Imagem: Paulo Sérgio - LANCE!Press
Assisti à 1ª parte do jogo no aeroporto de Lisboa,
mas durante a 2ª parte já estava ‘voando’ sobre o Atlântico.
Na primeira parte penso que poderia ter-nos ocorrido
o empate, a vantagem ou a desvantagem. Jefferson estava lá, claro, mas houve
oportunidades de ambos os lados.
Na 2ª parte veio a vitória em um lance cada vez mais
raro no mau futebol brasileiro que se pratica: um lançamento de Camacho com
conta, peso e medida, boas simulações de Neilton em frente aos adversários,
passe esticado para Ronaldo, calcanhar soberbo de Ronaldo devolvendo a bola e
chutaço de Neilton que acompanhou o lance na corrida. Um gol que revi várias
vezes – assim dá gosto ver gols que não são propriamente por demérito das
defesas mas por mérito dos ataques.
Não assistindo à 2ª parte, tomei nota dos
comentários posteriores de Ricardo Gomes sobre a atitude defensiva da equipe,
situação que o desagradou. Naturalmente. Quem lidera com oito pontos e se
coloca à defesa em casa só merece esse comentário do treinador.
Todavia… da minha parte o assunto merece outro
comentário. Ocorre-me o jogo da semana passada em que o Sporting goleou o
Benfica e toda a gente atribuiu a vitória no campo dos cathartiformes lisboetas
(vá lá, estes não são representados por um horrível urubu, mas sim por uma fulgurante
águia…) ao treinador leonino. A razão é simples: o futebol é cada vez mais
coletivo, e quanto mais coletivo for mais os treinadores são a peça chave à
qual os jogadores têm que obedecer taticamente de forma rigorosa.
Isso não ocorre no Botafogo (nem no Brasil em
geral), mostrando que os jogadores não são adequadamente mentalizados,
preparados e conduzidos para a perspetiva coletiva e que os treinadores têm uma
boa parte de culpa.
Em suma, Ricardo Gomes: não se queixe publicamente:
haja em privado, discipline os seus atletas e faça-os cumprir em campo o que se
treinou durante a semana. Caso contrário, o treino coletivo serviria exatamente
para quê?
Na perspetiva ‘resultadista’ fiquei muito satisfeito
quando o meu voo chegou após ter feito um telefonema para o Rio e recebido a
boa nova da nossa vitória. Subida mais do que segura, importa agora a
concentração no título. Porque após a derrota do Vitória é exatamente esse o
foco da nossa atenção.
Finalmente, a minha solidariedade com sassá e o desejo que regresse o quanto antes aos gramados.
FICHA TÉCNICA
Botafogo
1x0 Bahia
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Gol: Neilton, aos 50'
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Competição: Campeonato Brasileiro série B
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Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
(RJ)
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Data: 31.10.2015
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Árbitro: Daniel Nobre Bins (RS); Assistentes:
Alexandre Kleiniche (RS) e Elio Nepomuceno Júnior (RS)
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Público: 17.531 pagantes / 20.038 presentes
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Renda: R$ 578.320,00
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Disciplina: cartão amarelo – Gustavo, Victor e Eduardo (Bahia)
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Botafogo: Jefferson, Luís Ricardo, Roger Carvalho,
Renan Fonseca e Carleto; Rodrigo Lindoso, Willian Arão, Camacho (Diego Jardel),
e Daniel Carvalho; Neilton (Lulinha) e Sassá. Técnico: Ricardo Gomes.
»
Bahia: Douglas Pires, Railan (Maxi Biancucchi),
Gabriel, Gustavo, Victor; Paulinho Dias, Souza, Eduardo, Tiago Real (Rômulo);
Kieza e Roger (João Paulo Penha). Técnico: Sérgio Soares.
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