domingo, 31 de outubro de 2010

Bianca Masello (2)

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A bela Bianca Masello com Luciana Crisóstomo. As alvinegras carioca e cearense são as musas do Botafogo e do Ceará, ambas uma 'perdição' de beleza (foto: Globoesporte.com).

Botafogo com Mattos 'invicto'

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Uma vez mais viajei toda a noite de Maputo para Lisboa, tendo o jogo se iniciado à hora do voo. Confesso que não tinha muitas esperanças de vitória neste jogo, mas assim que cheguei a Lisboa fiquei muito contente com o resultado.

Parece que a partida esteve à feição do Botafogo: time fechado na defesa, adversário a desperdiçar gols, contra-ataque botafoguense e resolução favorável no final pela persistência do contra-ataque.

Pelo que li, foi novamente chutão para a frente e fé em todos os santos. Não praticamos bom futebol, mas conseguimos conter os adversários na defesa com o apoio fundamental de Marcelo Mattos, o ‘Invicto’, a firmeza de Jefferson e a inspiração de Loco Abreu. Creio que só o contra-ataque funciona neste time de pouca técnica. Valha-nos isso.

O resultado foi bom, mas o que vi num resumo de dez minutos a que assisti foi o Atlético ao ataque, a defesa botafoguense desarrumada e um desastrado Márcio Rosário com falhas que poderiam ter sido fatais. Obina driblou-o duas vezes e ficou de cara para o gol. Se Obina tivesse feito o gol em alguma das ocasiões, os três pontos não seriam nossos. Valeu-nos também a ruindade de mira da ex-dupla dos cathartiformes, agora ao serviço do alvinegro mineiro, e o grande Jefferson que “está lá” sempre, ou… está a trave por ele.

A inspiração de Loco Abreu no passe para o primeiro gol e a ‘cavadinha’ para o segundo foram fundamentais, redimindo-se de uma perdida flagrante com a baliza deserta e a partida em zero a zero – situação quase inconcebível para um jogador com a sua experiência e sangue-frio.

Se algum companheiro do blogue quiser dar a sua visão de jogo, eu agradeço. E… rumo à Libertadores!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x0 Atlético Mineiro
» Gols: Edno 75’ e Loco Abreu 90’
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 30.10.2010
» Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
» Público: 17.012 pagantes
» Renda: R$ 92.780
» Arbitragem: Evandro Rogério Roman (PR); auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Gilson Bento Coutinho (PR)
» Disciplina: cartão amarelo – Alessandro (Botafogo) e Tardelli (Atlético Mineiro)
» Botafogo: Jefferson, Danny Morais, Leandro Guerreiro e Márcio Rosário; Alessandro, Fahel, Marcelo Mattos, Lucio Flavio (Edno) e Somália; Jobson (Caio) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Atlético Mineiro: Renan Ribeiro, Rafael Cruz (Wescley), Réver, Lima e Leandro; Alê, Serginho, Renan Oliveira (Ricardo Bueno) e Diego Souza (Nikão); Diego Tardelli e Obina. Técnico: Dorival Júnior.

Foto: Alexandre Guzanshe

sábado, 30 de outubro de 2010

Voz do editor (7)

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“Rol de testemunhas-protagonistas a comprovar que a poesia do futebol brasileiro e mundial foi inventada pelos botafoguenses desde 1958, mudando completamente a forma de se jogar futebol e projetando a nação brasileira para o mundo pela primeira vez na sua história: Nilton dos Santos, Manoel dos Santos ‘Garrincha’, Waldir Pereira ‘Didi’, Mário Jorge Lobo Zagallo, Amarildo Tavares Silveira, Jair Ventura Filho ‘Jairzinho’, Paulo César Lima ‘Caju’ e Roberto Lopes de Miranda – campeões do Mundo criadores da verdadeira arte de jogar futebol.”Rui Moura, editor do blogue Mundo Botafogo e torcedor botafoguense desde 1960.
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1932: Taça de Campeão Estadual

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No dia 2 de outubro de 1932 o Botafogo sagrou-se campeão carioca de futebol, antecipando o título em duas rodadas à frente do Flamengo, ao ganhar sensacionalmente ao Bonsucesso por 5x4, numa tarde inspiradíssima de Nilo.

O jogo realizou-se na Estrada do Norte, em Bonsucesso, sob a arbitragem de Carlos Martins Rocha, e os gols foram assinalados por Nilo (4) e Paulinho pelo Botafogo e Leônidas da Silva (3) e Loló pelo Bonsucesso.

O nosso clube alinhou com: Victor; Benedicto e Rodrigues; Ariel, Martim e Canalli; Álvaro, Paulinho, Carvalho Leite (Almir), Nilo e Celso.

O Bonsucesso alinhou com: Pinheiro; Fernandes (Congo) e Barcellos; Loló, Otto (Eurico) e Marcello; Carlinhos, Prego, Gradim, Leônidas da Silva e Miro.

A etiqueta ‘taças e medalhas’ é da responsabilidade conjunta de Sérgio Nunes (amigo e colaborador) e Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

Dodorminhoco, o ‘craque’ que nunca chegou a ser


[Sei que a figura que hoje anti-homenageio tem inúmeros fãs no Botafogo, mas a minha opinião é inversa: creio que foi um grande prejuízo para o nosso clube, que fazia a equipa jogar em função dele e não ele para ela, que era egoísta procurando apenas os ‘gols bonitos’ em vez de quaisquer gols que dessem vitórias, que deixou o clube duas vezes ‘pendurado’ exclusivamente para ir ganhar mais dinheiro em clubes da Ásia e, em minha opinião, não tem o caráter desejável. Nunca gostei dele, nunca lhe teci elogios e, finalmente, mostrou a sua verdadeira cara através das declarações que a esposa fez sobre o Botafogo. Hoje é figura no Mundo Botafogo apenas pela razão de continuar insistindo, em entrevista recente, que o Botafogo lhe administrou uma droga, coisa que nunca acreditei ter sido o nosso clube a fazê-lo.]

Foi um promissor atacante no final da década de 1990. Em 1997 ainda chegou a ser convocado para a seleção brasileira, mas ficou-se por cinco jogos e rapidamente a torcida paulista, especialmente a do Palmeiras, percebeu que o pseudo-craque ia desperdiçar “as nozes que Deus lhe deu” e apelidou-o de ‘Dodorminhoco’ porque parecia sonolento em campo apesar do jogo já ter começado.

Oportunidades não lhe faltaram, já que defendeu as cores de seis dos oito maiores clubes do eixo Rio-São Paulo. Eis as suas palavras sobre dois deles: “O São Paulo de 1997 e 1998 [era melhor] que (…) o São Paulo de hoje, que ganhou tudo. (…) O Santos do meu tempo era um timaço, mas não ganhava também”. E Dodorminhoco acabou ‘degolado’ no campeonato brasileiro ao ver o seu clube descer de divisão em 2002 – o Palmeiras.

Por tudo isso, diz: “sou azarado”. Para reforçar a sua visão de ‘azarado’, afirmou recentemente: “Cansei de ser artilheiro e ver meu time perder. (…) Você olha minha carreira e percebe: tem muito vice-campeonato!”

Afinal, em 18 anos como profissional ganhou apenas três títulos estaduais: o Paranaense de 1996, o Paulista de 1998 e o Carioca de 2006.

Diz que houve clube europeus interessados nele, mas, afinal, no estrangeiro, só jogou em clubes menores fora da Europa, e apenas por dinheiro. Na verdade, entrou no Botafogo, saiu pela porta traseira só para ganhar dinheiro, tornou a entrar e tornou a sair deixando o clube mal, novamente por causa de dinheiro. Tornou ao Botafogo e acabou sendo suspenso por ‘doping’, continuando a atribuir essa responsabilidade indevidamente ao Botafogo, clube do qual disse que os torcedores lhe rogaram uma praga, porque depois de se comportar mal pela terceira vez no Botafogo, saiu – esperemos! – para sempre e atualmente joga na 2ª divisão após o vazio que criou no período entre sair do Botafogo e entrar na Portuguesa dos Desportos.

Questionado se pensa em encerrar a carreira no Botafogo, Dodorminhoco afirmou: “O Botafogo passou. (…) Quero terminar aqui na Portuguesa”.

Uff!... Que alívio…

Porém, ele quer ser gerente de futebol no futuro, porque acha que tem “olho para o assunto”. Além disso, “gostava muito de novela, mas ultimamente não estão tão boas. Mas adoro revista de fofoca. (…) Leio tudo.”

Ele não é ‘azarado’, não. Tal como gosta de revista de fofoca, nunca foi capaz de se focar exclusivamente na qualidade da sua carreira e, no longo prazo, não ultrapassou a mediania. As suas opções foram sempre contrárias aos superlativos de qualidade que os grandes craques procuram em primeira mão, antes mesmo de pensarem em ganhar dinheiro, muito dinheiro e... acabarem jogando na 2ª divisão.

Foi mais uma das ‘promessas’ que não soube vingar devido às suas opções e não fica registrado como ídolo na história de nenhum clube por onde passou.

Camarada, siga o seu caminho fazendo do Botafogo PASSADO PARA SEMPRE…

Nota: Artigo baseado em entrevista a UOL Esporte.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Rhafiti e Lanuza

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Garrincha – Joy of the People

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28.10.2010

Ask most people who the greatest Brazilian soccer player ever is and they’ll almost certainly answer Pelé, who scored more than 1,000 goals in his career, helped lead the country to three World Cup titles and became one of the most recognizable athletes on the planet. But if you ask a Brazilian, you’re just as likely to hear about a player called variously ‘the Angel with Bent Legs,’ ‘Joy of the People’ and the ‘Little Bird.’ He was born 77 years ago today.

Garrincha, as adoring soccer fans know him, was born Manuel Francisco dos Santos in a slum of Rio De Janiero. Burdened with a series of birth defects, he was a child few would have pegged to become a world-class athlete. In addition to a deformed spine and a right leg that bent inward, his left leg was fully six centimeters shorter than his right. A childhood operation designed to treat the condition only made it worse.

Nonetheless, at age 20 he showed enough talent to earn a trial with Botafogo, one of Rio’s biggest soccer clubs. Though skeptical of his physical attributes, Botafogo signed him on the advice of Nilton Santos – a defensive midfielder for the national team – who witnessed Garrincha’s foot skills first hand, having been beaten by the wily winger during the tryout.

The move soon paid off – Garrincha scored a hat-trick in his very first game for the club. He would go on to score more than 200 goals in his 12 years with them and become such a symbol of Botafogo that to this day you can still see fans carrying homemade banners with his image. With his mind-boggling dribbles and wicked curving free-kicks, many felt he’d be a shoo-in for the 1954 World Cup squad. It was not to be – following a devastating defeat in the 1950 World Cup, Brazil was trying to ape the European style of play, one which focused more on team play and discipline than individual skill (striking a balance between what’s regarded as natural Brazilian flair and European tactical awareness has given Brazilian coaches headaches ever since).

By 1957, Garrincha had led Botafogo to the prestigious Rio championship and become the second highest scorer in the league. The coaches had no choice but to choose him for the 1958 World Cup in Sweden.

Even then, his love of showmanship nearly cost him a roster spot. In a friendly game in Italy prior to the World Cup, he slalomed through three defenders and the goalkeeper, but instead of shooting into the empty net, he waited for another defender to race back – just so he could beat one more opponent before slotting the goal home. Crowd-pleasing antics like this caused one journalist to dub him “the Charlie Chaplin of Football.” The cavalier move – emblematic of Garrincha’s devil-may-care approach to soccer and life in general – may have led to him being benched for the first two games of Brazil’s 1958 campaign.

He thus made his World Cup debut against tournament favorite U.S.S.R., a match that would also mark the introduction of a 17-year-old named Edison Arantes do Nascimento, better known as Pelé. They spearheaded an attack that would see Brazil beat the Soviet Union, Wales, France and hosts Sweden to become the first team to ever win a World Cup outside its own continent. Pelé and Garrincha would play together on Brazil’s national team for the next 12 years. Brazil never lost a single match when both men were on the field.

But the two did more than win games. They helped establish the notion of Brazil as purveyors of jogo bonito, the “beautiful game” – a mix of athleticism, technical mastery and creative wizardry. Like Carnival or samba music, their brand of soccer became synonymous with Brazil itself.

Off the field, Pelé and Garrincha were a study in contrasts. Whereas teetotaling Pelé was a career-minded, ambitious professional, Garrincha was a budding alcoholic who cared little for training or other professional responsibilities. He gained so much weight after the 1958 victory that he was briefly dropped from the national team. The next year, returning to Europe with Botafogo for a series of exhibitions, he impregnated a local Swedish girl. Soon after, his wife gave birth to their fifth child. A month later, a mistress came forward – she too was pregnant.

Things were still going well on the field. Brazil entered the 1962 World Cup as favorites, but when Pelé was injured in the second game of the tournament, it was left to Garrincha to carry the attack. He stepped up to the challenge, dominating the tournament and bringing Brazil its second consecutive championship.

But the free-spirited naïveté that so endeared him to fans caused him trouble at home. He signed bad contracts and gave away small fortunes to friends and hangers-on. There was also his ever growing number of child dependents, which, after three marriages and countless affairs, would eventually swell into the teens. His drinking grew heavier and its consequences more pronounced – particularly when cars were involved. In one incident, he crashed into his father. In another, his wife lost her teeth. In the worst, his mother-in-law was killed while Garrincha was behind the wheel.

His employers did him no favors. Aware that Garrincha was the star attraction, Botafogo trotted him out for all manner of lucrative exhibitions and meaningless tournament matches, exacerbating his knee problems. Rather than undergo surgery and miss games, Garrincha turned to faith healers and herbal remedies.

His international career ended with Brazil’s elimination in the 1966 World Cup. He hung on at the club level for several years, leaving Botafogo for Corinthians and later Flamengo, but only managed to play in a handful of games before retiring with minnows Olaria in 1972.

With no safety net, no income, no marketable skills and a debilitating alcohol addiction, after leaving the game Garrincha quickly spiraled downhill. His second wife, famous samba singer Elza Soares, brought him to Rome, hoping he could escape his problems there, but the two divorced soon after. Garrincha moved back to Brazil and died of cirrhosis of the liver at the ripe old age of 49.

Thousands lined the streets for his funeral procession from Maracana Stadium to his humble neighborhood of Pau Grande. Alex Bellos, author of Futebol: Soccer the Brazilian Way, explains Garrincha’s ongoing appeal and the inevitable Pelé comparisons:

“While people put Pelé on a pedestal,” he writes, “they do not love him the way they love Garrincha. It’s more than the fact that tragic figures are naturally more appealing, since they are more human, although that probably helped. It’s because Pelé does not reflect the national desires. Pelé symbolizes winning. Garrincha symbolizes playing for playing’s sake. Brazil is not a country of winners. It is a country of people who like to have fun.”

To this day, nobody has made the game look as fun as Garrincha did at his peak.

Fonte: http://www.legacy.com/ns/news-story.aspx?t=garrincha--joy-of-the-people&id=144

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Voz de Luiz Sérgio Cunha

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"Pintar quadros com a palheta cheia de cores é uma tarefa difícil, mas há os que o façam, pois são geniais, mas pintar quadros com uma única tinta, só se valendo do traço mais forte ou mais fraco, para alcançar a luminosidade ou o contraste desejado, é necessário mais que a genialidade, mas de um dom divino, e aí está, ao meu ver, a diferença entre o Mané Garrincha e os demais". - Luiz Sérgio Cunha, torcedor botafoguense.
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Excursão do Botafogo em 1927

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Equipa de 1927 (que goleou o Flamengo por 9x2 nesse ano)

A 17 de novembro de 1927, a bordo do paquete ‘Pedro I’, a delegação do Botafogo empreendeu uma excursão a Belém do Pará, chefiada pelo glorioso Flávio Ramos, que levava consigo o secretário Alarico Maciel e o adido Sylvio Bernardes.

A equipa era treinada por Ramon Platero e agregou os seguintes jogadores para a viagem ao norte: Neiva, Baby, Clóvis, Alemão, Otacílio, Orlando, Nestor, Alberto, Aguiar, Pamplona, Rogério, Macarroni, Ariza, Neco, Nilo, Aché, Claudionor e Alkindar (tendo Póvoa seguido depois). Baby e Nilo embarcaram lesionados e Póvoa seguiu mais tarde.

Nesta excursão o Botafogo apresentou as suas recentes aquisições: Póvoa e Alberto, que se sagraram campeões cariocas pelo São Cristóvão em 1926, e o médio Aguiar, oriundo do Paulistano, que ficou conhecido como o ‘passes de veludo’.

A 24 de novembro de 1927 o Botafogo aportou em Belém e hospedou-se no Grande Hotel, sob a égide oficial do Governador Dyonisio Bentes. Três dias depois, a 27 de Novembro, o Glorioso estreou-se contra o Clube do Remo, iniciando uma série invicta por terras do norte brasileiro. Eis a síntese dos encontros em Belém:

27.11.1927
» Botafogo 5x1 Clube do Remo
» Gols: Ariza (2), Neco, Alkindar e Claudionor (Botafogo); Santana (Remo).
» Equipa: Neiva, Alemão e Otacílio; Alberto, Aguiar e Rogério; Ariza, Neco, Alkindar, Aché e Claudionor.

01.12.1927
» Botafogo 3x1 Combinado Paranaense (*)
» Gols: Ariza, Aché e Nilo (Botafogo); Santana (Combinado).
» Equipa: Neiva, Orlando Pessoa e Otacílio; Alberto, Aguiar e Rogério; Ariza, Neco, Nilo, Aché e Claudionor.
(*) Clube do Remo, Paysandu e União Esportiva.

04.12.1927
» Botafogo 6x2 Paysandu
» Gols: Nilo (4), Alkindar e Aché (Botafogo); Cobrador e Oscar (Paysandu).
» Equipa: Neiva, Póvoa e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Alkindar, Nilo, Aché e Claudionor.

08.12.1927
» Botafogo 3x1 União Esportiva
» Gols: Nilo (2) e Neco (Botafogo).
Equipa: Neiva, Póvoa e Otacílio; Rogério, Aguiar e Pamplona; Ariza, Neco, Nilo, Aché e Claudionor.

11.12.1927
» Botafogo 2x0 Combinado Panaense (*)
» Gols: Nilo (2).
» Equipa: Neiva, Póvoa e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Neco, Nilo, Aché e Claudionor.
(*) Remo e Paysandu.

15.12.1927
» Botafogo 2x1 Clube do Remo
» Gols: Claudionor e Nilo (Botafogo).
Equipa: Neiva, Orlando e Otacílio; Macarroni, Aguiar e Roberto (Alberto); Ariza, Alkindar, Nilo, Aché e Claudionor.

A 17 de dezembro de 1927, a bordo do ‘Comandante Ripper’, a delegação botafoguense partiu para São Luís, Maranhão, jogando no dia seguinte. Eis a ficha do jogo:

18.12.1927
» Botafogo 6x0 Seleção Local
» Gols: Rogério (2), Ariza, Alkindar, Aché e Claudionor.
» Equipa: Neiva, Alemão e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Alkindar, Rogério, Aché e Claudionor.

Seguidamente o Botafogo ruma ao Recife, reencontrando novamente uma exaltada torcida que já acolhera efusivamente o nosso clube na excursão de 1919, já relatada no blogue Mundo Botafogo. Nestor e Neco eram os dois únicos jogadores de 1919 que regressaram ao Recife, sendo agora dois experientes jogadores e não as jovens promessas de oito anos antes. Eis a síntese dos encontros no Recife:

25.12.1927
» Botafogo 4x0 Torre
» Gols: Claudionor (2), Neco e Nilo.
» Equipa: Neiva, Alemão e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Neco, Nilo, Aché e Claudionor.

29.12.1927
» Botafogo 1x0 Santa Cruz
» Gol: Aché.
» Equipa: Neiva, Póvoa e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Neco, Alkindar (Nilo), Aché e Claudionor.

01.01.1928
» Botafogo 5x1 Sport
» Gols: Nilo (3), Aché e Neco (Botafogo).
» Equipa: Neiva, Alemão e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Neco, Nilo, Aché e Claudionor.

06.01.1928
» Botafogo 1x1 América (*)
» Gol: Nilo (Botafogo); George (América)
» Equipa: Neiva, Alemão e Otacílio; Alberto, Aguiar e Pamplona; Ariza, Neco, Nilo, Aché e Claudionor.
(*) Aos 86 minutos o árbitro assinalou grande penalidade contra o Botafogo, que abandonou o campo em protesto; George converteu a falta para a baliza vazia e empatou o jogo.

No dia 12 de Janeiro de 1928, trazendo consigo uma campanha invicta, o Botafogo regressou ao Rio de Janeiro no paquete ‘Pará’.

O Botafogo obteve um saldo de 10 vitórias e 1 empate, 38 gols marcados e apenas 8 sofridos. A artilharia distribuiu-se do seguinte modo: Nilo, 15 gols; Aché e Claudionor, 5 gols cada; Ariza e Neco, 4 gols cada; Alkindar, 3 gols; Rogério, 2 gols.

Texto e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

A cara deles...

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Evito comentar as coisas cathartiformes desde há algum tempo, mas é impossível omitir certas situações devido ao seu absoluto ridículo, ou devido a falta de qualquer ponta de ética e de qualquer valor moral socialmente válido.

O texto que se segue foi publicado num blogue flamenguista (e cita-se a fonte) referido no blogue de PC Guimarães. Como é possível vangloriarem-se de tais atitudes? Como se comportam no dia-a-dia das suas vidas? Com que valores estas pessoas educam os seus filhos? Pobre imaginação, pobre inteligência, pobre criatividade e pobre audácia. Eis os flamenguistas no seu melhor:

“Foi em 1927 que o Flamengo ganhou outra importante disputa com o Vasco. Tudo aconteceu quando o Jornal do Brasil lançou um concurso para escolher "O Clube mais querido do Brasil". O vencedor levaria a "Taça Salutaris", troféu de cerca de um metro e meio, banhado em prata, oferecido por uma engarrafadora de água mineral do mesmo nome.

O procedimento do torcedor era levar o rótulo do produto preenchido com o nome do seu time na sede do Jornal do Brasil. Ao final quem tivesse mais votos, Flamengo ou Vasco, ganhava o concurso. Simpatizantes dos dois clubes mobilizaram-se para a batalha. Os portugueses encheram sacolas e mais sacolas de rótulos. Por serem comerciantes tinham maior poder aquisitivo é claro.

Mas os Rubro-Negros não se deram por vencidos e brilhantemente reverteram o golpe português, que saiu pela culatra. No dia da apuração, disfarçados (com escudinhos do Vasco na lapela e sotaque lusitano) receberam os cupons dos "patrícios" e despejaram tudo fora. No começo, nas latrinas do prédio do jornal e mais tarde, no poço do elevador.

Saiu o resultado e a "Salutaris" é levada em triunfo para a Praia do Flamengo, onde se segue um longo e debochado carnaval. Os vascaínos protestam, fazem questão de divulgar o episódio, achando que com isso iriam estragar a reputação Rubro-Negra. Mas outra vez o tiro sai pela culatra. O cartaz do Flamengo só faz aumentar. Afinal, a imaginação, inteligência, criatividade e a audácia de seus torcedores superaram o poderio econômico e as armações vascaínas. Armações que vemos até hoje e que na maioria das vezes destruímos dentro e fora de campo. O Vasco que enxugue as lágrimas sempre.”

Fonte: http://www.eusouflamengo.com/curiosidades-do-flamengo.php

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dia 100: não é delírio, estou avisando


por L. Cláudio
25.10.2010

O Botafogo será o campeão brasileiro de 2010. Baixou uma Mãe Dinah em mim e, aliado a alguns cálculos, vou colocar minhas previsões aqui no blog. Podem ficar tranquilos que eu não piorei da cabeça. Vamos às previsões. Faltam sete rodadas para acabar o campeonato.

Hoje, após 31 rodadas, a classificação é a seguinte:
1º) Fluminense - 54 pts, 15 vitórias, 18 gols de saldo
2º) Cruzeiro - 54 pts, 15 vitórias, 12 gols de saldo
3º) Corinthians - 53 pts, 15 vitórias, 15 gols de saldo
4º) Santos - 48 pts, 14 vitórias, 11 gols
5º) Internacional - 48 pts, 14 v, 4 gols
6º) Botafogo - 48 pts, 11 v, 11 gols

A classificação rodada a rodada daqui prá frente, segundo minhas previsões:

Após a 32ª Rodada
1º Cruzeiro - 57 pts
2º Fluminense – 55
3º Corinthians – 53
4º Botafogo – 51
5º Santos - 49, 14 v
6º Inter - 49, 14 v
7º Atlético PR - 48, 13 v
8º Grêmio - 48, 12 v

Após a 33ª Rodada
1º Cruzeiro - 58 pts
2º Corithians - 56, 16 v
3º Fluminense - 56, 15 v
4º Botafogo – 54
5º Santos – 52
6º Grêmio – 51
7º Inter – 50
8º Atlético PR – 49

Após a 34ª Rodada
1º Corithians - 59, 17 v
2º Cruzeiro - 59, 16 v
3º Fluminense - 57, 15 v
4º Botafogo - 57, 14 v
5º Grêmio – 54
6º Santos – 53
7º Inter – 51
8º Atlético PR – 49

Após a 35ª Rodada
1º Corinthians - 60 pts
2º Cruzeiro - 60, 16 v
3º Fluminense - 60, 16 v
4º Botafogo - 60, 15 v
5º Grêmio – 55
6º Santos - 54, 15 v
7º Inter - 54, 15 v
8º Atlético PR – 52

Após a 36ª Rodada
1º BOTAFOGO - 63 pts
2º Corinthians - 61, 17 v
3º Cruzeiro - 61, 16 v
4º Fluminense - 61, 16 v
5º Grêmio – 58
6º Santos – 57
7º Inter – 54
8º Atlético PR – 52

Após a 37ª Rodada
1º BOTAFOGO - 66 pts
2º Corinthians – 64
3º Cruzeiro – 62
4º Fluminense – 62
5º Grêmio – 61

Após a 38ª (E ÚLTIMA) Rodada
1º BOTAFOGO - 66 pts
2º Corinthians – 65
3º Cruzeiro – 65
4º Fluminense – 65
5º Grêmio – 64

TAÍ: BOTAFOGO CAMPEÃO DE 2010! Esperem e comprovem.

Fonte: http://blogdoexfumante.blogspot.com/2010/10/dia-100-nao-e-delirio-estou-avisando.html

Botafogo campeão estadual de natação juvenil


O Botafogo sagrou-se vencedor do campeonato estadual de natação juvenil que ocorreu na piscina de 50 metros do Parque Aquático Maria Lenk, entre 20 e 23 de outubro de 2010.

O Botafogo venceu os quatro últimos campeonatos estaduais juvenis: os de Inverno e os de Verão, em 2009 e 2010.

As classificações dos três primeiros colocados nas categorias juvenis foram as seguintes:

Juvenil I
1º BOTAFOGO: 1.172 pontos; 20 ouro, 6 prata, 8 bronze
2º FLAMENGO: 1.129 pontos; 11 ouro, 15 prata, 12 bronze
3º FLUMINENSE: 442 pontos; 2 ouro, 6 prata, 6 bronze

Juvenil II
1º BOTAFOGO: 1.669 pontos; 23 ouro, 10 prata, 11 bronze
2º FLUMINENSE: 969 pontos; 4 ouro, 12 prata, 7 bronze
3º FLAMENGO: 619 pontos; 7 ouro, 5 prata, 11 bronze

Juvenil
1º BOTAFOGO: 3.281 pontos; 50 ouro, 17 prata, 19 bronze
2º FLAMENGO: 2.116 pontos; 19 ouro, 24 prata, 26 bronze
3º FLUMINENSE: 1.755 pontos; 6 ouro, 21 prata, 18 bronze

Por Índice Técnico destacaram-se os seguintes botafoguenses:

Juvenil I
FELIPE LOBATO – 50 metros borboleta masculino com o tempo de 26"14
FELIPE LOBATO – 100 metros borboleta masculino com o tempo de 57"60
LEONARDO SANTOS – 200 metros costas masculino com o tempo de 2'15"29
ALINE RODRIGUES – 100 metros livre feminino com o tempo de 58"98
ALINE RODRIGUES – 200 metros livre feminino com o tempo de 2'06"19

Juvenil II
LUCAS SILVA – 200 metros livre masculino com o tempo de 1'59"66
YURI SILVA – 400 metros livre masculino com o tempo de 4'16"26
YURI SILVA – 800 metros livre masculino com o tempo de 8'53"14
YURI SILVA – 1.500 metros livre masculino com o tempo de 17'04"54
PRISCILA SOUZA – 50 metros livre feminino com o tempo de 27"20
PRISCILA SOUZA – 100 metros livre feminino com o tempo de 58"41
HELENA DE AMORIM – 200 metros livre feminino com o tempo de 2'10"34
HELENA DE AMORIM – 400 metros livre feminino com o tempo de 4'27"91
HELENA DE AMORIM – 800 metros livre feminino com o tempo de 9'12"43

Texto e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A alma botafoguense

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Aceda ao meu novo artigo no Blog das Torcidas:
http://blog-das-torcidas.blogspot.com/2010/10/alma-botafoguense.html
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Jenifer Helena

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Ex-rainha da torcida Fúria Jovem

Botafoguenses do pólo aquático convocados


A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) fez uma pré-convocação que inclui seis atletas botafoguenses do pólo aquático, designadamente:

Torneio Pré-Mundial de adultos a realizar-se no Canadá entre 1 e 16 de janeiro de 2011:

» BRUNO NOLASCO
» HENRIQUE MONIZ
» JOÃO FELIPE COELHO

Campeonato Mundial de juniores (91) a realizar-se na Grécia no mês de agosto de 2011:

» MATHEUS LIMA
» CAIO LIMA

Campeonato Sul-Americano (93) a realizar-se na cidade de Lima (Peru) em março de 2011:

» HENRIQUE LOPEZ

O ‘olé!’ e os botafoguenses

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1.
Adaptado ao futebol em 1958, o “olé!” nasceu de um jogo entre o Botafogo, campeão de 1957, e o River Plate, tricampeão argentino, disputado na Cidade do México. O “olé” deve-se à inspiração de Garrincha e à persistência de Vairo.

Sempre que Garrincha parava na frente de Vairo os espectadores mantinham-se no mais profundo silêncio. Quando Garrincha dava o famoso drible e deixava Vairo sentado no chão, um coro de cem mil pessoas exclamava: “Ô ô ô ô ô-lê!”. Num desses momentos, um dos clarins dos mariaches atacou o trecho de Cármen que é tocado na abertura das touradas. O estádio quase foi abaixo.

O treinador tirou Vairo de campo para evitar o gozo e, rindo, Vairo exclamava: “No hay nada que hacer. Imposible!” O “Jarrito de Oro” normalmente votado e entregue no dia seguinte ao melhor jogador do torneio, naquele ano foi entregue ali mesmo, no estádio, a Garrincha. O inigualável Mané foi carregado aos ombros pelos torcedores numa volta olímpica.

2.
Seis anos mais tarde, no dia 14 de Julho de 1964, o mesmo River Plate tornou a sofrer aos pés de Garrincha. Num jogo em que Garrincha parecia um terramoto, o Botafogo venceu o River Plate, por 4x3, no Monumental de Ñunez, pela Copa Iberoamericana.

Durante aquela partida, o Botafogo exibiu um futebol de nível de Seleção e, contando com craques como Garrincha, Gérson (que marcou dois gols) e Nílton Santos, venceu sensacionalmente os argentinos. No decorrer do jogo, mais uma vez foi ouvido o grito de “olé”, que fora criado seis anos antes em terras mexicanos entre os mesmos dois clubes.

Nesse jogo o Botafogo alinhou com Manga, Joel, Paulistinha, Nílton Santos e Rildo (Aírton); Elton e Gérson; Garrincha, Jair, Sicupira e Zagalo. O River Plate jogou com Gatti, Sainz, Ramos, Delgado e Bonezuk; Roberto Matosas (Rojas) e Fernandes (Sanari); Cubilla, Artime, Onega e Mas.

O Botafogo ganhou a Copa Ibero americana vencendo sucessivamente o Boca Juniors, o River Plate e o Barcelona!

3.
Quatro anos mais tarde, no dia 29 de Junho de 1968, o ‘olé!’ ressurgiu na goleada de 4x1 do Brasil sobre a Argentina, tendo oito jogadores botafoguenses em campo.

O treinador Mário Zagallo, também botafoguense, vibrou com a vitória e narra o que aconteceu:

– “Em 1968, fui convidado para dirigir a Seleção contra a Argentina em um amistoso no Maracanã. Formei a Seleção com a base do Botafogo, que tinha sido campeão estadual em 67 e acabaria bicampeão no final de 68, e goleamos por 4 a 1. Foi o meu primeiro jogo como treinador da Seleção, para onde voltei oficialmente em 70.”

O coordenador técnico acrescentou que foi um show de bola do Brasil, que culminou com a marcação do quarto gol, feito por Paulo César, que levou o estádio ao delírio.

– “Trocamos os 53 passes, com os argentinos na roda, até sair o gol do Paulo César. Foi um lance que dificilmente será visto de novo no futebol” – disse Zagallo.

Os gols do Brasil foram marcados por Valtencir, Roberto, Jairzinho e Paulo César (todos botafoguenses) e Basile descontou para a Argentina.

Armando Marques arbitrou o amistoso e a Seleção Brasileira, formada apenas por jogadores do Rio de Janeiro, alinhou com Félix (Fluminense), Moreira (Botafogo), depois Murilo (Flamengo), Brito (Vasco), Leônidas (Botafogo) e Valtencir (Botafogo); Carlos Roberto (Botafogo) e Gérson (Botafogo); Nado (Vasco), Roberto (Botafogo), depois Ney Oliveira (Vasco), Jairzinho (Botafogo) e Paulo César (Botafogo). A Argentina jogou com Sanchez, Ostua, Perfumo, Basile e Malbernat; Solari(Savoy) e Rendo; Aguirre, Yazalde, Veglio (Minitti) e Más. O técnico era José Maria Minella.

Fontes principais
Pesquisa e texto de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
Jornal dos Sports
Portal da CBF

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A camisa em Maputo

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Maputo, 24 de outubro, 21 horas

E o nosso ídolo é… Loco Abreu!

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Família Abreu, apoiando o atacante no Engenhão em seu aniversário

A enquete sobre o nosso maior ídolo recolheu 164 votos e Loco Abreu foi eleito, à 1ª volta, o nosso maior ídolo, recolhendo metade 83 votos – metade mais um.

Eis os resultados:

» Loco Abreu: 83 votos (51%)
» Jefferson: 36 (22%)
» Maicosuel: 30 (18%)
» Jobson: 7 (4%)
» Herrera: 7 (4%)
» Outro: 1 (1%)

É indubitável que Loco Abreu conquistou os botafoguenses e tornou-se o ídolo maior após Túlio Maravilha o ter sido na década anterior.

Se eu tivesse que votar ordenadamente teria votado conforme os leitores do blogue: Loco Abreu, Jefferson, Maicosuel, Jobson e Herrera.

Creio que o ‘vice-ídolo’ merece a posição logo a seguir a Loco Abreu, porque ele constitui, em minha opinião, a maior mais-valia do Botafogo atualmente – e isso foi reconhecido por Mano Menezes com a convocação de Jefferson para o escrete canarinho.

Botafogo polémico na década de 1910

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No Jornal do Brasil o Botafogo sempre foi noticiado com destaque nos primórdios do clube de futebol, seja por motivos tristes ou alegres. Veja-se um exmeplo de notícias publicadas com muito destaque.

UM

Em 12 de agosto nasce o Botafogo Football Club e foi referida no Jornal do Brasil a primeira polémica no ambiente desportivo do Rio de Janeiro. O Botafogo de regatas insurgiu-se contra a criação de uma agremiação com a mesma denominação para a prática de outro desporto. O JB registrou tudo nas suas primeiras páginas. Porém, 38 anos depois, ambos os Botafogos se abrigaram num mesmo espaço, juntando a Estrela Solitária da bandeira do clube de regatas às listras pretas e brancas do clube de futebol.

DOIS

Em 1909, a Tragédia na Piedade. “Vim para matar ou morrer”. Foi assim que o Jornal do Brasil anunciou a morte de Euclides da Cunha, morto por Dilermano de Assis, amante de sua mulher que o havia abandonado há 3 dias. Um acontecimento que deixou a cidade perplexa. Euclides foi o primeiro a disparar várias balas dentro da casa de Dilermando, que ripostou em legítima defesa. Da contenda, a principal vítima foi Dinorah de Assis, campeão pelo Botafogo no ano seguinte, mas cuja bala encravada na coluna o acabou por levar à paralisia e ao suicídio. A notícia foi grande destaque no Jornal no dia 15 de agosto.

TRÊS

Um outro grande destaque foi dado nas páginas desportivas em 1910 quando o Botafogo ganhou o Campeonato Carioca. A partir de então o Botafogo ficou conhecido no mundo como o GLORIOSO. E também foi muito badalado pelo povo, nas ruas da cidade, que a Estrela Solitária apareceu, a reboque, na calda do Halley. Foi a notícia mais comentada de 1910.

Texto e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

domingo, 24 de outubro de 2010

A vida social a meio do século XX

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Campeão carioca de futebol de 1948, o Botafogo de Futebol e Regatas engalanou a sua Sede de General Severiano no Carnaval de 1949.

Nessa época a vida social do clube era muito intensa, e logo após o Carnaval o nosso clube manteve os seus eventos ao nível mais elevado. Veja-se o programa social para o mês de abril:


Programa Social para o mês de Abril de 1949:

Dia 16 – SÁBADO – Aleluia! – Grande baile nos salões do Clube, das 23 às 4 horas. Orquestra. Trajes obrigatórios: para senhoras e senhoritas – «toilette» de baile; para cavalheiros: smoking, summer-jacket e branco a rigor.

Dia 25 – SEGUNDA-FEIRA – Espetáculo teatral ou show, às 21 horas.

Pesquisa de Rui Moura (Blogue Mundo Botafogo)
Imagens: Arquivos de Braz Pepe

sábado, 23 de outubro de 2010

Botafogo quebra 'feitiço'

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Foto de Cleber Mendes
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Acabei de chegar a Moçambique e fiquei sabendo que o feitiço dos empates foi desfeito. Esse lateral é ruinzinho na defesa, mas, para compensar, de vez em quando resolve o jogo. Algum amigo me pode informar se jogamos melhor que das últimas vezes?

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Vitória
» Gol: Marcelo Cordeiro 44’
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 23.10.2010
» Local: Estádio do Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
» Arbitragem: Márcio Chagas da Silva (RS); auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) e José Javel Silveira (RS)
» Público: R$ 324.760,00 / 10.141 pagantes
» Renda: R$ 324.760,00
» Disciplina: cartão amarelo – Somália (Botafogo) e Bida, Neto, Adailton, Junior (Vitória)
» Botafogo: Jefferson, Leandro Guerreiro, Danny Morais e Márcio Rosário; Alessandro, Marcelo Mattos, Somália, Lucio Flavio (Renato Cajá - 29'/2ºT) e Marcelo Cordeiro (Edno - 7'/2ºT); Jobson (Fahel - 34'/2ºT) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Vitória: Viáfara, Nino Paraíba, Wallace, Anderson Martins e Rafael Cruz; Bida, Neto (Vanderson - Intervalo), Jonas e Ramon (Henrique - 15'/2ºT); Adailton e Júnior (Elkeson - 30'/2ºT). Técnico: Antônio Lopes.

Vanessa Goulart Reis

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1930: Taça de Campeão Estadual

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No dia 7 de dezembro de 1930 o Botafogo sagrou-se campeão carioca de futebol ao empatar com o Fluminense por 2x2, resultado suficiente para garantir um ponto a mais do que o Vasco da Gama – 2º classificado.

O jogo realizou-se nas Laranjeiras, sob a arbitragem de Oswaldo Braga, e os gols foram assinalados por Nilo e Celso pelo Botafogo e Ary e Preguinho pelo Fluminense.

O nosso clube alinhou com: Germano; Benedicto e Orlando Pessoa; Burlamaqui, Martim e Pamplona (Canalli); Ariza (Álvaro), Paulinho, Carvalho Leite, Nilo e Celso.

O Fluminense alinhou com: Velloso; Albino e Alemão; Frota, Cabral e Ivan; Ary (Zé Maria), Fernando, Alfredinho, Preguinho e De More.

A etiqueta ‘taças e medalhas’ é da responsabilidade conjunta de Sérgio Nunes (amigo e colaborador) e Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

1910: Botafogo campeão carioca de futebol

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Os campeões cariocas de 1910: Pullen, Coggin e Dinorah (de pé); Rolando, Lulu Rocha e Lefèvre (ajoelhados); Emmanuel, Abelardo, Décio, Mimi Sodré e Lauro (sentados). 
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Três anos após o Botafogo sofrer a primeira grande deslealdade por parte do Fluminense, eis que conquista irrepreensivelmente o campeonato carioca de 1910, vencendo quase todos os jogos de goleada e, por isso, passa a ser conhecido por ‘Glorioso’.

Alceu Mendes de Oliveira Castro descreve assim o formidável feito frente ao Fluminense no dia 25 de setembro de 1910:

“O primeiro tempo teve um sensacional transcurso e Abelardo Delamare, o formidável meia alvinegro, sob o delírio do público, enviou três bolas às rêdes tricolores. Iniciado o segundo tempo, em uma investida de Cox, Lulu, querendo passar a bola a Coggin, vasa nossas próprias rêdes. O Fluminense se alegra, mas em pura perda, pois o Botafogo reage como um leão, reassume o contrôle do jôgo e mais três bolas magistrais, duas de Decio e uma de Mimi, vão dormir nas rêdes de Waterman, definindo a estrondosa contagem de 6x1. Estava o Botafogo vencedor e campeão, sob o delírio de uma multidão verdadeiramente alucinada! Nascia, com esta notável façanha, o ‘Glorioso’!”

CAMPANHA DE 1910
Botafogo 1x4 America
» Gols: Emmanuel Sodré (Botafogo); Del Nero (2), Horácio e Jônathas (pen.) (América)
» Data: 22.05.1910
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Noble
» Botafogo: Baena, Cândido Vianna e Dinorah; Lefèvre, Lulu Rocha e Edgar Pullen; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Rolando de Lamare, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» América: Delveaux de Gouveia, Belfort Duarte e Carlos Villaça; Roldão Maia, Jônathas Braga e Octávio Faria; Gabriel de Carvalho, Lucas Assumpção, Del Nero, Peres e Horácio Figueiredo.
Obs: 1. O prélio foi disputado sob chuva torrencial; 2. Estreou Delveaux de Gouveia na meta do América FC.
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Botafogo 9x1 Riachuelo
» Gols: Abelardo de Lamare (4), Mimi Sodré (2), Lefèvre, Lulu Rocha e Dinorah (Botafogo); João de Oliveira (Riachuelo)
» Data: 05.06.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Alberto 'Baby' Alvarenga
» Botafogo: Baena, Cândido Vianna e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Edgar Pullen; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Lefèvre, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Riachuelo: Arnaldo Silva, Rega e Índio Prado; Rello, Antônio “Nico” Miranda e João de Oliveira; Romeu D’Ambrózio, Holle, Nabuco Prado, Loth Silva e Paulo Araújo

Botafogo 3x1 Fluminense
» Gols: Abelardo de Lamare, Mimi Sodré e Décio Viccari (Botafogo); Gallo (Fluminense)
» Data: 26.06.1910
» Árbitro: Nabuco Prado
» Local: Rua Guanabara, Rio de Janeiro (RJ)
» Botafogo: Coggin, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Fluminense: Waterman, Victor Etchegaray e Nery; Gallo, Mutzenbecher e Waldemar; Weymar, Emile Etchegaray, Alberto Borgerth, Monk e A. Motta
Obs: Edwin Cox (atacante do FFC) não atuou porque havia chegado de Londres em 23.06 (fonte: O Paiz, de 24.06); ele tinha embarcado para a Europa em 15.01.1909 (fonte: Correio da Manhã) para trabalhar no London Bank.
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Botafogo 7x0 Haddock Lobo
» Gols: Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (3) e Mimi Sodré
» Data: 03.07.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Deodoro de Campos
» Botafogo: Baena, Edgar Pullen e Dinorah; Maurício, Rolando de Lamare e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Haddock Lobo: Marcos Mendonça, Nélson Costa e Luiz Maia; Licínio, Luiz Mendonça e Plaisant; Antônio Mattos “Antonino”, Juca, Bahiano, Torres e Nestor.
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Botafogo 6x0 Rio Cricket
» Gols: Flávio Ramos (2), Emmanuel Sodré, Rolando de Lamare, Mimi Sodré e Décio Viccari
» Data: 10.07.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: José ('Juca´) Cerqueira de Carvalho
» Botafogo: Baena, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Flávio Ramos, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Rio Cricket: Hassell, Wilson e Nancarrow; Woodrow, Forster e German; McGregor, Grantham, James Calvert, Watkins e Gepp.
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Botafogo 5x0 Rio Cricket
» Gols: Lauro Sodré (2), Mimi Sodré, Décio Viccari e Abelardo de Lamare
» Data: 07.08.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Emílio Etchegaray
» Botafogo: Baena, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Juca Couto; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Rio Cricket: Hassell, Austice e Nancarrow; Woodrow, Forster e German; McGregor, Grantham, James Calvert, Watkins e Gepp.
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Botafogo 15x1 Riachuelo
» Gols: Abelardo de Lamare (7), Décio Viccari (3), Mimi Sodré (3), Emmanuel Sodré e Rolando de Lamare (Botafogo); Nabuco Pradao (Riachuelo)
» Data: 04.09.1910
» Local: Rua Guanabara, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Emílio Etchegaray
» Botafogo: Baena, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Riachuelo: Carlos Fonseca, Raul Couto e João Rega; Martinho Tatu, Nabuco Prado e João Oliveira; Raymundo Rega, Eugênio, Romeu D’Ambrózio, Bráulio e Claudomir.
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Botafogo 3x1 America
» Gols: Belfort Duarte (contra), Décio Viccari (pen.) e Mimi Sodré (Botafogo); Peres (América)
» Data: 11.09.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Harold W. Hassell
» Botafogo: Coggin, Edgar Pullen e Lefèvre; Maurício, Lulu Rocha e Rolando de Lamare; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» América: Carlos Mongey, Belfort Duarte e Lincoln; Roldão Maia, Jônathas Braga e Ulysses Fagundes; Gabriel de Carvalho, Peres, Horácio Figueiredo, Del Nero e Sebastião Alves.
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Botafogo 6x1 Fluminense
» Gols: Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2) e Mimi Sodré (Botafogo); Lulu Rocha (contra) (Fluminense)
» Data: 25.09.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 6.000 pessoas (fonte: CM, 27-09, pag. 8)
» Árbitro: Harold W. Hassell
» Botafogo: Coggin, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.
» Fluminense: Waterman, Félix Frias e Ernesto Paranhos; Nery, Mutzenbecher e Gallo; Millar, Oswaldo Gomes, Edwin Cox, Gilbert Hime e Alberto Borgerth.
Obs: 1. Primeira vitória sobre o Fluminense FC no antigo campo da Rua Voluntários da Pátria, 209 – Botafogo; 2. O árbitro A. W. Hassell (goleiro do Rio Cricket) também arbitrou o jogo na preliminar de segundos quadros; 3. Maior goleada em decisões de Campeonatos do Rio de Janeiro no amadorismo.
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Botafogo 11x0 Haddock Lobo
» Gols: Rolando de Lamare (4), Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2), Lulu Rocha e Dinorah
» Data: 02.10.1910
» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Haroldo Cox
» Botafogo: Edgar Pullen, Emmanuel Sodré e Lauro Sodré; Lefèvre, Abelardo de Lamare e Mimi Sodré; Coggin, Rolando de Lamare, Lulu Rocha, Dinorah e Décio Viccari.
» Haddock Lobo: Luiz Maia, Nélson Costa e Licínio; Plaisant, Antônio Mattos ‘Antonino’ e Riemer.
Obs: O Haddock Lobo atuou com apenas seis jogadores e por isso os atletas do Alvinegro resolveram mudar de posição.
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Edgar Pullen foi o coordenador da comissão técnica e Abelardo de Lamare o artilheiro do campeonato carioca com 22 gols.

O Botafogo fez dez jogos, obtendo nove vitórias e uma derrota, apresentando um saldo favorável de 66-9 gols.

Texto e pesquisa de Rui Moura (Mundo Botafogo) e Pedro Varanda (investigador esportivo e colaborador do Mundo Botafogo); Fontes: Alceu Mendes de Oliveira Castro (1951): O Futebol no Botafogo – 1904-1950. Gráfica Milone. Rio de Janeiro; Antonio Carlos Napoleão (2000): Botafogo de Futebol e Regatas – História, Conquistas e Glórias no Futebol. MAUAD Editora. Rio de Janeiro; jornais A Manhã, Correio da Manhã, Gazeta de Notícias, Jornal do Commercio, Jornal do Brasil e O Paiz.

Botafogo venceu festival mirim de natação


O Botafogo venceu a categoria mirim do XL Festival CBDA/Correios Sudeste de Clubes Mirim e Petiz – Troféu Ivo Lourenço, que decorreu de 15 a 17 de outubro de 2010 na piscina de 50m. do PAJL.

A classificação geral até ao 10º colocado ficou assim ordenada:

01º Botafogo de Futebol e Regatas (RJ): 593,5 pontos.
02º Academia Gota D’Água (MG): 566,5 pontos.
03º Fluminense Football Club (RJ): 562,0 pontos.
04º Clube de Regatas Flamengo (RJ): 488,0 pontos.
05º FIAT/Minas (MG): 458,5 pontos.
06º Tijuca Tênis Clube (RJ): 360,5 pontos.
07º SESI – Serviço Social da Indústria (SP): 291,0 pontos.
08º Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral (ES): 285,0 pontos.
09º Marina Barra Clube (RJ): 209,0 pontos.
10º Clube Libanês (ES): 192,0 pontos.

O Botafogo obteve 7 medalhas de ouro, 4 de prata e 1 de bronze. Segue-se o quadro das medalhas de ouro:

» 50m. Livre Feminino – Mirim 1: CAROLINA MARTINS com o tempo de 00'33"43

» 50m. Livre Masculino – Mirim 1: EDUARDO C MARTINIANO com o tempo de 00'32"02

» Revezamento 4x50m. Livre Masculino – Mirim 1: Eduardo Martiniano, Pedro Gracia, Bernardo César e Yagoi Mattos com o tempo de 02'25"97

» 50m. Costas Masculino – Mirim 1: EDUARDO C MARTINIANO com o tempo de 00'38"24

» 50m. Borboleta Feminino – Mirim 1: CAROLINA MARTINS com o tempo de 00'36"32

» Revezamento 4x50m. Medley Feminino – Mirim 1: ALEXANDRA BRAGA, THAIS C LUIZ, CAROLINA MARTINS e LUISA GARCIA com o tempo de 02'53"96

» Revezamento 4x50m. Medley Masculino – Mirim 1: EDUARDO G DA ROCHA JR., EDUARDO C MARTINIANO, YAGO S MATTOS e PEDRO S B GARCIA com o tempo de 02'54"02
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Texto e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
Portal da Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Botafogo é campeão de ‘beach society’

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O Botafogo sagrou-se campeão do Torneio Início de Beach Society Feminino 2010, que decorreu na Praia de Copacabana e abriu o campeonato estadual da modalidade.

CAMPANHA

17.10.2010: Botafogo 2x2 Vasco da Gama (*)
» Andamento: 0x1, 1x1, 1x2, 2x2
» Gols: Andréia Paiva e Andressa

17.10.2010: Botafogo 3x0 Geração [Andressa (2) e Izabel]
» Andamento: 1x0, 2x0, 3x0
» Gols: Andresa (2) e Izabel

(*) No desempate por grandes penalidades, a botafoguense Andressa converteu e a vascaína Deise desperdiçou.

No próximo domingo, dia 24 de Outubro de 2010, inicia-se o Campeonato de Beach Society feminino na Praia de Copacabana.

Fonte: http://botafogoesportesdepraia.blogspot.com

Botafogo goleia na abertura do estadual society

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Após as sucessivas conquistas do campeonato carioca da 3ª e da 2ª divisão, bem como de outros torneios importantes, a equipa do Botafogo de futebol 7 society estreou-se no Iate Club Jardim Guanabara pelo campeonato carioca da 1ª divisão com uma portentosa goleada de 15x2 sobre o CEPE MACAÉ.

Apresentando-se muito reforçada, a equipa terminou a 1ª parte fazendo nove gols contra um e repetiu nova goleada na 2ª parte, acrescentando mais seis gols contra apenas um.

Bruno Serôa, técnico interino, fez entrar em campo Neca, Thiago, André, Bandini, Rodrigol, Raphinha e Diego.

Fonte: http://botafogosociety.blogspot.com/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Charge

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[piada sem intenção ofensiva]

Camisa listrada visitou o xadrez!

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Patinhas ao centro, ladeado por César Oliveira à esquerda da imagem e Rui Moura à direita – final do campeonato carioca de 2009.

por Hélio Andrade Borges, o ´Patinhas’
Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2010

Amigo Rui, lendo o seu texto [“Até quando?...” – publicado no portal Arena Alvinegra], me recordei desse fatídico dia em que fui preso no ‘maior do mundo’. Eu era soldado à época, e naquele tempo as coisas eram diferentes, tínhamos o cabelo cortado em uma moda estranha, em que deixava somente uma tampa cabeluda, e o resto do coco pelado.

Eu prestava serviço em Realengo, na EsIE, e no dia do jogo [final do campeonato carioca de 1971], parti para Madureira a casa de um amigo e, lá chegando, tirei meu uniforme verde-oliva e enfiei-me dentro de uma camisa gloriosa, saindo rumo à festa.

Maracanã lotado, a torcida jovem, da qual fazia parte, completamente louca, sacos e mais sacos de papel picados, centenas de rolos de papel higiênicos, centenas de rolinhos de serpentinas e, apesar da pouca idade, meu coração super acelerado. Você sabe, não é? Coração botafoguense é diferente, ele não bate, pulsa desordenadamente.

Ainda tem a tal superstição, e olhe que eu nunca me ative a esses detalhes, mas isso faz parte da nossa história e comportamento. As duas últimas semanas não haviam sido muito fáceis porque perdemos pontos que não deveríamos, talvez por altivez ou acomodação ou, quem sabe, pela perseguição feita em campo pelas arbitragens que nos desfalcaram em vários jogos. A três rodadas do final tínhamos cinco pontos de diferença para o segundo colocado.

O time era conhecido por Selefogo e fizemos uma paródia em cima do samba enredo “Lapa em três tempos” da Escola de Samba da Portela, em que enaltecíamos o passado e o presente do nosso esquadrão. A letra dizia assim:

"Vem do seu Zagalo
e dos tempos do famoso seu Mané
e em todo campeonato o Botafogo sempre dá olé
os grandes craques do passado
dedicaram a suas camisas grande amor
Garrincha, Nilton Santos, são craques de ouro
que valem mais que um tesouro
Amarildo, quantas saudades nos trás
dos seus golaços de placa iniciados pela turma lá de trás
seu Mané Garrincha dando show e fazendo carnaval
olha lá o seu Mané, quero ver quem vai cair
Nilton Santos desarmando para o ataque vai subir
agora tem gente nova
Zequinha, Jair, Careca e Paulo Cezar
a moderna meninada é da turma da pesada
nós temos uma defesa, que é uma beleza
Carlos Alberto e o Brito
vôvô Leônidas e o famoso Paulo Henrique."

Não passava pela cabeça de nenhum botafoguense, vivo ou morto, que aquela final teria um desfecho desfavorável.

Mas como tem coisas que só acontecem ao Botafogo e aos botafoguenses, ao apagar das luzes do segundo tempo, quando ecoava em torno do anel o grito da torcida ensandecida, eis que aparece aquela eminência parda que atendia pelo nome de José Marçal Filho da Outra, e… o resto da história, você já descreveu bem.

Na saída do ‘Maraca’, já cabisbaixo e sem entender o porquê daquilo tudo, eis que sou surpreendido pelo batalhão da PE, que tomou o Maracanã de assalto, saí em disparada e me refugiei no banheiro mais próximo, mas aqueles catarinenses, que mais pareciam alemães, foram implacáveis. A minha sorte foi selada: triste estava e mais triste fiquei, pois após ser levado para o batalhão da PE na Vila Militar, onde fiquei a noite e parte do dia, até ser transferido direto para a cadeia do meu quartel, porque infringi a lei vestindo-me à paisana em local público [ou melhor, envergando a Camisa Gloriosa que levou o Patinhas ao ‘xadrez’!].

Mas, curiosamente, após esse sofrimento duplo, me tornei ainda mais Botafoguense do que antes e, se tivesse que voltar no tempo, faria tudo novamente – trinta dias de cadeia não apagaram essa chama alvinegra, mas o roubo ficou e está gravado na memória.

O orgulho de ser botafoguense não tem PE ou Marçal que apague, contra tudo e contra todos, EU SOU BOTAFOGO!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Botafoguenses de sempre (12)

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Ticiana de Castro Costa

O descobridor de Garrincha

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por Paulo Marcelo Sampaio
http://blog.arquibabotafogo.com/2010/01/14/426/

1952. Arati, já jogador do Botafogo, também disputava o campeonato do Departamento Autônomo. Esse departamento organizava torneios entre clube pequenos, que usavam jogadores sem chances nos grandes clubes. O Restauradores, time de Arati, foi até Pau Grande, no pé da serra de Petrópolis.

Antes do jogo começar, Arati foi avisado por Roberto Pires, presidente do Esporte Clube Pau Grande, que tinha sido convocado por Zezé Moreira para disputar o Pan-Americano pela seleção brasileira. Pires pediu que Arati não jogasse. E, como juiz, viu surgir um gênio de nosso futebol. “Você tem lugar em qualquer time do mundo, Manoel”, disse Arati ao ponta do Pau Grande. E entrava assim na história como o descobridor de Mané Garrincha.

Acima, uma charge de Otelo, publicada no Globo Sportivo número 687, de 19 de abril de 1952. O texto é mais uma prova da malandragem de um homem chamado Carlos Martins da Rocha.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O último gol de Garrincha

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por Pedro Varanda
Pesquisador e colaborador de Mundo Botafogo

O último gol de Garrincha pelo Botafogo de Futebol e Regatas, em 1965, resultou de um lançamento sensacional de Gérson, o Canhotinha de Ouro, para o melhor ponta-direita de todos os tempos.

BOTAFOGO 1x0 FLAMENGO
» Gol: Garrincha 65’
» Competição: Taça Guanabara
» Data: 22.08.1965
» Local: Estádio Mário Filho, o ‘Maracanã’, no Rio de Janeiro
» Árbitro: Cláudio Magalhães
» Botafogo: Manga, Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Ayrton e Gérson; Garrincha, Sicupira, Jairzinho e Roberto. Técnico: Daniel Pinto.
» Flamengo: Marco Aurélio, Murilo, Ditão, Jayme e Paulo Henrique; Jarbas e Fefeu; Amaury, Silva Batuta, Evaristo e Paulo Alves. Técnico: Armando Renganeschi.

Fonte: Jornal dos Sports.

domingo, 17 de outubro de 2010

BFR 0x0 FFC

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O Botafogo é o clube que mais empatou no campeonato brasileiro de 2004 a 2010 e estabeleceu a maior sequência de empates da sua história. Excerto de um artigo anteriormente publicado no blogue:

“Já contei do meu primo Nilo, aquele que morreu por causa de seu amor ao Botafogo: bebia para comemorar quando o Botafogo ganhava, bebia para apagar a tristeza quando o Botafogo perdia. Mas, de repente, me veio uma situação para a qual não encontrei resposta: e quando o Botafogo empatava, o que é que o Nilo fazia?

Depois de muito meditar conclui que, quando o Botafogo empatava, o Nilo bebia dobrado, porque não existe coisa mais chata que jogo que termina empatado. Jogo empatado é feito transa não consumada, os dois na cama, uma coisa emocionante tem de acontecer, os dois se esfregam, o tempo todo, pelejando para ver se pinta alguma emoção, mas tudo é inútil pedindo desculpas ao outro, sem saber o que dizer e fazer. O jeito é beber...” (autoria de Rubem Alves, Doutor em Filosofia)

[PS: A propósito, alguém sabe explicar o que tem andado a fazer Joel Santana nas últimas semanas?...]

FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x0 Fluminense
» Gols: -
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 17.10.2010
» Local: Estádio Olímpico João Havelange
» Arbitragem: Djalma Beltrami (RJ); assistentes: Dibert Moises (RJ) e Ediney Mascarenhas (RJ)
» Disciplina: cartões amarelos – Jóbson, Marcelo Mattos, Antonio Carlos, Caio e Edno(Botafogo); Mariano e Leandro Euzébio (Fluminense)
» Botafogo: Jéfferson; Antônio Carlos (Danny Morais), Danny Morais e Márcio Rosário; Alessandro (Caio), Leandro Guerreiro, Somália, Lúcio Flávio (Edno) e Marcelo Cordeiro; Jobson e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Fluminense: Rafael; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Diogo, Diguinho (Valência), Marquinho (Júlio César) e Darío Conca; Emerson (Rodriguinho) e Washington. Técnico: Muricy Ramalho.

Botafogo no Campeonato do Mundo 2010

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Campeonato do Mundo na África do Sul - 2010

1907: Botafogo campeão carioca de futebol

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Os campeões cariocas de 1907: Raul Rodrigues, Álvaro Werneck e Octávio Werneck (de pé); Norman Hime, Antônio Luiz e Lulu Rocha (ajoelhados); Ataliba Sampaio, Flávio Ramos, Canto, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré (sentados).

[A série dos títulos do BFR em futebol foi interrompida há meses, priorizando-se outras publicações. Agora tornar-se-á a publicar os títulos a partir das competições estaduais, já que foram publicados anteriormente pormenores dos títulos sul-americano, brasileiro e Torneio Rio-São Paulo. Serão publicados os campeonatos estaduais e os torneios início, seguidos dos torneios amistosos e jogos únicos nacionais e internacionais.]

O Botafogo sagrou-se campeão carioca logo no 2º campeonato estadual, em 1907, embora o título só tenha sido reconhecido na década de 1990 com atribuição ex-aequo do título de campeão ao Botafogo e ao Fluminense. Os dois clubes nunca chegaram a acordo sobre a forma de desempate e a Federação de Futebol do Rio de Janeiro optou pelo duplo título.

Leia-se, a este propósito, Alceu Mendes de Oliveira Castro:

“Determinava o regulamento da Liga, que, em caso de empate, fosse proclamado campeão o clube que tivesse maior número de goals.

No domingo seguinte, 29 de setembro, deveríamos enfrentar o fraco team do internacional, último colocado e o Botafogo acalentava a doce esperamça de venc~e-lo por elevado score, desfazendo, assim a pequena diferença em goals que o Fluminense possuía a mais.

Pois bem, por motivos inconfessáveis, o Internacional, que foi a campo disputar o encontro dos segundos quadros, com o intuito de evitar a nossa vitória, entregou acintosamente os pontos do jôgo de primeiros teams, recusando-se a disputá-lo!

Sentindo-se esbugalhado, o Botafogo não se conformou e pleiteou, na Liga, o desempate em campo, com o que não concordou o Fluminense, que exigiu o cumprimento do regulamento.”

Entretanto, a primeira Liga Metropolitana dissolveu-se sem resolver a questão e sem proclamar o campeão, extinguindo-se, logo após, o internacional… Oliveira Castro refere, ainda, que o Botafogo “pleiteou a única fórma de desempate admissível – a do campo da luta – resta[ndo] o consôlo de considerar-se o campeão de 1907 e de orgulhar-se do seu admirável feito.” O autor decretou, também, que foi “a primeira grande deslealdade” que o Botafogo sofreria.

CAMPANHA DE 1907
Botafogo 0x3 Fluminense
» Gols: -
» Data: 02.06.1907
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: W. J. Nicholas
» Botafogo: Álvaro; Raul e Octávio Werneck; Viveiros, Norman Hime e Lulu; Millar, Flávio Ramos, Ataliba Sampaio, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.

Botafogo 5x3 Paysandu
» Gols: Emmanuel Sodré (3), Flávio Ramos e Raul Rodrigues (pen)
» Data: 16.06.1907
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: L. A. Waterman
» Botafogo: Coggin; Raul e Octávio Werneck; Norman Hime, António Luiz e Lulu; Ataliba Sampaio, Flávio Ramos, Canto, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.

Botafogo 2x0 A.A. Internacional
» Gols: Ataliba Sampaio e Raul
» Data: 14.07.1907
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: L. A. Waterman
» Botafogo: Álvaro; Raul e Octávio Werneck; Norman Hime, António Luiz e Lulu; Monterio de Barros, Flávio Ramos, Ataliba Sampaio, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.

Botafogo 3x1 Paysandu
» Gols: Flávio Ramos (2) e Canto
» Data: 15.09.1907
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: L. A. Waterman
» Botafogo: Álvaro; Raul e Octávio Werneck; Norman Hime, António Luiz e Lulu; Ataliba Sampaio Flávio Ramos, Canto, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.

Botafogo 4x2 Fluminense
» Gols: Flávio Ramos (3) e Gilbert Hime
» Data: 22.09.1907
» Local: Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Carl Waymar
» Botafogo: Álvaro; Raul e Octávio Werneck; Ataliba Sampaio, Norman Hime e Lulu; Rolando de Lamare, Flávio Ramos, Canto, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.

Botafogo WO A. A. Internacional
» Botafogo venceu por WO

António Luiz dos Santos Werneck foi o coordenador da comissão técnica e Flávio Ramos o artilheiro do campeonato carioca com 6 gols.

O Botafogo fez seis jogos (um vencido por WO), obtendo cinco vitórias e uma derrota, apresentando um saldo favorável de 14-9 gols.

Fontes:
Alceu Mendes de Oliveira Castro (1951): O Futebol no Botafogo – 1904-1950. Gráfica Milone. Rio de Janeiro.
Antonio Carlos Napoleão (2000): Botafogo de Futebol e Regatas – História, Conquistas e Glórias no Futebol. MAUAD Editora. Rio de Janeiro.
Texto e pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo).

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

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