por FILADELFO BORGES DE
LIMA
15.03.2017
Pierre Sobrinho Lopes
nasceu, no ano de 1944, na “Cidade Abelha”.
Também o fiz em 1944, mesma cidade. Ele jogou futebol, eu brinquei de
fazê-lo. Ele foi astro nos campos de terra e sobre a relva, honrou a camisa da Associação
Jataiense e a do Botafogo, os clubes amadores que deram sabor especial ao
esporte bretão da nossa Jataí por volta da segunda metade anos sessenta (disse-me
um professor de português que é anos sessentas, não anos sessenta). Tinha técnica para defender clubes de
vanguarda do Brasil, mas ficou na Colmeia, onde se casou com a hoje senhora
Abadia. São os pais do Reidner, Wander,
Vânia e Pierrinho. Vânia é matrimoniada com Dauster Júnior, sobrinho paterno da
minha esposa, meu pelo coração e nosso afilhado. Reidner, se não me trai a
memória, jogou na Jataiense, mas cruzou fronteiras e se viu titular, dentre
outros, do tradicional Botafogo de Futebol e Regatas. Raras vezes, e sempre
pela TV, vi o Reidner a jogar.
Volvemo-nos ao Pierre.
Tenho a impresso de que, na década de 1951-1960, ele e eu participamos de
“peladas” no “campinho dos padres, situado em frente ao então Hospital Regional
e aos fundos do sobrado onde mora o bispo católico. Naqueles idos, no piso
desse prédio funcionava a Escola Paroquial Santo Agostinho, da qual, em 1957,
fui expulso pelo abjeto padre Miguel, o diretor, na cumplicidade de uma
professora injusta e carola. No andar superior moravam os abatinados. Salvo
engano meu, Pierre estudou nessa escola mesquinha. Para mim ele foi “O gerson
de Jataí”. Sim, “gerson de Jataí”, inicial minúscula porque, no caso, é
substantivo comum. Seu jeito de jogar se assemelhava ao do Gerson Nunes de
Oliveira, o “Canhotinha de Ouro” campeão do mundo na maravilhosa Seleção de
1970, craque do Flamengo, Botafogo, São Paulo e Fluminense.
Acredito que, de cada dez
pessoas, nove redigiriam “O Gerson de Jataí”. Escreve-se os “Eduardos Cunhas da
vida”, “Carlos é o Pelé desse time”, “Foi um Deus-nos-acuda”. Deve-se grafar os
“eduardos cunhas da vida”, “Carlos é o pelé desse time”, “foi um deus nos acuda”.
2 comentários:
Caro Rui,
Também sou de Jataí, e por isso uso na rede a alcunha de Jatahy.
Ainda garoto vi o Pierre jogar, e assino junto com o meu conterrâneo.
O nosso Botafogo de Jataí fez história.
tinha grandes craques. um grande abraço
Que engraçado, Osmar! Finalmente sei porque razão o meu amigo usa essa alcunha. Que, diga-se de passagem, soa muito bem ao ouvido.
Cumprimentos à esposa e Abraços Gloriosos.
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