O resultado evidencia o
que muitas vezes o Mundo Botafogo refere: falta de concentração, confiança
excessiva não profissional quando se abre uma diferença de dois gols,
desrespeito dos jogadores pela montagem técnica da equipe.
Acresce, claro, que
este elenco tem que possuir a consciência que é tecnicamente mediano para baixo,
onde ressalta claramente a impossibilidade de Renan Fonseca vestir as cores do
Glorioso, porque sempre que entra perdemos os jogos, bem como Guilherme
comprova à saciedade que não serve para nenhum momento decisivo em que tenha
que pensar.
E as entradas de Renan
e Guilherme foram decisões do treinador, tendo parte de responsabilidade na
hecatombe registrada na nossa própria casa contra um adversário sensivelmente
do mesmo nível.
Porém, como se diz que
às vezes há males que vêem por bem, talvez essa hecatombe possa ser um bom exemplo
para os jogadores e para Jair de como se deve e não deve jogar, de como se deve
escalar e substituir atletas.
Se a primeira parte do
Botafogo foi uma das melhores desta época, na segunda parte ficou todo o mundo
no vestiário e valeram zero, coroado com a expulsão até de Jair Ventura. E se o
treinador não souber aproveitar este jogo para corrigir os seus erros e os dos
jogadores, acabará por se igualar a tantos e tantos técnicos que andam por aí…
No entanto, confesso
que a continuação do nosso Botafogo estar no estrelato em uma semana e em
hecatombe na semana seguinte, como tem sido habitual ao longo deste século,
desgasta muito.
Que a hecatombe valha
de alguma coisa para alteração dos nossos comportamentos na Taça Libertadores!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x3 Fluminense
» Gols: Roger, ao 15' e 26' (Botafogo); Richarlison, aos 57' e 61'
e Renato Chaves, aos 68' (Fluminense)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 23.03.2017
» Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 6.225 pagantes / 6.776 presentes
» Renda: R$ 105.610,00
» Árbitro: Maurício Machado Coelho Júnior
» Disciplina: cartão
amarelo: Victor Luís, Bruno Silva, Airton e
Guilherme (Botafogo); Renato, Henrique e Wendel (Fluminense);
cartão vermelho: Jair Ventura (Botafogo)
» Botafogo: Saulo; Marcinho, Emerson Silva, Joel Carli (Renan Fonseca)
e Victor Luís; Airton, Bruno Silva, Montillo (Guilherme) e Camilo; Rodrigo
Pimpão e Roger (Sassá). Técnico: Jair Ventura.
2 comentários:
Prezado Rui Moura
O que foi aquilo, aquele jogo entre Botafogo e Fluminense?
Bem, como você disse, foi uma "hectacombe"!
Primeiro tempo primoroso.
Segundo tempo uma água.
Seria convencimento?
Seria cansaço?
Seria falta de sorte?
Pra mim, nenhuma destas opções.
O time é apenas mediano, pra baixo.
Preparação tivemos na pré-temporada.
Falta deve ser de competência!
Então, já chega de desculpas!
Que o Jair Ventura deixe bem claro para os atletas: o jogo só acaba quando termina.
Vambora J O G A R !
Abç
Saudações Alvinegras!
Creio que principalmente a virada deveu-se às substituições de Jair na defesa e no ataque. A defesa passou a tomar gols, enquanto o ataque passou a não fazê-los. O Abel mexeu no time deles, o Jair mexeu mal no nosso e não percebeu que todo o jogo era feito pela esquerda, não tapando esse buraco. De resto, a equipe é realmente de mediana para baixo e não tem criadores capazes. Camilo ainda não me convenceu e Montillo talvez não consiga fazer mais do que faz. E enquanto o gerente for Antônio Lopes não creio e bons reforços.
Jair tem potencial, mas está revelando também a faceta pouco consistente (de altos e baixos) dos treinadores brasileiros. Que me lembre, não há treinadores brasileiros de sucesso no futebol europeu desde que conheço o futebol (há uns 50 anos). Espero que Jair possa perceber isso. E possa perceber o que publiquei recentemente sobre ser técnico ou ser treinador. Se quiser ser treinador tem que aprender muito sobre como gerir um plantel nas suas vertentes internas e externas.
Abraços Gloriosos.
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