quinta-feira, 17 de julho de 2025

John Textor reconhecendo as suas dificuldades em acertar

Crédito: Jorge Rodrigues.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O que disse John Textor sobre as suas dificuldades em acertar o início das pré-temporadas:

«Definitivamente tenho dificuldade para entender como conquistar vitórias na pré-temporada, mas também como me preparar na pré-temporada. E, como proprietário, ainda não acertei isso, ainda não acertei… Também tive dificuldades com mudanças de treinador. Foi um choque incrível no meio da temporada, quando estávamos em primeiro lugar e perdemos o Luís Castro. É muito difícil perder alguém no meio da temporada quando estamos jogando tão bem. E aí passamos por uma série de trocas de treinador depois disso só para manter a temporada viva. Obviamente, não foi bem administrado naquele período.

[…]

Quero pular para Artur Jorge. Ótima experiência com ele, ótimos campeonatos com ele. Não quero entrar em muitos detalhes, mas ficou muito, muito claro, que ele havia decidido sair antes do final da temporada. E foi muito difícil substituí-lo. É muito difícil conseguir um técnico para este clube depois da melhor temporada em 120 anos. Ninguém queria o cargo. E levei muito tempo para tomar a decisão sobre o treinador, e isso impactou na pré-temporada novamente. Então, não sei, nunca acerto na pré-temporada

*****

O reconhecimento público de John Textor sobre alguns dos erros mais graves que cometeu é louvável. Os líderes também se enganam e devem reconhecê-lo, mas não basta: é preciso não cometer o mesmo erro duas vezes, e Textor cometeu-o três vezes sucessivas no início das temporadas de 2023, 2024 e 2025.

Contudo, a sua sinceridade deve ser realçada, porque somente quando se reconhece um problema é que se consegue encontrar uma boa solução para ele, porque o não reconhecimento de um problema real invalidada qualquer solução para o resolver.

O reconhecimento de John Textor dá razão à crônica de 9 de julho do Mundo Botafogo acerca da avaliação dos anos sob a sua gestão e deixa mais pobre, por via da sua própria autocrítica, quem disse que “botafoguense que critica John Textor bom sujeito não é”. John Textor autocritica-se porque é bom sujeito.

Tal como os botafoguenses são bons sujeitos quando exercem a sua crítica construtiva em defesa do Botafogo – porque nenhum de nós, seja presidente ou acionista maioritário, está acima do Botafogo e é nosso dever defender construtivamente o nosso Glorioso Clube da Estrela Solitária.

Eu direi, parafraseando o saudoso jornalista Roberto Porto, que o Botafogo é a maior paixão imaterial das nossas vidas!

2 comentários:

Sergio disse...

Foi bom o John Textor reconhecer seus erros, e isso é algo que nem sempre acontece. Tomara que o americano tenha aprendido com seus erros e não os cometa mais, ou pelo menos, que sejam mínimos os erros. Mas reconhecer que errou é grande progresso. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Concordo. Quem não reconhece os erros, está errando, e consequentemente vai errar novamente. Ainda assim não sei se John Textor já aprendeu o suficiente. O 1º teste oocorrerá na atual janela de transferências. Se for boa, é um passo largo que dá para novos voos.
Abraços Gloriosos.

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