domingo, 7 de dezembro de 2025

Retrospecto Botafogo x Fortaleza (1966-2025)

Arte (Botafogo): Elson Souto. Fonte (Fortaleza): asmilcamisas.wordpress.com.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

SÍNTESE DE TODOS OS JOGOS (1966-2025)

» 24 jogos, 15 vitórias, 6 empates e 3 derrotas; saldo de gols favorável 51-21.

1º JOGO

Botafogo 2x2 Fortaleza

» Gols: Humberto, aos 57’, e Jerônimo, aos 86’ (Botafogo); Croinha, aos 60’ e 90’ (Fortaleza)

» Competição: Torneio Cidade de Fortaleza

» Data: 25.05.1966

» Local: Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE)

» Botafogo: Cao, Joel, Nagel, Adevaldo e Paulistinha; Élton e Luiz Carlos Theodoro; Dagoberto, Humberto, Sicupira e Arthur (Jerônimo). Técnico: Neca.

» Fortaleza: Pedrinho, Português, Zé Paulo (Louro), Renato (Mesquita) e Carneiro; Zé Augusto e Joãozinho; Irajá (Mano), César (Facó), Croinha e Alencar. Técnico: César Morais.

ÚLTIMO JOGO

» Botafogo 5x0 Fortaleza

» Gols: Marçal, aos 14’, Arthur Cabral, aos 45+5’, Marçal, aos 48’, David Ricardo, aos 53’, e Matheus Martins, aos 90+2’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)

» Data: 09.08.2025

» Público: R31.645 espectadores

» Renda e público: R$ 577.377,00

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Michael Stanislau (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS); VAR: Thiago Duarte Peixoto (SP)

» Disciplina: cartão amarelo – Gustavo Mancha, Adam Bareiro, Kuscevic e Renato Paiva – técnico (Fortaleza); cartão vermelho – Gustavo Mancha (Fortaleza)

» Botafogo: Léo Linck; Vitinho (Mateo Ponte), David Ricardo, Marçal e Alex Telles; Newton, Danilo (Huguinho) e Savarino (Joaquín Correa); Artur, Arthur Cabral (Mastriani) e Álvaro Montoro (Matheus Martins). Técnico: Davide Ancelotti.

» Fortaleza: Vinícius Silvestre; Tinga, Kuscevic, Gustavo Mancha e Weverson; Lucas Sasha, Matheus Pereira (Rossetto) e Lucca Prior (Yago Pikachu); Herrera (Adam Bareiro), Breno Lopes (Kervin Andrade) e Deyverson (Gastón Ávila). Técnico: Renato Paiva.

MAIOR GOLEADA

Botafogo 6x1 Fortaleza

» Gols: Jairzinho, aos 7’, Zé Paulo, aos 12’ (contra), Nílson Dias, aos 16, 31 e 35’, e Puruca, aos 62’ (Botafogo); Geraldino, aos 88’ (Fortaleza)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 01.02.1974

» Local: Estádio Jornalista Mário Filho, o ‘Maracanã’, no Rio de Janeiro (RJ)

» Arbitragem: Saul Mendes

» Botafogo: Cao; Miranda, Waltencir, Osmar Guarnelli e Marinho Chagas; Carbone (Marcos Aurélio), Dirceu e Carlos Roberto; Jairzinho (Tuca), Nílson Dias e Puruca. Técnico: Paraguaio.

» Fortaleza: Cícero; Louro, Rôner, Zé Paulo e Wilkson (Dema); Íris, Zé Roberto e Lucinho; Haroldo, Paulinho e Silvino (Geraldino).

DECISÃO

Botafogo 4x0 Fortaleza

» Gols: Roberto Miranda, aos 12’, Ferretti, aos 57’ e 80’, e Afonsinho, aos 69’

» Competição: Taça Brasil / Campeonato Brasileiro

» Data: 04.10.1969

» Local: Estádio Jornalista Mário Filho, o ‘Maracanã’, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 13.588 espectadores

» Renda: NCr$ 34.006,75

» Árbitro: Gualter Portela Filho

» Botafogo: Cao; Moisés, Waltencir, Moreira e Chiquinho Pastor (Leônidas); Afonsinho, Roberto Miranda e Carlos Roberto (Nei da Conceição); Rogério, Paulo César ‘Caju’ e Ferretti. Técnico: Mário Zagallo.

» Fortaleza: Mundinho; Zé Paulo, Luciano Abreu, William e Renato; Lucinho, Joãozinho e Luciano Frota; Erandir (Amorim), Mimi e Garrinchinha. Técnico: Gilvan Dias.

Nota: Botafogo campeão brasileiro de 1968.

TODOS OS JOGOS

25.05.1966 – Botafogo 2x2 Fortaleza

03.09.1969 – Botafogo 2x2 Fortaleza (Taça Brasil / Campeonato Brasileiro – ida)

04.10.1969 – Botafogo 4x0 Fortaleza (Taça Brasil / Campeonato Brasileiro – volta)

12.09.1973 – Botafogo 2x0 Fortaleza

06.02.1974 – Botafogo 6x1 Fortaleza

05.11.1975 – Botafogo 1x1 Fortaleza

06.09.1986 – Botafogo 2x0 Fortaleza

06.03.2002 – Botafogo 2x1 Fortaleza

13.03.2002 – Botafogo 3x1 Fortaleza

21.08.2005 – Botafogo 1x3 Fortaleza

04.12.2005 – Botafogo 2x0 Fortaleza

16.04.2006 – Botafogo 1x0 Fortaleza

27.08.2006 – Botafogo 3x2 Fortaleza

05.05.2019 – Botafogo 1x0 Fortaleza

30.09.2019 – Botafogo 0x1 Fortaleza

16.08.2020 – Botafogo 0x0 Fortaleza

22.11.2020 – Botafogo 1x2 Fortaleza

15.05.2022 – Botafogo 3x1 Fortaleza

04.09.2022 – Botafogo 3x1 Fortaleza

10.06.2023 – Botafogo 2x0 Fortaleza

23.11.2023 – Botafogo 2x2 Fortaleza

12.05.2024 – Botafogo 1x1 Fortaleza

31.08.2024 – Botafogo 2x0 Fortaleza

09.08.2025 – Botafogo 5x0 Fortaleza

SÍNTESE DOS ÚLTIMOS 20 ANOS (2005-2025)

» 15 jogos, 9 vitórias, 3 empates e 3 derrotas; saldo de gols favorável 27-13.

sábado, 6 de dezembro de 2025

Um Ano da Glória Eterna do Glorioso

por DINAFOGO | Colaborador do Mundo Botafogo | Coluna “Botafogo Nisso!”

Um ano após a maior conquista desportiva do nosso amado e glorioso Botafogo de Futebol e Regatas, no dia 30 de novembro de 2024, o time da Estrela Solitária alcançou um sonho antigo até então distante, uma realização inesquecível para sua torcida Gloriosa. Uma conquista épica, marcada pelo sacrifício, coragem, força de um elenco extraordinário e a paixão de uma torcida que jamais abandona e supera adversidades que somente os escolhidos por essa instituição são capazes de superar. Segue abaixo algumas façanhas gloriosas que engrandecem e dão dimensão do que foi esse título para nós botafoguenses.

1.. Teve como adversário o time boliviano Aurora e superou-o a uma altitude de 2.500 metros acima do mar.

2. No segundo jogo contra o Aurora aplicou uma impiedosa goleada por 6x0, com 4 gols de Júnior Santos. A goleada foi a maior do certame e somente o artilheiro alvinegro fez 4 gols em uma partida durante o torneio todo.

3. Venceu o forte Bragantino, que já tinha chegado em uma decisão continental em 2021 e que naquela altura era uma das equipes mais fortes da terceira fase. Detalhe: o jogo derradeiro foi na casa dos paulistas.

4. Saiu das cinzas da lanterna de um grupo para o fogo de vencer, garantindo a classificação antecipada para as oitavas.

5. Quebrou a invencibilidade de 28 partidas do Universitário.

6. Decidiu todos os jogos do mata-mata fora de casa, tendo enfrentado três das maiores torcidas da América do Sul.

7. Derrubou a invencibilidade do Palmeiras nas oitavas, que não caía nessa fase desde 2017.

8. Antes do Botafogo, o SPFC nunca havia sido eliminado quando empatou o primeiro duelo no campo adversário.

9. Voltamos à semifinal do torneio após 51 anos.

10. O massacre por 5x0 diante do Peñarol foi uma das quatro maiores goleadas na semifinal do torneio.

11. Maior público em final única.

12. 2º time a ser campeão vindo da pré.

13. Uma das finais mais emocionantes.

14. O artilheiro da competição também foi nosso.

Por essas e outras, essa data deve ser celebrada e lembrada, não como saudosismo, mas porque relembrar é viver, para exaltarmos nossos feitos que a mídia tanto se esforça para diminuir e para nunca esquecermos do que essa camisa é capaz, de onde conseguimos e podemos chegar e um Botafogo vencedor.

As Américas jamais se esquecerão quando foram iluminadas por uma Estrela Solitária que conduz, e nós jamais esqueceremos o quão bom foi conquistá-la. Acreditem: não foi a última vez. Essa Estrela sabe a hora de brilhar e, quando ela chega, ninguém cala.

Saudações alvinegras e parabéns para todos nós apaixonados pelo Glorioso, Mais Tradicional, Alvinegro Carioca, Clube da Estrela Solitária, simplesmente Fogão ou Bota e para sempre Botafogo de Futebol e Regatas.

Documentário: Nossa Gente

Fonte: @MovNacag.

“Nossa Gente”, de Yuri Sepulveda e Guilherme Ferreira Guimarães, produção do Movimento Ninguém Ama Como a Gente, 20 minutos, Brasil, 2025.

«O documentário “Nossa Gente”, produzido pelo Movimento Ninguém Ama Como a Gente, mergulha nas histórias de 7 botafoguenses cujas vidas se entrelaçam com o clube de maneiras únicas, revelando como um mesmo amor pela camisa gloriosa se manifesta em diferentes tons de paixão e esperança. Um retrato sensível sobre pertencimento, resiliência e a beleza contraditória de torcer para um time que, como a vida, nunca deixa de surpreender.»

Instagram @MovNacag (Movimento Ninguém Ama Como a Gente).

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Botafogo 2x2 Cruzeiro: fase de grupos da Libertadores presa por um fio

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

Crédito:

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Eis uma partida que evidencia muitos aspectos interessantes.

Aos 6’ o Botafogo efetuou um ataque com Artur, Jordan Barrera recebeu, quase sem ângulo rematou à trave, a bola sobrou para Arthur Cabral que fez exatamente o mesmo de sempre: frontalmente à baliza rematou por cima.

Discutiu-se se havia falta de Barrera, mas essa não é a questão principal: a questão principal é que os nossos desaires – sobretudo na frente de ataque – devem-se muito mais a erros individuais do que a erros de conceito de jogo.

O Botafogo não marcou, o Cruzeiro tomou conta do jogo, ganhou o meio campo e a posse de bola, rolou-a para cá e para lá, bem à maneira de Leonardo Jardim, que prefere trabalhar as jogadas e só arriscar em oportunidades raras e específicas em que o adversário relaxa ou se desarticula por qualquer razão. E assim, aos 15’, inaugurou o marcador na 1ª oportunidade que teve, mostrando que rematar mais não é necessariamente uma virtude, mas sim rematar melhor quando a oportunidade surge.

E assim continuou a partida, ao estilo pragmático do técnico do Cruzeiro, e somente aos 33’ tornou a ameaçar a nossa baliza com um remate por cima do travessão, mas jogando com boa articulação sempre em busca de um momento privilegiado para marcar.

Aos 35’ o Botafogo realizou a sua 2ª infiltração, mas aí deparou-se com um goleiro à altura de uma equipe verdadeiramente competitiva: Cuiabano rematou cruzado, como é seu costume e Cássio efetuou uma grande defesa.

Aos 44’ Artur recebeu um passe longo, aguentou a marcação e chutou para marcar, mas aí Cássio fez a defesa da noite e o intervalo chegou com a vantagem do Cruzeiro.

É verdade que duas grandes defesas de Cássio nos tiraram a oportunidade de gol, mas ele está sob o travessão justamente para defender o que é mais difícil. Se observarmos isentamente, o Cruzeiro jogou muito mais articuladamente e com bola no solo do que o Botafogo, em que os nossos escassos ataques – embora também perigosos – resultaram de bolão pra frente e não de jogadas articuladas envolvendo parte significativa do coletivo.

A minha esperança era que Álvaro Montoro entrasse após o intervalo para buscar o empate. Pensei que a estratégia de o preservar era boa, tendo em conta o toque que sofrera no jogo anterior, e que entraria logo no reinício da partida.

Erro crasso – mais um – de Ancelotti, cujo potencial continua por crescer nos aspetos mais elementares, ao não recomeçar com Montoro –, como se pudesse dar-se ao luxo de, numa equipe com tantos desfalques, prescindir do mais tecnicista meia-atacante de que dispomos. E vai daí que, evidentemente, o Cruzeiro continuou a rendilhar o jogo até ampliar o marcador logo aos 50’ – confirmando que não é preciso rematar mais, mas rematar melhor. Então, o 2º gol do Cruzeiro teve o condão – tal como no conto da Bela Adormecida – de acordar Ancelotti da letargia que o assaltava, não com um beijo, obviamente, mas com a evidência do seu conservadorismo e a falta de visão estratégica que aparentava ter melhorado nos dois últimos jogos.

E o jogo mudou. E mudou muito quando Marçal – em minha opinião o capitão mais importante da equipe – concretizou aos 57’ novamente uma das artes que sabe fazer bem: cabecear para o fundo da baliza. E o Botafogo diminuiu a desvantagem para 1x2.

Daí em diante, com Montoro a conduzir o jogo e o Cruzeiro meio ‘apardalado’ com a reação inesperada do Glorioso, passaram-se 15 minutos (72’ de jogo) em que o Botafogo dominou totalmente o Cruzeiro, pressionando a todo o terreno, fazendo o Cruzeiro recuar e levando perigo à baliza adversária. Porém, o melhor é inimigo do mais – e apesar de mais domínio de jogo não tivemos o melhor aproveitamento.

Eis senão quando, aos 72’, em contra-ataque muito rápido, o Cruzeiro poderia ter decretado a vitória mineira. No entanto, apenas com o goleiro pela frente e o gol à mercê, o atacante cruzeirense escorregou e a bola escapou-lhe no momento do remate.

Dois minutos após Cássio negou novamente o gol, desta feita a Arthur Cabral.

O jogo amoleceu, mas o Botafogo continuou em busca do empate, conseguido aos 90+4’ em pênalti cobrado categoricamente pelo suspeito do costume: Alex Telles.

Em suma, o Botafogo, mesmo sem alguns jogadores importantes, mostrou que pode lutar contra a adversidade se tiver ânimo e alguma criatividade, que os fiascos devem-se mais a erros individuais do que a erros de conceito, que necessita praticar um futebol mais articulado e em busca não de muitos remates, mas dos melhores remates – fazer melhor em vez de fazer mais, corrigir erros individuais às vezes clamorosos, seja de jogadores, seja de técnico, e saber aplicar conceitos de jogo diversificados de modo a surpreender os adversários.

Acredito que após as recuperações temos bons jogadores à disposição da cortina defensiva, como Alex Telles, Barboza, David Ricardo, Bastos, Vitinho, Marçal, e alguns criativos, como Álvaro Montoro, Jordan Barrera, Santi Rodríguez, Joaquín Corrêa, mas falta-nos reforçar três setores essenciais: a defesa, com um goleiro titular à altura da equipe (que não podem ser nem Léo Linck nem Neto); dois atacantes, porque Arthur Cabral, Chris Ramos, Mastriani, Jeffinho, etc. mostraram até agora que simplesmente não têm existido em campo; e um técnico experiente, ou alternativamente que Davide Ancelotti aprenda muito rapidamente não os conceitos, porque esses acredito que possa dominar, mas sim o pragmatismo essencial em jogos de futebol, de modo a não cometer erros de palmatória nem erros de conservadorismo excessivo durante os 90 minutos.

Finalmente, mencionar que permaneço preocupado quanto à preparação física dos atletas e aos tempos de recuperação e, em última nota, quanto à situação financeira da SAF Botafogo e à visão estratégica de John Charles Textor sobre o rumo do nosso Clube em 2026.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x2 Cruzeiro

» Gols: Marçal, aos 57’, e Alex Telles, ao 90+4’ (Botafogo); Christian, aos 15’, e Matheus Pereira, aos 50’ (Cruzeiro)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 04.12.2025

» Local: Estádio ‘Mineirão’, em Belo Horizonte (MG)

» Público: 34.649 espectadores

» Renda: R$ 1.038.832,50

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Luanderson Lima dos Santos (BA) e Michael Stanislau (RS); VAR: Diego Pombo Lopez (BA)

» Disciplina: cartão amarelo: Jordan Barrera e Allan (Botafogo) e Lucas Silva e Cássio (Cruzeiro); cartão vermelho: David Ricardo (Botafogo)

» Botafogo: Raul; Vitinho (Kauan Toledo), Marçal, David Ricardo e Alex Telles; Allan (Newton), Marlon Freitas e Jordan Barrera (Kadir); Artur, Arthur Cabral e Cuiabano (Álvaro Montoro). Técnico: Davide Ancelotti.

» Cruzeiro: Cássio; William, Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki Bruno; Lucas Romero, Lucas Silva (Walace), Christian (Matheus Henrique) e Matheus Pereira (Bolasie); Sinisterra (Eduardo) e Kaio Jorge (Arroyo). Técnico: Leonardo Jardim.

Retrospecto Botafogo x Fortaleza (1966-2025)

Arte (Botafogo): Elson Souto. Fonte (Fortaleza): asmilcamisas.wordpress.com. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo SÍNTESE DE TODOS O...