terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Voz de Durcésio Mello: "diferenciar a criança do homem"

A diretoria fez o dever de casa. Ela está de parabéns. Não podia ser feito nada de diferente com a situação horrorosa em que o Clube estava. Então acho que a gente conseguiu o objetivo principal […] que é voltar para a série A.

Mas agora eu acho que a gente tem que dar a virada. Eu acho que tem que começar agora uma gestão talvez mais profissional, ainda mais séria, mais dedicada, de trazer [novos] recursos, porque a gente não pode ficar de novo patinando para tentar não voltar para a série B. […] Então agora cabe um trabalho mais… não sei se a palavra é mais dedicado, ou mais competente, mas alguma coisa a gente tem que fazer para trazer mais recursos e fazer do Botafogo o [Clube] que ele merece. […] Então agora a gente [tem que] diferenciar a criança do homem.” – Durcésio Mello, ex-candidato a vice-presidente do Clube pela Chapa Azul.

Nota do Mundo Botafogo:

Não tenho efetuado muitos comentários à gestão do Clube. Por três razões principais: (a) não queria atrapalhar a gestão do Clube num ano tão difícil de recuperação como o de 2015 com críticas que podiam ser mal entendidas (a cultura democrática tem dificuldades em se instalar na mente e na ação dos humanos); (b) sei que antigamente a diretoria do NÓDOA lia o Mundo Botafogo, mas de nada adiantou porque fizeram a pior gestão da história do Glorioso, e atualmente não sei se a diretoria lê o blogue e tem a mesma perspectiva que nós; (c) às vezes ‘canso-me’ de ouvir certas coisas da parte da nossa torcida, tal como dizer-se que Carlos Eduardo Pereira é um ‘mito’, seguindo-se o mesmo caminho de submissão ‘puxa-saquista’ como muitos fizeram no tempo do NÓDOA – e que só no fim se viraram contra ele depois de quase destruir o nosso Clube e não terem aprendido nada para o futuro.

Mas ainda bem que fiz poucos comentários, porque um Botafoguense bem mais avalizado do que eu no que respeita a conhecer os bastidores do Botafogo – Durcésio Mello – disse exatamente aquilo que penso: (a) a diretoria não podia ter feito coisa muito diferente do que fez (à parte a nossa discordância quanto às prestações de Antônio Lopes e de Ricardo Gomes); (b) é preciso dar o ‘grande salto’ para a profissionalização que continua a faltar ao Clube, como é bem possível observar essa lacuna nas palavras absurdas de Antônio Lopes sobre willian arão e na conversa mansa inicial de CEP acerca da inética flamenguista – que, afinal, parece ter mudado de opinião sobre o relacionamento futuro entre os dois clubes e decidiu, já no presente, processar o flamengo por aliciamento no caso willian arão, o que me sugere que o Mundo Botafogo seja lido pela diretoria e que terá percebido que o caminho é a ‘enfrentação assertiva’ em prol da dignificação do Botafogo de Futebol e Regatas.

Por enquanto, confio nesta diretoria face ao seu desempenho em 2015, mas manterei a minha perspectiva crítica para 2016 como única forma que conheço de contribuir para os desideratos do Glorioso Clube da Estrela Solitária. E que a competência e a sorte acompanhem Carlos Eduardo Pereira e a sua equipe.

Sem comentários:

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