por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
SÍNTESE
Na ‘Era Textor’ o
Botafogo defrontou o Flamengo em 9 partidas, registrando 4 vitórias e 5
derrotas e um placar agregado favorável por 12-11.
1º JOGO
Botafogo 1x0 Flamengo
» Gols: Mimi, aos 26’
» Competição:
Campeonato Carioca
» Data: 13.05.1913
» Local: Estádio de
General Severiano (inauguração), no Rio de Janeiro (RJ)
» Botafogo: Álvaro
Werneck; Pino, Edgard Dutra, Edgard Pullen e Juca Couto; Rolando de Lamare,
Mimi Sodré e Abelardo de Lamare; Villaça, Lauro Sodré e Facchine.
ÚLTIMO JOGO E PLACAR
MAIS ELÁSTICO DA ‘ERA TEXTOR’
Botafogo
4x1 Flamengo
» Gols:
Mateo Ponte, aos 2’, Igor Jesus, aos 53’, e Matheus
Martins, aos 83' e 90+3’ (Botafogo); Bruno Henrique, aos 23'
(Flamengo)
»
Competição: Campeonato Brasileiro
» Data:
18.08.2024
» Local:
Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público:
25.888 espectadores
» Renda:
R$ 1.909.690,00
» Árbitro:
Bruno Arleu de Araújo (RJ); Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa
(RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ); VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira
Do Amaral (SP)
»
Disciplina: Cuiabano, Mateo Ponte e Alexander Barboza (Botafogo) e Ayrton Lucas
e Carlinhos (Flamengo)
»
Botafogo: John; Mateo Ponte (Tchê Tchê), Bastos, Alexander Barboza e Cuiabano;
Gregore, Marlon Freitas (Allan), Luiz Henrique (Carlos Alberto), Savarino e
Almada (Matheus Martins); Igor Jesus (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.
»
Flamengo: Rossi, Wesley, Fabrício Bruno (Léo Pereira), David Luiz e Ayrton
Lucas (Varela); Allan (Lorran), Léo Ortiz, Gerson (Everton Araújo) e Arrascaeta
(Victor Hugo); Bruno Henrique e Carlinhos. Técnico: Tite.
PLACAR MAIS
ELÁSTICO DE TODOS OS TEMPOS (1913-2024)
Botafogo 9x2 Flamengo
»
Gols: Nilo, aos 11’, 27’, 35’ e 45’, Ariza, aos 8’ e 18’, Joãozinho, aos 10’ e
65’, e Neco, aos 13’ (Botafogo); Moderato, aos 28’, e Frederico, aos 55’
(Flamengo)
»
Competição: Campeonato Carioca
»
Data: 29.05.1927
»
Local: Rua Paysandu, no Rio de Janeiro (RJ)
»
Botafogo: Neiva, Couto e Octacílio; Pamplona (Jeronymo), Almo e Rogério; Ariza,
Neco, Nilo, Joãozinho e Claudionor.
»
Flamengo: Egberto, Hermínio e Hélcio; Benevenuto, Frederico e Flávio Costa;
Chrystolino, Pastor, Fragoso, Angenor e Moderato.
JOGOS DA ‘ERA TEXTOR’
2022
Botafogo
1x3 Flamengo
» Gols:
Léo Pereira, aos 85’ (contra) (Botafogo); Pedro, aos 9’, Gabigol, aos 52’, e
Arrascaeta, aos 75’ (Flamengo)
»
Competição: Campeonato Carioca
» Data:
23.02.2022
» Local:
Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
»
Botafogo: Gatito Fernández; Daniel Borges, Joel Carli, Kanu, Jonathan Silva
(Vitor Marinho); Breno (Kayque), Barreto, Fabinho e Luiz Fernando (Erison);
Chay e Matheus Nascimento. Técnico: Lúcio Flávio.
Botafogo 1x0 Flamengo
» Gol: Erison, aos 51’
» Competição:
Campeonato Brasileiro
» Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
» Data: 08.05.2022
» Botafogo: Gatito; Saravia (Hugo), Kanu, Cuesta e Daniel
Borges; Tchê Tchê, Luís Oyama e Lucas Fernandes (Del Piage); Victor Sá, Gustavo
Sauer (Diego Gonçalves) e Erison (Matheus Nascimento). Técnico: Luís
Castro.
Botafogo
0x1 Flamengo
» Gols:
Vidal, aos 57’
»
Competição: Campeonato Brasileiro
» Local:
Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 28.08.2022
»
Botafogo: Gatito Fernández; Saravia; Adryelson (Kanu), Cuesta
e Marçal; Tchê Tchê (Danilo Barbosa), Eduardo (Gabriel Pires) e Lucas Fernandes
(Piazon); Jeffinho, Victor Sá (Luís Henrique) e Júnior Santos. Técnico: Luís Castro.
2023
Botafogo
0x1 Flamengo
» Gols: Matheus
Gonçalves, aos 30”
»
Competição: Campeonato Carioca (Taça Guanabara)
»
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
» Data: 25.02.2023
»
Botafogo: Lucas Perri; Daniel Borges (Matheus Nascimento),
Joel Carli (Victor Cuesta), Luís Segovia e Marçal; Tchê Tchê, Patrick de Paula
(Lucas Fernandes) e Gabriel Pires; Lucas Piazon (Carlos Alberto), Tiquinho
Soares e Victor Sá. Técnico: Luís Castro.
Botafogo
3x2 Flamengo
» Gols: Tiquinho Soares, aos 29' (pen.) e 70', e Danilo Barbosa,
aos 45+4' (Botafogo); Léo Pereira, aos 58' e 85' (Flamengo)
» Competição: Campeonato
Brasileiro
» Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
(RJ)
» Data: 30.04.2023
» Botafogo: Lucas Perri; Rafael, Adryelson, Victor
Cuesta e Marçal; Danilo Barbosa, Tchê Tchê (Philipe Sampaio) e Eduardo (Marlon
Freitas); Júnior Santos (Di Plácido), Victor Sá (Luís Henrique) e Tiquinho
Soares. Técnico: Luís Castro.
Botafogo 1x2 Flamengo
Gols: Victor Sá, aos 18’ (Botafogo); Marlon Freitas,
aos 2’ (contra), e Bruno Henrique, aos 72’ (Flamengo)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 02.09.2023
» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de
Janeiro (RJ)
» Botafogo: Lucas Perri; JP Galvão, Adryelson, Victor Cuesta
e Marçal; Marlon Freitas, Gabriel Pires (Tchê Tchê) e Eduardo (Janderson);
Matías Segovia (Luís Henrique), Tiquinho Soares (Diego Costa) e Victor Sá
(Júnior Santos). Técnico: Bruno Lage.
2024
Botafogo
0x1 Flamengo
Gols: Léo
Pereira, 90+4’
»
Competição: Campeonato Carioca / Taça Guanabara
»
Local: Estádio do Maracanã
»
Data: 07.02.2024
»
Botafogo: Gatito Fernandez; Mateo Ponte, Lucas Halter, Alexander Barboza
(Bastos) e Hugo; Danilo Barbosa (Eduardo), Marlon Freitas (Victor Sá) e Tchê
Tchê; Luiz Henrique (Newton), Tiquinho Soares (Savarino) e Júnior Santos.
Técnico: Tiago Nunes
Botafogo 2x0 Flamengo
» Gols: Luiz Henrique, aos 52’, e Savarino, aos 90+2’
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 28.04.2024
» Local: Estádio do Maracanã,
no Rio de Janeiro
» Botafogo: John; Damián Suárez, Lucas Halter (Alexander Barboza), Bastos e Hugo;
Luiz Henrique (Jeffinho), Danilo Barbosa (Gregore), Marlon Freitas e Savarino;
Júnior Santos (Diego Hernández) e Eduardo (Tchê Tchê). Técnico: Artur Jorge.
Botafogo
4x1 Flamengo
» Gols:
Mateo Ponte, aos 2’, Igor Jesus, aos 53’, e Matheus
Martins, aos 83' e 90+3’ (Botafogo); Bruno Henrique, aos 23'
(Flamengo)
»
Competição: Campeonato Brasileiro
» Data:
18.08.2024
» Local:
Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
»
Botafogo: John; Mateo Ponte (Tchê Tchê), Bastos, Alexander Barboza e Cuiabano;
Gregore, Marlon Freitas (Allan), Luiz Henrique (Carlos Alberto), Savarino e
Almada (Matheus Martins); Igor Jesus (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.
Atualizado a 19.08.2024
10 comentários:
Bom dia, Blog! A derrota de ontem me chateou, embora não tenha me surpreendido tanto. Fiquei divagando sobre a rivalidade entre rubro-negros e alvinegros e acabei encontrando artigos incríveis em escritos antigos do blog, com especial destaque para a relação, às vezes, muito próxima. Também estava analisando as estatísticas e, pelo que li (Ruy pode confirmar depois), a última vez que estivemos na frente do histórico geral de vitórias foi em 1985, encerrada no famoso jogo do papel higiênico. Os anos 2000 acabaram por alargar essa desvantagem, devido às crises no Glorioso e ao sucesso contínuo do rival. Isso é algo que me incomoda e, por isso, sempre gosto de vencer qualquer partida ou esporte contra eles, principalmente por ter esperanças de reverter esse histórico um dia. Não engulo aquele placar da geração do Zico e as provações ocasionadas pelaquela coletiva dos presentes. Eu sempre retruco com o jogo do senta, o chocolate no aniversário, o 9 x 2, mas sinto falta de algo maior, ou no mínimo, parecido com os 4 x 1. Posso não ter vivenciado toda a história dessa rivalidade, mas sinto na pele todas as delícias e dores de todas as gerações botafoguenses até aqui. É algo que não sei explicar, mas sempre quero vencer a dupla vermelha e preta e a de três cores.
Os dias posteriores ao revés contra os urubus são sempre difíceis de engolir, porque alguns torcedores rubro-negros possuem um excesso de orgulho e arrogância muito elevados.
A era SAF trouxe equilíbrio e esperança, já se nota pelas estatísticas. Contudo, Textor precisará entender o peso desse clássico e a sua importância na nossa autoestima enquanto torcida.
Não vejo a hora da revanche.
Saudações Alvinegras e desculpem o desabafo.
A derrota de ontem era uma coisa anunciada: não houve pré-época, os jogadores apresentaram-se há 20 dias, não há técnico e não houve planejamento.
Discordo de Textor sobre essa gestão, mas devo dizer que é intencional: Textor deixou cair à partida o Campeonato Carioca (naturalmente...), a Supercopa, a Recopa e a Copa do Brasil. Ele somente se interessa pelas competições que dão visibilidade internacional ao Botafogo: Brasileirão, Libertadores e Mundial. É empresário, não torcedor...
Em todo o caso, irá beneficiar a reta final do ano em matéria de cansaço do plantel visando as eventuais decisões de Brasileirão e Libertadores.
Sobre o Flamengo: as rivalidades são sempre proximidades. Flamengo fundou-se a partir da rivalidade dos rapazes do Flamengo com os remadres do Botafogo que namoravam as garotas do bairro vizinh. Flamengo nasceu assim, pode-se dizer, do Botafogo! E pessoas que se amam ou que se odeiam são sempre muito próximas devido às emoções exacerbadas. No caso, rivais desde a primeira hora, rivais acirrados continuam.
Todavia, não pense que só os botafoguenses não conseguem engolir certas coisas. Afinal, os flamenguistas não conseguem engolir muito bem que nasceram do Botafogo, que perderam o primeiro clássico entre ambos, que inauguraram o chororô no Jogo do Senta, que eram driblados escandalosamente por Garrincha e o Flamengo não conseguia ganhar ao Botafogo, que os 6x0 no dia do aniversário é cruel de mais, que o dia dos 60 anos de Zico, feitos com muita festa e preparativos para golear o Botafogo nesse mesmo dia acabaram em derrota para o homem que é o maior ídolo do Flamengo e que confessou que "tinha raiva do Botafogo".
São rivais, muito rivais, desejavelmente rivais sãos, que não se engolem um ao outro e que sofrem com as derrotas no Clássico. Fora os jogos e os títulos que nos sonegaram ilegitimamente, estamos empatados em matéria de 'frustrações'. (rs) Mas sabemos reerguer-nos, e atualmente temem-nos e continuarão os ataques via mídia contra nós. É bom sinal para o presente e o futuro!
Abraços Gloriosos.
Ao amigo Ruy e a Dinafogo, que delicia ler esses relatos tão ricos!
Primeiro não chego aqui a zombar e sim continuar a conversa, confessando que nós torcedores do Flamengo nos sentimos da mesma forma em relação ao BFR.
São mais de 100 anos de disputa, cada qual com suas glorias e espinhos, o espinho que me atravessa mais não são o 9x2, o jogo do senta e nem os 6x0 devidamente descontados pela geração Zico, o que me dói mais é a derrota no primeiro confronto em terra e que nunca mais poderá ser igualizada, todas as outras estão a mercê do tempo e poderão ou não ser revertidas.
O orgulho que mais tenho, é justamente ter passado a liderança de vitorias na década de 80. Quanto aos dribles de Garrinha não guardo nenhuma magoa, ao contrario! Os dribles de Garrinha, os lançamentos de Didi, os gols de falta de Zico, a condução de Zizinho, todas essas coisas para mim são sagradas, elas não me dão magoa e nem soberba, mas me enriquecem enquanto torcedor!
O único ponto que discordo dos comentários, é justamente do meu amigo e professor Ruy, é para mim uma grande forçada de barra entender que o Flamengo nasceu do Botafogo.
Em minha opinião, Flamengo, Botafogo e Vasco e vá lá, até mesmo o Fluminense, são forças da natureza, são potencias por si mesmas e nasceram todas por força de algo bem maior e para eternidade.
Voltando aos nossos 2 Clubes, eu entendo que são instituições nascidas de um sentimento de bairro de rivalidade e afirmação, claro que os meninos do Flamengo estavam fartos dos meninos de e do Botafogo, “roubarem” suas meninas, mas esse sentimento não nasceu com a construção do Clube mais velho e sim já existia no contexto de cidade.
Flamengo e Botafogo são gigantes e jovens em grande parte, por nascerem desse sentimento e não de um ou de outro. Todos os componentes sociais apontavam para o surgimento de instituições rivais entre si, de identidades próprias dos jovens do bairro de Botafogo e dos jovens do bairro do Flamengo.
Um grande e respeitoso abraço aos amigos, e viva essa rivalidade que nos machuca e nos delicia!
Leymir, o mais fidalgo e elegante flamenguista que conheço!
Eu refaço a expressão que não gostou colocando aspas simples. O Flamengo 'nasceu' do Botafogo, porque uma coisa é a rivalidade entre bairros, outra coisa a fundação de um clube por oposição a outro clube. Essas aspas significam que 'nascer' é simbólico, não real. Aliás,há outro nascimento, neste caso do Fluminense: o futebol do Flamengo nasceu da dissidência de Albert Borghert e seus comanheiros dissidentes do tricolor. Foi quase a equipe toda do Flu que foi fundar o Fla. Quer dizer, o futebol do Flamengo é de raiz tricolor. Peço-lhe perdão pela minha perspectiva, mas o remo e o futebol do Flamengo não nasceram de raiz, isto é, espontaneamente. Nasceram dos dois casos citados.
E não se trata de uma perspectiva enviesada pela rivalidade, mas de ocorrências reais. De resto, o que é que isso conta quando os dois clubes seguiram caminhos tão diferentes, tão opostos e tão próximos fruto das rivalidades. Isso conta apenas para nós (Dinafogo, Leymir e o editor do MB) , aficcionados pelas histórias dos clubes, mas somos claramente uma minoria, tanto no Botafogo como no Flamengo.
Finalmente, não tenho nenhuma inveja negativa do Flamengo, estou muitíssimo bem com o 'meu' Botafogo, a minha única inveja é positiva: o Flamengo sempre tratou muito melhor os desportos em geral (além do futebol) do que o Botafogo.
Abraços!
Leia isto, Leymir: As Diretorias anteriores desnataram o orçamento do remo (à época hexacampeão brasileiro) e do Basquetebol (à época Campeão da Copa Sul-americana) para gastos do futebol e o que conseguiram foi descer de divisão em 2020 e encerraram as atividades da natação e do polo aquático (à época tetracampeão do Campeonato Sul-americano), além de deixaram a nossa fabulosa piscina estiolada ao sol e completamente quebrada até hoje. É assim que os desportos, à excepção do futebol, são tratados no Botafogo.
A Diretoria anterior fez um esforço posterior para recuperar algumas das outras modalidades e fizemos bonito nos Jogos Olímpicos, mas tudo com muita dificuldade e muito pouco investimento.
Abraços.
Boa tarde, Leymir!
Primeiramente, gostaria de dizer que é um privilégio discutir e discordar de um adversário de forma elegante e respeitosa, algo tão escasso nos dias de hoje. Em seguida, gostaria de parabenizá-lo pelo título da Supercopa. Vocês se prepararam melhor e, merecidamente, conquistaram em campo.
Quando me refiro ao Flamengo e aos rivais aqui no blog, não o faço de forma desrespeitosa ou sem reconhecer a grandeza esportiva de cada um, seus respectivos ídolos e as contribuições dadas ao esporte mundial. Às vezes, falo com paixão e desabafo por ser um espaço botafoguense. Porém, digo ao estimado adversário e colega de blog que, se algum comentário meu parecer irracional, é porque a paixão e a rixa sobressaíram à razão. Mas, claro, exige-se um certo decoro até em espaços virtuais e de acirramentos, e eu, particularmente, sigo à risca.
No tocante à riqueza da rivalidade centenária entre rubro-negros e alvinegros, estás coberto de razão. Foram muitos ídolos, dribles, goleadas, disputas de títulos e uma relação que mistura paixão e uma animosidade intensa, passada de geração em geração. A minha é profundamente marcada pelo distanciamento desportivo ocorrido no século XXI, por méritos rubro-negros e descaso das diretorias alvinegras, que, antes da SAF, não davam esperança à torcida de reverter o danoso processo iniciado na década de 70. A era Textor trouxe para a minha geração o orgulho e a vontade de retomar o que um dia fomos. Obviamente, a grandeza de um clube jamais se apaga, mesmo que sucessivas crises o atravessem ao longo das décadas. Porém, o tempo é cruel e não espera por ninguém. Estou feliz em ver o meu amado Botafogo contratando bons jogadores, disputando grandes competições e crescendo desportivamente. E, é claro, quero mais, inclusive em outros esportes, pois compartilho com o companheiro Ruy uma inveja positiva do tratamento dado pelo rival da Gávea aos demais esportes para além das quatro linhas do gramado.
Outra coisa que me alegra muito nessa história é justamente esse ar de jovialidade e provocação sadia que atravessa as torcidas. Todo mundo sabe que o presente é resultado de algo que foi plantado no passado, e tenho certeza de que esse DNA jovem segue presente nos botafoguenses e flamenguistas.
A história segue sendo escrita e reescrita ao longo das eras. Rivais eternos.
Saudações alvinegras e, mais uma vez, meus parabéns pela conquista.
Eis outro fidalgo e elegante torcedor, neste caso o Botafoguense Dinali! Dos anos de relações que mantenho com o flamenguista Leymir e dos meses com o botafoguense Dinali (Dinafogo), eis que reverencio o extraordinário comportamento desportivo de dois fidalgos (apenas) rivais: Dinali e Leymir!
Abraços Desportivos a ambos!
Volto só para dizer da felicidade dessa troca, assim que for possível comento com mais cuidado.
Que alegria, grande abraço aos amigos e obrigado de verdade pelos parabéns e por essa partilha tão prazerosa!
Amigos Ruy e Dinafogo,
Por favor me corrijam se estiver errado, mas entendo que Bebeto de Freitas é uma exceção aos dirigentes do BFR durante o final do sec XX e todo século XXI.
Para mim foi grandioso e infelizmente sabotado. Vejo o Bebeto com um trabalho equivalente ao de Eduardo Bandeira de Melo no CRF, infelizmente para o BFR foi covardamenre perseguido durante os seus mandatos e terminou esgotado político e pessoalmente.
Caso a sucessão ao Bebeto seguisse a mesma linha, o BFR não passaria pelo que passou e talvez nem necessitasse ser SAF.
Digo isso pelo seu amor e trabalho ao Clube , ao Clube como um todo e não somente ao Futebol, além de ser um homem ético e competente.
Eu tenho uma tese que o CRF deu uma sorte maior que o BFR e o CRVG, no rodízio de dirigentes ruins.
O Flamengo foi maltratado por vários e várias vezes, mas de grupos diferentes já o BFR (me corrijam novamente se estiver errado.), foi lesado pelo mesmo grupo oligárquico por assim dizer.
No Vasco um pouco mais grave, o grupo tinha rosto e era engolido por uma personagem.
Felizmente no BFR isso já acabou, e aparentemente no CRF tbm.
Leymir, a sua leitura é absolutamente correta, tanto em relação ao Botafogo como em relação ao Flamengo e ao Vasco da Gama. Assino por baixo.
O Botafogo sempre teve uma oligarquia a partir de finais da década de 1920 e início da década de 1930. Simplesmente era uma oligarquia virtuosa sobretudo pela figura respeitadíssima que era Paulo Antônio Azeredo, o presidente que nos deu duas sedes e dois períodos de grandes conquistas sempre que foi eleito: na década de 1920-1930 e na década 1950-1960, e muito além do futebol, já que foi com ele que começou o verdadeiro Olimpismo botafoguense e os grandes títulos oficiais nacionais e continentais (incluindo recordes mundiais na natação, no bridge e uma forte presença internacional com o escotismo).
A saída dele da presidência acarretou o colapso poucos anos depois: de clube com enormes capacidades financeiras passou a clube financeiramente falido (o Flamengo também sofreu financeiramente muito neste período). A liderança da oligarquia mudou de mãos e foi o que se viu. Emil Pinheiro quebrou essa hegemonia, mas pagou caro com denúncias das suas atividades e foi obrigado a sair da presidência. Foi então que a oligarquia mudou de chefe em meados da década de 1990 e todos os presidentes seguintes até hoje (incluindo o atual) foram respaldados pelo 'chefe', à exceção do grande e impoluto Bebeto de Freitas, que pagou a sua seriedade com uma perseguição absolutamente asquerosa, sendo ridiculamente acusado de ter ficado com um escudo de ouro de lapela (onde chega o ridículo dos homens ruins e vingativos...). Bebeto deixou as contas reestruturadas e a equipe com um bom elenco, e regressamos novamente à antiga oligarquia com a nova presidência do nefasto Assumpção. Felizmente Textor arrumou com isso em matéria de futebol, mas no que respeita ao Clube Social a coisa mantém-se inalterável. Como a Diretoria é muitíssimo recente, guardo-me para uma análise baseada em fatos.
No século XXI não tenho nenhuma dúvida que os grandes presidentes dos nossos dois clubes foram Bebeto de Freitas e Bandeira de Mello - e pouco reconhecidos apesar de ambos relançarem os seus clubes.
PS: Obrigado pelo elogio à minha pessoa contido no seu texto.
Abraços!
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