa o futebol e amor ao Clube para machucar outras pessoas, mas isso não é exclusividade da torcida do Flamengo.

Existem aos montes em torcidas organizadas do Flamengo, do Botafogo, do Fluminense, do Vasco e etc...

Nesse contexto asqueroso, de assassinos que usam os Clubes para seus instintos mais nefastos, eu não gosto de versar.

Um outro assunto difícil, foi a posição dos dirigentes do Flamengo quanto a tragedia de 2019, absurdo e completamente vergonhoso, a maior mancha do Clube em minha opinião.

Hoje todas as vitimas já fecharam acordo com o Clube, algumas em reunião de conciliação e outras em juízo com intervenção da justiça, ainda assim espero que alguma diretoria faça mais.

Me sinto feliz com o treinador sempre citar os meninos em momento de títulos, mas é preciso ações mais contundentes que eternizem os nomes desses meninos na rica historia do Flamengo, devemos isso a eles e suas familias.

Um grande abraço!



Ruy Moura disse...

Creio que sim, meu amigo, que algo mais devia ter sido feito para que as famílias ficassem bem financeiramente. Quanto a eternizá-los, provavelmente o Flamengo não fará nada para que tal drama seja esquecido definitivamente.

Grande abraço.

Ruy Moura disse...

Não compreendo, Leymir. O Flamengo terminou com 45 pontos. Onde é que foi buscar +4 pontos? O Flamengo deveria ter sido rebaixado se o treinador da Portuguesa não tivesse colocado o Heverton aos 82' de jogo. Substituição à medida do Flamengo...
Abraço!

leymir disse...

O Flamengo dentro de campo terminou com 49 pontos, foram retirados 4 e por isso terminou com 45.

Já a substituição do Heverton é uma questão da Portuguesa.

Dentro de campo Flamengo e Portuguesa fizeram mais pontos que o Fluminense.

Ruy Moura disse...

Desculpe que lhe diga, meu amigo, mas pode ser que o Leymir se queira enganar a si próprio, acontece, prém num futebol onde um clube consegue subir direto da série C para a série A, num futebol onde se comprovaram malas brancas e malas pretas para se vencer e se perder, num futebol onde árbitros e outros elementos estão relacionados com apostas, acredita nessa pureza que é dizer que o Heverton é exclusivamente questão da Portuguesa e não houve mão exterior?! Precisamente por se saber que o Flamengo ia ser punido com 4 pontos e poderia ser despromovido na última rodada, como realmente seria se a Portuguesa não fosse penalizada, é que acontecem coincidências incomuns, raras, esdrúxulas, extravagantes e bizarras...

Grande abraço.

Dinafogo disse...

Boa noite, colegas do Blog! Tudo bem? Vou entrar nas discussões de Ruy e Leymir, mas vou começar falando sobre a violência no futebol.

Em países da América do Sul, a violência social é histórica e cultural, advinda de diversos contextos políticos de cada país, que tiveram desfechos traumáticos ou não foram resolvidos até os dias de hoje. Um exemplo que podemos citar dessa relação futebolística e as tensões sociais é o jogo entre Botafogo e Colo-Colo pela Libertadores de 1973, onde o Chile vivia uma crise sem precedentes e estava à beira de ver o surgimento do governo de Pinochet. Aquele jogo atrasou, porém, não impediu a tomada do poder pelo ditador chileno.

Ademais, podemos também citar a questão dos cânticos entoados pelas torcidas contra os adversários, muitas vezes sem respeito pela vida. Os cânticos do Flamengo sobre a morte de Dener, do Vasco, que morreu em um acidente de carro, ou a polêmica música do balancê, balancê cantada por vascaínos e botafoguens. Ainda temos os tristes episódios de racismo e outras formas preconceituosas para agredir o rival em campo.

Por fim, temos, concomitante a tudo isso, os embates entre torcidas organizadas, deixando mortos e feridos, alguns inocentes, tornando os estádios um lugar perigoso e afastando as famílias e amigos.

Quero deixar claro, antes de terminar o texto, que acho provocação e brincadeiras algo sadio, desde que saibamos separar e não se traduzam em ataques verbais e físicos. Construir uma sociedade melhor passa por refletirmos de forma crítica sobre o nosso comportamento em público, e o futebol não deve ser uma exceção, principalmente pelo papel social que exerce, por ser o desporto mais popular e vitorioso do país.

Que possamos festejar com nossas bandeiras, camisas, cânticos e paixão pelos nossos clubes, mas entendendo que brigar é somente em campo e pelas taças.

Saudações Alvinegras e Desportivas.

Dinafogo disse...

Quanto à polêmica do Campeonato Brasileiro de 2013, de fato, o rebaixado seria o Fluminense, juntamente com o Vasco da Gama. Mas o STJD puniu o Flamengo e a Portuguesa com a perda de 4 pontos, por causa da escalação de jogadores irregulares. O rubro-negro, por ter escalado o jogador André Santos, e a equipe paulista, por causa do jogador Heverton. Por um ponto, o Flamengo ficou e o Fluminense escapou novamente do rebaixamento à Série B, por pura incompetência dos seus adversários. Já o Vasco desceu sozinho novamente, sendo que, nessa época, o cruzmaltino e o Botafogo praticamente revezavam nas suas quedas.

Esses casos são polêmicos e sempre levantaram suspeita, principalmente pela corrupção da CBF e a sua trupe. Contudo, o fato está consumado. Não foi a primeira vez e nem será a última. O Botafogo, por exemplo, esteve envolvido na polêmica do caso Hiroshi, que acabou por se salvar na bacia das almas. O Fluminense teve a seu favor o caso Ives Mendes e a Copa João Havelange. Teve o Campeonato de 1986. O Flamengo já esteve envolvido em muitas polêmicas, porém, acredito que somente no ano de 2013 esteve realmente próximo da queda, pois nos outros anos, como em 1995, o regulamento era diferente e algumas pessoas cometem anacronismo (não estou defendendo o rival rubro-negro, mas fatos são fatos).

Acredito que será difícil o Flamengo ser rebaixado algum dia, muito pela inevitável profissionalização do futebol, que deverá se consolidar um dia e impedirá que clubes grandes tenham quedas ou que direções amadoras assumam. Fora que, também, para um clube grande cair depende da competência dos seus adversários. O Santos, por exemplo, caiu graças a uma goleada do Bahia em cima do Galo na última rodada e uma derrota para o Fortaleza.

O fato é que o rebaixamento e todas essas polêmicas são uma mácula na história dos clubes, e muitos dos seus responsáveis jamais responderam pelos seus atos ou ressarciram os clubes. No fim, quem sofre é o torcedor. O Flamengo e o Vasco, até 2008, eram os únicos que jamais haviam caído. Hoje, porém, somente o clube da Gávea segue invicto, e sempre lembram isso. É o que eu digo: a história não perdoa, como os dirigentes inocentes acreditam. Ela permanece, e os fracassos e sucessos são permanentes na vida dos clubes.

Ruy Moura disse...

Belíssima exposição sobre violência no futebol (extensível ao desporto em geral) e sobre campeonato de 2013. DE 2013 uma coisa é acertadíssima: Se Héverton não tivesse entrado em campo aos 82' o Flamengo teria ido para a série B e a Portuguesa atualmente estaria na série A ou B. A queda do clube teve consequências brutais com a entrada de Héverton em campo salvando o Flamengo a 8 minutos do fim do campeonato. Há culpados, não sei exatamente é quais são, de um lado e de outro.

Abraços Gloriosos.

Dinafogo disse...

Ruy, somente agora entendi o seu pensamento. É verdade que o Flamengo poderia ter sido rebaixado caso a Lusa não tivesse cometido a bobagem, pois seria o único a ir a julgamento. O rubro-negro sofreria a mesma situação do Palmeiras um ano antes, quando foi campeão da Copa do Brasil, mas acabou rebaixado no Brasileirão.

Ruy Moura disse...

Repare, Dinafogo, porque raio Héverton entrou aos 82' em campo sabendo-se que os resultados da rodada colocariam o Flamengo na série B, já ciente de que perderia 4 pontos? Só três tipos de pessoas podem não ver isso: (a) os mais distraídos (e eu às vezes também sou); (b) os ingênuos que acreditam em coincidências dessa natureza no futebol brasileiro; (c) os que convenientemente se enganam a si próprios.

A Portuguesa foi vítima da iminente descida do Flamengo (já alertado que perderia 4 pontos) e por causa disso acabou chegando sucessivamente à série D. Para o Flamengo seria muito menos grave porque regressaria na época seguinte, e com a honra imaculada, mas o esclerosado lema "somos incaíveis" teria que permanecer a todo o custo. E, contudo, não foram 'incaíveis', por exemplo, Bayern München, Manchester United, Juventus, Milan, Liverpool, Arsenal, Borussia Dortmund, Atlético de Madrid... E daí? E daí que estes 8 exemplos são clubes gigantes do futebol mundial e não foram desonrosamente maculados, mas orgulhosos de não terem sido ilegitimamente beneficiados. Do ponto de vista da honra vale mais estes clubes exemplificados terem descido de divisão e logo regressado ao seu lugar, ou, pelo contrário, não terem descido de divisão por manobras obscuras e assim ficarem no registro histórico?...

Abraços Gloriosos.

Botafogo Campeão Metropolitano Sub-12 (todos os resultados)

Equipe completa. Crédito: Arthur Barreto / Botafogo. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo sagrou-se Campeão Metropolitano...