por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
O que disse John Textor sobre as
suas dificuldades em acertar o início das pré-temporadas:
«Definitivamente tenho dificuldade para entender como conquistar vitórias
na pré-temporada, mas também como me preparar na pré-temporada. E, como proprietário,
ainda não acertei isso, ainda não acertei… Também tive dificuldades com
mudanças de treinador. Foi um choque incrível no meio da temporada, quando
estávamos em primeiro lugar e perdemos o Luís Castro. É muito difícil perder
alguém no meio da temporada quando estamos jogando tão bem. E aí passamos por
uma série de trocas de treinador depois disso só para manter a temporada viva.
Obviamente, não foi bem administrado naquele período.
[…]
Quero pular para Artur Jorge. Ótima experiência com ele,
ótimos campeonatos com ele. Não quero entrar em muitos detalhes, mas ficou
muito, muito claro, que ele havia decidido sair antes do final da temporada. E
foi muito difícil substituí-lo. É muito difícil conseguir um técnico para este
clube depois da melhor temporada em 120 anos. Ninguém queria o cargo. E levei
muito tempo para tomar a decisão sobre o treinador, e isso impactou na
pré-temporada novamente. Então, não sei, nunca acerto na pré-temporada.»
*****
O reconhecimento público de John
Textor sobre alguns dos erros mais graves que cometeu é louvável. Os líderes
também se enganam e devem reconhecê-lo, mas não basta: é preciso não cometer o
mesmo erro duas vezes, e Textor cometeu-o três vezes sucessivas no início das
temporadas de 2023, 2024 e 2025.
Contudo, a sua sinceridade deve
ser realçada, porque somente quando se reconhece um problema é que se consegue
encontrar uma boa solução para ele, porque o não reconhecimento de um problema real
invalidada qualquer solução para o resolver.
O reconhecimento de John Textor
dá razão à crônica de 9 de julho do Mundo Botafogo acerca da avaliação dos anos
sob a sua gestão e deixa mais pobre, por via da sua própria autocrítica, quem
disse que “botafoguense que critica John Textor bom sujeito não é”. John Textor
autocritica-se porque é bom sujeito.
Tal como os botafoguenses são
bons sujeitos quando exercem a sua crítica
construtiva em defesa do Botafogo – porque nenhum de nós, seja presidente
ou acionista maioritário, está acima do Botafogo e é nosso dever defender
construtivamente o nosso Glorioso Clube da Estrela Solitária.
Eu direi, parafraseando o saudoso jornalista Roberto
Porto, que o Botafogo é a maior paixão imaterial das nossas vidas!
2 comentários:
Foi bom o John Textor reconhecer seus erros, e isso é algo que nem sempre acontece. Tomara que o americano tenha aprendido com seus erros e não os cometa mais, ou pelo menos, que sejam mínimos os erros. Mas reconhecer que errou é grande progresso. Abs e SB!
Concordo. Quem não reconhece os erros, está errando, e consequentemente vai errar novamente. Ainda assim não sei se John Textor já aprendeu o suficiente. O 1º teste oocorrerá na atual janela de transferências. Se for boa, é um passo largo que dá para novos voos.
Abraços Gloriosos.
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